Suínos Saúde Animal
Vacina na produção animal é crucial também para a saúde humana
Na produção animal, as vacinas são ferramentas de extrema importância para manter os planteis e seus consumidores livres de doenças
O mundo todo busca uma vacina contra a Covid-19, doença causada nos seres humanos pelo novo Coronavírus. Na produção animal, as vacinas são ferramentas de extrema importância para manter os planteis e seus consumidores livres de doenças. Para entender um pouco mais sobre o que são, como agem e outras questões, o jornal O Presente Rural entrevistou a pesquisadora Ana Paula Bastos e pesquisador Luizinho Caron, ambos da Embrapa Suínos e Aves, com sede em Santa Catarina. Confira e bom aprendizado.
O Presente Rural (OP Rural) – As vacinas servem para que?
Ana Paula Bastos e Luizinho Caron (Bastos e Caron) – As vacinas são substâncias biológicas, produzidas a partir de partes ou o microrganismo completo, atenuado ou morto, introduzidas nos animais a fim de protegê-los das respectivas doenças. Na prática, elas ativam o sistema imunológico, “ensinando” o organismo do animal a reconhecer e combater vírus e/ou bactérias em futuras infecções. Para isso, são compostas por componentes ou toxinas do microrganismo que causa a doença, ou pelo próprio agente patogênico em versões atenuadas (o vírus ou a bactéria enfraquecidos) ou inativadas (os agentes estão mortos). Portanto, as vacinas contêm antígenos de vírus, bactérias, toxinas bacterianas ou parasitas.
O objetivo da vacinação é estimular o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos contra o antígeno administrado para evitar o desenvolvimento da doença caso o animal tenha contato futuro com esses vírus, bactérias ou parasitas e assim proporcionando proteção contra infecções a longo prazo. A maioria das vacinas estimula tanto uma resposta humoral quanto uma resposta mediada por células.
Algumas vacinas que são raras podem induzir uma imunidade estéril, ou seja, após vacinado por um determinado período o sistema imune é capaz de barrar via anticorpos qualquer tentativa de replicação do vírus no animal após o desafio. O mais próximo disso é a vacina contra Peste Suína Clássica (PSC), mas a maioria das vacinas não consegue inibir a replicação do vírus ou a proliferação da bactéria, mas evita a manifestação dos sinais clínicos ou da doença que esta provoca. Na produção de suínos muitas vezes uma vacina que reduz ou mitiga as perdas econômicas promovidas pelas doenças, já proporciona uma grande melhora no desempenho produtivo.
OP Rural – Como são produzidas?
Bastos e Caron – Várias estratégias básicas são usadas para fazer vacinas. Os pontos fortes e as limitações de cada abordagem são descritos aqui.
As vacinas podem ser vivas, contendo organismos vivos que se multiplicarão no suíno ou inativada, contendo apenas microrganismos mortos que não se multiplicarão no animal.
Em vacinas vivas, os microrganismos geralmente foram atenuados (isto é, sua virulência foi reduzida ou eliminada), de modo que, embora se multiplique no suíno, normalmente não causa nenhuma doença. Exemplos são a vacina PRRS (embora algumas possam causar reações leves), vacinas contra a doença de Aujeszky (pseudo-raiva) e vacinas clássicas da peste suína. As vacinas vivas atenuadas têm a vantagem de que, por se multiplicarem no suíno, dão um estímulo antigênico maior, resultando em uma imunidade mais forte e duradoura, além disso, são vacinas em que efeitos colaterais no local da aplicação ou generalizado (em todo o corpo) como choque anafilático ou anafilactoide serem muito raros, pois a dose de antígeno utilizada para a imunização é muito pequena. No entanto, essas vacinas têm a desvantagem de serem sensíveis e portanto, facilmente inativadas (mortas) e assim tornando-se inúteis em condições incorretas de armazenamento (colocadas no calor) ou durante a administração (por exemplo, por exposição a anti-sépticos ou desinfetantes), pois estas vacinas necessitam estar vivas ao serem administras aos animais para possam se replicar em seus tecidos e induzirem a imunidade.
As vacinas inativadas (mortas) podem conter microrganismos inteiros, partes antigênicas de organismos ou antígenos que foram sintetizados quimicamente. Um exemplo de uma vacina de organismo inteiro comumente usada é a vacina contra erisipela (Na América do Norte, essas vacinas são frequentemente chamadas de bacterinas). A imunidade produzida por vacinas inativadas pode ser aumentada pela adição de adjuvantes.
As vacinas inativadas também podem conter toxinas que foram modificadas para que estimulem uma resposta imune, mas não sejam tóxicas para o animal. As toxinas que foram modificadas dessa maneira são chamadas de toxóides. A vacina clássica desse tipo é o toxóide tetânico, que é comumente usado em cavalos, mas raramente em suínos. Em suínos, algumas das vacinas contra E. coli (diarreia de leitões) e as vacinas clostridiais contra disenteria de leitões contêm toxóides.
