Bovinos / Grãos / Máquinas
Vacas leiteiras suplementadas com DL-Metionina protegida melhoram desempenho produtivo e qualidade do leite mesmo em dias de calor extremo
Estudo mostra aumento significativo da produção de leite, da proteína, da lactose e dos sólidos totais durante o período de estresse térmico.


Foto: Digulgação/Evonik
Artigo escrito por Tales Lelis, médico-veterinário, mestre em Produção Animal e diretor Regional de Negócios e Soluções para Ruminantes da Evonik
Nutrição, sanidade, manejo, mão de obra, gestão e sucessão familiar são alguns dos desafios diários da produção de leite. As altas temperaturas, aliadas a fenômenos como seca e incêndios, se tornaram o mais recente obstáculo a ser enfrentado pelo produtor. Em 2024, a temperatura média global dos últimos doze meses foi a mais alta já registrada, estando 0,73°C acima da média de 1991-2020 e 1,61°C acima da média pré-industrial de 1850-1900. No Brasil, estamos vivendo invernos mais quentes, com temperaturas ultrapassando os 35ºC em muitas cidades, algo pouco comum para tal época do ano. Esta tendência de alta deve se intensificar, potencialmente alcançando até 38ºC em algumas localidades.
Todos estes dados mostram que as ondas de calor extremo que temos vivenciado nos últimos anos devem permanecer, e este quadro tem impacto especialmente importante na agricultura e, sobretudo, na produção animal.
O desempenho produtivo e as funções metabólicas de vacas leiteiras são fortemente afetados pelo estresse térmico. Queda de produtividade, aumento das perdas embrionárias ou perdas gestacionais e distúrbios metabólicos em função do combate ao estresse provocado pelo calor são alguns dos efeitos dos dias mais quentes nos animais. Então, como identificar os sinais de uma vaca em estresse térmico? O sinal amarelo pode ser aceso quando observarmos sintomas como: aumento da taxa respiratória, alta da salivação do animal, redução de ingestão de alimento e comportamento de se manter em pé por muito tempo, reduzindo assim a sua ingestão de alimento e o tempo de ruminação. Quando estes sintomas são observados é importante agir porque já está ocorrendo perdas produtivas.
Ambiência e nutrição

Neste cenário, a ambiência é um fator primordial para reduzir este impacto negativo que o calor exerce sobre os animais. Isso exige melhorias na qualidade do alojamento, garantindo conforto. O fornecimento de sombra, ventilação e aspersão de água são algumas das técnicas de resfriamento mais utilizadas. A disponibilidade de água, em qualidade e quantidade, também é primordial.
Além da ambiência, a nutrição também pode ser um aliado de primeira hora diante deste quadro. Uma estratégia nutricional bem direcionada pode reduzir os efeitos negativos do calor no desempenho do rebanho. Um exemplo é a suplementação de DL-Metionina protegida. O modelo de ação desta ferramenta reduz os efeitos do estresse térmico através de um incremento dos agentes antioxidantes, de uma redução da inflamação e da melhoria da função imunológica da vaca. O que ocorre é que o estresse provocado pelo calor excessivo aumenta as concentrações de radicais livres circulantes com potencial efeito deletério em diversas funções fisiológicas. A inclusão de DL-Metionina protegida contribui com um aumento dos agentes antioxidantes e a consequente redução dos radicais livres.
Um estudo conduzido no período do verão em uma fazenda comercial no Sudoeste brasileiro em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) mostrou que a suplementação da dieta com DL-Metionina protegida melhorou o desempenho de vacas leiteiras sob estresse térmico. Neste levantamento o objetivo foi avaliar os efeitos da metionina protegida no rúmen (RPM), na produção e na composição do leite, bem como nas respostas fisiológicas de vacas leiteiras lactantes durante a estação mais quente.
Ingredientes (% de matéria seca):
- Silagem de milho da safra: 41,0% • Silagem de milho fora de época: 11,1% • Farelo de soja (46%): 16,9% • Polpa de citros: 8,9% • Silagem de grãos de milho reidratada: 7,6% • Grãos secos de destiladores: 4,4% • Casca de soja: 2,3% • Algodão inteiro: 4,2% • Gordura de palma: 1,0% • Minerais + aditivos: 2,5%
Desenho experimental e medições

