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Suínos

Uso da terra de diatomáceas na armazenagem de grãos e sementes

Entre as principais pragas de grãos armazenados, destaca-se o Besourinho dos cereais (Coleóptero), o Gorgulho dos cereais (Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais) e a Traça dos cereais (Lepidóptero).

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Fotos: Divulgação/Cinergis

A produção mundial de grãos é superior a 3 bilhões de toneladas. No Brasil, a safra estimada para 2022/2023 é de 317,6 milhões de toneladas, de acordo com levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em julho de 2023, o que representará uma das maiores safras já produzidas, com um aumento de 16,5% (44,9 milhões de toneladas) em relação à safra anterior. Se pegarmos somente o milho para comparar, o Brasil hoje é o terceiro maior produtor mundial tanto em área como em produção (Conab), só perdendo para Estados Unidos e China, sendo que para a safra 2022/2023 há uma expectativa de 127,8 milhões, equivalente a um acréscimo de 12,9% (14,6 milhões) acima da safra 2021/2022.

Não temos só notícias boas, pois vem aí mais uma colheita recorde de grãos, e o problema do setor continua o mesmo: não há espaço suficiente para guardar o que foi colhido, pois o Brasil tem um déficit de 115 milhões de toneladas em armazenagem e, além disso, mesmo que haja a estocagem, estima-se que podem haver perdas de até 30% e destes, 10% seriam atribuíveis a infestação por pragas.

Entre as principais pragas de grãos armazenados, destaca-se o Besourinho dos cereais (Coleóptero), o Gorgulho dos cereais (Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais) e a Traça dos cereais (Lepidóptero). O Sitophilus zeamais Motschulsky, vulgarmente conhecido como Gorgulho do milho, que se caracteriza como praga primária, acomete grãos inteiros e sadios, sendo o seu controle de fundamental importância econômica, já que é considerado como um dos responsáveis na deterioração de grãos de milho armazenados. Já o Besouro-castanho (Tribolium castaneum), popularmente conhecido como caruncho, são pragas secundárias com potencial devastador, inclusive superior às pragas primárias.

Eliminação

A eliminação destas pragas se dá usualmente por meio de inseticidas sintéticos e cujo uso desenfreado pode selecionar populações de insetos resistentes de maneira crescente. Com isso, há uma busca constante por ferramentas que auxiliem no controle dessas pragas, sendo o uso de terra de diatomácea uma das alternativas.

A terra de diatomáceas é composta por extrato de algas diatomáceas fossilizadas, que passaram pelo processo de secagem e moagem, sendo o dióxido de silício o componente predominante. As diatomáceas são organismos marinhos fundamentais para alimentação direta ou indireta dos animais e estima-se que haja cerca de 250 gêneros e 100.000 espécies. Elas podem ser divididas em dois grupos quanto à simetria: cêntricas e penadas. As primeiras possuem simetria radial, flutuam com facilidade e são facilmente encontradas em lagos e ambientes marinhos e têm vários cloroplastos. Já as diatomáceas penadas possuem simetria bilateral e apenas dois cloroplastos.

As diatomáceas cêntricas são as que apresentam melhor resultado quando falarmos de absorção de água livre nos silos e na desidratação das pragas encontradas nos mesmos, com uma capacidade de absorção da água de até 132% do próprio peso, sem aumentar de volume.

Vários estudos mostram a eficiência da terra de diatomáceas no tratamento de grãos armazenados. Trata-se de um produto seguro para operadores e consumidores dos grãos. O grão tratado pode ser consumido imediatamente, não precisando esperar um período de carência do produto.
O modo de aplicação do produto é simples, sendo misturado, na dose de 1,0 kg/tonelada de grãos limpos e secos.

Principais benefícios

• Redução da necessidade de manutenção dos silos

• Redução de custos com passivo trabalhista

• Redução de riscos de acidentes por emissão de gases

• Auxílio na eliminação dos insetos

• Controle da umidade interna dos silos

• Eliminação de condições ambientais que favoreçam a proliferação de fungos e consequentemente produção de micotoxinas.

Paulo Martinez, coordenador comercial na Cinergis

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: thais.freitas@cinergis.com.br.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

 

Fonte: Por Paulo Martinez, coordenador comercial na Cinergis

Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Colunistas

Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

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Foto: Claudio Pazetto

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.

O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.

Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock

Reposicionar para crescer

Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.

Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.

O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.

Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.

Digital: o novo campo do agro

As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels

compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.

Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.

Promoções e estratégias de varejo

Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.

Marketing como elo da cadeia produtiva

A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.

Fonte: O Presente Rural com Felipe Ceolin
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