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Vacinação de bovinos pode aumentar prosperidade econômica, ambiental e social, aponta pesquisa
Relatório publicado da HealthforAnimals destaca a redução de 12,8% na área de produção com 40% de bovinos vacinados.
A organização independente de pesquisa e análise Oxford Analytica acaba de divulgar o relatório Animal Health and Sustainability: A Global Data Analysis, principal representante global da indústria de saúde animal e defensora da melhoria do bem-estar, sustentabilidade e prosperidade globais. Entre as diversas descobertas relevantes, destaca-se a informação de que, no Brasil, uma taxa de vacinação de bovinos de 40% está associada a uma redução de 12,8% na área necessária para a produção. Para Emílio Salani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), é muito importante haver estudos aprofundados e sua relação com a sustentabilidade global, visando alcançar a prosperidade econômica, ambiental e social.
A Oxford Analytica desenvolveu um modelo de pesquisa exclusivo para avaliar os impactos da saúde do gado na sustentabilidade, o que levou a importantes descobertas. No âmbito econômico, as doenças pecuárias se convertem em perdas de produção de US$ 358,4 bilhões por ano. Em relação ao meio ambiente, uma redução de 10 pontos percentuais nessas enfermidades está ligada a uma diminuição de 800 milhões de toneladas nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). E, socialmente, em média, cada dois bovinos vacinados evitam que uma pessoa passe fome globalmente. Os dados evidenciam que o animal saudável é uma solução para a sustentabilidade, já que ela está diretamente relacionada à produtividade mais elevada, menores emissões e menos pessoas sofrendo com a fome.
“Acreditamos que o relatório fornece informações críticas que orientarão nosso trabalho e esforços futuros positivos para a indústria. Estamos constantemente atuando e promovendo iniciativas vitais como a vacinação e a criação responsável de animais de produção para garantir uma prosperidade econômica, ambiental e social sustentável, o que nos motiva a seguir trabalhando em conjunto com governos, indústrias e sociedades”, comenta Salani.
Saúde Animal e Sustentabilidade
No que se refere às questões econômicas, o relatório demonstrou que as doenças animais reduzem significativamente a produtividade pecuária global e afetam a renda dos produtores. Em 2018, por exemplo, a produção global de aves foi reduzida em 2,8 milhões de toneladas, enquanto a de ovos foi reduzida em 3 milhões de toneladas, o equivalente a uma perda de US$ 5,6 bilhões. Ainda nesse sentido, observou-se que a vacinação está relacionada ao aumento da produção e a uma taxa global de vacinação de 60% para bovinos de corte está associada a um aumento de 52,6% na produção, equivalente às necessidades de consumo de carne bovina de 3,1 bilhões de pessoas.
Por outro lado, constatou-se que as enfermidades nos animais de produção causam uma queda da disponibilidade de alimentos e na renda agrícola, alcançando uma perda anual de 80 bilhões de quilos de carne e 179,5 bilhões de quilos de laticínios, redução que custa aos produtores um total de US$ 358,4 bilhões.
Na conexão entre saúde animal e sustentabilidade ambiental, o relatório enfatizou que a doença do gado está ligada a um aumento considerável nas emissões de gases de efeito estufa e no uso da terra, enquanto a vacinação está relacionada a reduções em ambos. Em complemento, a diminuição de 10 pontos percentuais na prevalência dessas morbidades resulta em uma queda de mais de 800 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa, equivalente às emissões médias anuais de 117 milhões de europeus. Além disso, a melhoria neste sentido permite a produção de proteína suficiente para atender às necessidades de mais de 9 bilhões de pessoas em 2050, sem aumentar as emissões.
As taxas mais elevadas estão associadas a níveis mais elevados de desnutrição e insegurança alimentar em todo o mundo. O estudo indicou que a doença aviária foi responsável por um aumento de 2% na fome global em 2018 e 5% em 2019, correspondendo a um acréscimo de 13,6 milhões de pessoas em 2018 e 34,39 milhões em 2019.
De forma conclusiva, o documento apontou que o adoecimento dos animais apresenta uma ampla variação de prevalência e taxas ao redor do mundo, sendo que países de alta renda conseguiram eliminar os problemas, exemplo febre aftosa. Da mesma forma, a qualidade das medidas de saúde animal e infraestrutura veterinária também variam, fator que pode influenciar na eficácia da criação. A análise também indica que o controle de doenças pecuárias em todos os contextos tem benefícios multiplicadores para a economia, sustentabilidade ambiental e social. Isto inclui a redução de emissões, fome, desnutrição e pobreza, alinhando-se com as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.