Neste estudo, 80 vacas primíparas da raça Holandesa (43,7 ± 4 quilos de leite e 182 ± 63 dias em lactação) divididas em dois grupos experimentais, pareados por produção de leite e dias em lactação. Elas foram alimentadas com uma dieta sem (controle) ou com 0,75 gramas por quilo de matéria seca de DL-Metionina protegida (85% de DL-metionina; RPM) misturado em uma dieta totalmente misturada basal por 9 semanas.
As vacas foram alojadas em um sistema de compost barn equipado com ventiladores e aspersores. E a temperatura do ar e a umidade foram registradas diariamente a cada 10 minutos para o cálculo do índice de temperatura e umidade (THI). A produção de leite também foi registrada diariamente e amostras de leite foram coletadas para análises de proteína, gordura, lactose, ureia e contagem de células somáticas nas semanas 3, 6 e 9.
Durante estas semanas, a temperatura intravaginal (IT) e a taxa respiratória (RR) foram medidas em 15 vacas por grupo; a IT foi registrada a cada 5 minutos durante 4 dias por semana e a RR foi estimada às 10h e às 17h, contando os movimentos do flanco por 30 segundos durante dois dias.
Resultados
As vacas que tiveram a dieta suplementada com DL-Metionina protegida tiveram um aumento significativo da produção de leite (+2,0 kg/d, P<0,01), da proteína (+50 g/d, P=0,03), da lactose (+108 g/d, P=0,03) e dos sólidos totais (+176 g/d, P=0,03) durante o período de estresse térmico. A conversão alimentar também foi melhor no grupo que recebeu a dieta suplementada com a DL-Metionina protegida na comparação com o grupo controle (1,74 vs. 1,62).
Esta suplementação com a metionina não impactou a ingestão de matéria seca dos animais. Apesar de a temperatura intravaginal (IT) não ser afetada pelo tratamento, houve uma tendência de aumento do tempo acima de 39°C com uso de metionina em relação ao grupo controle. A taxa respiratória (RR) também apresentou uma tendência de elevação para o grupo RPM na comparação com o grupo controle.
Em resumo, podemos concluir que a suplementação de vacas leiteiras com DL-Metionina protegida durante a estação mais quente contribui com aumento na produção de leite, proteína e sólidos totais. Os resultados demonstram que a DL-Metionina protegida é uma ferramenta valiosa para enfrentar o estresse térmico em sistemas de produção de leite.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: maria.ongarato@evonik.com.
O acesso à edição digital do Bovinos, Grãos & Máquinas é gratuito. Para ler a versão completa on-line, basta clicar aqui. Boa leitura!

Bovinos / Grãos / Máquinas
Minerva Foods é a primeira indústria frigorífica de bovinos a conquistar a ISO 45001 na América do Sul
Certificação internacional em saúde e segurança ocupacional foi obtida pela unidade de José Bonifácio (SP) e reforça os padrões de segurança e gestão adotados pela companhia.