Vacinas autógenas são aquelas preparadas com patógenos infecciosos de rebanhos correlacionados a serem vacinados à partir de bactérias ou vírus patogênicos específicos isolados do animal doente. Os organismos causais devem ser isolados, crescidos, mortos e transformados em uma forma de vacina segura. Vacinas autógenas podem ser úteis quando surtos graves de doenças ocorrem e vacinas comerciais padrão não estão disponíveis.
Uma desvantagem de vacinar um rebanho é que você não pode usar exames de sangue para verificar se o organismo está presente no rebanho ou não. Todos os suínos terão resultados positivos, o que tem implicações óbvias para um programa de erradicação baseado em exames de sangue, por exemplo, a erradicação da peste suína ou da doença de Aujeszky (pseudo-raiva). Para superar isso, foram desenvolvidas vacinas com genes deletados. Uma parte do gene do organismo que codifica um antígeno foi removida para que, quando o organismo se multiplique no suíno, ele não estimule anticorpos contra essa parte do antígeno. Os exames de sangue especiais podem distinguir entre a variedade de anticorpos da doença e os estimulados pela vacina. Uma nova geração de tais vacinas manipuladas por genes chamadas em inglês “DIVA” (Differentiation of infected from vaccinated animals) ou vacina marcada que diferencia animal vacinado de infectado.
Vale ressaltar que o desenvolvimento de uma vacina é um processo complexo que envolve uma série de etapas, as quais levam tempo para serem cumpridas. Este processo engloba vários processos experimentais e de pesquisa; isto é, até uma vacina ser licenciada para uma doença e chegar aos produtores são necessários estudo, análises, aplicação em modelos experimentais (cobaias) e exames de reações de inocuidade e a eficácia. O processo de pesquisa para uma vacina começa com o estudo do agente causador da doença (vírus ou bactéria), a equipe isola o agente em laboratório e observa como esse agente provoca a doença. Posteriormente segue as seguintes fases de desenvolvimento: ensaios pré-clinicos, ensaios clínicos e licenciamento.
OP Rural – Como são definidas as vacinas que serão usadas?
Bastos e Caron – De modo ideal, espera-se que uma vacina seja capaz de conferir proteção prolongada do animal frente a uma nova exposição ao agente patogênico, caracterizando a imunidade de longa duração ou memória. A memória imunológica é que permitirá uma resposta imune intensa frente a uma nova exposição desse microrganismo patogênico. Vacinas devem apresentar facilidade de administração, custo de aquisição acessível, adequada estabilidade da vacina durante o armazenamento e após a inoculação no organismo, adequação à programas de vacinação em massa e capacidade de estimular imunidade forte e duradoura. Devem causar o menor número possível de efeitos colaterais e não afetar o desempenho produtivo dos animais. Contudo, a maioria das vacinas requer múltiplas doses para imunizar adequadamente e a via de administração gera custo extra para o produtor, como mão-de-obra disponível e treinada para executar adequadamente a vacinação.
Como solução, novas tecnologias estão sendo utilizadas para tornar as vacinas resistentes a diferentes temperaturas e usam adjuvantes que em conjunto também aumentam a imunogenicidade (a capacidade de uma substância provocar uma resposta imune), combinam antígenos vacinais e sistemas de entrega para as mucosas, pele ou via parenteral livre de agulha, melhorando os procedimentos de imunização, fazendo com que esse manejo no sistema de produção seja adequado e eficiente nas categorias críticas sob o ponto de vista imunológico na produção; como exemplo, os leitões e as porcas lactentes na suinocultura.
O suinocultor também deve avaliar se a vacinação irá gerar retorno econômico a curto, médio ou a logo prazo. Destacamos que isso não se aplica para as vacinas para enfermidades infecciosas graves e que são impostas pelas autoridades sanitárias oficiais, quando o principal objetivo é erradicação e controle das enfermidades. Tentar equilibrar o custo-benefício da vacina e outros insumos é difícil. As granjas comerciais não são projetadas para pesquisa; portanto, às vezes é difícil tirar conclusões de seu uso. No sentido mais básico, as vacinas são ferramentas de gerenciamento de riscos econômicos e de doenças. Portanto, impressões clínicas, dados de produção e informações financeiras devem ser usadas para avaliar o sucesso. Para tal, deve-se avaliar, portanto, o custo da vacina, custo da vacinação (mão de obra, agulhas, seringas, armazenamento), e o retorno gerado a partir da vacinação com a melhora da qualidade da carcaça, redução de condenações, melhora no ganho de peso, redução no uso de antibióticos ou tratamentos terapêuticos, aumento da média de leitões nascidos vivos por porca. Conhecer bem o seu sistema de produção para poder avaliar a probabilidade de um surto de alguma enfermidade que possa trazer sérios danos ao desempenho produtivo da granja também deve ser considerado.
