Avicultura ABPA 10 anos
Uma década de conquistas da avicultura e suinocultura brasileira
À medida que a ABPA celebra essa década de vitórias, fica claro que a entidade não apenas atingiu seus objetivos iniciais, mas está estabelecendo um legado de profissionalismo que continuará a beneficiar o Brasil e o mundo nos próximos anos.

Ao longo de seus dez anos de existência, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) tem sido um pilar fundamental para o desenvolvimento e a promoção da proteína animal no Brasil. Desde a sua criação, em 2014, a entidade tem alcançado conquistas significativas, abrindo novos mercados e derrubando barreiras comerciais e sanitárias.
Uma das maiores conquistas da ABPA foi a abertura de novos mercados internacionais para a carne de aves e suína brasileira. Com um trabalho incansável de diplomacia e negociação, a ABPA conseguiu firmar parcerias comerciais com países de todos os continentes, aumentando significativamente a participação do Brasil no comércio global de proteína animal.
São várias conquistas nesses dez anos. No mercado internacional, podemos mencionar as diversas aberturas de mercados para os dois setores, como a abertura da Coreia do Sul, Argélia, México, entre outros, além da ampliação e regulamentação de tantos outros como Reino Unido, Filipinas, Singapura, Chile e outros. Nos fortalecemos como maiores exportadores de carne de frango e estamos próximos do terceiro lugar em carne suína”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Sua atuação também contribuiu para a expansão do consumo de proteínas no mercado interno. “No mercado interno, avançamos significativamente em termos de consumo per capita – estamos em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa recente. Ampliamos nossa capacidade produtiva, chegamos ao segundo posto na produção mundial de carne de frango”, aponta Santin.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “O grande diferencial brasileiro é que a ampla capilaridade das exportações permitem menor dependência de poucos mercados” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural
O presidente da ABPA lembra que essa expansão teve relação direta com a imagem que o mundo tem da proteína animal brasileira. “Reforçamos nossa estratégia global de imagem e construímos importantes alicerces para o nosso setor por meio de iniciativas como o nosso SIAVS, agora Salão Internacional de Proteína Animal”, menciona Santin.
Novos negócios
O presidente da ABPA destaca que o Brasil tem diferentes cleitnes ao redor do mundo, o que é bom para não depender de apenas poucos compradores. Grandes mercados são determinantes, frisa Santin, mas participar de outros mercados e buscar sempre novas opções é trabalho contínuo da ABPA. “O grande diferencial brasileiro é que a ampla capilaridade das exportações permitem menor dependência de poucos mercados. Mas é claro que temos que ressaltar a grande importância da China, do Japão, da União Europeia, das Filipinas e dos Países do Oriente Médio em nossas exportações. Nestes também miramos o futuro das nossas ações, assim como em mercados com perspectivas positivas e com provável incremento das importações, como Argélia, México, Paquistão e outros”.
Impacto econômico e social
As conquistas da ABPA tiveram um impacto profundo na economia brasileira. A abertura de novos mercados e o aumento das exportações contribuíram significativamente para o crescimento do setor agropecuário, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento econômico nas regiões produtoras. Com a expansão das exportações, milhares de empregos foram criados nas cadeias produtivas de aves e suínos. Desde trabalhadores rurais até profissionais de logística e comércio exterior, o impacto positivo foi sentido em diversos níveis da economia. “A avicultura e a suinocultura são mais que cadeias produtivas: são promotores da segurança alimentar e da geração de renda em todo o país. A
ampliação da produção permitiu o fomento à inovação, o fortalecimento da industrialização e a ampliação de oportunidades para produtores e para colaboradores, com mais posto de trabalho nestes núcleos produtivos. Como cadeia produtiva, todo o entorno é influenciado positivamente, seja para aqueles que suprem estes setores como os comércios e demais negócios nos núcleos urbanos onde estão instalados”, pondera o presidente da ABPA.
Dez anos depois, a ABPA entende que o caminho foi produtivo, mas é preciso continuar avançando. “(Avalio os 10 anos) com satisfação e o entendimento de dever cumprido, mas certos, também, de que há uma longa caminhada pela frente. Avançamos e nos tornamos uma nação de referência para a biossegurança da produção, para qualidade e para a produtividade. Somos reconhecidos nacionalmente e politicamente por nossa relevância para a economia e o desenvolvimento do país, e estamos na pauta prioritária das ações do poder público. Mas sabemos que, como cadeias produtivas altamente competitivas e estratégicas para o país, devemos seguir avançando constantemente”, cita o presidente da ABPA.
Legado de profissionalismo
Os dez anos de atuação da ABPA foram marcados por conquistas que contribuíram com o setor de proteína animal no Brasil. A abertura de novos mercados, a derrubada de barreiras comerciais e sanitárias e são apenas alguns dos marcos que refletem o sucesso da entidade. O impacto econômico e social dessas ações é evidente, com a geração de empregos, o desenvolvimento regional e o reconhecimento internacional.
À medida que a ABPA celebra essa década de vitórias, fica claro que a entidade não apenas atingiu seus objetivos iniciais, mas está estabelecendo um legado de profissionalismo que continuará a beneficiar o Brasil e o mundo nos próximos anos.
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Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock
Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik
Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias
Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




