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Valor Bruto da Produção do Paraná chega a R$ 89,6 bilhões

Primeira versão do VBP valor estimado teve um crescimento de 5%, em valores nominais sem o desconto da inflação

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Divulgação/AENPr

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná atingiu R$ 89,6 bilhões em 2018, correspondente ao faturamento bruto dos produtores com a comercialização da safra 2017/18.

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, na primeira versão do VBP o valor estimado teve um crescimento de 5%, em valores nominais sem o desconto da inflação, sobre o ano anterior (2017), quando o VBP atingiu R$ 85,3 bilhões.

Por se tratar de uma avaliação preliminar, baseada em informações insuficientes para traçar um quadro mais completo, a expectativa é que a versão definitiva seja divulgada no final de agosto..

Os grupos com maior participação no VBP do Estado, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), que faz a pesquisa anual, foram a soja, frango, milho e leite. Juntos esses produtos corresponderam a 55% do VBP de 2018.

Os itens de maior peso correspondem à comercialização dos produtos da Agricultura, com 48,4% de participação. Depois vem a Pecuária, com 46,7% de participação, seguida pelo setor Florestal com participação de 4,9%.

As regiões com maior participação no Valor Bruto da Produção em 2018 foram Oeste, com 23%; Norte Central, com 14%; Sudoeste, com 11%; Noroeste, com 10%; Centro Oriental, Centro Sul e Norte Pioneiro com 8% cada.

Os municípios campeões foram Toledo, Castro e Cascavel, nessa ordem. Toledo apresentou um VBP total de R$ 2,2 bilhões, Castro em segundo lugar com R$ 1,57 bilhão; e Cascavel, R$ 1,53 bilhão de faturamento. No VBP dos municípios, Toledo conserva a primeira colocação há mais de 10 anos e o município de Castro ultrapassou Cascavel na segunda colocação.

O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, explica que o Deral está disponibilizando a versão inicial do VBP, a soma de tudo que o campo conseguiu produzir em 2018, todo um conjunto com cerca de 350 itens que a agropecuária paranaense produz, que resultou em valor um pouco acima da inflação média do Brasil no ano passado.

“Em termos reais, perdemos um pouco, mas o resultado apresenta um bom valor vindo do campo”, disse. Segundo ele, a safra de grãos do ano passado não foi tão boa quanto a anterior (2016/2017), que foi excepcional, mas mostra em cada município, para cada atividade agrícola, uma mensuração desse valor.

“Esse índice lá em setembro vai compor o Fundo de Participação dos Municípios dentro daquilo que é a divisão do bolo do ICMS paranaense”, afirmou Ortigara.

Com a correção da inflação, o VBP passa a ter uma redução de 3% em relação ao ano anterior, calculou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Salatiel Turra. Segundo ele, essa versão do VBP é preliminar porque ainda será enviada aos municípios para contestação ou não das prefeituras, que podem entrar com recursos. Por isso ele prevê que podem ocorrer alterações neste Valor Bruto da Produção calculado.

Turra destaca que as quatro principais cadeias de alimentos no Paraná: soja, frango, milho e leite correspondem mais da metade do VBP do Estado.

Soja

Somente a soja alcançou uma participação de 24,9% no Estado, com um faturamento bruto total de R$ 22,3 bilhões após a comercialização da safra 2017/18. Esse resultado representa um aumento de 9% sobre o período anterior, que foi de R$ 20,4 bilhões.

De acordo com a economista do Deral, Larissa Nahirny, nesse período o valor e a participação da soja no VPB aumentaram, mas a produção e a produtividade foi menor.

Ocorre que 2017 foi um ano excepcional, com o registro de recorde de produção com um volume de 19,9 milhões de toneladas. E houve recorde de produtividade também decorrentes de clima perfeito durante todo o ciclo de produção.

Na safra seguinte (2018), por causa desse desempenho, a área plantada com soja até aumentou em relação à safra anterior, mas a produção caiu para 19,2 milhões de toneladas por causa da queda de produtividade em decorrência do clima, que prejudicou e atrasou o plantio da safra.

“Sempre lembrando que a comparação da safra de soja está sendo feito com o período 2016/17, cuja safra foi excepcional no Estado e no País, com um clima quase perfeito na época”, disse Larissa Nahirny.

