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Valor da Produção Agropecuária é de R$ 697 bilhões, o maior dos últimos 31 anos
Valor das lavouras cresceu 10,4% e gerou R$ 462 bilhões; já a pecuária avançou 5,4%, para R$ 234,9 bilhões

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, atualizado com base nas informações de abril, deve atingir R$ 697 bilhões, alta de 8,6% em relação a 2019. São os maiores valores obtidos nestes últimos 31 anos de acordo com estudo elaborado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O valor das lavouras cresceu 10,4% e gerou R$ 462 bilhões. Já a pecuária avançou 5,4%, para R$ 234,9 bilhões.
“As condições climáticas favoráveis na maior parte das áreas produtoras e os preços agrícolas foram decisivos para esses resultados”, explica o coordenador geral de Avaliação de Políticas da Informação, José Garcia Gasques.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgados nessa terça-feira (12) mostram condições favoráveis para o Brasil em carnes e grãos. Para a soja, milho, carnes de frango e de suíno, as exportações mostram-se em níveis superiores aos dos últimos cinco anos. Segundo o USDA, o Brasil deve suprir 51,4% da demanda mundial de soja e 33% da carne de frango.
Entre as lavouras com desempenho favorável, destacam-se arroz, cacau, café (35,4%), cana-de-açúcar (2,5%), feijão (8,5%), laranja (9,2%), milho (17,6%), soja (16%) e trigo (31,3%).
Quatro produtos têm apresentado redução do VBP: algodão em caroço, banana, batata inglesa e uva.
Gasques salienta que a pecuária tem tido um desempenho surpreendente. “O mercado internacional tem sido o principal responsável por esse resultado”. Os valores da produção de carne bovina e suína cresceram 13,2% e 10,2%, respectivamente. A produção de ovos, por sua vez, cresceu 11,6%, colocando o setor numa posição melhor do que a do ano passado.
VBP Regional
Os resultados regionais mostram a liderança da região Centro-Oeste, cujo VBP é de R$ 218,7 bilhões. A região Sudeste alcançou R$172,3 bilhões, Sul, R$168,4 bilhões, Nordeste, R$ 66,4 bilhões e Norte, R$ 44,22 bilhões.

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Lar Cooperativa conclui pré-assembleias no Mato Grosso do Sul com foco em crescimento e transparência
Após 19 encontros, associados participaram de debates sobre resultados, investimentos e estratégias, fortalecendo o modelo de negócios e preparando a cooperativa para a Assembleia Geral Ordinária de janeiro de 2026.

Após 19 encontros repletos de participação da família associada, a Lar Cooperativa concluiu o ciclo de pré-assembleia 2025/2026 em Mato Grosso do Sul. Os tradicionais encontros foram marcados por muita conversa, transparência e planejamento estratégico.
“Tradicionalmente as pré-assembleias são reuniões muito prestigiadas e nesta edição não foi diferente. Apesar dos desafios, o ano de 2025 foi muito bom, superamos nossas metas de faturamento e também de resultado financeiro. Esse desempenho, somados a outros avanços, nos fornecem muitas razões para celebrar”, comentou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues.
Em Mato Grosso do Sul, as pré-assembleias aconteceram em duas etapas, com três reuniões por dia. A primeira fase, entre 24 e 27 de novembro, reuniu associados de Sete Quedas, Amambai, Aral Moreira, Itahum, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Rio Brilhante, Dourados/Douradina, Laguna Carapã e Caarapó. A segunda fase, de 02 a 04 de dezembro, passou por Bonito, Sidrolândia, Campo Grande, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Sonora e Maracaju.
Os encontros foram conduzidos pelo diretor-presidente Irineo da Costa Rodrigues e pelo 1° vice-presidente, Diogo Sezar de Mattia, com a participação da coordenadora do Programa de Difusão do Cooperativismo no MS, Cristiane Denise Mattana Gehrke, e o apoio da Assessoria de Comunicação.
