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Turbulência mundial exige “cautela e reflexão” da avicultura brasileira, diz diretor de Mercados da ABPA

Processos afinados em todas as etapas e sanidade garantem ao Brasil vantagens e a consolidação no maior mercado de carnes do mundo: o frango. No entanto, a instabilidade que afeta a produção de proteína animal tem pressionado avicultores no Brasil. Em entrevista ao jornal O Presente Rural, o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, cita o problema da alta no preço das commodities, os desafios que a guerra no Leste europeu apresenta e até mesmo oportunidades para o setor. Confira.

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Diretor de Mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luis Rua: “Estamos em movimento constante para preservar a situação competitiva do setor” - Foto: Divulgação

Momentos de turbulência mostram porque a produção com alta precisão faz da poderosa agroindústria brasileira a maior fornecedora de carne de frango do planeta. Processos afinados em todas as etapas e sanidade garantem ao Brasil vantagens e a consolidação no maior mercado de carnes do mundo: o frango.

No entanto, a instabilidade que afeta a produção de proteína animal tem pressionado avicultores no Brasil. Em entrevista ao jornal O Presente Rural, o diretor de Mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luis Rua, cita o problema da alta no preço das commodities, os desafios que a guerra no Leste Europeu apresenta e até mesmo oportunidades para o setor. No entanto, alerta que para o maior exportador da carne mais consumida do mundo “as palavras neste momento são cautela e reflexão”.

O Presente Rural – A volatilidade do mercado devido a várias circunstâncias, como o preço das commodities, a pandemia, a guerra na Ucrânia, podem interferir diretamente na avicultura o no agronegócio brasileiro. Qual a avaliação que o senhor faz desse cenário?

Luis Rua – A ABPA e seus associados acompanham com atenção o conflito militar entre Rússia e Ucrânia, duas nações parceiras e ao mesmo tempo concorrentes da avicultura e da suinocultura do Brasil. O setor produtivo está monitorando o fluxo internacional de insumos e de alimentos, e os eventuais impactos deste quadro, especialmente no que se refere aos custos de produção. Ao mesmo tempo, a ABPA tem convicção de que não devem haver fronteiras para os alimentos e que a paz é o único caminho possível para a segurança alimentar das nações. Neste sentido, os setores brasileiros torcem pela retomada do diálogo e a desaceleração do conflito.

O Presente Rural – A guerra na Ucrânia já interferiu ou vai interferir no agronegócio e especificamente na avicultura e suinocultura brasileira?

Luis Rua – A ABPA está monitorando a situação dos custos de produção, que já sofrem os impactos da alta do milho na Bolsa de Chicago. O milho e a soja, que representam mais de 60% dos custos de produção no campo, acumulavam altas superiores a 100% nos últimos meses e agora, para piorar, enfrentam o reflexo do conflito no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia representam 17% do comércio global de milho e as dificuldades nas vendas por estes produtores em função de sanções e dificuldades acrescidas devido ao conflito já pressionam o mercado internacional.  Os produtores têm sentido o peso das dificuldades impostas e vários estão trabalhando no vermelho. Alguns relatam a diminuição da capacidade de produção frente às elevadas perdas geradas pelos custos no capital de giro das propriedades e das agroindústrias. Com a forte alta nos custos de produção, já há repasse ao preço do produto para o consumidor final.  Novos repasses poderão ocorrer com a continuidade da elevação dos custos. Por outro lado, a ausência da Ucrânia no mercado internacional de carne de frango poderá gerar uma lacuna de abastecimento de cerca de 460 mil toneladas em mercados importadores, que poderão buscar apoio nos produtores brasileiros. É o caso da União Europeia, Arábia Saudita e Emirados que têm buscado cada vez mais os nossos produtores.

O Presente Rural – Em se estendendo esse conflito na Europa, como isso deve impactar o agronegócio brasileiro de maneira geral? E na avicultura especificamente?

Luis Rua – Assim como não torcemos por algo tão triste, também não gostaríamos de especular sobre os efeitos de algo que torcemos pelo fim imediato. Parece-nos que o mundo todo pagará, infelizmente, o preço com inflação de alimentos e a inconstância do mercado.

O Presente Rural – A falta ou redução no uso de fertilizantes é uma realidade nas lavouras futuras? Isso pode comprometer o bom desempenho das lavouras e encarecer ainda mais os grãos usados nas dietas das aves?

Luis Rua – O Brasil é fortemente dependente da importação dos insumos do Leste Europeu. O país já se mobiliza na busca por substitutos que reduzam esta dependência.  De qualquer forma, acreditamos e estamos certos de que a fala da ministra (da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Tereza Cristina em reunião com a FAO, de que estes insumos não devem ser parte de sanções impostas aos países em situações como a atual, surtirá efeito. A própria ministra tem se encarregado pessoalmente e com o apoio de sua competente equipe de buscar soluções de fornecimento em outros países produtores.

