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Vacina atenuada por precocidade como alternativa eficaz e segura no controle da Coccidiose

Além de promoverem imunogenicidade, possuem grande diferencial em relação ao menor dano no epitélio intestinal, uma vez que oocistos de Eimeria spp. selecionados por precocidade possuem capacidade limitada de replicação em comparação com cepas não atenuadas.

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Um aspecto fundamental em relação a produtividade na avicultura é a manutenção da saúde e integridade do trato gastrointestinal, que influencia diretamente o estado nutricional, sanitário e imunológico das aves. Estes em homeostasia possibilitam eficiência na absorção e metabolização de nutrientes, impedem a fixação e multiplicação de agentes patogênicos no epitélio intestinal e estimulam imunidade efetiva para que a ave possa expressar todo seu potencial genético e maximizar seu desempenho zootécnico.

A Coccidiose aviária é uma enfermidade transmitida por protozoários intracelulares do gênero Eimeria. É caracterizada pela infecção do parasita nas células do epitélio da mucosa intestinal, muitas vezes, ocasiona inflamação, diminuição da capacidade de absorção e digestão de alimento, perda celular e impacto negativo na função de barreira física e imunológicas contra infecções bacterianas secundárias.

A Coccidiose clínica é facilmente diagnosticada através dos sinais clínicos identificados por diarreia, presença de sangue nas fezes, passagem de ração nas excretas, apatia, queda súbita de ganho de peso e consumo de alimento e, em alguns casos podendo levar a ocorrência de mortalidade. No entanto, a manifestação subclínica não apresenta sinais clínicos perceptíveis e geralmente é caracterizada pela baixa eficiência de índices de resultados zootécnicos, como menor taxa de crescimento, maior consumo de ração, uniformidade do lote, além de possibilidade de  predispor disbacterioses e favorecer a colonização, proliferação de agentes oportunistas como Clostridium perfringens, causador da enterite necrótica, além da proliferação de Escherichia coli e Salmonella spp. que podem gerar mais danos.

Dessa forma, o quadro clínico da parasitose possibilita a avaliação de efetividade das medidas de prevenção da enfermidade utilizadas e ações necessárias, porém quando a doença é subclínica esse diagnóstico pode ser mais difícil e demorado. Portanto, é extremamente importante a definição de avaliação de efetividade e escolha de um programa preventivo adequado para controle da Coccidiose, visando manter a integridade e saúde do epitélio intestinal e, consequentemente, maximizar a digestão e absorção de nutrientes para obter ótimos resultados zootécnico e financeiros.

Uma alternativa eficaz e segura no controle da Coccidiose em matrizes de frango de corte é uma vacina atenuada por precocidade de alta tecnologia, altamente eficaz, diferenciada e segura para a prevenção da Coccidiose composta pelas de espécies de Eimeria spp. mais prevalentes para reprodutoras: E. acervulina, E. maxima, E. tenella, E. brunetti e E. necatrix.

Vacinas atenuadas por precocidade, além de promoverem imunogenicidade, possuem grande diferencial em relação ao menor dano no epitélio intestinal, uma vez que oocistos de Eimeria spp. selecionados por precocidade possuem capacidade limitada de replicação em comparação com cepas não atenuadas. Isso significa que a quantidade de oocistos no pico de replicação da cepa da vacina de alta tecnologia será muito menor do que no pico gerado pelas cepas que são pouco atenuadas. Outro ponto importante é que a formação da imunidade inata e adquirida não causará surtos clínicos e subclínicos de coccidiose, pelo contrário a mucosa intestinal estará integra e saudável para maximizar a capacidade genética de desenvolvimento do animal.

Essa vacina contém um diluente com a inclusão de corante específico que possui particularidades que estimulam a ingestão da vacina no incubatório, uma vez que o controle dos procedimentos do correto armazenamento, preparo, administração e consumo da vacina no incubatório são fundamentais para desenvolver um modelo de vacina prática, segura e eficiente.

Os pintinhos têm preferências por pico de cor nas combinações laranja-vermelho e azul-violeta. A vista disso, foi avaliada a preferência dos pintinhos através de cores primárias (azul, vermelho e verde) e uma cor secundária (roxo claro ou violeta), obtida pela mistura das cores vermelho e azul. A cor roxo claro foi a cor onde pintinhos tiveram o maior comportamento de busca pelas gotas de vacina em baixa intensidade de luz e, por esta preferência, foi a cor eleita para o desenvolvimento do diluente.

Figura 1: Gota vacinal grossa com diluente na cor e fidelizador ideais para correta ingestão da vacina.

Outras pesquisas

Outras pesquisas demonstraram uma correlação direta entre a ingestão da vacina contendo oocistos e intensidade de luz, já que a atividade dos pintinhos é maior em intensidades de luz superiores, que resulta na maior ingestão de vacina. Considerando então uma vacina que deve ser ingerida no incubatório, devemos lembrar que as condições de intensidade de luz na maioria dos incubatórios são variáveis e muitas vezes o local onde os pintinhos são vacinados e mantidos após a vacinação antes do transporte para a granja possui pouca luminosidade, o que pode prejudicar a ingestão da vacina, por isso a importância da coloração e do fidelizador de consumo presente do diluente da vacina.

Figura 2: Hipramune T- estimulo da produção de linfócitos para gerar mais imunogenicidade.

Mais estímulo

A vacina para prevenção da coccidiose atenuada precocidade também é composta pelo o Hipramune T, que é um adjuvante (imunomodulador) de vacina viva, capaz aumentar o estímulo da resposta imune celular, crucial para fornecer uma imunidade forte, rápida e duradoura (Figura 2).

Atrelado a vacinação de Coccidiose em pintinhos de 1 dia de idade no incubatório, existem equipamentos específicos e tecnológicos para garantia do processo vacinal. Existe também o conceito de vacinação inteligente “smart vaccination” capaz de realizar a rastreabilidade das sessões de vacinação no incubatório. O uso de equipamento adequado para a vacinação de coccidiose é de suma importância para uma vacinação eficiente, uma vez que não basta apenas realizar um spray de maneira aleatória sobre os pintinhos, mas seguir os seguintes pontos: equipamento para vacinação regulado para administração de gotas grossas, em pressão adequada, em volume e dose recomendada, e uniformidade de aplicação na caixa.

É imprescindível o controle da Coccidiose na avicultura já que essa enfermidade onera os custos em relação aos prejuízos nos resultados zootécnicos. Atualmente estão disponíveis vacinas tecnológicas, práticas, seguras e de última geração com cepas selecionadas geneticamente e atenuadas por precocidade. Associado a ferramentas para processo vacinal é claramente possível ter sucesso na prevenção dessa parasitose, mantendo o equilíbrio entre saúde animal, produtividade, rentabilidade e qualidade do produto final.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: bruna.oliveira@hipra.com.

Confira mais informações na edição 2022 de Nutrição e Saúde Animal clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Bruna Cereda de Oliveira, coordenadora do Projeto Coccidiose Hipra.

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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