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Tuberculose e brucelose são novo desafio para sanidade do Paraná

Com o reconhecimento do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação, desafio agora é avançar no combate a brucelose e tuberculose bovinas.

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Divulgação/FAEP

O Paraná completou um ano do reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação. No dia 27 de maio de 2021, o Estado conquistou o título internacional, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), fruto do trabalho de décadas, com participação ativa do Sistema FAEP/SENAR-PR, e que garantiu a edificação de um sistema sanitário robusto e uma cultura de se aprimorar constantemente a sanidade dos rebanhos. Neste contexto, um dos desafios para reforçar o status sanitário estadual está no combate a brucelose e tuberculose

As duas doenças são causadas por bactérias e seu controle exige a adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPA). Somente em prejuízos financeiros diretos, com o abate de animais infectados, estima-se mais de R$ 8 milhões por ano no Paraná. “Temos muito o que comemorar em relação aos enormes avanços que conquistamos em sanidade no Paraná. No entanto, mais importante do que conseguir o reconhecimento, é mantermos esse status e isso se faz com mais avanços sanitários. A brucelose e a tuberculose bovinas são desafios que nós temos enfrentado e vamos seguir na trajetória para edificarmos uma sanidade na qual possamos chegar à erradicação dessas duas doenças”, aponta o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.

Atualmente, o responsável pelo Programa Nacional de Controle a Brucelose e Tuberculose da superintendência do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Leonardo Rodrigues, desenvolve uma pesquisa na Nova Zelândia, analisando justamente os dados de ocorrência das duas doenças no Estado. Para ele, é fundamental continuar em um caminho de avanços como o que ocorreu com a aftosa. “Temos que aproveitar essa estrutura, posta, montada, qualificada, para enfrentar outras doenças, como a brucelose e a tuberculose bovinas”, sinaliza o especialista.

Programa Nacional de Controle e Erradicação

Em um apanhado geral do desenvolvimento do combate a brucelose e tuberculose, Rodrigues analisa que um fator-chave para avanços registrados nos últimos anos foi o lançamento do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), instituído em 2001, que criou a noção da importância de combater as doenças. “Para uma parte do setor, menos qualificado, é fundamental saber das formas de controle, das boas práticas a serem seguidas e trazer efetivamente o assunto para a pauta. Isso envolve, em um primeiro em nível, ações governamentais e, na sequência, o setor privado”, aponta.

Cobertura vacinal

Um segundo passo, segundo Rodrigues, foi a ampliação na cobertura vacinal contra a brucelose (a tuberculose não conta com vacina). A imunização é obrigatória para fêmeas dos três aos oito meses de idade. Um dos desafios nesse sentido é o fato de que nascem bezerras todos os dias no Estado, o que dificulta uma campanha de vacinação com data de início e término, como ocorria com a febre aftosa na época em que se vacinava o gado paranaense. No início do PNCEBT, a cobertura vacinal não chegava a 3%, índice que saltou para quase 75% no período pré-pandemia do coronavírus.

“O desenvolvimento da cobertura vacinal é uma das respostas mais significativas do programa”, avalia o gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias. “Temos o apoio de veterinários da iniciativa privada e autônomos no dia a dia, na constatação das duas doenças. No caso da brucelose, a principal ferramenta que temos disponível é a vacinação. O ideal é alcançarmos um índice entre 80% a 90% por 10 anos para ter erradicação da doença. Hoje, podemos dizer que estamos em uma fase de controle”, completa.

Testagem de animais

Um terceiro aspecto importante do PNCEBT envolve o avanço na vigilância em si, com a testagem de animais no rebanho paranaense. Esse processo começou com o teste do gado que transitava pelo Estado, além dos usados em reprodução e/ou eventos. “Recentemente, o Paraná adotou uma postura mais abrangente, em termos de testar rebanhos em brucelose e tuberculose nas propriedades”, conta Rodrigues.

Controle no trânsito

Um aspecto que melhorou o controle da doença, indiretamente, segundo o gerente da Adapar, é o bloqueio do trânsito de animais de outros Estados que ainda vacinam seus rebanhos contra febre aftosa. “É uma medida que serve para as duas doenças, pois são enfermidades que entram pela porteira. O trânsito dos rebanhos nas fazendas precisa ser feito de maneira responsável. Isso é fundamental para evitar perdas no próprio plantel, já que a confirmação de brucelose e/ou tuberculose causa um prejuízo absurdo. Animal doente não tem valor nenhum. O Estado até tem um processo de indenização, mas jamais vai cobrir totalmente o prejuízo”, alerta Dias.