“Como apresentado no relatório, a melhoria é uma peça fundamental no quebra-cabeça da sustentabilidade e prosperidade globais. Por isso, torna-se imperativo que governos, indústria e sociedade em geral trabalhem em conjunto para garantir a saúde e bem-estar sustentáveis dos animais, um compromisso que nós, como representantes da indústria, levamos muito a sério”, conclui Emílio Salani.
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Plantio de soja avança no Paraná e já cobre 1,3 milhão de hectares, 22% da área prevista
Lavouras estão em boas condições, mantendo-se a previsão de 22,4 milhões de toneladas para a safra de verão 2024/25. Analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo.
As condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão.
A informação sobre o plantio faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.
Feijão – O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% comparativamente aos R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.
O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.
Grama – Os gramados geraram renda bruta de R$ 158,3 milhões em 17,7 milhões de metros quadrados no Paraná. Isso representa 63,4% dos R$ 249,6 milhões de
Valor Bruto da Produção (VBP) da floricultura em 2023. A produção é maior no Núcleo Regional de Maringá, com 30,1% do total, e Curitiba, com 29,3%.
Entre os municípios, a maior produção de gramados concentra-se em São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados e valor de R$ 34,4 milhões no ano passado. Marialva, no Noroeste, é o segundo com 3,6 milhões de metros quadrados e R$ 32,4 milhões em valores. Os dois municípios respondem por 42,2% do total cultivado no Estado.
Suínos – O Paraná foi o principal fornecedor de carne suína para o mercado interno no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE e com o Agrostat/Mapa. Cerca de 486 mil toneladas, ou aproximadamente 86% do produzido no Estado, foram comercializadas no Brasil.
Devido principalmente à proximidade com grandes centros consumidores, o Paraná mantém a liderança desde 2018, com Santa Catarina passando à segunda colocação. No primeiro semestre de 2024 o estado vizinho forneceu 457 mil toneladas ao mercado interno, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 328 mil toneladas.
Mel – Sobre o mel, o documento do Deral registra que nos oito primeiros meses do ano as empresas nacionais exportaram 24.240 toneladas in natura. O volume é 27% superior às 19.085 toneladas do mesmo período de 2023. O faturamento chegou a US$ 62,3 milhões, contra US$ 60,8 no ano passado.
O Paraná está na quarta colocação, com 2.415 toneladas exportadas e US$ 6,1 milhões em receitas. No ano anterior o volume tinha sido de 1.084 toneladas para US$ 3,2 milhões. Piauí lidera a exportação, com 7.794 toneladas e US$ 19,3 milhões de faturamento.
Ovos– A Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, em setembro, mostrou uma produção de 4,995 bilhões de dúzias de ovos em 2023 no Brasil, marcando um novo recorde no segmento que tem crescido ininterruptamente desde 1999.
São Paulo ficou na liderança, com produção de 1,1 bilhão de dúzias. O Paraná ocupa a segunda posição desde 2011, quando ultrapassou Minas Gerais. No ano passado o Estado produziu 492,4 milhões de dúzias.
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Brasil alcança mais um recorde histórico com número de novos mercados abertos para o agro brasileiro
Até o momento, são 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado em gestões anteriores
Outubro começou com uma conquista histórica para o governo brasileiro, marcando um novo patamar nas exportações agrícolas do país sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em apenas 21 meses, o Mapa atingiu a abertura de 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado nos quatro anos da gestão anterior, que alcançou 239 aberturas.
“Esse resultado é reflexo do nosso compromisso em fortalecer a agropecuária brasileira e abrir novas oportunidades para agricultores e pecuaristas. As aberturas de mercado representam uma vitória não apenas para o setor, mas para toda a economia do país. Nosso trabalho continua, e temos a certeza de que ainda há muito a ser conquistado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Desde o início de 2023, setembro foi o mês com o maior número de mercados alcançados. Foram 50 mercados em 14 países, superando o recorde da série histórica registrado em junho deste ano, quando 26 mercados foram abertos em apenas 30 dias.
Neste mês de outubro, já ocorreram aberturas de mercado em Cuba (para sêmen e embriões bovinos e caprinos) e no Japão (para farelo de mandioca, feno, polpa cítrica desidratada, flor seca de cravo-da-índia, flor seca de erva-mate e fruto seco de macadâmia, com ou sem casca).
Ao longo dos últimos anos, o crescimento é evidente. Em 2023, foram 78 aberturas em 39 países; em 2022, 53 mercados em 26 países; em 2021, 77 aberturas em 33 países; em 2020, 74 mercados em 24 países; e em 2019, 35 mercados em 18 países.
Neste ano, o Mapa abriu 168 novos mercados, com recordes sendo estabelecidos quase todos os meses. Essa diversificação abrange uma ampla variedade de produtos além dos tradicionais, como carnes e soja, incluindo pescados, sementes, colágeno, café verde e açaí em pó.
