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Uma fazenda inteira é tocada pelo sol no Rio Grande do Sul

Ideia foi reduzir gastos com conta de luz e aproveitar a energia solar para se alinhar aos conceitos de sustentabilidade na agropecuária brasileira

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No Rio Grande do Sul, segundo estado que mais tem geração distribuída (pequenos consumidores), uma fazenda inteira está sendo movida pela energia solar. Indústria de rações, granjas de suínos, silos, residências, bombas e outros equipamentos, tudo funciona com a energia elétrica produzida ali mesmo, na usina solar construída há pouco mais de um ano pelo produtor rural Valdecir Folador.

Na propriedade da família, de 46 hectares, localizada em Erechim, foram instalados 408 módulos fotovoltaicos, com potência total de 142,80Kwp (kilowatts pico). A ideia era reduzir os gastos com a conta de luz e ainda aproveitar a energia solar para se alinhar aos conceitos cada vez mais difundidos de sustentabilidade na agropecuária brasileira.

“A ideia surgiu buscando melhorar as questões econômicas, queríamos a redução na conta de luz. Em 2019 começamos o namoro com a usina de energia solar, começamos a fazer cálculos, observamos o tamanho do investimento, o que ele proporcionaria em termos de resultados econômicos. A partir daí amadurecemos a ideia até tomar a decisão de implantar a usina”, destaca Folador.

De fábricas de ração a granjas de suínos

E a usina da conta do recado. Ela produz energia para os 4 hectares onde estão as instalações de suínos, como pocilgas, silos, fábrica de ração e as casas da família. Outros 35 hectares são de pastagens e em torno de sete hectares de mata nativa. Na suinocultura, são 1,6 mil matrizes, com produção mensal de 3,2 mil leitões entre 25 e 28 quilos. Na bovinocultura, a família trabalha com vaca de cria de cruzamento industrial. São 180 vacas, produzindo por ano cerca de 170 bezerros desmamados com sete meses.

“Em agosto de 2020 começamos a implantar o projeto sabendo da economia que iríamos ter. Dimensionamos a usina para gerar toda a capacidade e necessidade de consumo que temos na propriedade. Fizemos para zerar a conta de energia”, destaca o produtor. Em 90 dias a usina ficou pronta. “Hoje ela gera o suficiente para zerar uma conta mensal que eu tinha de R$ 14 mil”, frisa o produtor. A conta de energia atual da fazenda é de algo entre R$ 200 e R$ 300, que são taxas e encargos que são obrigatórios para quem usa as redes de transmissão.

O investimento de R$ 600 mil deve ser pago em pouco mais de cinco anos. “O projeto de viabilidade econômica gira em torno de cinco anos e meio. Vamos pagar o investimento nesse tempo só com a economia na cota. Com o que gastava de energia, pago a parcela do financiamento no banco”, destaca o produtor gaúcho.

Redução de custos e mais sustentabilidade

Mas não é apenas a redução nos custos da fazenda que atraíram o produtor para a geração de energia distribuída por meio de painéis solares. O mercado consumidor de carnes, como a suinocultura e a bovinocultura, exige cada vez mais que os produtores se alinhem às questões ambientais. “Sem dúvida nossa usina vai de encontro às questões ambientais que estão em evidência. Devemos produzir com o máximo de eficiência da produção. Nossa propriedade está para nos servir, mas temos que preservar, fazer as coisas direito para não causar prejuízos ao meio ambiente, respeitando a preservação ambiental. E o sol está aí para aproveitarmos. Com toda a tecnologia que temos, não tem porque não gerar energia através da luz do sol. Esse modelo de negócio tem que ser usado e vem de encontro às questões energéticas. Na minha opinião, fonte de energia mais limpa que essa é impossível”, avalia o produtor rural.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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