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Utilização de índices bioeconômicos para melhoramento genético da raça Angus é debatida em seminário

Objetivo da seleção de animais a partir de índices econômicos é aumentar a renda do produtor e cada característica melhorada tem um impacto diferente no resultado obtido pela propriedade.

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Pesquisador Michel MacNeil foi um dos palestrantes do seminário - Foto: Fernando Gross

Em seminário realizado na última quarta-feira (1º), foi discutido o desenvolvimento e a utilização de índices bioeconômicos visando a seleção de animais para o melhoramento genético da raça Angus. O evento, promovido pela Embrapa Pecuária Sul, Associação Brasileira de Angus e Universidade Federal do Pampa (Unipampa), foi realizado de forma híbrida, sendo a parte presencial na sede da Embrapa em Bagé (RS) e virtual por meio dos canais da Embrapa e da Angus no youtube.

A primeira apresentação foi feita pelo pesquisador norte-americano Michel MacNeil, considerado um dos maiores especialistas do mundo em melhoramento genético de bovinos. O pesquisador apresentou dados exemplificando como a utilização de indicadores possibilitaram o aumento da produtividade nos Estados Unidos. Segundo MacNeil, o objetivo da seleção de animais a partir de índices econômicos é aumentar a renda do produtor e cada característica melhorada tem um impacto diferente no resultado obtido pela propriedade.

O pesquisador também falou do trabalho que está realizando no Brasil, em conjunto com a Embrapa e a Angus, e que visa a incorporação de novos índices no programa de melhoramento genético da raça no país. Nesse sentido está sendo desenvolvido um índice bioeconômicos que poderá ter impacto econômico na seleção dos reprodutores, como contagem de carrapatos, valores de carcaça, requerimentos nutricionais dos rebanhos, eficiência alimentar e emissão de metano. O objetivo é disponibilizar esse índice em forma de DEPs (Diferença Esperada na Progênie) que será agregado aos sumários da raça, aumentando o número de ferramentas para a seleção da raça oferecida ao produtor.

Já o professor da Unipampa, Ricardo Oaigen falou sobre o trabalho que ele e equipe realizam visando a avaliação comparativa de propriedades de pecuária no estado do Rio Grande do Sul. Segundo o professor, o Grupo de Trabalho Pecuária do Amanhã (GPTA), criado há oito anos, utiliza ferramentas de benchmarketing para disponibilizar aos produtores informações que contribuam para a melhoria da gestão da propriedade e também da lucratividade com a atividade. Segundo ele, fazem parte desse trabalho 20 propriedades e são coletados dados de 34 indicadores agrupados em quatro grupos: reprodução, sistemas de produção, recursos humanos e financeiros. “O benchmarketing possibilita a comparação de empresas de um mesmo ramo, e como estamos coletando informações há bastante tempo, já temos um banco de dados robusto para contribuir com a profissionalização dos empreendimentos rurais de pecuária”, ressaltou.

A última palestra do seminário foi apresentada pelo pesquisador e diretor da BioData, Gabriel Campos que abordou a seleção para a eficiência de produção de bovinos com auxílio da genômica. De acordo com ele, uma das características em que a genômica pode contribuir para acelerar os ganhos genéticos é a eficiência alimentar dos animais. “A eficiência alimentar é uma característica que tem muitos processos biológicos envolvidos e com uma base genética complexa”. Nesse sentido, o uso da genômica e de marcadores moleculares pode ser uma forma de acelerar o ganho genético e obter maior acurácia no processo. Campos falou ainda de um novo projeto que está envolvido e que visa a avaliação genética para longevidade.

Após a palestra, foi realizada uma mesa redonda, mediada pelo pesquisador e Chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso. Para o pesquisador, o debate é importante para a avaliação de novas características para a seleção de animais no programa de melhoramento genético da raça. Já o Gerente de Fomento da Angus, Mateus Pivato, destacou que a utilização de mais índices para a seleção de animais é um passo importante para o progresso genético da raça como um todo.

Fonte: Embrapa Pecuária Sul

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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