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USDA projeta recorde global para produção de soja na safra 2023/24

Neste momento, o principal fator conjuntural que influencia as projeções é o El Niño, um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e que exerce uma influência significativa no clima global.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou neste mês as primeiras estimativas para a safra global 2023/24, trazendo um cenário de recomposição da oferta mundial. Para a soja, o USDA projeta aumento da oferta, demanda e estoques. De acordo com o Radar Agro o fator conjuntural que atua, neste momento, como o principal direcionador das projeções do departamento é o El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e que exerce influência no clima global.

Para as Américas, anos de El Niño tendem a ser mais chuvosos, portanto, benéficos para o desenvolvimento das safras. Nos EUA, os anos sob influência do fenômeno tendem a apresentar chuvas acima da média. Na América do Sul, o fenômeno também resulta em mais chuvas para Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil, podemos dividir em dois efeitos distintos: mais chuva para a Região Sul e menos chuva para o Matopiba. Portanto, foi levando em conta esse cenário climático benéfico, com a formação do El Niño a partir do meio do ano, num primeiro momento beneficiando a safra americana e depois, a safra da América do Sul, que o USDA baseou sua primeira estimativa para a safra 2023/24.

Para os Estados Unidos, o USDA considera um leve crescimento na área colhida com a oleaginosa (+ 200 mil ha), porém a produtividade projetada é 5,1% maior em relação à safra 2022/23, de 3,5 t/ha. Com isso, a produção americana retorna ao patamar observado há duas safras, acima de 120 MM t, com a produção projetada para 2023/24 em 122,7 MM t. Mesmo com um aumento do consumo projetado em 4,1%, a maior produção resulta em um estoque final 55,5% maior, em 9,1 MM t.

Os números para a América do Sul vieram ainda mais otimistas. Para o Brasil, o USDA projeta uma excepcional safra 2023/24 de soja de 163 MM t, 5% acima do recorde de 2022/23. A produção maior virá por aumento de área (+4,3%) e produtividade (+0,8%), com a expectativa do El Niño beneficiando a safra da Região Sul.

A Argentina, que sofreu com a La Niña em 2022/23, deve ser beneficiada pelo El Niño em 2023/24, o que fez o USDA projetar uma retomada da safra do país, que deve voltar para 48 MM t. Com a expectativa de clima benéfico, a projeção é de aumento de área (+9,3%) e produtividade (+62,8% sobre 2022/23, que apresentou grande quebra).

Com o incremento projetado para a oferta dos principais produtores, a produção global de soja da safra 2023/24 é estimada em 411 MM t, aumento de 11% sobre a safra atual, ou 41 MM t a mais. O consumo também deve crescer, 6%, embora menos que a produção. Com isso, o estoque final de soja apresenta um aumento de 21%, para 122 MM t e a relação estoque/consumo sai de 28% na safra atual para 32% na 2023/24, sinalizando um balanço global mais confortável.

Plantio americano acelerado

O clima vem colaborando com o avanço do plantio nos EUA. Os mapas de previsão para a segunda quinzena de maio mostram temperaturas dentro a acima da média no cinturão de grãos e precipitação na média ou um pouco abaixo do normal, o que deve seguir favorecendo o bom avanço do plantio.

Até o último dia 21, o plantio estava concluído em 66% da área projetada, contra 52% na média das últimas 5 safras. O plantio acelerado, com a boa perspectiva de clima, coloca ainda mais pressão nos preços em Chicago.

Preços em trajetória descendente

Plantio americano acelerado, projeção de clima favorável para o desenvolvimento da safra, exportações americanas em ritmo lento e dúvidas sobre a força da demanda implicam em preços futuros em queda.

A safra brasileira atual (2022/23), estimada em 155 MM t segue com a comercialização abaixo da média, aproximadamente 50% vendida. Esse grande volume de soja ainda a ser comercializada será carregado para o segundo semestre, quando a soja americana entrará no mercado, o que resultará em grande oferta no mercado internacional. Apesar de algum otimismo com a demanda para os próximos meses, o fato é que, se confirmados os números americanos, haverá uma recomposição da oferta global.