A Minerva Foods, Companhia global de alimentos que reúne as marcas Pul, Estância 92 e Cabaña Las Lilas, anuncia a conquista da certificação ISO 45001, na unidade de José Bonifácio (SP), tornando-se a primeira planta frigorífica de bovinos na América do Sul a receber esse reconhecimento internacional.
A norma estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) e fornece orientações para o seu uso, para possibilitar que as empresas ofereçam ambientes de trabalho seguros e saudáveis, contribuindo, assim, para a prevenção de lesões e doenças relacionadas à suas atividades laborais.
Para obter a certificação, as empresas passam por um rigoroso processo de auditoria que analisa a existência de um sistema eficaz de gestão de saúde e segurança ocupacional. Isso inclui identificar perigos, avaliar riscos, determinar controles e cumprir requisitos legais, além de estabelecer uma política de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) com participação da liderança e dos colaboradores.
A organização deve oferecer treinamento e comunicação adequada, implementar controles operacionais, preparar-se para emergências e monitorar continuamente o desempenho por meio de inspeções, auditorias e indicadores, além de comprovar a melhoria contínua, aprimorando os processos para garantir ambientes seguros e saudáveis. “A conquista reforça os padrões de segurança adotados pela Companhia. Estamos muito orgulhosos de sermos a primeira unidade frigorífica da América do Sul a receber esse reconhecimento e seguiremos investindo em proporcionar o melhor ambiente de trabalho e segurança para nossos colaboradores”, destaca Raphael de Oliveira Roza, Gerente Global de Segurança e Saúde Ocupacional da Minerva Foods.
Além da certificação ISO 45001, a Companhia reúne uma série de reconhecimentos nacionais e internacionais que atestam a conformidade de seus ambientes de trabalho, incluindo a ISO 14001, a auditoria SMETA e o selo Great Place to Work (GPTW).
Bovinos / Grãos / Máquinas
ABIEC deve fechar 2025 com recorde histórico nas exportações de carne bovina
Brasil supera 3,1 milhões de toneladas embarcadas até novembro e deve encerrar o ano com quase 3,5 milhões, impulsionado por receita recorde, abertura de mercados e novo status sanitário internacional.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) encerra 2025 com um balanço histórico para a carne bovina brasileira, marcado por crescimento expressivo das exportações, ampliação da presença internacional e avanços estruturantes para o setor. No acumulado de janeiro a novembro, o Brasil exportou 3,15 milhões de toneladas, alta de 18,3% em relação ao mesmo período de 2024, com receita de US$ 16,18 bilhões, crescimento de 37,5%. O desempenho parcial já supera todo o volume e valor exportados em 2024, consolidando 2025 como um dos anos mais relevantes da série histórica.
A expectativa é de que o país encerre o ano com quase 3,5 milhões de toneladas exportadas e cerca de US$ 17 bilhões em receitas, estabelecendo recordes tanto em volume quanto em valor. O resultado reflete não apenas a retomada da demanda global, mas também uma atuação mais estratégica da indústria brasileira, com ampliação da presença institucional, diversificação de destinos e fortalecimento da imagem do Brasil como fornecedor confiável de proteína bovina.
Um dos marcos mais relevantes de 2025 foi o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O novo status sanitário representa um avanço histórico para a pecuária nacional, elevando o patamar de credibilidade internacional do país e ampliando o potencial de acesso a mercados mais exigentes, com impacto direto sobre competitividade, previsibilidade e agregação de valor às exportações.

Foto: Shutterstock
Mesmo diante de um cenário internacional desafiador, com episódios como o tarifaço imposto pelos Estados Unidos e investigações de salvaguardas conduzidas pela China, a ABIEC manteve forte atuação internacional, com presença ativa em reuniões técnicas, diplomáticas e governamentais no Brasil e no exterior. Ao longo do ano, a associação participou de agendas com Itamaraty, MDIC e autoridades estrangeiras, além de encontros em Washington com representantes do USDA, MICA e entidades setoriais, e de interlocuções frequentes com autoridades chinesas, reforçando o diálogo técnico e institucional.
A agenda de promoção comercial foi outro pilar do desempenho de 2025. A ABIEC realizou oito Brazilian Beef Dinners, cinco Brazilian Beef Business Rounds e três edições do The Beef and Road, além de ampliar sua participação em feiras e missões empresariais ao redor do mundo. Ao todo, foram 39 ações internacionais em 23 países, com destaque para Ásia, Oriente Médio, África, Europa e Américas. A inauguração do escritório da ABIEC em Pequim reforçou a estratégia de presença permanente em mercados-chave e aproximou ainda mais o setor dos principais centros de decisão e consumo.
Na área técnica, 2025 foi marcado por avanços concretos na abertura e ampliação de mercados para a carne bovina brasileira. Ao longo do ano, foram abertos novos destinos, como Ilhas Salomão, Bahamas, El Salvador, Vietnã, Guatemala, Suriname, Quênia, Butão, Tanzânia e Azerbaijão, este último para produtos termoprocessados. Além disso, mercados que já possuíam acordo bilateral definiram, em 2025, modelos específicos de certificação sanitária, como Papua Nova Guiné, Bósnia e Herzegovina, Malásia Sarawak e Emirados Árabes, ampliando a previsibilidade e a segurança jurídica das exportações.

