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Um algo a mais na suinocultura familiar

Com os anseios voltados às realizações pessoais e ao crescimento profissional, a família Horn transformou seu ganha pão numa grande empresa familiar do agronegócio, e gera renda a si e para inúmeras famílias de colaboradores.

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Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

Com os anseios voltados às realizações pessoais e ao crescimento profissional, a família Horn transformou seu ganha pão numa grande empresa familiar do agronegócio, e gera renda a si e para inúmeras famílias de colaboradores.

Suinocultor Werner Miguel Horn: “Praticamente tudo que conseguimos foi através da suinocultura. É uma paixão, poucas pessoas que entram nela desistem da atividade”

O patriarca Werner Miguel Horn, de 62 anos, nasceu na cidade de Estrela, Rio Grande do Sul, e com apenas três anos de idade veio com a família para Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, onde aprendeu os afazeres do campo com seus pais.

Aos 33 anos casou-se com Rosane Gregório, seu braço direito que há quase 30 anos divide a lida do campo.

Werner conta que após o casamento, o casal ganhou três leitoas de suas famílias, porém, duas delas se mostraram não produtivas. Mas isso não foi obstáculo para eles, e os primeiros desafios deram início ao negócio da família na suinocultura. “Começamos aos poucos, mas sempre com muita dedicação e amor pelo que fazemos”, destaca.

Esse mesmo amor também foi o responsável pela chegada de dois filhos. Jandrei Lucas e Júnior Matias Horn, de 26 e 27 anos. Ambos aprenderam o ofício ainda pequenos e até hoje trabalham todos os dias em companhia dos pais nas propriedades da família.

Werner revela que no início os investimentos foram direcionados para a piscicultura. “Fiz diversos cursos sobre como criar peixes, mas perdemos duas vendas por completo, e isso fez a gente desistir da atividade”, relata.

A frustração, no entanto, foi o estopim para o casal focar esforços na suinocultura, atividade já desenvolvida na propriedade, mas até então vista como secundária. “Começamos a levar a suinocultura mais a sério em 1995 e passo a passo chegamos onde estamos hoje”, lembra.

A experiência da rotina de trabalho e a busca por conhecimento no setor de suínos deram suporte ao casal, que atualmente conta com três granjas.

Produção

Os Horn são suinocultores independentes e possuem suas granjas localizadas no distrito de São Roque, interior do município. A principal delas é a Unidades de Produção de Leitão (UPL), onde a equipe do Jornal O Presente Rural foi recebida pela família.

No local existem sete barracões que abrigam 2,1 mil matrizes e uma fábrica de ração. Possui ainda uma unidade multiplicadora com 170 avôs em sistema de reposição fechada, além da Granja Irmãos Horn, com mais 650 matrizes.

A granja produz 100% da ração consumida pelos animais nas três unidades produtoras de suínos

Toda a ração consumida diariamente, cerca de 15 mil quilos, é produzida na fábrica própria que fica na propriedade principal. Parte da matéria-prima (soja e milho) usada para fazer a ração é proveniente dos cerca de 500 hectares de lavoura mantidos pela família.

Trabalho é o que não falta no dia a dia da família, e para que tudo ocorra da maneira esperada, Werner explica que as tarefas são divididas. “Todos ajudam, cada um em sua uma função específica”, menciona.

A diferença de idade e a larga experiência adquirida em anos dedicados à suinocultura não são empecilhos para o bom entendimento entre pais e filhos na hora de planejar e traçar estratégias para trazer os melhores resultados para o negócio. Segundo o patriarca, as vezes acontecem algumas controversas, algo normal num grupo de pessoas, mas quando as ideias dos filhos são boas não há problemas em aceitá-las. “A gente senta, discute e vemos o que é melhor para a empresa. Geralmente chegamos a um denominador comum”, menciona o produtor do Paraná.

Colaboradores

Para conseguir manter as atividades nas três unidades, os Horn contam com a ajuda de 45 funcionários. A maior parte desse trabalhadores mora em casas no sítio onde fica granja principal e reside a família Horn.

No total, quatorze famílias de funcionários residem nas três unidades, além de outros funcionários que moram nas proximidades. Geralmente os casais trabalham e moram na granja, onde garantem renda para viver, criar os filhos e, consequentemente, ajudam a movimentar a economia da região.

Para Werner, é uma grande responsabilidade gerar renda para essas famílias, especialmente em períodos de crise no setor, afinal, são dezenas de pessoas que dependem do negócio para sobreviver. “É gratificante ver essas famílias que trabalham para nós construindo suas vidas através da suinocultura”, afirma.

Segundo o produtor, a atividade não é mais como há alguns anos, a produção intensiva exige muita dedicação e empenho dia e noite durante todos os dias do ano. “As granjas de hoje funcionam 24 horas, por isso tudo precisa ser muito bem estudado e planejado para atingir bons resultados”, destaca Horn.

Satisfação profissional

Félix Daniel Martins Menteges atua na suinocultura há 14 anos, e há dois trabalha na Granja Horn. Ele e a esposa trabalham e moram na propriedade, ela no escritório e ele atualmente é encarregado geral da principal unidade. “A suinocultura gera renda e qualidade de vida para nós”, afirma Félix.

Família Horn guarda com orgulho os diversos prêmios recebidos ao longo dos anos pelo desempenho na suinocultura

Ele conta que ingressou na atividade ainda na adolescência, com a influência da família. “Meu pai trabalhava na suinocultura e desde adolescente aprendi a trabalhar com essa atividade. É algo que gosto de fazer”, menciona.

Segundo ele, já exerceu outras atividades fora do meio rural, mas não gostou da experiência, o que o fez retornar para a suinocultura. “Pretendo seguir na suinocultura até me aposentar”, afirma.

Desafios

A alta no custo de produção em razão das perdas nas lavouras por conta da estiagem afeta milhares de produtores em todo o Brasil. A instabilidade no setor é, segundo Werner, o principal desafio enfrentado por suinocultores brasileiros, em especial para os produtores independentes. “Esses grandes grupos montam estruturas enormes, com milhares de matrizes e não sabem se no futuro essa carne terá destino certo. O resultado é esse que vemos hoje: excesso de carne no mercado”, menciona.

O suinocultor revela que antes desse período de turbulência em virtude, principalmente, da alta do custo de produção, a família começou a investir em novas estruturas para aumentar a produção em 4,5 mil matrizes, mas em razão da crise foi preciso desacelerar. “Não é o momento de aumentar a produção, se conseguirmos nos manter com o que temos já é preciso erguer as mão para o céu e agradecer, pois está difícil”, relata.

Segundo o produtor, as duas frustrações de safra na região prejudicaram ainda mais a atividade, o que fez a família optar pela produção de leitão descrechado. “Isso é um algo a mais que resolvemos fazer por que a produção de leitão de creche ficou inviável nos últimos tempos”, expõe Werner.

De acordo com ele, o farelo de soja, por exemplo, que há um ano a tonelada custava R$ 1.6 mil, hoje custa mais de R$ 3 mil. “Estamos com a expectativa de uma boa safra de milho, e se isso se confirmar, o cenário deve mudar para melhor”, acredita o produtor paranaense.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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