O Presente Rural – Como deve se comportar a produção, consumo e exportação da avicultura brasileira a partir de agora? Algo mudou em relação às projeções anteriores?

Luis Rua – O conflito no Leste Europeu não alterou significativamente as projeções do setor.  Os 2,8% das exportações de carne de frango destinadas anteriormente ao mercado russo foram rapidamente redirecionadas para outros mercados importadores, frente às impossibilidades de entrega estabelecidas pelos operadores logísticos.

Por outro lado, o Brasil pode vir a ser chamado também para contribuir ainda mais com a segurança alimentar de outros países.

O Presente Rural – Diante desse cenário de altas nos custos e com margens de lucro apertadas que podem acontecer por diferentes razões, como deve agir a avicultura brasileira?

Luis Rua – A avicultura brasileira está enfrentando dificuldades severas neste momento com a alta dos custos.  Como já mencionei, alguns produtores já enxergam dificuldades para manter os níveis de alojamentos frente aos custos elevados, que estão corroendo especialmente o capital de giro.  E isto não impacta só o setor de frango, como também ovos e suínos.  As palavras neste momento são cautela e reflexão, para que cada produtor individualmente entenda e restabeleça seu ponto de equilíbrio para a sustentabilidade produtiva.

O Presente Rural – O que fazer para reduzir custos sem comprometer a segurança e a qualidade dentro das fazendas produtoras de frango e ovos?

Luis Rua – Esta é uma decisão que cada produtor deve tomar dentro de suas perspectivas. Não é viável, entretanto, alterar questões técnicas e nutricionais e é preciso manter os mais elevados padrões para não perdermos nossa capacidade competitiva junto aos mercados interno e internacional.

O Presente Rural – O que fazer para reduzir custos sem comprometer a segurança e a qualidade dentro das agroindústrias?

Luis Rua – Já é sabido que os padrões de custos de produção deverão se manter elevados, pelo menos até a chegada da nova safra em meados do ano. Milho e farelo de soja dificilmente recuarão substancialmente de preços, assim como os demais insumos que compõem a produção, como plástico, papelão e diesel. Neste momento, é preciso refletir sobre o papel que temos como produtores e fornecedores de alimentos que atua sob os mais diversos aspectos da sustentabilidade – inclusive, a econômica.  Não há resposta pronta e fácil para isto, é uma decisão que caberá a cada agroindústria avaliar e tomar.

O Presente Rural – Há algo a ser feito em relação à logística que possa ser feito de maneira rápida para melhorar a rentabilidade de produtores e agroindústrias?

Luis Rua – Logística é uma situação de longo prazo, demanda investimentos vultosos, grandes obras e amplas revisões de cadeias de operação. Não acredito em alterações rápidas e, sim, na construção de políticas voltadas para este fim. Precisamos avançar na implantação dos vários planos de estruturação portuária e ferroviária que já existem. Muito foi feito recentemente por parte do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Mas é preciso avançar ainda mais para não perdermos nosso papel como grandes competidores no setor de alimentos.

O Presente Rural – Há alguma forma, maneiras, ações, mecanismos ou políticas que podem ser criadas para que a avicultura não sofra demasiadamente em relação a custos e rentabilidade em momentos de muita volatilidade ou turbulência do mercado?

Luis Rua – Há várias.  Desonerações sobre insumos é uma delas, incluindo TEC, PIS e Cofins e ICMS.  Não faz sentido que o insumo voltado para o produtor brasileiro pague imposto, enquanto o exportado permaneça isento. É preciso pensar, também, em mecanismo de monitoramento mais sólidos, como o proposto pela ABPA ao Mapa, com a informação da realização de exportações futuras de grãos, em um sistema aberto e público. Preservar a produção de alimentos é uma questão de segurança nacional e precisa ser defendida.

O Presente Rural – Como a ABPA tem contribuído para reduzir impactos negativos do setor em momentos de turbulência e muita volatilidade?

Luis Rua – Esta é uma pauta constante na ABPA, não apenas em momentos de turbulência.  Neste momento, entretanto, entre diversas ações, pleiteamos e conquistamos desonerações temporárias importantes, como a TEC e o PIS e Cofins do milho. Também apresentamos, como já mencionado, pedidos de ações por mais transparência nas exportações futuras de grãos, assim como já acontece em outros mercados, como os EUA. Estamos em movimento constante para preservar a situação competitiva do setor, em grandes lutas como a vitoriosa conquista da desoneração da folha de pagamento. E reforçamos nossos esforços para exportar mais, algo ainda mais fundamental neste momento em que o mercado internacional é mais favorável. Neste sentido, estamos em constante trabalho de abertura de novos mercados e ampliação dos já existentes, com apoio do Ministério da Agricultura, das Relações Exteriores e da Apex.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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