OP Rural – Isso difere de região para região ou país? Ou ainda, quais as mais usadas no Brasil?
Bastos e Caron – O programa de vacinação difere entre países, estados, regiões e sistema de produção. Infelizmente não existe um programa de vacinação que possa ser recomendado para todas as granjas, já que o programa deve ser elaborado pelo médico veterinário, levando em conta os problemas sanitários e o manejo empregado em cada granja. Esse programa poderá ser alterado de acordo com o surgimento de novas vacinas, mudança no padrão das enfermidade e aparecimento de novas doenças, bem como também em função de alterações no manejo. Assim, é importante acompanhar os índices produtivos e ter o acompanhamento de um veterinário que conheça bem a etiologia, patogenia, epidemiologia das enfermidades, para utilizar todas as ferramentas de forma a obter o melhor resultado econômico possível.
Na suinocultura brasileira, nas áreas livre de Peste Suína Clássica (PSC) é proibida a vacinação, como nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de alguns estados do Norte e Nordeste. Esta é uma enfermidade cuja notificação é obrigatória. Para esses casos está previsto a implantação das medidas do programa de contingenciamento contra PSC do PNSS (Programa Nacional de Sanidade de Suídeos). Todavia, alguns estados do Norte e Nordeste do Brasil ainda são endêmicos para a peste suína clássica. Dessa forma, o MAPA – DSS – estabeleceu um programa de vacinação estratégica e obrigatória, em que profissionais dos órgãos de defesa estadual vão a todos os estabelecimentos onde há suídeos e vacinam os animais. Associado a este programa também são tomadas medidas de controle de transito e de entrada e saída de animais nestas regiões. Após dois ou três anos de encerrar o programa de vacinação estão previstos inquéritos epidemiológicos para avaliar o “status” sanitário do estado, ou região. A vacina utilizada contra a PSC é uma vacina atenuada chamada cepa Chinesa, a qual é altamente eficiente, mas a impossibilidade de se diferenciar sorologicamente animais vacinados de animais que foram infectados com vírus de campo é uma dificuldade par o programa de erradicação. O que implica na retirada da vacinação e a necessidade de se aguardar algum tempo, de renovação do plantel para se realizar os inquéritos epidemiológicos.
As principais doenças que acometem os suínos no Brasil e necessitam de vacinação são a Parvovirose, a Leptospirose, a Colibacilose, a Erisipela, a Circovirose, a Rinite atrófica, e a Pneumonia enzoótica. Sugerimos aqui um programa mínimo de vacinação para um rebanho suíno, lembrando que algumas criações podem exigir outras vacinas.
Leitoas: Na quarentena ou chegada na granja, recomenda-se a primeira dose de parvovirose, erisipela e leptospirose e com 20 a 30 dias após a chegada, a segunda dose. Com 70 dias de gestação, devem ser aplicadas as primeiras doses de colibacilose, rinite atrófica e pneumonia enzoótica. Com 90 dias, as respectivas segundas doses.
Porcas: Dose única de colibacilose, rinite atrófica e pneumonia enzoótica aos 90 dias de gestação. Dose única também para a parvovirose, leptospirose e erisipela de 10 a 15 dias após o parto.
Cachaços: Na quarentena ou chegada na granja, uma dose de parvovirose, erisipela, leptospirose e uma de rinite atrófica. Após, renovar a dose de rinite atrófica semestralmente e a de parvovirose anualmente.
Leitões: De acordo com a recomendação do fabricante ou veterinário, uma ou duas doses de pneumonia enzoótica e circovirose. É importante evitar o período de castração ou desmame dos leitões para fazer a aplicação das vacinas. Isso porque nesses períodos, o estresse do leitão é muito grande, comprometendo o desenvolvimento de uma resposta imunológica satisfatória.
Outras doenças comuns a suínos que requerem vacinação são a Peste suína clássica, a Leptospirose, a Erisipela, a Pleuropneumonia, a Doença de Aujeszky e a Paratifo, que devem ser aplicadas se assim recomendadas.
OP Rural – Como as vacinas ajudam no bem-estar dos animais?
Bastos e Caron – Em 1979 a Farm Animal Welfare Council publicou um documento com os princípios que hoje norteiam as boas práticas de bem-estar animal e a legislação relativa ao assunto. Nesse documento postulam as 5 liberdades dos animais, dentre essas consta o animal estar livre de dor, doença e injuria.
