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Valor da produção agrícola nacional cresceu 5,1% em 2019

Informações são do estudo do IBGE Produção Agrícola Municipal (PAM) 2019 que investiga área, produção, rendimento e valor da produção

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Divulgação/AENPr

O valor da produção agrícola do país teve nova alta em 2019, crescendo 5,1% e atingindo R$ 361 bilhões, novo recorde na série histórica iniciada em 1974. Em 2018, o valor havia subido 8,3%. A alta de 2019 foi puxada pelos grãos (6,8%), cujo valor total chegou a R$ 212,6 bilhões, com destaque para a escalada das commodities feijão (33,6%), milho (26,3%) e algodão (24,8%).

Essas são algumas informações da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2019 que investiga área, produção, rendimento e valor da produção para 64 produtos agrícolas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos próximos dias, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá divulgar os dados do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que é um indicador de desempenho da agropecuária elaborado com base em dados do IBGE e da Conab.

A área plantada pela atividade agrícola do país cresceu 3,3% frente a 2018, totalizando 81,2 milhões de hectares. Foram destaques os acréscimos de 1,2 milhão de hectares no cultivo de milho e de 1,1 milhão de hectares para a soja.

A safra recorde de grãos de 2019 superou em 6,8% a produção de 2018 e ultrapassou a supersafra de 2017 em 1,9%, totalizando 243,3 milhões de toneladas. Puxaram esse acréscimo o milho, com alta de 22,8%, e o algodão herbáceo (caroço), alta de 39,1%. Houve redução da produção de soja (3,1%) e do arroz (12,2%).

Com produção recorde de algodão herbáceo em 2019 (6,9 milhões de toneladas), o Brasil elevou o volume de exportação do algodão bruto em 65,7%, tornando-se o segundo maior exportador mundial, atrás apenas dos EUA. Mato Grosso e Bahia respondem por 89,2%% do total da produção.

Responsável por 59,1% do valor de produção dos grãos, a soja manteve a primeira posição em valor da produção, entre as principais culturas do país, totalizando R$ 125,6 bilhões, mas caiu 1,8% em relação a 2018.

Entre as grandes regiões, o Centro-Oeste alcançou o maior valor de produção agrícola, R$ 107,9 bilhões, 12,2% superior ao ano anterior, sendo a soja a principal lavoura, seguida do milho e da cana-de-açúcar. Na região, o líder foi Mato Grosso, com a geração de R$ 58,4 bilhões, ou 54,1% do valor regional.

O município com o maior valor de produção agrícola foi Sorriso (MT), com R$ 3,9 bilhões, o equivalente a 1,1% do valor de produção agrícola do país. Entre os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola, 22 estavam no Mato Grosso e somam um valor de produção de R$ 37,1 bilhões.

Sorriso (MT) foi o maior produtor de soja e de milho do país. Já Sapezal, também no Mato Grosso, foi o que mais produziu algodão herbáceo. A produção de trigo foi liderada por Palmeira das Missões (RS) e a do café, por Patrocínio (MG).

O recorde de R$ 361,0 bilhões do valor da produção da safra 2019 foi puxado pelos aumentos na produção de três importantes commodities brasileiras: o milho (22,8%), que ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 milhões de toneladas (101,1 milhões de toneladas); o algodão herbáceo (39,1%), que atingiu recorde de produção de 6,9 milhões de toneladas, e a cana-de-açúcar (0,8%), um dos principais produtos agrícolas nacionais e que apresentou recuperação frente ao ano anterior.

Merece destaque o algodão herbáceo (em caroço), que registrou o terceiro ano consecutivo de crescimento da cultura. O produto renovou o recorde alcançado no ano anterior e atingiu a marca de 6,9 milhões de toneladas no volume de produção (alta de 39,1%) e valor de produção de R$ 16,0 bilhões (alta de 24,8%).

Já a soja, principal commodity agrícola produzida no País, mesmo evidenciando expansão de 3,2% na área colhida, apresentou retração (-3,1%) no volume produzido em 2019, em virtude de fatores climáticos adversos em algumas importantes regiões produtoras.