Para o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da FAEP e da Câmara Setorial do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ronei Volpi, o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação deu uma prova de que o Estado é capaz de dar respostas efetivas e contínuas no aprimoramento do sistema sanitário. “A biosseguridade é uma bandeira que todos os elos da cadeia produtiva empunham. Precisamos de uma atenção constante à saúde dos nossos rebanhos, incluindo à brucelose e à tuberculose, duas enfermidades que representam degraus que nós precisamos vencer na escalada pela sanidade”, aponta.

Outras doenças

As chamadas zoonoses, doenças transmitidas entre humanos e animais (e vice-versa), exigem cuidados dentro e fora da porteira, com ações de saúde pública e nas vigilâncias e controles sanitários. Além da brucelose e tuberculose, que contam com programas nacionais visando controle e erradicação, há outras doenças com igual ou maior importância. Os produtores de todas as cadeias produtivas animais, além da sociedade em geral, precisam se engajar para o controle desses maus.

“Se pensarmos em animais de produção, outras zoonoses devem ser ressaltadas para mantermos toda a sociedade em alerta para controle e erradicação, como por exemplo raiva, influenza aviária, febre maculosa, salmonelose, listeriose, toxoplasmose, leptospirose, sarna e hidatidose”, enumera Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

A especialista recomenda que os pecuaristas mantenham seu rebanho com controle sanitário em dia, preconizando calendários oficiais de vacinação, desparasitação e bom protocolo nutricional. Outra ação importante é utilizar equipamentos de proteção individual, principalmente quando for entrar em contato com secreções (saliva, sangue, urina, fezes), ter contato físico (episódios de arranhaduras, mordeduras ou de manuseio de animais mortos) ou com produtos biológicos (vacinas, antiparasitários, vermífugos, entre outros).

Cadastro do rebanho substituiu vacina contra aftosa

Uma das medidas adotada em substituição à vacinação contra febre aftosa é o cadastro do rebanho. Anualmente, os produtores paranaenses que possuam animais com finalidade comercial, independentemente da espécie (de abelhas a bovinos), precisam preencher uma atualização da situação do seu plantel. Em 2022, o prazo para cumprir esse trâmite termina no dia 30 de junho.

Esse procedimento passou a ser obrigatório em 2019, no contexto de finalização do processo para obter o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2021. O objetivo da Adapar é ter um amplo banco de dados dos rebanhos para ter celeridade em uma possível resposta a qualquer evento sanitário, além de ter informações para aprimoramento de procedimentos de vigilância e outras ações.

O produtor rural pode fazer a atualização ou o cadastro de forma presencial ou pela internet (www.produtor.adapar.pr.gov.br). É possível ainda ir pessoalmente ao escritório mais próximo da Adapar ou a uma unidade de atendimento municipal da agência e solicitar o formulário de atualização do rebanho para preenchimento em papel. Também é possível fazer esse processo junto a 85 sindicatos rurais cadastrados, cuja lista está disponível no site do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Humanos também podem ter doenças

Os seres humanos estão suscetíveis à contaminação por tuberculose e brucelose. Por isso é preciso atenção redobrada nas propriedades. Na prática, assim como os animais podem passar as doenças para os trabalhadores, também pode ocorrer o contrário. Tanto que profissionais que trabalham com contato direto com os animais (veterinários, ordenadores e funcionários de abatedouros) são considerados grupo de risco.

Além de tomar os cuidados com fatores de segurança do trabalho no dia a dia do manejo com os animais, quem trabalha diretamente com bovinos precisa ficar atento a sintomas, como tosse persistente e febre recorrente e outros relacionados. Em caso de sinais destes sintomas, o profissional não deve trabalhar e, imediatamente, procurar um médico.

Fonte: Assessoria FAEP

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Milho catarinense tenta romper ciclo de preços baixos

Mercado segue travado e produtor aguarda definição do cenário global para retomar confiança.

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O milho ainda busca um caminho de recuperação em Santa Catarina após meses de preços deprimidos. Segundo o Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa, o valor pago ao produtor atingiu o maior patamar do ano em março, mas recuou de forma intensa até julho, pressionado pelo excedente global. Desde setembro, há um movimento tímido de melhora – insuficiente, porém, para mudar o quadro de instabilidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, o cenário internacional segue como principal fator de influência. “A safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos, somada às boas produções da Argentina e da China, pressionou as cotações no mercado internacional, que impactam diretamente os preços no Brasil”, ressalta.

