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Uso de ressonância magnética no agro fortalece presença de parceira da Embrapa na Ásia

Programa de internacionalização gratuito de negócios inovadores tem por objetivo promover a inserção de startups brasileiras nos ecossistemas mais promissores de inovação do planeta, por meio de ações de capacitação, mentoria, conexão online e presencial com parceiros e atores de destaque no cenário empreendedor internacional.

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Aparelho de RMN desenvolvido em parceria com a FIT realiza análises de produtos agroalimentares em segundos, de forma limpa e precisa. A tecnologia está disponível em mais de 20 países - Foto: Victor Otsuka

O impacto da aplicação e do caráter inovador da ressonância magnética nuclear (RMN) para avaliação da qualidade de produtos da agroindústria está abrindo caminhos e consolidando mercados para a parceira da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Fine Instrument Technology (FIT). A empresa é a segunda colocada entre as 14 selecionadas pelo programa Startup OutReach Brasil para participar de uma imersão presencial em um dos principais centros econômicos do mundo, Singapura, no Sudeste da Ásia.

O programa de internacionalização gratuito de negócios inovadores tem por objetivo promover a inserção de startups brasileiras nos ecossistemas mais promissores de inovação do planeta, por meio de ações de capacitação, mentoria, conexão online e presencial com parceiros e atores de destaque no cenário empreendedor internacional.

Inovação no agro

Desenvolvida há mais de 30 anos pela Embrapa Instrumentação para detectar o teor de óleo em grãos e alterações em alimentos in natura e industrializados, a RMN está embarcada no aparelho SpecFit, resultado da parceria com a startup são-carlense. A inovação a levou a ser reconhecida como empresa nacional de base tecnológica com potencial de internacionalização dentro do Startup OutReach Brasil.

Com a aplicação da RMN, as análises são realizadas sem destruir a amostra, em segundos, de forma limpa, sem o uso de solventes, como ocorre nos métodos tradicionais. A tecnologia já está disponível em mais de 20 países, incluindo alguns do continente asiático, cuja presença ganha força com a imersão que será realizada no período de 25 de outubro a 3 de novembro deste ano.

Outra vantagem é que a técnica foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Association of Official Agricultural Chemists (AOAC) para avaliação do teor de lipídeos em carnes, produtos cárneos e pescados.

indústrias de extração de óleo de palma, também conhecido como azeite de dendê, o mais consumido e produzido do mundo. Indonésia e Malásia, onde o SpecFit já está presente por meio de parceiros distribuidores, são os maiores países produtores. Juntos, eles representam entre 85 e 90% da produção global deste óleo vegetal, de acordo a European Palm Oil Alliance.

Vanguarda na pesquisa

O pesquisador da Embrapa Instrumentação, Luiz Alberto Colnago, tem conduzido estudos de forma pioneira desde 1986 com ressonância magnética nuclear para identificar teores de óleos em grãos e alterações em alimentos in natura – frutas e carne bovina – e industrializados, como azeite de oliva, maionese, molhos de salada e até vinho. A técnica é uma alternativa aos métodos convencionais, trabalhosos e demorados.

Entre as análises mais recentes realizadas pelo pesquisador com a técnica de RMN estão três cultivares de amendoim lançadas na Agrishow deste ano pela Embrapa Algodão (Campina Grande – PB). O estudo apontou alto teor de ácido oleico, acima de 75% nos grãos direcionados ao consumo de mesa e à indústria de alimentos.

A quantificação, caracterização e classificação do teor de óleo em farinha de pupunha, nativa da floresta amazônica, é outro estudo concluído com a utilização da técnica. Atualmente Colnago investiga a composição de molhos de tomate industrializados para detectar alterações no produto. “É uma grande satisfação ver que uma startup nacional, aplicando uma técnica que desenvolvemos para o agro, é selecionada para vivenciar um ecossistema tão pujante como Singapura. A participação da startup nesta missão representa também uma oportunidade para Embrapa, de mostrar em âmbito internacional o potencial da ciência desenvolvida no Brasil. É uma conquista para um pesquisador ver a aplicação prática de uma técnica, que traz impactos positivos em diferentes cadeias produtivas”, diz Colnago.