No ranking das 10 culturas que mais geram valor à produção, houve duas alterações em 2019. A laranja superou a mandioca, passando a ocupar a sexta posição em valor de produção, e o feijão voltou a figurar na 10ª posição. A soja, mesmo com retração de 1,8% no ano, totalizou R$ 125,6 bilhões, se mantendo na primeira posição. Na sequência, aparecem a cana-de-açúcar (R$ 54,7 bilhões), com alta de 5,3%, e o milho (R$ 47,6 bilhões), com expressivo aumento de 26,3%.

Nos últimos 25 anos, a soja saiu da terceira posição no ranking para o primeiro. Com os atuais R$ 125,6 bilhões, cresceu 3.449% em valor nominal desde 1995. O acréscimo de área colhida foi de 207,3%, passando de 11,7 milhões de hectares, em 1995, para 35,9 milhões de hectares em 2019. Nesse intervalo de tempo, o volume de soja produzido teve um crescimento de 344,9%, sendo que o rendimento médio da cultura aumentou 44,8%, saindo do patamar de 2.199 quilos por hectare em 1995 para 3.185 kg/ha em 2019.

No mesmo período, o segundo maior acréscimo percentual no valor de produção foi da cana-de-açúcar, com alta de 1.225,9%. O milho, porém, não ficou muito atrás (1.216,1%).

Safra de grãos bate recorde alcançado em 2017

A safra do grupo dos cereais, leguminosas e oleaginosas de 2019 superou em 6,8% a produção da safra 2018 e em 1,9% a de 2017, produzindo 243,3 milhões de toneladas. Os principais responsáveis por este acréscimo foram o milho (22,8%) e o algodão herbáceo (39,1%). Em contrapartida, houve redução na soja (-3,1%) e no arroz em (-12,2%).

O grupo atingiu novo recorde também em valor de produção: R$ 212,6 bilhões, com alta de 6,8%. O resultado foi impulsionado principalmente pelos acréscimos do algodão herbáceo (24,8%), do milho (26,3%) e do feijão (33,6%).

Soja – O valor de produção da soja, que compõe 59,1% do total do grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas, caiu 1,8%, totalizando R$ 125,6 bilhões. E a produção finalizou 2019 com uma retração de 3,1%, somando 114,3 milhões de toneladas.

Sorriso (MT) foi o município que mais produziu soja em 2019 (2,1 milhões toneladas), embora com uma produção 4,0% menor que a de 2018. Em seguida, vieram Nova Mutum (MT) e Formosa do Rio Preto (BA), ambos com cerca de 1,3 milhão de toneladas.

Algodão – Com registro de produção recorde de algodão herbáceo em caroço, atingindo 6,9 milhões de toneladas, o País elevou o volume de exportação do algodão bruto em 65,7%, tornando-se o segundo maior exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção nacional cresceu pelo terceiro ano consecutivo e a área colhida foi ampliada em 41,5% em 2019, atingindo 1,6 milhão de hectares.

Em 2019, Sapezal (MT) foi o município líder em algodão herbáceo, com 894,8 mil toneladas, ou quase um terço de toda a produção do Mato Grosso (2,9 milhões de toneladas). Outro destaque foi São Desidério (BA) que, com 592,7 mil toneladas, produziu mais de um terço do algodão da Bahia (1,5 milhão de toneladas). Mato Grosso e Bahia produziram, juntos, quase 90,0% de todo o algodão herbáceo do país.

Milho – A produção nacional de milho foi puxada pelo bom resultado da segunda safra, que teve ampliação de 11,0% na área plantada e respondeu por 74,2% da produção recorde de 101,1 milhões de toneladas (alta de 22,8%). As exportações de milho também atingiram números recordes: 42,8 milhões de toneladas, um aumento de 86,2% frente a 2018.

Mato Grosso segue em primeiro lugar na produção de milho, com 31,5 milhões de toneladas, sendo 99,1% da sua produção colhida durante a segunda safra. O valor de produção mato-grossense foi de R$ 11,8 bilhões, alta de 28,4%.

