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UPL ousa para solucionar falta de mão de obra

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Na edição de maio de O Presente Rural Suínos & Peixe,s tratamos sobre gestão de mão de obra, expondo exemplos bem-sucedidos de granjas do país. Nesta queremos apresentar proposta muito diferente de todas as outras, aplica da Unidade Produtora de Leitões (UPL) da Cooperativa Agroindustrial Lar, de Medianeira, Oeste do Paraná. A medida consistiu numa verdadeira mudança de paradigmas com relação ao que era aplicado até então e resultou na redução de 50% de pessoal. O gerente de suinocultura da cooperativa, Dirceu Zotti, expõe que, assim como nas granjas comuns, na UPL havia grande dificuldade para contratar novos colaboradores, baixa produtividade das pessoas e alto custo de mão de obra em virtude da baixa relação matriz/funcionário e ou leitões desmamados funcionário/ano. “Isto nos levou a implementar algumas medidas”, ressalta.
Segundo ele, é impossível solucionar a questão da falta e encarecimento de mão de obra se não forem tomadas série de medidas na granja, e isso engloba manejo, instalações, tecnologia e mudança de comportamento dos trabalhadores e gestores. Por esse motivo, o primeiro passo foi focar no treinamento dos gestores dos processos. “Junto com isso foram criados planos de cargos e salários, foram definidas estratégias e regras de trabalho bem claras, plano de treinamento e também metas de produção. Mas primeiro foi motivado e valorizado o engajamento e comprometimento de cada um”, expõe. As reuniões mais constantes, sejam motivacionais como também para revisão de estratégias e avaliação de resultados tornaram-se mais constantes. O trabalho passou a ser pautado em dados acessíveis. Porém, as mudanças foram ainda maiores na rotina de trabalho. “Passamos a trabalhar com perfis de pessoas para contratação, evitando assim a entrada de trabalhadores sem afinidade com a atividade”, declara.
Mudança
No processo, relata Dirceu Zotti, foram definidos protocolos de trabalho mais simplificados e abolido o excesso de zelo para concentrar-se no que é realmente importante e traz retorno financeiro, conforme avaliação. “Nem tudo que era eficaz até ontem será para sempre”, justifica. Para o profissional da Lar, na suinocultura moderna, a utilização de tecnologia é fundamental para quem pensa em melhorar seus resultados.  Assim, foram investidos em automatização de todo processo de alimentação; climatização dos setores de maternidade e gestação (tendência a se estender para a creche e terminação; construídas salas de maternidade maiores e abertas que possibilitem maior visão e controle; implantado o sistema de desmame semanal em sala única. Também foram investidos em barracões maiores para reduzir o trânsito de pessoas e animais e em corredores centrais e laterais para facilitar o fluxo dos animais, bem como de pisos totalmente vazados, pontos de água suficientes para atender todos os processos; pisos com declividade adequada; cortinados com controle automático, além de melhoria das tecnologias de uma maneira geral.
Zotti cita ainda medidas práticas adotadas na rotina de trabalho da UPL da Lar:
• Focar nas prioridades exemplo: atendimento ao parto, ao recém-nascido e inseminações,evitar tempo morto;
• Evitar o uso de papinha para leitões: atuar sempre na causa e não no efeito;
• Otimizar o número de inseminações por fêmea: 1,9 a 2,1 doses são suficientes;
• Inseminar apenas uma vez ao dia;
• Cessar corte de dentes e amarração de umbigo;
• Não transferir fêmeas em gestação;
• Usar somente um tipo de ração na gestação;
• Eliminar a tarefa de fazer as fêmeas gestantes “levantarem”;
• Pesar leitegadas ao nascimento por amostragem;
• Pesar desmames coletivamente;
• Realizar apenas um diagnóstico de cio diário até os 50 dias de gestação;
• Realizar apenas duas alimentações diárias para fêmeas lactantes ou alimentação à vontade automatizada;
• Aplicação de vacinas na região da “picanha da porca” (músculo Glúteo bíceps): maior agilidade , menor risco de acidentes;
• Iniciar verificação de cio em marrãs a partir de 200 dias de vida e apenas uma vez ao dia;
• Fazer a pesagem de marrãs juntamente com a colocação de brincos por amostragem; (aos 150 dias e ao flushing).
• Organizar horários mais flexíveis nos finais de semana: satisfação das pessoas.
• Ajuste da remuneração de toda equipe que permaneceu após estas mudanças.
Leia a reportagem completa na edição impressa de O Presente Rural ou na edição online:

Fonte: Luciany Franco – O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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