Durante as reuniões, reforçou-se a solidez do modelo de negócios da cooperativa, que se mostrou eficiente para superar os desafios de 2025. “Mostramos para o nosso associado que o ano foi muito bom, apesar da frustração na lavoura de soja na metade sul do estado do Mato Grosso do Sul, onde poderíamos ter recebido entre oito ou nove milhões de sacas, e ainda em maio, a gripe aviária, que nos roubou um resultado melhor na avicultura, onde operamos com prejuízos até agosto, uma realidade que só deixou de acontecer em outubro, com o retorno das exportações para importantes compradores”, ressaltou o diretor-presidente da Lar.
Além de apresentar resultados e investimentos, os encontros abriram espaço para discutir temas estratégicos que impulsionam o crescimento da cooperativa no estado, como distribuição de sobras, performance por segmento, expansão, inovação tecnológica, sustentabilidade, capacitações e demandas locais.
Próximos compromissos
Entre 13 e 23 de janeiro de 2026, o ciclo de pré-assembleias segue para Paraná e Santa Catarina, com 16 encontros em cidades como Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Santa Rosa do Ocoy, Santa Helena, Missal, Serranópolis do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Diamante D’Oeste, São Roque, Céu Azul, Ramilândia, Matelândia, Itaipulândia, Rolândia/Astorga e Xanxerê.
As pré-assembleias, marcadas por diálogo e transparência, encerram a preparação para a AGO (Assembleia Geral Ordinária), que acontece em 30 de janeiro de 2026, no Centro Administrativo da Lar Cooperativa, em Medianeira (PR), um momento decisivo para o futuro da cooperativa.
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Tecnologia permite armazenamento de energia em bateria para a área rural
As baterias produzem 60 kWh que mantêm, por até dois dias a estabilidade energética

Em visita à Copel, técnicos da Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) conheceram os projetos de armazenamento de energia em baterias da companhia com vistas à elaboração de estudos de aplicação em escala na área rural.
A aplicação da tecnologia foi apresentada pelo diretor Comercial da Copel, Julio Omori, ao coordenador de Energias Renováveis e Conectividade Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Herlon Almeida e ao diretor do Departamento de Economia Rural, da Seab, Marcelo Garrido, em reunião na sexta-feira (5/12).
“A bateria garante o fornecimento de energia em momentos de indisponibilidade da rede, contribuindo para a estabilidade necessária a culturas que dependem de suprimento contínuo”, explica Omori. Combinada aos inversores híbridos, a solução amplia a flexibilidade operacional, permitindo operar tanto conectada à rede quanto de forma independente.
Segundo o coordenador de Energias Renováveis e Conectividade Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Herlon Almeida, a ideia é que os projetos de armazenamento energético no campo sejam integrados a uma etapa futura do Programa Renova Paraná (RenovaPR), de incentivo a produtores rurais para a geração própria de energia limpa, com a subvenção de juros de financiamentos pelo poder público, reduzindo custos aos participantes. Um kit de equipamentos de armazenamento de energia tem custo médio de R$ 40 mil.
“Viemos conhecer os projetos para estabelecermos um horizonte de trabalho conjunto no apoio aos produtores”, disse Almeida, que esteve na Copel acompanhado do diretor do Departamento de Economia Rural, da Seab, Marcelo Garrido.
“Temos hoje no Paraná 39.500 produtores que geram a própria energia. Estamos avançando no lançamento do Renova Paraná Trifásico, para dar suporte à estabilidade energética. Em uma terceira etapa, pretendemos incluir as baterias e auxiliar os interessados com a redução de custos de implantação dos equipamentos, a partir de uma parceria do Estado com a Copel”, explica o coordenador do IDR.
Demanda por energia
Segundo Herlon Almeida, produtores de proteína animal e fumicultores, setores sensíveis a quedas de energia, são o foco do Renova Paraná na modalidade baterias.
A Copel já conta com um projeto-piloto com o uso de inversores híbridos e baterias para dar suporte à fumicultura em uma propriedade na cidade de Ivaí, na região Centro-Sul.
De acordo com Julio Omori, a energia armazenada em baterias supre demandas de necessidade de cargas críticas, como por exemplo em estufas de fumicultura em que não pode haver oscilações durante o processo de secagem.
“Com o uso da bateria, o cliente pode escolher onde irá distribuir a energia armazenada em casos de interrupção do fornecimento da rede. No caso do projeto aplicado aos fumicultores, a carga é direcionada às estufas”, explica o diretor da Copel.