Os 20 maiores produtores municipais de milho encontram-se no Centro-Oeste. Sorriso (MT) é o maior produtor, com 3,1 milhões de toneladas; Rio Verde (GO), o segundo (2,3 milhões de toneladas) e Nova Ubiratã (MT), o terceiro (1,8 milhão de toneladas).

Cereais de inverno – Todos os cereais de inverno tiveram alta em suas produções, que chegaram ao total de 7,0 milhões de toneladas, obtendo valor de produção de R$ 4,9 bilhões. O centeio (24,4%) e a cevada (23,8%) tiveram os maiores incrementos. Mas o destaque ficou por conta do trigo, com 5,6 milhões de toneladas produzidas.

O Rio Grande do Sul assumiu a liderança da produção dos cereais de inverno no ano de 2019. Foram colhidos 3,1 milhões de toneladas, com valor de produção de R$ 1,9 bilhão.

O município com maior produção de trigo foi Palmeira das Missões (RS), com 108,0 mil toneladas colhidas, alta de 96,4% frente ao ano anterior. O valor de produção do trigo neste município foi de 86,4 milhões de reais, alta de 138,0%. O segundo maior produtor de trigo do País foi Tibagi (PR), com 78,0 mil toneladas e valor de produção de 56,7 milhões de reais.

Café – O Brasil é o maior produtor de café do mundo. Em 2019, mesmo com a queda de 15,3% em relação a 2018, o País produziu 3,0 milhões de toneladas, muito acima do segundo maior produtor mundial, o Vietnã (1,9 milhão de toneladas). O valor de produção, de R$ 17,6 bilhões, também teve queda (22,0%). Houve queda na quantidade produzida de café arábica (-21,4%), mas aumento na de café canephora (2,9%).

Os municípios que mais produziram café em 2019 foram Patrocínio (MG), com 56,7 mil toneladas, Rio Bananal (ES), com 46,3 mil toneladas e Linhares (ES), com 43,2 mil toneladas.

Do total de café produzido no país, 69,6% ou 2,1 milhões de toneladas eram do tipo arábica, cujo valor de produção foi de R$ 13,5 bilhões, com queda de 25,1% em relação a 2018. Plantado em regiões de maior altitude, o arábica encontra-se, principalmente, em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia.

Já a produção do café canephora (916,0 mil toneladas com valor de R$ 4,1 bilhões) veio, principalmente, do Espírito Santo, Rondônia e Bahia. Esses dois últimos estados trocaram de posição em 2019, e Rondônia ultrapassou a Bahia.

Centro-Oeste tem alta de 12,5% no total do valor de produção

A região Centro-Oeste alcançou o maior valor de produção: R$ 107,9 bilhões, que foi 12,2% superior ao ano anterior, sendo a soja a principal lavoura, seguida do milho e da cana-de-açúcar. Com destaque para o Mato Grosso, que gerou R$ 58,4 bilhões, sendo que o município de Sorriso alcançou o maior valor de produção regional (R$ 3,9 bilhões).

No Nordeste, a soja também se destacou devido aos plantios na região do Matopiba (estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia). A cana-de-açúcar, que ainda possui grande presença regional, vem logo em seguida.

No Norte, a soja mais uma vez aparece como principal produto, principalmente pelo aumento do plantio no Pará e em Rondônia. Mas, nesta região, foi o Pará, onde o açaí é o principal produto, que liderou em valor de produção, sendo que o município de Igarapé-Miri foi destaque nesse quesito (R$ 891,0 milhões).

O Sul registrou valor de produção de R$ 91,6 bilhões, um acréscimo de 1,7% frente a 2018. O município de Guarapuava, no Paraná, registrou o maior valor da produção agrícola da Grande Região (R$772,8 milhões).

Já o Sudeste se destacou pela produção de cana-de-açúcar, alcançando o valor de R$ 97,6 bilhões, alta de 2,1%. Contudo, foi o município de Unaí (MG) que registrou o maior valor de produção regional, gerado sobretudo pelas culturas de soja e milho.