Foto: Shutterstock
Também houve extensão de escopo em mercados estratégicos, com autorização para novos produtos, incluindo miúdos e carne com osso, em destinos como Marrocos, Indonésia, Filipinas e Israel, ampliando o portfólio exportador brasileiro e agregando valor às operações. Paralelamente, a ABIEC acompanhou um volume expressivo de auditorias internacionais em plantas frigoríficas, envolvendo mais de 170 unidades auditadas ao longo do ano por autoridades de países como China, Estados Unidos, União Europeia, Japão, México, Indonésia, Irã, Malásia e Tanzânia, reforçando o elevado padrão sanitário, industrial e de rastreabilidade da cadeia brasileira.
No campo da comunicação institucional, 2025 marcou um reposicionamento consistente da ABIEC, com fortalecimento da presença pública do setor e maior capacidade de resposta em temas estratégicos. Ao longo do ano, a associação produziu mais de 100 releases, concedeu cerca de 150 entrevistas e emitiu mais de 50 posicionamentos oficiais, ampliando a visibilidade da carne bovina brasileira. O novo site da ABIEC e da marca Brazilian Beef, disponível em quatro idiomas, aliado a uma média de 200 mil visualizações mensais nas redes sociais, reforçou o alcance das informações, assim como o lançamento do Beef Report em espanhol e mandarim, além do português e do inglês.
A agenda de sustentabilidade ganhou protagonismo em 2025, com a participação da ABIEC em diversas ações, estudos e eventos, incluindo atuação ativa na COP30, em Belém, levando ao debate internacional temas como rastreabilidade, descarbonização e segurança alimentar. A atuação foi reforçada pelo lançamento do Beef Report Sustentabilidade – Especial COP30 e pela aprovação da ABIEC como Parceira Participante da FAO LEAP Partnership, reconhecimento que consolida o diálogo técnico internacional da entidade e o compromisso do setor com abordagens baseadas em ciência, métricas harmonizadas e produção sustentável.
Segundo o presidente da ABIEC, Roberto Perosa, o desempenho de 2025 demonstra a resiliência e a maturidade do setor. “O desempenho de 2025 foi extraordinário. Depois de um 2024 muito positivo, conseguimos ampliar volume, valor e presença internacional. Mesmo com impactos temporários, como o tarifaço dos Estados Unidos, a indústria respondeu com rapidez, mostrou resiliência e saiu ainda mais fortalecida. A normalização devolveu previsibilidade e reforçou o papel do Brasil como fornecedor indispensável no abastecimento global de carne bovina”, afirma.