A saúde animal é um fator de importância crucial na agricultura moderna, a saúde precária em si é um problema de bem-estar para os animais em questão. Ademais, a falta de bem-estar animal, mesmo na ausência de qualquer doença, também é importante porque pode afetar a produtividade. Sendo, desta forma, importante promover a boa saúde animal e o bem-estar animal para ajudar a garantir boa produtividade e segurança alimentar. Proteger a saúde dos animais por meio da vacinação leva a um melhor bem-estar, e a manutenção do bom bem-estar garante que os animais possam responder com êxito à vacinação. É claro que a vacinação tem enormes vantagens para o bem-estar animal e, embora os possíveis efeitos colaterais da vacinação ou a administração da vacina possam ter um efeito negativo no bem-estar de alguns animais, os danos causados por esses efeitos indesejados devem ser pesados contra os benefícios indubitáveis para grupos de animais. A vacinação pode ser usada durante surtos de doenças como uma alternativa viável, evitando assim os problemas de bem-estar que o abate em massa na granja pode causar.
É importante compreender que existe uma conexão entre bem-estar e saúde o que pode aumentar a resistência a doenças infecciosas, enquanto um estado de bem-estar pobre pode reduzir a resistência imune do animal e, assim, predispor a doenças. Uma resistência reduzida pode levar ao desenvolvimento de doenças clínicas do estado de portadores, e pode significar que a doença nunca é completamente eliminada e que o animal permaneça portador. A ausência de bem-estar em um momento crítico, por exemplo castração sem analgesia, também pode afetar a resposta à vacinação, um ambiente de estresse resulta em imunossupressão, o que pode afetar a resposta efetiva à vacinação e aos desafios sanitários do ambiente de produção.
Além da produtividade dos animais e da segurança alimentar, a vacinação desempenha um papel importante na saúde humana através do controle de algumas doenças zoonóticas ou de doenças que predispõem os animais a desenvolver infecção por microrganismos zoonóticos, como exemplo temos as doenças que afetam o sistema imunológico tais como a circovirose. Como contextualizado acima, a vacinação promove o bem-estar animal, protegendo a saúde animal, mas também possui outros benefícios, por exemplo investigações recentes analisaram o potencial das vacinas em imunocastração – uma alternativa aos métodos tradicionais cruentos.
OP Rural – A vacina deixa os animais imunes a determinadas doenças? Como elas melhoram o ambiente das granjas?
OP Rural – O termo imunização se refere à indução de imunidade frente a um determinado agente. A imunização ativa ocorre pela exposição do animal ao agente infeccioso ou por vacinação.
As vacinas contêm um agente que se assemelha a um microrganismo causador de doença e ela ajuda a estimular uma resposta imune sem causar a própria doença. Isso cria uma exposição precoce a organismos causadores de doenças, onde o sistema imunológico dos animais é capaz de se recuperar do agente infeccioso ao qual o animal é vacinado. Mesmo assim, controlar a exposição de suínos a microrganismos normais e patogênicos é absolutamente essencial para o sucesso em sistemas alternativos. Um surto de doença pode ser desencadeado pela introdução de um animal saudável da maneira errada, para não falar de animais infectados e pessoas e equipamentos contaminados. É importante o produtor ter controle da exposição de animais jovens ou novos a organismos já existentes na granja até que seus sistemas imunológicos estejam prontos. Para melhorar a resistência a doenças dos suínos é importante a combinação da utilização de boas práticas de produção e a vacinação.
O ambiente das granjas também é melhorado na medida em que as doenças reduzem a imunidade geral do rebanho a infecções ambientais e aumentam muito a circulação de patógenos no meio ambiente, favorecendo a disseminação e o aparecimento de doenças infecciosas e mesmo aquelas que podem afetar a carne e a saúde do consumidor como a Salmonella.
OP Rural – Os animais são submetidos a estresse quando vacinados. Há novas tecnologias, como dose única, novos equipamentos, robôs, etc. para evitar tal estresse?
Bastos e Caron – Avanços recentes em tecnologias e também uma melhor compreensão de patogenicidade, imunologia e epidemiologia abriram novas oportunidades para a prevenção de doenças infecciosas na suinocultura em um nível sem precedentes. Alguns dos avanços que consideramos entre os mais impactantes, inclui avanços na entrega e apresentação de antígenos para o sistema imunológico, plataformas que permitem uma resposta aprimorada a doenças emergentes e avanços na fabricação das vacinas.