Foto: Gilson Abreu

Ele destaca que, no início de novembro, houve um indicativo de alta, mas com pouca sustentação. “O preço ainda se mantém com pouca variação até o dia 10”, explica o técnico.

Mercado à espera do USDA
A ausência dos relatórios do USDA desde setembro, consequência do government shutdown nos Estados Unidos, intensifica a incerteza no mercado. Segundo Haroldo, essa lacuna impede que compradores e vendedores ajustem expectativas. “O mercado aguarda o quadro de oferta e demanda global”, diz.

A estimativa é de que o próximo relatório traga revisão negativa na produtividade norte-americana. “Essa correção pode impulsionar as cotações em Chicago até o fim do ano, com reflexo no mercado interno”, afirma o agrônomo.

Variação de preços negativa
Entre setembro e outubro, a variação foi de -0,18%. No acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2024 a setembro de 2025), a queda chega a -2,0%. No mesmo período do ano passado, os preços haviam subido. Em 2025, estão estabilizados, mas em patamar baixo.

Foto: Gilson Abreu

Mercado interno opera travado
O boletim aponta retração de oferta por parte dos produtores, que priorizam a safra de verão, enquanto compradores operam com estoques elevados. A lentidão nos negócios reduz liquidez e segura qualquer reação.

Segundo Haroldo, alguns fatores domésticos ajudam a equilibrar o quadro. “O aumento das exportações e a demanda interna, especialmente para etanol e frango, podem levar à recuperação dos preços”, pontua.

Dólar e CBOT limitam ganhos
O Brasil acumula 24,9 milhões de toneladas exportadas na temporada. A forte queda da oferta da Ucrânia (-58%) abre espaço adicional ao milho brasileiro. Mas o dólar em queda de 1,5% na semana e a pressão da Bolsa de Chicago reduzem o potencial de alta.

Nos Estados Unidos, a demanda de exportação está menor, com impacto das isenções regulatórias do EPA para o biodiesel.

Oferta global pesa no mercado
A semeadura da safra de verão no Brasil avança 42,8%, enquanto a safrinha está 61,3% comercializada. O país deve colher 143 milhões de

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

toneladas. Argentina segue com 36% da área plantada, e os Estados Unidos têm clima favorável, com secas apenas localizadas.

Eventos climáticos pontuais, como perdas no Paraná, não alteram o balanço global.

Apesar de aberturas positivas pontuais na B3 e na Bolsa de Chicago, indicadores técnicos apontam continuidade da pressão: estocástico baixo, momentum negativo e rompimento de suportes.

Perspectivas
Para Haroldo, o comportamento dos preços nos próximos meses dependerá principalmente do cenário externo. “O mercado só deve sentir uma mudança mais clara quando houver nova leitura da oferta global”, salienta.

Até lá, a combinação de estoques elevados, liquidez reduzida e excesso de milho no mundo mantém o produtor catarinense em compasso de espera.

Foto: Gilson Abreu

Safra de milho 2025/26
Os primeiros levantamentos da Epagri/Cepa apontam que a safra 2025/26 começa com um cenário de recuperação da área plantada de milho no estado. O bom desempenho registrado em 2024/25, especialmente em termos de produtividade, animou os produtores a ampliar novamente o cultivo após vários anos de retração.

O plantio teve início ainda em agosto, seguindo o zoneamento agroclimático. Para o milho-grão, a estimativa preliminar indica elevação de 1,55% na área cultivada, chegando a 259,7 mil hectares, ante 255,7 mil hectares da temporada anterior. Já o milho destinado à silagem também apresenta crescimento, estimado em 1,3%.

Embora haja expansão, parte da área de milho no Sul do estado deu lugar ao avanço do tabaco, movimento que pode influenciar ajustes nos próximos boletins mensais.

Desempenho comparativo da safra 2024/25 (já consolidada)

Segundo dados oficiais da Epagri/Cepa, o balanço da última safra revela movimentos contrastantes no cultivo de milho em Santa Catarina. A área plantada registrou leve expansão, passando de 255,7 mil hectares em 2024/25 para 259,7 mil hectares em 2025/26, um aumento de 1,55%.

Em sentido oposto, a produtividade sofreu redução importante: caiu de 9.852 kg/ha para 8.742 kg/ha, queda de 11,26%. Com menor

Foto: Divulgação/Freepik

rendimento por hectare, a produção total também recuou, saindo de 2,52 milhões de toneladas para 2,27 milhões de toneladas, o que representa 9,89% a menos.