MT concentra 22 dos 50 municípios com os maiores valores de produção

Entre os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola, observou-se que 22 deles estavam no Mato Grosso. O valor de produção alcançado nestes 22 municípios totalizou R$ 37,1 bilhões de reais. Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul, com seis municípios cada, aparecem na sequência. O maior valor de produção agrícola dentre os municípios brasileiros foi registrado em Sorriso (MT), que sozinho respondeu por 1,1% do valor de produção gerado no País. Em 2019, foram R$ 3,9 bilhões (alta de 19,7%), retomando a posição que havia sido perdida em 2018 para São Desidério (BA).

Com importante participação na produção de grãos, Sorriso (MT) se destacou como maior produtor nacional de milho e soja. Em 2019, o município teve uma produção de 3,2 milhões de toneladas de milho (alta da 11,4%) e de 2,1 milhões toneladas de soja (retração de 4,0%). Destaque também para a sua produção de algodão herbáceo (179,0 mil toneladas), onde aparece com o 10º maior volume produzido entre os municípios do País. A produção de feijão (74,7 mil toneladas) e arroz (19,4 mil toneladas) também apresentaram crescimento.

Já Sapezal (MT) apresentou o segundo maior valor agrícola do País, totalizando R$ 3,4 bilhões (alta de 1,1%). O município foi o que mais produziu algodão, totalizando 894,8 mil toneladas (alta de 18,2%), com participação de 13,0% do total nacional. Sua produção de soja, mesmo com queda de 3,4%, atingiu 1,2 milhão de toneladas, colocando o município na 9º posição nacional em geração de valor de produção da oleaginosa (R$ 1,2 bilhão). Já a produção de milho teve retração de 39,3%, totalizando 753,0 mil toneladas.

E a terceira posição ficou com São Desidério (BA), cujo valor de produção alcançou R$ 3,2 bilhões (queda de 12,4%). Ali foram produzidas 592,7 mil toneladas de algodão em caroço com valor de produção de R$ 1,5 bilhão, tornando este município o segundo maior produtor do País. A produção de soja local teve queda de 19,0%, com valor de produção de 1,4 bilhão, enquanto a do milho teve queda de 39,6%, com valor de produção de R$ 170,2 milhões.

Fonte: MAPA

Colunistas Editorial

Semeando a discórdia e a desordem

Neste momento crucial, conclamamos as autoridades competentes a agirem com firmeza e determinação para garantir o cumprimento da lei e a preservação da ordem pública.

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Foto: Bing

Nos últimos dias, o Brasil testemunhou uma série de invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma prática que merece uma condenação veemente e inegociável. O país, reconhecido mundialmente como uma potência agrícola, tem sua reputação manchada por ações que atentam contra a segurança jurídica e a ordem pública.

O agronegócio brasileiro é um pilar essencial da economia, sustentado por milhões de produtores de diferentes escalas, desde pequenos agricultores até grandes empreendimentos, que dedicam suas vidas ao trabalho árduo no campo. São esses homens e mulheres que, ao longo de gerações, alimentam não só a população brasileira, mas também contribuem significativamente para a segurança alimentar global, fornecendo produtos de qualidade e competitivos nos mercados internacionais.

Entretanto, ações como as invasões promovidas pelo MST representam uma ameaça direta a esse setor vital da economia. Apesar de reconhecermos a importância da reforma agrária e a necessidade de garantir o acesso à terra para os brasileiros, é inaceitável que tais questões sejam abordadas por meio de invasões ilegais e truculentas.

É fundamental ressaltar que o MST não representa os verdadeiros agricultores do Brasil. Ao contrário, é composto por indivíduos que muitas vezes são utilizados como massa de manobra por interesses políticos que visam apenas semear a discórdia e a desordem. Esses atos de violência e desrespeito à propriedade privada só servem para atrasar o progresso e dificultar o desenvolvimento do nosso país.

Neste momento crucial, conclamamos as autoridades competentes a agirem com firmeza e determinação para garantir o cumprimento da lei e a preservação da ordem pública. É hora de reafirmarmos nosso compromisso com a legalidade, a justiça e o progresso do Brasil.