Melhorias recentes no entendimento da virulência e patogenicidade combinadas com métodos biológicos moleculares eficazes deram lugar ao planejamento racional de vacinas, onde os fatores de virulência foram seletivamente eliminados ou silenciados funcionalmente. Isso levou a vacinas que mantêm as propriedades benéficas das vacinas vivas, reduzindo o risco de uma possível reversão da virulência. Dentro dessas novas estratégias de vacinação as pesquisas também se direcionaram para a investigação de vacinas alternativas, focadas no desenvolvimento de adjuvantes efetivos e sistemas de liberação controlada. Veículos de drogas biomateriais oferecem uma solução potencial. Para a entrega da droga, os biomateriais mais utilizados são os lipossomas, as micropartículas poliméricas, nanopartículas, as vesículas e as micelas. Dentro desse tipo de sistema existem as “partículas semelhantes a vírus” (virus like particles-VLP), esse sistema nos possibilita, o desenvolvimento de vacinas que possam ser administradas de maneira massal, por meio da veiculação da vacina na água de bebida, na ração ou pela aspersão do inóculo sobre suínos, com essa possibilidade é possível reduzir o estresse da aplicação nos suínos, bem como redução de gastos de material para administração, reduz mão-de-obra e menor necessidade de treinamento para administração. Como consequência, se surge novas vacinas e formas de administração teremos novas tecnologias para a administração delas, principalmente de forma massal.
Um exemplo interessante é a vacina para Lawsonia intracellularis atenuada que é administrada aos animais através da água de bebida para prevenir a Ileíte ou Enteropatia Proliferativa Suína.
A vacinação de suínos em escala comercial é normalmente realizada por injeção, onde em cada suíno a vacina é administrada individualmente. Embora os sistemas de vacinação por spray tenham sido desenvolvidos para a avicultura, esses sistemas são adaptados para esse sistema de produção e não são adequados para uso com suínos. O mecanismo de pulverização normalmente inclui um dispositivo de chuveiro localizado acima do gabinete e pulveriza a vacina para baixo na parte superior aberta. Esse sistema não é adaptado para suínos, tendo que atender a anatomia diferente dos animais (aves e suínos), comportamento distinto, eficácia na absorção e tamanho dos droplets pulverizados. Os droplets, portanto, lixam as partes superiores do corpo dos pintinhos. Existe, portanto, a necessidade de um sistema de vacinação por spray especificamente projetado para uso com suínos, equipamentos já estão sendo desenvolvidos para atender essa demanda (patente # WO 2009/099869 A2), portanto o próximo passo é desenvolver vacinas que possam ser administradas por pulverização, que não causam resíduo ambiental e que penetre adequadamente nas mucosas dos suínos.
Por fim, existem empresas que já estão ofertando a administração de vacinas utilizando a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), que através de dispositivos ocorre a administração das vacinas por vias intradérmica e intramuscular, e por meio de um software ocorre uma rastreabilidade completa e automatizada do processo de vacinação.
OP Rural – Como seria a suinocultura sem vacinação?
Bastos e Caron – A vacinação é vital na promoção da saúde e do bem-estar animal. A vacinação ajuda a proporcionar estabilidade econômica e sustentável para o suinocultor e as comunidades que eles servem. Quando os animais não são vacinados, isso leva a uma resistência reduzida a doenças, ao desenvolvimento de doenças clínicas, baixa produtividade, falta de segurança alimentar, surgimento de doenças exóticas e pandemias. Ademais, não são apenas os animais que correm risco quando as vacinas não são feitas; a saúde pública entre humanos também é protegida através da vacinação de animais.
A suinocultura sem vacinação voltaria ao passado 50 ou 60 anos no nosso entendimento. O não uso de vacinas inviabilizaria a produção em escalas de produção maiores, aumentaria muito as perdas, mesmo para propriedades pequenas e as incertezas da produção seria incrementada sensivelmente. A consequência disso mais evidente seria que a carne suína seria uma carne rara e muito cara para os consumidores, o mesmo aconteceria com a carne de frango e ovos. Então os produtos de origem animal seriam muito mais caros e pouco acessíveis aos consumidores piorando muito a qualidade da alimentação principalmente para as classes menos favorecidas. Hoje já existem muitas iniciativas e produção sem o uso antimicrobianos de forma preventiva, no entanto, mesmo sistemas orgânicos de produção fazem uso das vacinas para prevenir doenças e perdas nos rebanhos.
Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2020 ou online.
Suínos
Importância do diagnóstico para controle de diarreia em leitões de maternidade
Ajuda a determinar a etiologia da diarreia, que pode variar desde infecções bacterianas, virais ou parasitárias, até problemas metabólicos ou nutricionais.
Artigo escrito por Lucas Avelino Rezende, consultor de Serviços Técnicos de suínos na Agroceres Multimix
Uma das causas mais frequentes de morte de leitões na maternidade, sem dúvidas, é a diarreia neonatal, que pode ser causada por diversos fatores, incluindo infecções bacterianas, virais ou parasitárias, bem como problemas nutricionais ou ambientais.
Por ser multifatorial, a simples presença de patógenos entéricos nem sempre é suficiente para produzir doença clínica. Diante disso, é importante saber que é necessário haver uma interação hospedeiro-ambiente-patógeno. Diferenças em práticas específicas de manejo e ambiente, bem como características do animal e do rebanho, podem influenciar muito o risco de ocorrência da doença.