Mesmo com o desempenho mais fraco no campo, o comportamento do mercado e os resultados positivos observados em anos anteriores motivaram os produtores a recuperar parte da área de cultivo perdida ao longo das últimas safras, sinalizando confiança na retomada do setor.

Fonte: O Presente Rural
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Preço do trigo cai ao menor nível do ano em Santa Catarina e safra encolhe quase 15%

Oferta elevada, dólar firme e safra mundial recorde derrubam cotações e levam produtor a cortar área plantada em 2025/26.

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Foto: José Fernando Ogura

O trigo voltou a perder força em Santa Catarina em outubro. O preço pago ao produtor caiu 12,1% no mês e fechou em R$ 63,71 por saca de 60 quilos, segundo o Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Na comparação com outubro de 2024, a queda também é de 12%. A desvalorização acompanha o movimento nacional e reflete um mercado pressionado pela oferta elevada, chegada de trigo importado, estoques de passagem altos, câmbio na casa dos R$ 5,33 e expectativa de safra mundial recorde.

A conjuntura tem levado produtores a contabilizar perdas. O boletim aponta que, mesmo corrigidos pelo IGP-DI, os preços seguem em trajetória de baixa nos primeiros dias de novembro, sem sinais de recuperação no curto prazo.

A estimativa é que apenas no segundo semestre de 2026, com a redução dos estoques globais e nacionais, as cotações possam reagir.

Área encolhe 
De acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri/Cepa, João Rogério Alves, a pressão sobre o mercado já se reflete nas decisões de plantio. Para a safra 2025/26, Santa Catarina deve reduzir em 14,8% a área cultivada, para 104,9 mil hectares. “A produção prevista é de 374,7 mil toneladas, queda de 13,3% em relação à safra anterior, apesar de um leve aumento de 1,7% na produtividade média, estimada em 3.573 kg/ha”, aponta.

Mesmo diante da retração no plantio, Alves destaca que o desempenho das lavouras é considerado positivo: 87% estão em boas condições e 12% em situação média. Metade da área está em maturação, 25% em floração e 25% em fase vegetativa. “Com o início da colheita em outubro, novas avaliações de campo indicaram melhora nos indicadores de rendimento e qualidade”, afirma.

Foto: Airton Pasinatto

De acordo com o engenheiro agrônomo, as condições climáticas, porém, variam entre as microrregiões. No Sul do estado, a combinação de chuvas intensas e posterior chegada de uma frente fria alterou o ritmo das lavouras, mas sem danos relevantes. No Planalto Sul, o desenvolvimento é considerado bom. Já em Curitibanos, a alternância entre calor, umidade e noites frias ampliou a incidência de doenças como giberela, elevando os custos com defensivos.

No Planalto Norte, a preocupação também é com doenças fúngicas, favorecidas pela umidade constante. No Oeste, especialmente nas regiões de Chapecó, Xanxerê e São Miguel do Oeste, o excesso de chuvas atrasa a colheita e compromete a qualidade dos grãos. Produtividades relatadas variam de 57 a 82 sacas por hectare, com PH entre 75 e 80.

Queda é nacional e deve continuar
Contudo, Alves explica que o movimento de baixa não é exclusivo de Santa Catarina. “Em outubro, o Rio Grande do Sul registrou queda de 9,8% e o Paraná, de 9,5% no mercado balcão. No país, as estimativas da Conab apontam redução de 19,9% na área plantada em 2025/26, somando 2,45 milhões de hectares. A produtividade, entretanto, deve subir 21,8% com apoio do clima, alcançando 3.142 kg/ha. Apesar disso, a produção nacional deve recuar 2,4%, para 7,7 milhões de toneladas”, ressalta.

A colheita avança com ritmos distintos: no Paraná, as chuvas de fim de outubro atrasaram a finalização dos trabalhos, que estão perto de

Foto: Gilson Abreu

85%. No Rio Grande do Sul, o atraso é consequência do plantio mais tardio e de temperaturas baixas ao longo do ciclo.

Com disponibilidade elevada de trigo no mercado justamente no pico da colheita nacional, a pressão sobre os preços tende a continuar. E, mesmo com lavouras em bom estado em Santa Catarina, o cenário de rentabilidade fraca desafia o produtor, que colhe uma safra tecnicamente bem estruturada, mas economicamente desfavorável.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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