“Esse recorde, com as novas aberturas de mercado, é resultado da retomada do diálogo internacional e das boas relações diplomáticas, lideradas pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Fávaro. Isso cria novas oportunidades para produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país”, destaca Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
O resultado positivo é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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Missão do Mapa em Honduras e Cuba traz avanços na cooperação e quatro novos mercados para produtos do agro
A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas
Entre os dias 26 de setembro e 2 de outubro, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão oficial em Tegucigalpa, Honduras, e Havana, Cuba, com o objetivo de fortalecer a cooperação e o comércio no setor agropecuário. A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas.
A delegação brasileira contou com o secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares e o diretor de Promoção Comercial e Investimentos da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira.
Durante o encontro com o vice-ministro da Pecuária de Honduras, José Ángel Acosta, o diretor-geral do Serviço Nacional de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar (SENASA), Ángel Emilio Aguilar Mejía, e o diretor executivo da Direção de Ciência e Tecnologia Agropecuária (DICTA), Arturo Galo, foram debatidas iniciativas para fortalecer a sanidade agropecuária, incentivar a inovação tecnológica e expandir o comércio de produtos agropecuários entre os dois países. O Brasil manifestou interesse em ampliar o acesso de seus produtos ao mercado hondurenho, com foco em carne suína, material genético avícola, ovos e farinhas de origem animal. As autoridades hondurenhas se comprometeram a acelerar as análises necessárias para viabilizar essas importações.
Além disso, ficou acordada a elaboração de um Memorando de Entendimento (MoU) voltado para o desenvolvimento de políticas agrícolas, cooperação técnica e científica, fortalecimento da cadeia produtiva de carne suína em Honduras e ampliação do comércio bilateral.
Em encontro com Santiago Vélez, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em Honduras, foram discutidos o cenário agropecuário na América Central e a promoção da cooperação e integração regional. Também foi destacado o papel do futuro adido agrícola do Mapa, que assumirá suas funções em dezembro na Costa Rica, atuando em toda a América Central e Caribe, com o objetivo de intensificar a cooperação e as oportunidades comerciais na região.
De Honduras, o secretário-executivo adjunto do Mapa seguiu para Cuba, onde se reuniu com o vice-ministro da Agricultura de Cuba, Diosnel San Loys Martinez, reafirmando o compromisso de ambos os países em avançar no comércio e cooperação, incluindo melhoramento genético, compartilhamento de recursos genéticos, cooperação científica, agroecologia e políticas agrícolas.
Em seguida, a delegação brasileira se reuniu com o diretor do Centro Nacional de Sanidad Animal (CENASA), Roymi Hernandez Cuervo, e com a chefe de Quarentena Vegetal, Rafael Pérez. Durante a visita, o CENASA anunciou a aprovação dos requisitos apresentados pelo Brasil para a exportação de sêmen e embriões de ovinos e caprinos, configurando quatro novas aberturas de mercado. Também foi realizada uma atualização do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para ovos férteis e pintos de um dia. Além disso, as partes acordaram avançar na elaboração de um Memorando de Entendimento em defesa agropecuária, abrangendo defesa animal e vegetal, vigilância sanitária, laboratórios, quarentena e inspeção de produtos de origem vegetal e animal.
Ainda em Havana, a comitiva do Brasil se reuniu com o secretário-geral da Câmara de Comércio de Cuba, Omar Jimenez, discutindo oportunidades para ampliar o comércio e os investimentos brasileiros no setor agropecuário, com ênfase em projetos de produção de aves, suínos e grãos, além de incentivar a participação de empresários brasileiros e cubanos em feiras agropecuárias e de alimentos.
O secretário Cleber também manteve reunião com o subdiretor de Relações Internacionais do Grupo Empresarial AZCUBA, Yosbedy Pérez, discutindo oportunidades de negócios e cooperação científica no setor açucareiro. À tarde, visitou a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), onde se encontrou com a diretora de Coordenação e Trâmites, Wendy Miranda, e o diretor de Controle e Fiscalização, Ramon Daniel. Durante a visita, foram apresentadas as facilidades oferecidas pela ZEDM para atrair investimentos brasileiros no agronegócio e discutida a possibilidade de estabelecer uma planta processadora de soja em parceria com o Brasil.
Ao fim da missão, o secretário-executivo adjunto destacou o balanço positivo das visitas, enfatizando a aproximação e a definição de ações concretas de cooperação e as novas oportunidades comerciais geradas. “A missão foi extremamente produtiva, pois conseguimos definir iniciativas claras de cooperação e abrir novas frentes para o comércio agropecuário. Isso trará benefícios mútuos e reforça o papel do Brasil como um parceiro estratégico para o desenvolvimento agrícola e comercial de nossos países amigos na América Central”, afirmou Soares.