Fonte: Por Giuliano De Luca, jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural
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Notícias

Como o Programa Nacional de Pastagens Degradadas atuará para a conservação do solo

Data criada pelo governo federal em 1989 objetiva trazer a importância do manejo correto do solo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Há 35 anos o Governo Federal instituía o dia 15 de abril como Dia Nacional de Conservação do Solo por meio da Lei nº 7.876/1989. Este recurso natural é a base para a agricultura sustentável e competitiva, pois é responsável por fornecer os nutrientes, a água e atividade biológica benéfica para a saúde do solo nas lavouras e áreas preservadas no Brasil. Sendo um recurso natural não renovável é de grande importância práticas que conservem e que restaurem solos degradados.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha para o estímulo de práticas sustentáveis de manejo e de conservação dos solos. Uma dessas ações é o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestas Sustentáveis (PNCPD) que foi lançado em dezembro de 2023 por meio do Decreto nº 11.815.

O programa tem por objetivo promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas sustentáveis, visando fomentar boas práticas agropecuárias que levem à captura de carbono. A pretensão do governo é a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens em dez anos.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destaca que o solo é fator fundamental para o plantio. “O solo é o bem mais preciso que o produtor tem e por isso deve cuidar dele com bastante atenção”, evidencia.

Fávaro afirma que o programa além de ser uma prática sustentável, prevê a adoção de medidas que contribuam com a segurança alimentar e climática do planeta. “O programa de conversão de pastagens degradadas reflete em investimentos na agricultura brasileira e na diminuição da emissão de gás carbônico (CO2). Vamos mostrar para o mundo que é possível produzir e preservar”, completa ministro.

O fator que mais caracteriza uma área degradada é a cobertura vegetal e a condição física, química e biológica do solo. Dessa forma, PCNCPD recuperará os solos degradados pelo uso inadequado por décadas, para que se torne fértil e ativo biologicamente. Recuperando o solo, o produtor poderá usar suas terras de forma mais competitiva e sustentável.

Quando há transformação de uma área ocupada por pastagem em alto grau de degradação para uma lavoura ou floresta de forma sustentável, ocorre um efeito colateral importante sobre a conservação de solo e da água: uma redução drástica da erosão do solo.

O Brasil perde, por ano, somente por erosão hídrica cerca de 2,5 bilhões de dólares nas áreas agrícolas do país, sobretudo em áreas ocupadas com pastagens degradadas. Esse valor pode ser muito maior, se não tiver a conversão das áreas ocupadas com pastagens degradadas em sistemas agropecuários e florestais sustentáveis.

O coordenador-geral do Comitê Interministerial que cuidará do programa e assessor especial do ministro, Carlos Augustin, afirmou que o objetivo é a produção com certificação, rastreabilidade e sustentabilidade. “O mundo quer alimentos saudáveis, alimentos que sejam produzidos com baixo carbono, com o uso de bioinsumos, enfim, uma série de quesitos de sustentabilidade e o Brasil pode oferecer isso”, ressalta.

O programa poderá ainda causar um impacto na conservação de solos e água que só a introdução do plantio direto nas últimas cinco décadas tem semelhança, e, por isso, vários órgãos públicos, empresários, produtores estão participando deste processo.

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, o programa de pastagens do Mapa pode demonstrar a outros países múltiplos caminhos para alcançar a sustentabilidade da agricultura, para, no fim, levar segurança alimentar aos países.

“A sinergia entre governo e setor produtivo será fundamental para alcançar esses objetivos, mantendo o Brasil como um fornecedor vital de alimentos para o mundo e um exemplo de desenvolvimento sustentável na agricultura”, destaca o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

No Mapa, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) trabalha para fomentar e promover tecnologia com sistemas sustentáveis de produção, incluindo a conservação do solo.

As tecnologias voltadas para conservação de solo têm a característica de promover práticas sustentáveis de manejo da terra, visando a preservação da fertilidade do solo, a prevenção da erosão e a proteção do meio ambiente.