Mesmo assim, na safra 17/18 foi possível assegurar a segunda melhor produtividade já registrada no plantio de soja no Paraná, com um rendimento de 3.537 quilos por hectare.

Segundo ela, o aumento no faturamento bruto da soja, obtido pelos produtores, foi impulsionado pela valorização do grão em decorrência de grave seca na Argentina e aumento da tensão Estados Unidos e China, fatos que favoreceram as exportações brasileiras, com o aumento de preço decorrente da elevação da demanda pela soja brasileira.

Milho

A primeira e segunda safra de milho plantadas no Paraná tiveram uma participação de 6,7% no VBP de 2018, com um valor de R$ 6,02 bilhões. Nominalmente esse resultado representou uma queda de 9% em relação ao ano anterior, cujo faturamento bruto foi de R$ 6,6 bilhões.

Nahirny diz que a produção foi prejudicada pela redução da área plantada com milho em função da queda do preço que não estimulou o plantio. E depois o atraso da colheita da soja reduziu o tempo para o plantio da segunda safra de milho, a qual se consolidou como a maior do Estado.

A produção total entre as duas safras alcançou um volume de 12,1 milhões de toneladas na safra 17/18, uma queda de 33% em relação à anterior, que foi de 18,1 milhões de toneladas.

Trigo

A redução na área plantada com milho em 2018 foi compensada pelo aumento de área com trigo. Na região Oeste e Sudoeste, locais de maior expansão da cultura, a produção de trigo avançou de 2,2 milhões de toneladas no período 16/17 para 2,8 milhões de toneladas em 17/18. O VBP acompanhou essa evolução passando de R$ 1,3 bilhão em 2017 para R$ 2,1 bilhões em 2018, um aumento de 64%.

Frango

No período 2017/18, o Deral constatou redução no número de abates, mas o VBP alcançou a marca de R$ 14,43 bilhões, um aumento de 10%, em valores nominais, sobre o VBP do ano anterior que foi de R$ 13,06 bilhões.

Esse resultado foi turbinado com a valorização no preço. No primeiro semestre do ano ocorreram alguns eventos que prejudicaram a cadeia como o embargo do frango brasileiro pela União Europeia, seguida pela greve dos caminhoneiros em maio de 2018.

Nesse período, muitas aves morreram e os impactos na produção foram significativos. No entanto, a cadeia se recuperou no segundo semestre com desempenho semelhante ao do ano anterior (2017), que foi recorde de exportação, o que resultou num ano favorável aos produtores.

Já no terceiro trimestre de 2018, a cadeia registrava recorde de exportação de carne de frango, com uma boa valorização nos preços. Com isso o preço médio do quilo em 2018 alcançou a marca de R$ 2,73, uma elevação de 7,48% sobre o período anterior, quando o preço médio da carne de frango foi de R$ 2,54 o quilo.

Leite

Foi outro produto com resultado positivo no VBP. O faturamento bruto da produção foi de R$ 5,9 bilhões, 3% a mais que no ano anterior, de R$ 5,7 bilhões, também sem considerar a inflação. Segundo o Deral, ouve redução na produção mas o valor do produto aumentou em 6,6% na média do ano.

A queda na produção, segundo Nahirny, foi provocada pela saída dos pequenos produtores, que não conseguiram se especializar na atividade. Os custos de produção se elevaram e permaneceram na pecuária leiteira os mais especializados, reduzindo a participação dos pequenos que perderam competitividade, esclareceu a técnica.

O preço médio do litro de leite pago ao produtor, que era de R$ 1,21 em 2017, passou para R$ 1,29 o litro em 2018.

Fonte: AEN/Pr

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Brasil expande cooperações e explora novos mercados com a Tailândia

Em reunião com o governo tailandês, foram feitos encaminhamentos para a abertura do mercado de suínos e a eliminação de qualquer impedimento para o trânsito de carga de frango na Tailândia relacionado à influenza aviária

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Foto: Divulgação/Mapa

Prosseguindo com a missão no Sudeste Asiático, um dos principais destinos das exportações agrícolas do Brasil, a delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avançou em importantes cooperações e novos acordos comerciais com o governo da Tailândia nesta semana. O país é o nono maior importador do agronegócio brasileiro, totalizando US$ 3,13 bilhões.

