Suínos
Unioeste inaugura Centro de Pesquisa para Avaliação da Produção e Nutrição de Leitões
Estrutura do novo Centro de Pesquisa tem 300 m² de área construída e total de 800 m².

No último dia 24 , a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) inaugurou o Centro de Pesquisa para Avaliação da Produção e Nutrição de Leitões (Crechário) no Campus de Marechal Cândido Rondon. A cerimônia contou com a presença de autoridades, incluindo o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Prof. Aldo Bona, e o reitor da Unioeste, Prof. Alexandre Webber.
Nova Estrutura
A estrutura do novo Centro de Pesquisa tem 300 m² de área construída e total de 800 m². A obra foi financiada por diferentes fontes, incluindo o Governo do Estado, recursos próprios do campus, reitoria e a empresa TECTRON. O total dos investimentos chegou a aproximadamente R$ 805.821,74. O espaço será utilizado para atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Objetivos
O espaço será utilizado para atividades de ensino, pesquisa e extensão, com foco em nutrição animal e produção de leitões. O professor Paulo Levi, coordenador do setor de suinocultura do campus, explicou que o novo crechário permitirá maior eficiência no desenvolvimento de experimentos e parcerias com empresas privadas e cooperativas agroindustriais.
“O crechário é destinado a leitões pós-desmame, com cerca de 7 kg, podendo chegar até aproximadamente 24 kg. Ele complementa o setor de suinocultura e será utilizado para ensino, pesquisa e extensão. A unidade possibilitará maior eficiência no desenvolvimento de experimentos de nutrição animal, incluindo parcerias com as empresas privadas e a cooperativas agroindustriais, como a Copagril”, detalhou o professor.
Benefícios
“O que antes alojávamos 48 leitões, hoje vai alojar quase 160 animais. Antes nossas pesquisas na fase de creche tinham duração de aproximadamente 90 dias, devido aos poucos números de baias experimentais, hoje faremos em 42 dias. Com isso queremos aumentar o número de pesquisa, explica o coordenador do projeto, Paulo Levi de Oliveira Carvalho.
O diretor-presidente da empresa Tectron, Daniel Pigatto Monteiro, destacou a importância de investir em conhecimento e tecnologia. “Um dos motivos de investirmos em uma Universidade é porque gera conhecimento, tecnologia, acerta, erra, por isso tem a pesquisa, para que do fruto disso seja constituída mais tecnologia, empresas melhores, melhores ambientes para dissolver ou para promover conhecimento. O que nós, empresa que investe, colhe com isso é uma empresa nacional com 23 anos de existência, 100% nacional, exportando para mais de 30 países”, enfatizou Daniel.
Importância
O secretário Aldo Bona destacou a importância do momento vivido pelas universidades públicas, afirmando que as universidades estão vivendo um bom momento, com mais previsibilidade e eficiência. “É revigorante estar nas universidades e ver que aquilo que é trabalhado para acontecer, está acontecendo. As universidades estão, de fato, vivendo um bom momento. Um momento que, do ponto de vista da organização interna, da possibilidade de planejamento e de atendimento às suas necessidades, permite atuar com mais previsibilidade e eficiência”, afirmou.
A nova estrutura, para o professor Davi Feliz Shreiner, que esteve na gestão do campus durante e na ocasião representou o Ex-deputado Marcel Micheletto, se resume em alegria e agradecimento. “Se nós queremos trabalhar com Ensino, Pesquisa, Extensão e a prestação de serviços, nós também temos que avançar na qualidade. Esse é um compromisso não só com as Universidades, mas com a educação”.
A solenidade de inauguração contou com a presença de diversas autoridades.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



