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Turra sonha com Brasil exportando mais proteínas e menos grãos

Ex-ministro diz que sonha com o Brasil mais exportador de produtos agropecuários com valor agregado, como carnes, e menos grãos in natura, como milho e soja. O Brasil é hoje o maior exportador de soja e terceiro maior de milho do mundo.

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Ao comentar sobre a proposta de redução das exportações de carnes para reduzir o preço aos consumidores do Brasil, proposta pelo candidato eleito  à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva , o ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, em sua palestra durante o 14º Encontro Mercolab de Avicultura, classificou como “burra e medieval”.

Ao contrário, o ex-ministro diz que sonha com o Brasil mais exportador de produtos agropecuários com valor agregado, como carnes, e menos grãos in natura, como milho e soja. O Brasil é hoje o maior exportador de soja e terceiro maior de milho do mundo.

Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA): “Meu sonho é que o Brasil seja transformador, agregador” – Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

“Gostaria de exportar menos soja e mais derivados de soja, exportar menos milho, mas um produto com valor agregado. Meu sonho é que o Brasil seja transformador, agregador”, apontou, destacando que, apesar desse posicionamento, é totalmente a favor do livre comércio, sem barreiras que impeçam agricultores de vender ao exterior.

Turra falou para um público formado por profissionais da avicultura brasileira, que é líder mundial na exportação de frango. Em 2021, o Brasil produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango e exportou 32% do total para mais de 150 nações. De acordo com o governo federal, de janeiro a julho de 2022 já foram embaraçadas mais de 2,8 milhões de toneladas de carne de frango, com receita de US$ 5,6 bilhões, ou 33,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com ele, vendendo mais carnes e menos grãos o país consegue gerar mais riquezas, como impostos, empregos e renda para as famílias. “Se todo o milho e o farelo de soja utilizados na produção de frango fosse exportado, renderia, US$ 2,8 bilhões, ou US$ 4,9 bilhões a menos do que o saldo dos embarques de carne de frango em 2021, que gerou uma receita de US$ 7,7 bilhões”, justificou o ministro, emendando: “o PIB (Produto Interno Bruto) da avicultura de é de R$ 120 bilhões, chegaremos (em 2022) a 5 milhões de toneladas exportadas, em produção passamos a China, somos o segundo maior produtor, vamos chegar a 15 milhões de toneladas em 2022”, enalteceu Turra, destacando que “em 20 anos a avicultura gerou US$ 145 bilhões em receita cambial”.

O líder da ABPA lembrou ainda que as regiões do Brasil onde a avicultura está presente tem melhores índices de desenvolvimento humano e que a atividade gera quatro milhões de empregos diretos e indiretos no país, corroborando sua tese de que é preciso agregar valor à produção das lavouras.

Pé de frango

Turra citou exemplo de quanto é importante exportar, inclusive, para manter os preços mais baixos da carne no Brasil, com equalização de ganhos da indústria. “O preço médio de exportação de pé de frango para a China é de US$ 4,5 mil. Se fosse para graxaria seria US$ 500 a tonelada. Isso é nove vezes mais, garantindo que o peito de frango seja mais barato no Brasil”, exemplificou. “É importante a abertura e ampliação de mercados para a otimização da produção”, enfatizou.

Acordos comerciais

O ex-ministro da Agricultura citou ainda em sua palestra a necessidade de o Brasil firmar mais acordos comerciais para amplificar as exportações de produtos com valor agregado. De acordo com ele, o Brasil tem acordos bilaterais com apenas 12 países, dos quais alguns pouco significativos em relação à compras (Paraguai, Uruguai, Argentina, Egito, Índia, Israel, México, Botsuana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Essuatíni). Turra citou números de acordos firmados por outros países ou regiões, como União Europeia (46), Reino Unido (35), Islândia e Suíça (32), Noruega (31), Chile (30) e Tailândia (20).

Diretor de Mercados da ABPA, Luiz Rua: “Campanhas e feiras para atrair o consumidor externo para a qualidade da carne de frango e suína do Brasil”

Para piorar, lembrou Turra, poucos acordos contemplam a avicultura e a suinocultura. “A falta de acordos comerciais faz com que o Brasil perca competitividade. Dos acordos firmados pelo Brasil quase todos não contemplam as carnes de frango e suína”, destacou.

Estímulo ao mundo

Para estimular ainda mais a percepção do mundo sobre a qualidade da carne de frango e suína brasileira, a ABPA tem feito um trabalho de sensibilização em várias partes do mundo. Na sequência da palestra de Francisco Turra, o diretor de Mercados da ABPA, Luiz Rua, detalhou ao público do 14º Encontro Mercolab de Avicultura as ações que são feitas pela entidade para ampliar o consumo da carne brasileira ao redor do mundo. “São campanhas e feiras para atrair o consumidor externo para a qualidade da carne de frango e suína do Brasil, destacou.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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