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Bovinos / Grãos / Máquinas 11º SBSBL

Uso eficiente de silagem é estratégico para aumentar lucratividade

Especialistas apresentaram processos fundamentais para alcançar uma silagem de alta qualidade, melhorar o aproveitamento da matéria seca e o desempenho do rebanho.

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A produção e o uso eficiente da silagem impactam diretamente na lucratividade da propriedade. Nesta quarta-feira (09), segundo dia de debates do 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL), especialistas do setor apresentaram alternativas para reduzir perdas, melhorar o aproveitamento da silagem e potencializar o desempenho animal. O evento acontece até esta quinta-feira (10), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), junto da 6ª Brasil Sul Milk Fair.

Engenheiro agrônomo Mikael Neumann – Fotos: Divulgação/MB Comunicação

O engenheiro agrônomo Mikael Neumann discutiu sobre aspectos agronômicos chave para se obter uma silagem de milho de alta qualidade, passando pela estratégia de plantio, importância do manejo de nutrientes como o nitrogênio e potássio, a influência do controle fitossanitário na qualidade da silagem, bem como os fatores relacionados ao ponto ideal de colheita da planta de milho de acordo com as diferentes estratégias nutricionais.

Pesquisas apresentadas durante a palestra, que já estão sendo colocadas em prática por meio da extensão nas propriedades, mostram a importância da fertilização adequada para atender as exigências da cultura e tratamentos fitossanitários, principalmente focado no uso correto de fungicidas até o estágio ideal da colheita. “Nesse momento definimos as características finais da silagem obtida e que deve estar em sintonia com a dieta formulada para os animais”.

O cuidado com cada um desses processos, segundo Neumann, vai resultar numa segurança maior sobre a qualidade final da matéria seca (MS) e sobre o planejamento de produção de volume de silagem necessária para alimentar os animais o ano inteiro. “A gente tem observado que quando trabalhamos sobre esses pontos agronômicos, nós conseguimos ter uma redução de custos na ordem de 20%, pois estaríamos diminuindo perdas de processos, que se transformam em lucro para o produtor por ele estar adequado à produção de volumosas na sua propriedade”.

Já o médico-veterinário João Luiz Pratti Daniel abordou detalhes sobre a confecção e uso da silagem de milho, elencando os principais pontos para preservar a qualidade da planta e obter uma matéria seca de alta qualidade.

Médico-veterinário João Luiz Pratti Daniel: “A primeira dica que eu dou é que o produtor precisa saber o quanto está perdendo de matéria seca para saber quais decisões tomará nas próximas safras”

De acordo com o especialista, atenção ao manejo adequado na maturidade, no processamento, uso de aditivos de maneira estratégica e cuidados específicos na colheita, processamento, enchimento do silo, compactação e vedação, bem como no manejo após a abertura do silo, são fundamentais. “A primeira dica que eu dou é que o produtor precisa saber o quanto está perdendo de matéria seca para saber quais decisões tomará nas próximas safras. Para isso, é necessário pesar o material e amostrar cada carreta que chega no silo, só assim será possível identificar o que estou preservando e perdendo de MS”, orientou.

João Daniel apresentou estudos relacionados à maturidade da colheita, que mostraram a redução da digestibilidade em colheitas tardias, e usaram a reidratação da planta como uma possível estratégia para solucionar essa questão. “O tratamento dessa planta reidratada aumentou a digestibilidade e tivemos maior resposta na estabilidade de inoculante. É algo possível, mas o produtor tem que estar preparado, porque essa alternativa demanda de um grande volume de água”.

Outro aspecto importante a ser observado é o tamanho das partículas no processamento dos grãos. “Experimentos demonstraram que o tamanho de corte intermediário melhora o desempenho e a saúde do animal. A vaca aumenta a produção de leite com a mesma silagem e mesma dieta, só alterando o tamanho da partícula”, observou.

O médico veterinário ainda destacou a dedicação com a vedação do silo para preservar a silagem. Na hora de vedar, escolher o plástico correto, espessura e proteção do filme são cuidados que devem ser tomados. Também é preciso dar atenção à proteção do ombro do silo, que é onde há grande risco de deteriorização, para isso, a lona deve ser posicionada adequadamente.

Além de reduzir perdas, a silagem que passar por uma vedação correta e for ofertada para as vacas com um aspecto visualmente bom impacta numa melhor produção de leite. “É imprescindível planejar e fazer uma boa gestão de todo o processo, monitorar constantemente e fazer os reajustes necessários, pois errar em uma única etapa pode comprometer a qualidade da silagem. A troca abrupta de silagem na dieta dos animais também deve ser evitada. Nesses casos, fazer uma adaptação em escada, mesmo que a silagem nova seja melhor é a opção mais aconselhada”, concluiu.

6ª Brasil Sul Milk Fair

Em paralelo ao 11º SBSBL, mais de 20 empresas participam da 6ª Brasil Sul Milk Fair. A feira traz produtos, serviços e tecnologias que impulsionam a bovinocultura leiteira. Os expositores são empresas das áreas de aditivos nutricionais, tecnológicos, sensoriais e zootécnicos; insumos agrícolas, como fertilizantes e sementes; nutrição: alimentos balanceados, núcleos, premixes vitamínicos/minerais e ingredientes; saúde animal: vacinas, terapêuticos, profiláticos e melhores de desempenho; distribuidores do setor, além de instituições de ensino e imprensa especializada.

Para estimular a interação entre os participantes, nos intervalos da programação científica do SBSBL, há os “Milk breaks”, onde os congressistas podem degustar alimentos à base de lácteos.

Apoio

O 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Ascom Nucleovet

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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