O pesquisador atua com a RMN de baixo campo, cerca de dez vezes mais barata do que as usadas em equipamentos tradicionais. O aparelho utilizado por ele funciona similar ao de uso médico, mas não gera imagem e nem espectro. A tecnologia de baixo campo mede o tempo de desaparecimento do sinal de ressonância, que é comparado com um banco de dados por programas estatísticos. Esses sistemas transformam a informação na composição química dos produtos agroalimentares.

União de competências

A parceria entre a Embrapa Instrumentação e a FIT tem refletido em importantes resultados de base científica, técnica e mercadológica, tanto para o pesquisador que ousou em romper paradigmas, como para a startup. O pioneirismo no desenvolvimento da metodologia e instrumentação aplicada ao agro tem levado Colnago a conquistar reconhecimento no Brasil e no exterior.

Um deles é o Prêmio Capes de Tese edição 2019, na área de Química, junto com Flávio Vinícius Crizóstomo Kock, seu orientado de doutorado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP). No exterior, tem realizado apresentações nos principais congressos internacionais de RMN, química analítica e alimentos.

Por outro lado, o emprego da RMN embarcado no aparelho SpecFit vem projetando a startup em âmbito nacional e internacional. Em 2022, a empresa recebeu o Prêmio Startups do Futuro promovido pelo Sebrae for Startups e Wylinka por ter sido reconhecida como uma das 103 deep techs do estado de São Paulo mais promissoras para 2023.

O termo deep techs se refere às empresas que desenvolvem tecnologias complexas, a partir de pesquisas acadêmicas que demonstram alto potencial de crescimento e de impacto no ecossistema de inovação.

O CEO da startup, Daniel Consalter, diz que a aplicação baseada na técnica de ressonância magnética nuclear auxilia às indústrias extratoras de óleo de palma a controlar o desperdício, porque o SpecFit fornece o resultado da análise do teor nos frutos e, no caso de empresas deste ramo, o processo ocorre em todos os resíduos nos quais podem haver perdas, em um tempo médio de 30 segundos.  “Com essa rapidez, elas tomam decisões importantes para melhorar o processo e regular equipamentos e parâmetros como temperatura e velocidade de processo. O sucesso da solução levou praticamente todas as empresas do setor no Brasil a adotarem pelo menos um equipamento SpecFit. Depois, expandimos para países da América Latina, como Peru, Colômbia, Guatemala, Equador, Costa Rica e México, todos para o setor de óleo de palma”, afirma Consalter.

O CEO acredita que fortalecer a presença da empresa com a tecnologia de RMN no Sudeste Asiático é bastante oportuno e valioso, considerando que esta região da Ásia é responsável por 90% do mercado de óleo de palma. “Tanto os avaliadores brasileiros quanto os do local do evento entenderam que nossa solução pode trazer um grande impacto positivo para ambos os países. Estamos muito orgulhosos com mais esse passo”, ressaltou o CEO.

Para atender aos mercados interno e externo, a parceira da Embrapa Instrumentação está ampliando a área física com a construção de um prédio de 1.000 m². A nova sede será inaugurada em julho de 2024 no Parque Tecnológico EcoTec Dahma, em São Carlos.

Processo seletivo

A startup foi selecionada para o Startup OutReach Brasil por um grupo de atores, que incluiu investidores e representantes de ambientes de inovação, entre outros. O Ciclo Singapura, nome desta edição, é composto de três etapas, a Missão Virtual, no qual participaram 40 startups, a Missão de Imersão com a seleção de 14 empresas, incluindo a Fine Instrument Technology, e a Pós-Missão.

Para a seleção, o programa considerou, entre outros critérios, o fato da startup ter um produto ou serviço finalizado para a comercialização e já estar gerando negócios ou recebendo investimentos. A empresa recebe aporte de recursos da aceleradora NTAgro desde 2019.

Além da imersão com sessões de mentorias, matchmaking para conexão com agentes do mercado do Sudeste Asiático e visitas aos ambientes de inovação, a startup é uma das que vão participar da Singapura Week of Innovation in Technology (SWITCH), considerado a maior feira de startups daquela região.

O programa Startup OutReach Brasil é organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Sebrae Startup, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). O programa já realizou 14 ciclos de internacionalização em 10 países diferentes e atendeu mais de 300 startups desde a criação em 2017.

Fonte: Embrapa Instrumentação

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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