Foto: Shutterstock
Os resultados de 2025 refletem ainda a atuação conjunta da ABIEC, de suas empresas associadas e do setor público. A parceria com a ApexBrasil, por meio do Projeto Setorial Brazilian Beef, foi fundamental para fortalecer a promoção comercial e a presença internacional do produto. A associação também manteve diálogo permanente com os Ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores, além de interlocução institucional com a Frente Parlamentar da Agropecuária, reforçando a articulação necessária para o avanço da pauta exportadora.
Para 2026, a avaliação da ABIEC é de otimismo com realismo. A expectativa é de estabilidade em patamar elevado, após dois anos consecutivos de forte crescimento. Ao mesmo tempo, o ambiente é considerado favorável para avançar na pauta de acesso a mercados estratégicos. “Entramos em 2026 com negociações ativas e perspectiva concreta de avançar em mercados como Japão, Coreia do Sul e Turquia, que têm alto potencial e vêm sendo trabalhados de forma técnica e contínua, em parceria entre o setor privado e o governo. A visão é de um crescimento mais qualificado, com previsibilidade, competitividade e maior valor agregado”, conclui Perosa.
A Abiec reúne 47 empresas responsáveis por 98% da carne bovina exportada pelo Brasil e atua na defesa, promoção e ampliação do acesso do produto brasileiro aos mercados internacionais.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Amapá amplia VBP em 2025 com forte avanço da soja e crescimento do milho
Produção agropecuária atinge R$ 235,65 milhões, com expansão puxada pela soja e estabilidade das culturas tradicionais.

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Amapá alcançou R$ 235,65 milhões em 2025, resultado que representa crescimento de 4,3% frente a 2024 (R$ 225,88 milhões), de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em 21 de novembro. O desempenho confirma a retomada após o recuo do ano anterior e reflete, sobretudo, o avanço das culturas comerciais, com destaque para soja e milho, que ganharam espaço na composição do VBP estadual.
Enquanto o VBP do Brasil avançou 11,4%, passando de R$ 1.267.385,28 milhões para R$ 1.412.203,57 milhões, o Amapá seguiu em trajetória positiva, ainda que em ritmo mais moderado. A participação do estado no total nacional manteve-se em 0,02%, evidenciando um crescimento real, porém concentrado e ainda dependente de poucas atividades.

Entre as atividades agropecuárias, a soja foi o movimento mais relevante de 2025. O VBP da cultura saltou de R$ 41,8 milhões em 2024 para R$ 52,8 milhões em 2025, crescimento de 26,3%, a maior variação percentual entre os produtos do ranking estadual. O avanço reforça o papel da soja como principal vetor de dinamismo recente do agro amapaense e indica ampliação de escala e maior inserção da cultura no estado.
O milho, embora ainda com participação modesta no total do VBP, também apresentou desempenho positivo. A cultura passou de R$ 2,1 milhões para R$ 2,3 milhões, alta de 9,5%, sinalizando estabilidade com leve expansão, mesmo partindo de uma base pequena. O resultado aponta para um processo gradual de fortalecimento das lavouras de grãos no estado.
Mandioca e banana sustentam a base produtiva
Apesar do protagonismo da soja no crescimento, o VBP do Amapá segue sustentado por lavouras tradicionais. A mandioca, principal produto do estado, avançou de R$ 110,3 milhões para R$ 111,2 milhões (+0,8%) e manteve a liderança isolada. A banana, segunda colocada, passou de R$ 60,6 milhões para R$ 61,0 milhões (+0,7%), reforçando a estabilidade da base produtiva local.
Quedas pontuais
No ranking, a laranja registrou recuo expressivo, de R$ 7,2 milhões para R$ 5,3 milhões (-26,4%). Também apresentaram queda o feijão (-21,1%) e o arroz (-27,3%), enquanto a cana-de-açúcar permaneceu estável, em R$ 0,8 milhão. Apesar das variações, essas atividades têm peso reduzido no VBP total e não alteraram o resultado agregado do estado.
Recuperação após recuo em 2024
A série histórica apresentada (2018–2025) mostra um VBP que cresce no longo prazo, mas com oscilações: depois de atingir R$ 242 milhões em 2023, o estado caiu para R$ 226 milhões em 2024 e voltou a R$ 236 milhões em 2025.
O comportamento reforça que, apesar do ganho no último ano, o Amapá ainda depende de poucos motores produtivos e que avanços pontuais, como o salto da soja, ainda não se traduzem em mudança de patamar no ranking nacional.



