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Eliane Kay Opinião

Valor Bruto da Produção (VBP) cresce 147% em uma década

A análise histórica do VBP também comprova a consistência do crescimento do setor produtivo do Brasil

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Artigo escrito por Eliane Kay, diretora executiva do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg)

A melhor notícia do agronegócio brasileiro neste início de ano refere-se ao seu desempenho consolidado em 2020, quando o país e o mundo enfrentaram a pior pandemia de sua história. O agro não parou. Pelo contrário, acelerou e colocou mais alimentos na mesa da população. Nunca, o Brasil produziu tanto.

O Valor Bruto da Produção (VBP) de 2020 foi o maior da história: R$ 885,8 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Não bastasse ser maior do que o resultado do ano anterior, cresceu absurdos 15,1%, contra um desempenho também muito bom. Os preços melhoraram e as exportações explodiram, superando US$ 100 bilhões, informa o MAPA.

A outra leitura dessas informações aponta para a competência do agronegócio brasileiro, setor puxado pelos 5 milhões de agricultores e produtores de animais, milhares de indústrias de insumos e processamento, empresas de serviços, distribuição, logística e outras áreas, além dos mais de 18 milhões de trabalhadores.

A análise histórica do VBP também comprova a consistência do crescimento do setor produtivo do Brasil. Entre 2011 e 2020, o Valor Bruto da Produção aumentou 147%, com crescimento médio anual de 14,7%. O VBP saltou de R$ 358,6 bilhões para R$ 885,8 bilhões.

Na última década, a agricultura representou cerca de 66,5% do VBP, saindo de R$ 239,63 bilhões (2011) para R$ 589,1 bilhões: crescimento de 146%.  E a produção animal, que valia R$ 139,02 bilhões, em 2020 atingiu R$ 296,7 bilhões: aumento de 113,4%.

A indústria de defensivos agrícolas sente-se orgulhosa por esses números. Afinal, está na base da produção agrícola. Os produtos fitossanitários são essenciais para o aumento da produtividade da agricultura que, aliás, também cresceu 24% na última década, saltando de 3.148 kg/ha para 3.912 kg/ha. Importante ainda destacar que a safra de grãos avançou 72,7% nos últimos dez anos, passando de 149,3 milhões de toneladas para 257,8 milhões de toneladas.

Importante informar que a falta de defensivos poderia representar queda de até 40% da produção agrícola. Assim, é indiscutível a contribuição da indústria de insumos para atingir os níveis atuais de produção e de produtividade.

Aliás, nunca é demais ressaltar, o Brasil é abençoado por ter até três safras anuais de várias culturas, mas o clima tropical (quente e úmido) é perfeito para a implacável ação de pragas, doenças e fungos, cada vez mais prevalentes e resistentes.

Outra boa notícia é que as expectativas do agronegócio continuam positivas para 2021. O MAPA informa que, pela primeira vez, o VBP passará de R$ 1 trilhão. O campo pode contar com a indústria de produtos para defesa vegetal para o desenvolvimento de novas e modernas soluções para controlar e proteger os cultivos contra os implacáveis inimigos invisíveis.

Fonte: Assessoria

Eliane Kay Opinião

Registros de agroquímicos diminuiu em 2020. Onde está o equívoco?

Ter queda do número de registro de agroquímicos é bom para a agricultura brasileira? Não necessariamente

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Artigo escrito por Eliane Kay, diretora executiva do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg)

Os dados são oficiais. Em 2020 foram registrados 399 defensivos químicos para proteção de cultivos, contra 433 insumos químicos registrados no ano anterior. Ao contrário do que tem sido noticiado por alguns veículos de comunicação, não houve recorde nem aumento no número de registros de defensivos agrícolas químicos em 2020. Na verdade, houve redução de 8%, como mostram os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Mas ter queda do número de registro de agroquímicos é bom para a agricultura brasileira? Não necessariamente. Apesar de ser a primeira redução na quantidade de químicos liberados no país desde 2015, ela não deve ser comemorada, tendo em vista a necessidade urgente de novas tecnologias para combater pragas e doenças com eficiência e, assim, contribuir para evitar a redução da produção de alimentos.

A verdade dos fatos é que, em 2020, verificou-se expressivo aumento do número de registros de produtos biológicos. Foram 94 liberações em 2020, ante 40 do ano anterior: crescimento de 135%. Com exceção de 2019, que teve queda em relação a 2018, todos os anos desde 2015 registraram elevação dessa classe de produtos, que se enquadram nos parâmetros do Plano Nacional de Bioinsumos, lançado no ano passado exatamente para estimular a produção biológica. Os primeiros resultados comprovam que a iniciativa teve resultado.

A desinformação ou a má informação são extremamente prejudiciais para a agricultura brasileira, um setor essencial em termos econômicos e para prover de alimentos a população brasileira e de outros 160 países. Os defensivos agrícolas combatem insetos, fungos, doenças e ervas daninhas que, se não bem manejados, comprometem o acesso da população aos alimentos, devido à redução da oferta e à explosão de preços de uma eventual escassez. Sem esses insumos essenciais, o Brasil poderia perder 100 milhões de toneladas de grãos.

Os números de registros de defensivos de 2020 escondem outros detalhes. A maioria dos produtos químicos aprovados, já estão em uso no mercado, sendo: 85% das autorizações referem-se a produtos equivalentes (ou seja, genéricos) e apenas 15% são novas soluções. Os produtos demoram mais de 5 anos na fila e, alguns por volta de 8 anos. A atual administração, tanto da Anvisa, Ibama e MAPA, tem investido arduamente para melhorar a produtividade de todo o funcionalismo público sem perder a rigorosa avaliação de todos os produtos. O que é verdade é que o Brasil ainda é pelo menos duas vezes mais lento neste processo do que seus pares, seja na Europa, Ásia ou Estados Unidos.

Que fique bem claro: a ciência e tecnologia são primordiais no combate aos inimigos da produtividade agrícola, além de serem mais sustentáveis para o meio ambiente e para a economia nacional, possibilitando assim, maior segurança para as pessoas quando devidamente aplicados nos cultivos, seguindo os rigorosos protocolos de uso correto e seguro regulamentados pelos órgãos já citados: Anvisa, Ibama e MAPA.

Assim como acontece em diversos setores, o avanço da pesquisa e da ciência permite o desenvolvimento constante de tecnologias mais efetivas e seguras contra os detratores de produtividade, o que é bastante positivo para o aumento da produção de alimentos no campo. Isso é necessário pois o clima brasileiro é propício para as pragas, doenças e ervas daninhas, que se tornam cada vez mais resistentes aos insumos disponíveis no mercado.

É preciso vencer o preconceito em relação aos insumos químicos. Eles ajudam a produzir mais alimentos e são essenciais para colocar comida na mesa das pessoas.

Fonte: Assessoria
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