Em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além da ApexBrasil, os representantes do Mapa marcaram presença no Seminário Empresarial Brasil-Tailândia em Bangkok, no dia 25, acompanhados de rodadas setoriais. Com a presença de Nalinee Taveesin, conselheira do primeiro-ministro da Tailândia Srettha Thavisin, mais de 80 participantes trocaram informações sobre setores produtivos, ambiente de negócios, investimentos e oportunidades comerciais, bem como requisitos e procedimentos para importação.

Dentre as associações brasileiras que participaram do Seminário estavam a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).

No dia 26, a comitiva brasileira teve uma reunião no Ministério da Agricultura e Cooperativas da Tailândia com Bunsing Warinrak, assessor do ministro, e Sedthakiat Krajangwongs, vice-ministro, para discutir a ampliação da parceria agropecuária entre os dois países, considerando suas capacidades produtivas. Durante o encontro, acordou-se a implementação do Memorando de Entendimento (MOU), assinado em 2022, para avançar na cooperação técnica agrícola, abrangendo temas como sanidade animal, recuperação de pastagens e agroflorestas, com a primeira reunião do Grupo de Trabalho agendada para a segunda semana de agosto deste ano.

Ainda na audiência, o lado tailandês confirmou a retirada da restrição do trânsito de carne de aves com destino a terceiros mercados por conta da influenza aviária. Os brasileiros também expressaram interesse em obter novas habilitações para exportar carne bovina e farinhas de origem animal, além de solicitarem a redução das altas tarifas de importação aplicadas na Tailândia.

Em outra bilateral com o diretor do Departamento de Pecuária da Tailândia, foram discutidas a habilitação de exportações brasileiras de carne bovina e farinhas de origem animal, com previsão de novas missões para o segundo semestre de 2024. Também se acordou acelerar a abertura de mercado para produtos brasileiros como carne suína, pet food, mel, bovinos vivos e material genético avícola, fortalecendo as relações comerciais entre Brasil e Tailândia.

A delegação brasileira do Mapa é liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e é composta pelo diretor de Promoção Comercial e Investimento, Marcel Moreira; pelo coordenador-geral de Promoção Comercial, Dalci de Jesus Bagollin; e pela adida agrícola na Tailândia, Ana Carolina Lamy. A missão segue agora para Phnom Penh, no Camboja.

Fonte: Assessoria Mapa
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Ministro da Agricultura se reúne com a FPA para detalhar medidas de auxílio ao agro

Em reunião no Mapa, ministro apresentou as propostas do Governo Federal para os produtores impactados pelas intempéries climáticas nesta safra

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Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite de terça-feira (26) para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.

Participaram da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.

Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.

O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.

Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com impacto de Alimentação e Bebidas, IPCA-15 é de 0,36% em março

IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023

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IPCA-15 desacelera em março, mas altas no grupo Alimentação e bebidas pesaram no índice - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

A prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual (p.p.) menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado na terça-feira (26) pelo IBGE.

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43% e 0,09 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

No grupo Alimentação e bebidas (0,91%), a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

No grupo Transportes (0,43%), houve queda na passagem aérea (-9,08%), que registrou o maior impacto negativo (-0,07p.p.) no mês. Por outro lado, a gasolina (2,39%) teve o maior impacto positivo (0,12 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (2,41%), houve alta nos preços do etanol (4,27%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,61% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (6,04%), a partir de 8 de fevereiro.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus intermunicipal (0,71%) foi influenciada por reajustes no Rio de Janeiro (6,69%), a partir de 24 de fevereiro; e em Curitiba (6,41%), a partir de 5 de fevereiro. No subitem trem (-1,00%), houve redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-2,20%), a partir de 2 de fevereiro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

No grupo Habitação (0,19%), no resultado do gás encanado (-0,35%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-1,20%), redução de 2,29%.

Belém tem o maior avanço e Goiânia, o menor

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Belém (0,74%), por conta das altas do açaí (18,87%) e da gasolina (1,96%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,14%), que apresentou queda nos preços do automóvel usado (-3,19%) e das carnes (-1,02%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a abril, será no dia 26 de abril.

Fonte: Agência IBGE Notícias
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Imeve Suínos março

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