Capacidade
As baterias produzem 60 kWh que mantêm, por até dois dias, a estabilidade energética e a ativação de motores que fazem a circulação do ar quente garantindo a qualidade do fumo.
Inversores híbridos transformam a corrente contínua das baterias em corrente alternada, permitindo o funcionamento de motores e outros equipamentos. Assim, a energia armazenada pode ser usada sempre que for necessária.
Em Ivaí, o sistema de baterias está conectado ao sistema de comunicação da Rede Elétrica Inteligente por meio dos medidores inteligentes. O inversor híbrido conversa com o medidor e a Copel consegue acompanhar todo o desempenho do sistema remotamente. Com o sistema de bateria dentro da rede de medidores inteligentes da Copel é possível enviar comandos à bateria, seja para parar de carregar ou desligar.
Julio Omori ressalta que os projetos de baterias podem ser aplicados a diferentes cadeias produtivas como a do peixe, para atender a aeradores e em aviários, em que a própria planta pode ser utilizada para gerar energia e ao mesmo tempo ter um backup de armazenamento, entre outros.
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Brasil realiza seminário técnico na África do Sul sobre segurança alimentar e regionalização sanitária
Nova edição do Road Show Internacional da ABPA debaterá impacto das decisões baseadas na OMSA para comércio de proteína animal.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), promove na quarta-feira (10), em Pretória (África do Sul), a nova edição do Road Show Internacional 2025 – “No Borders for Food: Parcerias para Segurança Alimentar”.
A iniciativa tem como objetivo fortalecer o diálogo técnico e institucional com autoridades sanitárias, importadores e representantes da cadeia de proteína animal, com foco na adoção das diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) como base para decisões sanitárias proporcionais, transparentes e alinhadas à segurança alimentar global.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “Queremos reforçar que decisões sanitárias devem ser pautadas pela ciência e pela proporcionalidade, como orienta a OMSA. E, sobretudo, mostrar que o Brasil é um parceiro confiável e preparado para garantir a continuidade do comércio, mesmo diante de desafios sanitários pontuais” – Foto: Divulgação
O seminário será realizado sob o tema “South Africa–Brazil: A Successful Partnership – WOAH-based decisions for food security”, e contará com a presença do presidente da ABPA, Ricardo Santin, do gerente-executivo de mercados Estevão Carvalho e de membros da equipe da entidade, além de autoridades sul-africanas, lideranças empresariais e representantes de importadores. Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e da Embaixada do Brasil em Pretória foram confirmados no evento.
A África do Sul é um dos mercados mais relevantes para a avicultura do Brasil. Trata-se do 4º principal destino das exportações do setor, com mais de 276 mil toneladas embarcadas entre janeiro e outubro deste ano, o equivalente a cerca de 6% de toda a carne de frango exportada pelo Brasil no período.
A realização do seminário acontece poucos meses após a suspensão temporária das importações sul-africanas, em maio de 2025, em função da confirmação de um foco isolado de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em plantel comercial no Rio Grande do Sul. O embargo, que foi revogado em julho, gerou impacto direto no abastecimento interno da África do Sul.
De acordo com reportagens publicadas pela imprensa local, os preços do carne mecanicamente separada (MDM) subiram 140%, gerando risco de desabastecimento de alimentos processados e impacto socioeconômico estimado em até 30 mil empregos no país. “O seminário em Pretória será mais do que um espaço técnico. Será um gesto de parceria. Queremos reforçar que decisões sanitárias devem ser pautadas pela ciência e pela proporcionalidade, como orienta a OMSA. E, sobretudo, mostrar que o Brasil é um parceiro confiável e preparado para garantir a continuidade do comércio, mesmo diante de desafios sanitários pontuais”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
A edição sul-africana do Road Show reforçará a agenda da ABPA de defesa da regionalização sanitária, já reconhecida por países como Filipinas e Peru, e que representa um caminho técnico para a manutenção de fluxos comerciais sustentáveis frente a eventos sanitários emergentes.
O seminário é promovido pelas marcas setoriais Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Duck, com apoio do Governo Federal do Brasil, por meio dos ministérios da Agricultura e Pecuária, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da ApexBrasil e da Embaixada do Brasil na África do Sul.