De acordo com a secretaria da SDI, Renata Miranda, ao instituir o PNCPD, o governo demonstra uma visão proativa em direção a práticas que não apenas aumentam a produtividade, mas também preservam os recursos naturais e mitigam os impactos ambientais. “O programa contribui para a redução da pressão sobre os ecossistemas naturais e para a adaptação e mitigação dos efeitos negativos das mudanças do clima”, diz.

Dentro do Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+), que consiste em políticas públicas para fomentar uma agropecuária mais sustentável e para o enfretamento à mudança do clima, as tecnologias para a conservação do solo estão presentes em quase todos os sistemas produtivos sustentáveis como os sistemas de plantio direto; de produção integrada; uso de bioinsumos; sistemas irrigados; entre outros.

Fonte: Assessoria Mapa
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Adidos agrícolas contribuem para abertura de mercados no exterior

Em 15 meses, 100 novos mercados foram abertos após intenso trabalho dos auditores agropecuários no Brasil e no exterior.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com a abertura de novos mercados para produtos da agropecuária nacional, o Brasil se fortalece no cenário internacional de exportações e importações. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já abriu 100 novos mercados, sendo a maioria na Ásia e nas Américas, 36 e 35 mercados abertos em cada, respectivamente. Na linha de frente para concretizar essas operações e, ao mesmo tempo, atuando nos bastidores para mantê-las, estão os auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs).

“Abertura de mercado é quando dois países chegam a bom termo entre os requisitos sanitários do país importador e as garantias oferecidas pelo país exportador, para um determinado produto. Então, por exemplo, exportar pescados para a Austrália, é um mercado. Exportar carne de aves para El Salvador é outro mercado. Então conta por produto, para aquele país, ou território, ou bloco econômico”, explica Augusto Billi, diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias e de Sustentabilidade, da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Para auxiliar na consolidação e manutenção desses mercados, foi criado em 2010 o posto de adido agrícola. Segundo Billi, a posição é majoritariamente ocupada por AFFAs. Atualmente, o Brasil dispõe de 29 adidos agrícolas espalhados por 27 países. “O adido agrícola estuda tudo que aquele país exige; ele está identificando oportunidades. Ele analisa as importações e consumo de determinado produto e verifica se o Brasil teria as condições sanitárias e a competitividade para exportar. Estuda quais barreiras existem para isso e as possibilidades de superá-las. Com o apoio dos AFFA que atuam na Secretaria de Defesa Agropecuária e na Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, elabora-se a melhor estratégia de negociação para alcançar o objetivo da abertura do mercado”, completa.

São muitas as barreiras a serem superadas, mas podemos citar as barreiras tarifárias, as barreiras sanitárias e fitossanitárias e, agora, as barreiras de terceira geração, voltadas para causas ambientais, sociais, de bem-estar animal, trabalhistas, dentre outros aspectos.

Billi ressalta que o Brasil tem superado, com excelência, todas essas barreiras. “A gente tem hoje a agricultura mais sustentável do planeta, já não temos dúvida disso”, “nós temos um Código Florestal que exige que todo produtor preserve pelo menos 20% da área de sua propriedade. No bioma Cerrado, este percentual é de 35%, chegando a 80% de preservação no bioma Amazônico”, disse.

Além disso, o planejamento brasileiro para o cumprimento de prazos e respeito a contratos é motivo de orgulho. “O Brasil é um dos mais organizados com isso e, usando agricultura familiar. Grande parte da nossa produção de aves e suínos vem da agricultura familiar, onde as famílias estão envolvidas no processo de integração com as grandes companhias produtoras e exportadoras de produtos cárneos”, acrescenta o diretor.

Ainda assim, nem toda abertura de mercado quer dizer uma venda imediata de produtos. “Abrimos o mercado, automaticamente tem container indo para lá? Não. Há mercados que foram abertos e o setor, de repente, achou que não é conveniente, ou ele não é competitivo no momento”, exemplifica Billi.

Tão importante quanto a abertura é a manutenção dos mercados já alcançados. Os auditores agropecuários que trabalham com saúde animal, sanidade vegetal, inspeção de produtos de origem animal e vegetal, são os profissionais que podem certificar que as garantias

Fonte: Assessoria Anffa Sindical
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