No Brasil, a expectativa é de melhora dos prêmios no segundo semestre e alguma apreciação do dólar, o que favorece a formação de preço por um lado. Porém, se a projeção de safra americana se confirmar, os preços em Chicago devem continuar cedendo e atuando do lado contrário. Neste momento, é difícil apontar alguma reação dos preços, a menos que o clima surpreenda e se mostre diferente das projeções atuais.

CBOT, câmbio e rentabilidade

Os preços em Chicago e o câmbio impactam diretamente a formação do preço ao produtor no Brasil. Diante da perspectiva de preços em queda na CBOT e o câmbio atuando como uma variável de difícil previsão, é importante que os produtores fiquem atentos às oportunidades de hedge, diante das perspectivas de um mercado global mais abastecido.

Os custos, que interferem diretamente no cenário de margens, apresentam queda em relação à safra 2022/23, com os preços dos fertilizantes devolvendo boa parte da alta ocasionada pela guerra no Mar Negro e os defensivos também mais baratos, com um panorama de produção e abastecimento normalizado.

Para a análise apresentada a seguir, consideramos um custo agrícola (operacional) médio de R$ 4.160/ha em Sorriso. No quadro abaixo, simulamos diferentes níveis de preços em Chicago e câmbio (BRL/USD) e o impacto sobre a margem operacional do produtor de soja em Sorriso, mostrando a importância de se garantir níveis adequados de preço e câmbio para assegurar uma boa rentabilidade.

Gestão de risco

Embora sempre exista a possibilidade de que alguma intempérie climática leve à uma revisão para baixo da estimativa de produção global em relação às expectativas atuais, o nosso cenário base aponta para uma queda das cotações internacionais, que poderão ganhar ainda mais tração caso a safra norte-americana se desenvolva sem problemas.

Não se pode desconsiderar também os efeitos que uma desaceleração de crescimento da economia global pode trazer ao consumo de soja no mundo. Além disso, quando olhamos as cotações convertidas em BRL, uma valorização da moeda nacional poderia colocar pressões adicionais nos preços locais.

Diante desse cenário, é prudente que os produtores se protejam de quedas adicionais com vistas a minimizar o risco de corrosão de margens. Especial atenção ao tema deve ser dada pelos players que possuam grandes compromissos a serem pagos na próxima safra.

Nesse sentido, fazer o uso de ferramentas que contribuam com essa gestão de risco e possibilitem a fixação de piso de preços pode fazer muito sentido. Entretanto, alguns cuidados precisam ser tomados para que a fixação das cotações, de fato, sejam efetivas. Seguem abaixo alguns deles:

➢ atenção ao aumento do percentual fixado sem a aquisição de insumos. Caso o preço dos insumos suba mais que o esperado, isso poderá comprometer as margens. Esse tópico é especialmente relevante para quem está realizando as fixações para a safra 23/24 e posteriores, uma vez que a possibilidade de negociação de insumos não é tão óbvia.

➢ atenção ao percentual fixado “vis a vis” o volume total esperado para ser produzido. Se houver frustração da safra, o produtor terá que ir a mercado comprar o produto e, se isso correr, o preço praticado na região tende a ser mais elevado que o esperado, pois geralmente as quebras são regionais.

➢ segregar das fixações o montante referente aos compromissos a serem quitados em soja (barter, arrendamento, aquisição de terras, etc).

➢ no caso de fixação em dólares, conciliar prazo de recebimento com o pagamento de obrigações na mesma moeda. Caso esses prazos não sejam coincidentes, o produtor fica exposto ao risco cambial, necessitando então de um gerenciamento de risco de moedas.

➢ no caso de fixação dos preços em bolsa, separar o volume referente à tal negociação para ser comercializada no físico apenas quando a operação vencer. Caso isso não ocorra e o preço do produto suba, o produtor precisará pagar o ajuste e isso poderá pressionar o caixa

Fonte: Consultoria Agro/Itáu BBA

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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