Alguns fatores podem contribuir para o aumento na ocorrência da diarreia pré-desmame, como: leitões de baixo peso ao nascer, baixa temperatura ambiental levando ao estresse pelo frio, higiene ruim da gaiola de parição, ingestão de leite e colostro insuficientes e o número insuficiente de tetos para a prole.
As principais causas infecciosas de diarreia em leitões na maternidade no Brasil são as Clostridioses, Colibacilose, Rotaviroses e Coccidiose. Em alguns casos, a coinfecção de dois ou mais agentes podem estar presentes e agravar o caso de diarreia.
A sobrevivência de leitões é influenciada por vários fatores, incluindo ordem de nascimento, peso ao nascer, ingestão de colostro e níveis séricos de imunoglobulina G (IgG). Esses fatores interagem de maneiras complexas para determinar a suscetibilidade do leitão a doenças e a saúde geral.
Um importante ponto para entender a dinâmica do surgimento de diarreias na maternidade é a avaliação da ingestão de colostro pelos leitões, uma vez que é essencial para a imunidade passiva dos leitões recém-nascidos, já que não há transferência de imunoglobulinas e outros componentes da imunidade materna para os leitões via transplacentária.
De modo geral, granjas com baixo peso ao nascimento ou uma grande variabilidade do tamanho dos leitões nascidos são aquelas mais desafiadas com diarreias na maternidade, porque leitões com menor peso ao nascer podem ter dificuldade em consumir colostro suficiente, resultando em níveis mais baixos de IgG e maior suscetibilidade a infecções.
O diagnóstico clínico da causa da diarreia em leitões pode ser subjetivo e propenso a erros. Fatores como estresse, condições ambientais e outros problemas de saúde subjacentes podem ser muito semelhantes aos sintomas da diarreia. Para isso, devemos desenvolver critérios de diagnóstico mais objetivos para diarreia em leitões, como: monitorar os leitões desde o nascimento, permitindo a detecção precoce da doença, incorporar testes laboratoriais (por exemplo, consistência fecal, pH e níveis de eletrólitos), realizar necropsias e exames complementares a detecção viral ou bacteriana, como histopatologia e imuno-histoquímica.
Diagnóstico
Um diagnóstico preciso ajuda a determinar a etiologia da diarreia, que pode variar desde infecções bacterianas, virais ou parasitárias, até problemas metabólicos ou nutricionais. Um dos pilares para isso é a coleta adequada de amostras. Ela permite a identificação dos agentes etiológicos, avaliação da resposta imune e a monitorização da eficácia das terapias.
A escolha do tipo de amostra dependerá do agente etiológico suspeito e dos objetivos do exame. As amostras mais comuns incluem:
- Fezes: A coleta de fezes é o método mais simples e acessível. É importante coletar amostras frescas e representativas de diferentes animais do lote. Para suspeitas virais é importante coletar sempre de animais na fase aguda da doença, quando a eliminação viral é maior. Para casos de suspeita parasitária é importante associar o diagnostico com histopatologia, uma vez que a eliminação do Cystoisospora é intermitente.
- Sangue: A análise do sangue permite avaliar a resposta imune, a presença de anticorpos e detectar alterações bioquímicas.
- Conteúdo intestinal: A coleta do conteúdo intestinal é indicada para a identificação de patógenos que colonizam o intestino delgado ou grosso.
- Tecidos: A coleta de tecidos para histopatologia é parte fundamental e complementar as análises de cultivo bacteriano e detecção viral nas fazes ou conteúdo intestinal.
A coleta de amostras deve ser realizada de forma cuidadosa para evitar a contaminação e garantir a qualidade do material. Os recipientes utilizados para a coleta das amostras devem estar limpos e esterilizados para evitar a contaminação por outros microrganismos. De modo geral, é importante que as amostras sejam bem refrigeradas e nunca congeladas, uma vez que o processo de congelamento pode inviabilizar o cultivo bacteriano.
Após a coleta das amostras, diversos métodos podem ser utilizados para o diagnóstico, dentre eles cultura que possibilita a identificação e o isolamento de bactérias, PCR que detecta a presença de DNA ou RNA de vírus, bactérias com alta especificidade, sorologia para pesquisa de anticorpos contra os agentes infecciosos, indicando uma infecção prévia ou atual e a histopatologia que permite a avaliação de lesões histológicas e a identificação de agentes infecciosos em tecidos.
A histopatologia desempenha um papel crucial no diagnóstico preciso de doenças intestinais em leitões. Através da análise microscópica de tecidos, é possível identificar lesões características de diversas doenças, auxiliando na diferenciação entre condições infecciosas, inflamatórias, neoplásicas e degenerativas.
