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Uma relação de custos de produção da suinocultura e os grandes eventos mundiais

O jornal O Presente Rural faz uma relação entre a escalada no preço das commodities, os grandes eventos mundiais e os custos de produção da suinocultura.

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Fotos: Shutterstock

O jornal O Presente Rural faz uma relação entre a escalada no preço das commodities, os grandes eventos mundiais e os custos de produção da suinocultura. O cenário mostra uma supervalorização milho e farelo de soja, matérias-primas para a produção da nutrição animal, que representa até 80% dos custos do setor.

Um dia antes de a Organização Mundial da Saúde (OIE) decretar a pandemia, em 13 de março de 2020, a saca de milho era vendida a R$ 57,58, de acordo com a série histórica da Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Depois, oscilou para baixo. A partir de agosto daquele ano, quando rompeu mais uma vez a casa dos R$ 50, o milho teve uma disparada. No fim daquele mês, já era comercializado a mais de R$ 60. Em outubro do mesmo ano, já chegava a quase R$ 82. Depois de um arrefecimento com a chegada da safra de verão, quando voltou a casa dos R$ 70, tornou a subir já em janeiro de 2021, quando atingiu o pico do mês em R$ 85,44.

Em março de 2021, a saca chegou a ser negociada a R$ 94,40, ainda de acordo com o Cepea. Em maio, 60 quilos do cereal brasileiro ultrapassavam a barreira histórica dos R$ 100. Mais um arrefecimento com a entrada da safrinha, mas os preços voltaram a subir atingindo R$ 102 em julho de 2021. Nessa altura, os prejuízos para a suinocultura já se mostravam claros. No fim daquele ano, preços mais baixos colocaram a saca na casa dos R$ 90.

Em 24 de janeiro de 2022 a Rússia declara guerra contra a Ucrânia, dois grandes produtores de grãos. Naquele dia, o milho brasileiro era negociado a R$ 95,98. Houve uma escalada gradual dos preços até 22 de março, chegando a R$ 101,29. Depois disso, a cotação do milho começou a cair. Desde maio do ano passado até 03 de janeiro deste ano, há cerca de nove meses, se mantém entre R$ 80 e menos de R$ 90. Ou seja: parece que milho a R$ 50 é coisa do passado, do mundo antes da pandemia, de antes da guerra.

Soja

O preço da soja também pegou carona com a pandemia. Em 13 de março de 2020, a saca era vendida no Brasil a R$ 92,18, conforme o Indicador da soja Esalq/Bm&F Bovespa – Paranaguá. Não demorou o fim do mês para superar os R$ 100. Em outubro daquele ano, sete meses e sucessivos aumentos depois, já rompia os R$ 150.

Em janeiro de 2021 a saca de soja chegou a passar várias vezes a casa dos R$ 170. Nos meses seguintes oscilou para cima, exceto nos meses de entrada da safra, até alcançar R$ 201,35 em fevereiro do ano passado, logo após explodir a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Em 24 de fevereiro de 2022, no exato dia do anúncio da guerra na Europa, a saca rompeu a barreira dos R$ 200, chegando a ser comercializada a quase R$ 207 naquele mês. De lá para cá, os preços caíram se mantiveram nas casas dos R$ 180 e R$ 190, fechando 2022 com a saca no valor de R$ 184,43 em 29 de dezembro e abrindo 2023 a R$ 183,56 (02 de janeiro).

Farelo de soja

Como o farelo de soja é o segundo principal ingrediente para a nutrição dos suínos, o preço também disparou. De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa, tomando como base o estado de Santa Catarina, maior produtor de suínos do país, o farelo de soja dobrou de preço entre o início da pandemia, em fevereiro de 2020, e o fim de 2022. Em fevereiro de 2020 a tonelada do farelo saia a R$ 1.465. Já em fevereiro de 2022, com o efeito pandemia, foi comercializada em média a R$ 2.850 a tonelada, fechando o ano de 2022 em R$ 2.930 por tonelada do farelo de soja.

Custos preocupam

Por conta disso, muito além dos preços baixos pagos pelo quilo do suíno vivo, o receio das principais lideranças ouvidas pelo jornal O Presente Rural para a produção desta matéria de capa é o custo de produção. Eles esperam um 2023 melhor para o mercado da suinocultura, mas alguns fatores precisam ser decisivos para o setor voltar a ter margens positivas, como o aumento nas exportações.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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