Conectado com
VOZ DO COOP

Bovinos / Grãos / Máquinas Milho

“Vai ser uma nova era da safrinha brasileira”, diz profissional sobre milho resistente a lagarta

Essa é a terceira geração de biotecnologias no controle de lagartas e a única que dispensa totalmente o uso de inseticidas

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

O produtor rural brasileiro ganhou uma nova oportunidade para o plantio do milho safrinha: a tecnologia que controla a invasão de lagartas nas lavouras. O novo híbrido, batizado de NS 45 VIP 3, promete, além de controlar a praga, ser mais resistente à falta de chuvas, sem perder as altas produtividades. Essa é a terceira geração de biotecnologias no controle de lagartas e, segundo o engenheiro agrônomo e gerente de produto de sementes de milho da Nidera, Caio Favrin, é a única que dispensa totalmente o uso de inseticidas para o complexo de lagartas.

“A biotecnologia VIP 3 visa o controle de lagartas, das folhas, da espiga e elasmo. Hoje é a tecnologia mais moderna que se tem no mercado com relação ao controle efetivamente. Quando se compara com as demais, é a única que tem um controle efetivo do complexo de lagartas”, aponta. “Quando se pensa em biotecnologias, você separa em três geração. A primeira geração já perdeu efetividade. Hoje o agricultor precisa fazer aplicação contra lagartas. A segunda geração tem um controle razoável, no entanto ainda precisa fazer aplicações contra a lagarta. Quando a gente fala da VIP 3, que é a terceira geração de biotecnologias, você não precisa fazer aplicação porque, de fato, a incidência de lagartas é controlada pela própria biotecnologia. O benefício é a comodidade de não fazer aplicações para o controle. É mais sustentável, gera menor custo de aplicações e maior comodidade”, argumenta o engenheiro agrônomo.

Usando essa tecnologia, o programa de melhoramento genético da empresa, explica Favrin, chegou ao híbrido que começa a ganhar os campos do Brasil nessa safrinha. “Estamos lançando o NS 45 VIP 3, que vem para a safrinha brasileira. É um híbrido para o Brasil inteiro, que entra no mercado de superprecoces”, cita. De acordo com ele, são duas características principais que permitem vislumbrar um bom espaço no mercado. “A gente está confiante porque temos a alta produtividade associada à estabilidade, especialmente em situações de estresse hídrico. Esse é um híbrido que em situações de estresse hídrico se comporta muito bem”, pontua. “Ele vai sentir a falta de água, mas se comparar com outros híbridos, a gente identifica que ele alcança uma produtividade maior. É o que a gente analisou antes do lançamento”, menciona o profissional.

Produtividade e segurança

O híbrido é responsivo ao investimento e também permite ao agricultor ter mais segurança na hora de colher os resultados, avalia Favrin. “O que muda para o produtor é que ele está cultivando um híbrido com produtividade associado a tributos de segurança. Você tem um ciclo mais rápido, então você consegue fugir eventualmente das geadas ou do corte de chuvas. A tolerância maior ao estresse hídrico e a tecnologia de combate às lagartas. A gente acredita que vai ter uma rápida aceitação com os produtores”, aponta.

De acordo com o engenheiro, esse é o ano de difusão desse híbrido e ele está sendo muito bem recebido. “Estamos entusiasmados sobre o que esse híbrido vai representar no mercado da safrinha nos próximos anos. Acreditamos que vai ser uma nova era da safrinha brasileira”, argumenta.

De acordo com Favrin, a próxima safra de milho deve ser farta, gerando rentabilidade ao produtor. “Vamos ter uma boa safrinha, os agricultores estão plantando dentro de uma janela boa, com plantio antecipado. Teremos uma safrinha bastante produtiva, acreditamos que o produtor vai ter rentabilidade neste ano”, sustenta.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de março/abril de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Primeiro trimestre de 2024 se encerra com estabilidade nos custos

Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

Publicado em

em

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira se manteve estável de fevereiro para março, considerando-se a “média Brasil” (bacias leiteiras de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Com isso, o primeiro trimestre de 2024 se encerrou com uma leve retração no custo, de 0,3%. Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

Dessa forma, os custos com o arraçoamento do rebanho acumulam queda de 1,8%. Sendo este o principal componente dos custos de produção da pecuária leiteira, reforça-se que a compra estratégica dos mesmos pode favorecer o produtor em períodos adversos.