A escolha do método de coleta de amostra e do exame laboratorial dependerá do agente etiológico suspeito, da fase da doença e dos recursos disponíveis. A correta coleta e o transporte das amostras são essenciais para garantir a qualidade dos resultados.
A interpretação correta dos resultados dos exames laboratoriais é crucial para o diagnóstico preciso e o tratamento adequado da diarreia em leitões. Ela envolve a análise dos dados obtidos, a correlação com os sinais clínicos e a consideração de outros fatores, como a idade dos animais, as condições de manejo e a história epidemiológica do plantel.
Em resumo, o diagnóstico é uma ferramenta essencial no combate à diarreia em leitões de maternidade, uma vez que permite ações direcionadas e eficazes para controlar e prevenir a doença, garantindo a saúde e o bem-estar dos animais.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: marketing.nutricao@agroceres.com.
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Suínos
Especialista evidencia importância de os profissionais da cadeia suinícola entenderem o que é sustentabilidade
Esses profissionais são fundamentais para a gestão do custo da indústria, pois a ração representa cerca de 70% do custo de produção.
Na suinocultura, a sustentabilidade se tornou um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais do setor. O médico-veterinário José Francisco Miranda, especialista em Qualidade de Alimentos, destaca que a compreensão desse conceito é fundamental para que zootecnistas e veterinários contribuam efetivamente para a produção sustentável de suínos. “É preciso entender que a sustentabilidade não é custo, mas investimento”, afirma.
Ele ressalta que, ao longo dos últimos 15 anos, a discussão sobre práticas sustentáveis esteve frequentemente atrelada a um aumento nos custos, envolvendo ações como o plantio de árvores e a adequação da dieta dos animais. “Essas práticas eram vistas como um custo, o profissional precisa desmistificar essa visão. Na verdade, boas práticas de produção estão intimamente ligadas a resultados positivos”, explica.
Para Miranda, a eficiência na conversão alimentar é um exemplo claro de como sustentabilidade e produtividade caminham juntas. “Não existe produção com alta conversão alimentar que não seja sustentável. Os números de emissões são baixos quando a eficiência é alta”, ressalta.
Um ponto destacado pelo especialista é o papel dos zootecnistas e nutricionistas na cadeia produtiva. “Esses profissionais são fundamentais para a gestão do custo da indústria, pois a ração representa cerca de 70% do custo de produção. E cada vez mais eles terão um papel significativo na implantação da sustentabilidade dentro das empresas”, afirma.
O entendimento das análises de sustentabilidade e das tecnologias disponíveis é essencial. Miranda menciona, como exemplo, o uso de aditivos nutricionais, como a protease, que permite reduzir a quantidade de soja na ração. “Com isso, é possível diminuir a pegada de carbono em até 12%. No entanto, menos de 40% dos produtores no mundo utilizam essa tecnologia, o que revela uma falta de informação e confiança na eficácia desses produtos”, expõe.
Comunicação e conscientização
Para que as informações sobre sustentabilidade sejam disseminadas na suinocultura é fundamental que os profissionais comuniquem os benefícios dessas práticas não apenas entre si, mas também para a alta direção das empresas. “Os profissionais precisam trazer essa informação para a gestão, conscientes de que a sustentabilidade deve ser uma estratégia de crescimento, não apenas uma preocupação financeira”, destaca Miranda.
O especialista também ressalta a importância de uma colaboração entre academia, indústria e governo para facilitar a adoção de novas tecnologias. “Cada parte da cadeia produtiva deve contribuir para acelerar esse processo. É um esforço coletivo que envolve desde a produção até a comercialização”, enfatiza.
Compromisso do setor
Miranda acredita que o setor está comprometido com a adoção de práticas sustentáveis, embora reconheça a necessidade de discussão sobre o que é realmente necessário para essa transição. “As empresas entendem que a sustentabilidade traz benefícios não apenas para o planeta, mas também para sua própria lucratividade, mas é preciso acelerar a implementação destas práticas sustentáveis”, frisa,
Para se destacar neste cenário, Miranda enfatiza que os profissionais devem se aprofundar nas análises de sustentabilidade e na análise do ciclo de vida dos produtos. “Um bom profissional deve entender desde a produção do grão até o produto final que chega ao consumidor. Se ele se restringir a uma única área, pode perder de vista os benefícios que sua atuação pode trazer para toda a cadeia”, salienta.
A visão do especialista reforça que a sustentabilidade na suinocultura não é uma tendência passageira, mas uma necessidade imediata. “A adoção de práticas sustentáveis, aliada ao conhecimento técnico e científico, é fundamental para garantir um futuro mais responsável e eficiente para a indústria suinícola”, afirma.
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Suinocultura teve ano de recuperação, mas cenário é de cautela
Conjuntura foi apresentada ao longo de reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da Faep. Encontro também abordou segurança do trabalho em granjas de suínos.
Depois de dois anos difíceis, a suinocultura paranaense iniciou um período de recuperação em 2024. As perspectivas para o fim deste ano são positivas, mas os primeiros meses de 2025 vão exigir cautela dos produtores rurais, que devem ficar de olho em alguns pontos críticos. O cenário foi apresentado em reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura do Sistema Faep, realizada na última terça-feira (19). Os apontamentos foram feitos em palestra proferida por Rafael Ribeiro de Lima Filho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A mesma conjuntura consta do levantamento de custos de produção do Sistema Faep, que será publicado nos próximos dias.
O setor começou a se recuperar já em janeiro deste ano, com a retomada dos preços. Até novembro, o preço do suíno vivo no Paraná acumulou aumento de 54,4%, com a valorização se acentuando a partir de março. No atacado, o preço da carcaça especial também seguiu esse movimento. A recomposição ajudou o produtor a se refazer de um período em que a atividade trabalhou no vermelho.
Por outro lado, a valorização da carne suína também serve de alerta. Com o aumento de preços, os produtos da suinocultura perdem competitividade, principalmente em relação à carne de frango, que teve alta bem menor ao longo ano: o preço subiu 7,7%, entre janeiro e novembro. Com isso, a tendência é que o frango possa ganhar a preferência do consumidor, em razão dos preços mais vantajosos.
“Temos que nos atentar com a competitividade da carne suína em relação a outras proteínas. Com seus preços subindo bem menos, o frango se tornou mais competitividade. Isso é um ponto de atenção para a suinocultura, neste cenário”, assinalou Lima Filho.
Exportações
Com 381,6 mil matrizes, o Paraná mantém 18% do rebanho brasileiro de suínos. A produção nacional está em estabilidade nos últimos três anos, mas houve uma mudança no portifólio de exportações paranaenses. Com a recomposição de seus rebanhos, a China reduziu as importações de suínos. O país asiático – que chegou a ser o destino de 40% das vendas externas paranaenses em 2019 – vai fechar 2024 com a aquisição de 17% das exportações de suínos do Paraná.
Em contrapartida, os embarques para as Filipinas aumentaram e já respondem por 18% das vendas externas de carne suína do Estado. Entre os destinos crescentes, também aparece o Chile, como destino de 9% das exportações de produtos da suinocultura paranaense. Nesse cenário, o Paraná deve fechar o ano com um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2023, atingindo 978 mil toneladas. Os preços, em compensação, estão 2,3% menores. “Apesar disso, as margens de preço começaram a melhorar no segundo semestre”, observou Lima Filho.
Perspectivas
Diante deste cenário, as perspectivas são positivas para este final de ano. O assessor técnico da CNA destaca fatores positivos, como o recebimento do 13º salário pelos trabalhadores, o período de férias e as festas de final de ano. Segundo Lima Filho, tudo isso provoca o aquecimento da economia e tende a aumentar o consumo de carne suína. “A demanda interna aquecida e as exportações em bons volumes devem manter os preços do suíno vivo e da carne sustentados no final deste ano, mantendo um momento positivo para o produtor”, observou o palestrante.
Para 2025, se espera um tímido crescimento de 1,2% no rebanho de suínos, com produção aumentando em 1,6%. As exportações devem crescer 3%, segundo as projeções. Apesar disso, por questões sazonais, os produtores podem esperar uma redução de consumo nos dois primeiros meses de 2025. “É um período em que as pessoas tendem a ter mais contas para pagar, como alguns impostos. Além disso, a maior concorrência da carne de frango pode impactar a demanda doméstica”, disse Lima Filho.
Além disso, o aumento nos preços registrados neste ano pode estimular o alojamento de suínos em 2025. Com isso, pode haver uma futura pressão nos preços nas granjas e nas indústrias. Ou seja, o produtor deve ficar de olho no possível aumento dos custos de produção, puxado principalmente pelo preço do milho, da mão de obra e da energia elétrica. “O cenário continua positivo para a exportação, mas o cenário para o ano que vem é de cautela. O produtor deve se planejar e traçar suas estratégias para essa conjuntura”, apontou o assessor da CNA.
Segurança do trabalho
Além disso, a reunião da CT de Suinocultura da FAEP também contou com uma palestra sobre segurança do trabalho em granjas de suínos. O engenheiro e segurança do trabalho e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandro Andrioli Bittencourt, abordou as Normas Regulamentadoras (NRs) que visam prevenir acidentes de trabalho e garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.
Entre as normativas detalhadas na apresentação estão a NR-31 (que estabelece as regras de segurança do trabalho no setor agropecuário), a NR-33 (que diz respeito aos espaços confinados, como silos, túneis e moegas) e a NR-35 (que versa sobre trabalho em altura). Em seu catálogo de cursos, o Sistema Faep dispõe de capacitações para cada uma dessas regulamentações.