No mercado de medicamentos, o grupo dos antimastíticos foi o que apresentou maiores elevações em seus preços, sobretudo em MG (1,2%) – este movimento pode ter sido impulsionado por chuvas intensas em algumas regiões do estado ao longo do mês.

Por outro lado, produtos para controle parasitário registraram leves recuos, enquanto vacinas e antibióticos ficaram praticamente estáveis. Tendo em vista o preparo para o plantio das culturas de inverno nesta época do ano, foi possível observar valorização de 7,4% das sementes forrageiras na “média Brasil”, com os avanços chegando a ficar acima de 10% no Sul do País.

Tal atividade também impacta diretamente o mercado de fertilizantes, que registou recuperação de 0,3% na “média Brasil”. Por outro lado, o mercado de defensivos agrícolas apresentou queda de 0,4%, a qual foi associada ao prolongamento das chuvas em algumas regiões, o que reduz, por sua vez, a demanda por tais insumos.

De maneira geral, a estabilidade nos preços dos principais insumos utilizados e a elevação do preço do leite pago ao produtor contribuíram para a diluição dos custos da atividade leiteira no período, favorecendo a margem do produtor.

Cálculos do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro, apontam elevações de 4% na receita total e de 30% na margem bruta (o equivalente a 9 centavos por litro de leite), considerando-se a “média Brasil”.

Relação de troca

Em fevereiro, a combinação entre valorização do leite e a queda no preço do milho seguiu favorecendo o poder de compra do pecuarista leiteiro. Assim, o produtor precisou de 28 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg do grão – o resultado vem se aproximando da média dos últimos 12 meses, de 27 litros/saca.

Fonte: Por Victoria Paschoal e Sérgio Lima, do Cepea
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Menor oferta de matéria-prima mantém preços dos derivados em alta

Cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Publicado em

em

Foto: Rubens Neiva

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços do negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

O leite em pó fracionado (400g), também negociado no atacado de São Paulo, teve média de R$ 28,49/kg em março, aumento de 0,99% no comparativo mensal e de 9,6% no anual, em termos reais.

A capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada, e o momento é delicado para a indústria, que tem dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima à ponta final.

Agentes de mercado consultados pelo Cepea relatam que as vendas nas gôndolas estão desaquecidas e que, por conta da baixa demanda, pode haver estabilidade de preços no próximo mês.

Abril

As cotações dos derivados lácteos seguiram em alta na primeira quinzena de abril no atacado paulista.

O valor médio do UHT foi de R$ 4,21/litro, aumento de 1,99% frente ao de março, e o da muçarela subiu 0,72%, passando para R$ 28,87/kg.

O leite em pó, por outro lado, registrou queda de 2,04%, fechando a quinzena à média de R$ 27,91/

Colaboradores do Cepea afirmaram que os estoques estão estáveis, sem maiores produções devido às dificuldades de escoamento dos produtos

Fonte: Por Ana Paula Negri e Marina Donatti, do Cepea.
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Preço ao produtor avança, mas dificuldade em repassar altas ao consumidor preocupa

Movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo.

Publicado em

em

Foto: JM Alvarenga

O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA). Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

O movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Nesse contexto, laticínios e cooperativas ainda disputam fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima.

A limitação da produção se explica pela combinação do clima (seca e calor) com a retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira. Porém, a elevação da receita e a estabilidade dos custos neste primeiro trimestre têm contribuído para melhorar o poder de compra do pecuarista frente aos insumos mais importantes da atividade.

A pesquisa do Cepea, em parceria com a CNA, estima que a margem bruta se elevou em 30% na “média Brasil” nesse primeiro trimestre. Apesar da expectativa de alta para o preço do leite captado em março, agentes consultados pelo Cepea relatam preocupações em relação ao mercado, à medida que encontram dificuldades em realizar o repasse da valorização no campo para a venda dos lácteos.

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos lácteos no atacado paulista seguiram avançando em março. Porém, as variações observadas na negociação das indústrias com os canais de distribuição são menores do que as registradas no campo.

Ao mesmo tempo, as importações continuam sendo pauta importante para os agentes do mercado. Os dados da Secex mostram que as compras externas de lácteos em março caíram 3,3% em relação a fevereiro – porém, esse volume ainda é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Por Natália Grigol, do Cepea.
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.