Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Expansão do cultivo

Triticultores do Distrito Federal e entorno apostam no aumento da produção na região

Apesar de a produção nacional hoje ser pouco maior do que oito milhões de toneladas, atores do setor acreditam que o Brasil pode se tonar autossuficiente na produção do grão dentro dos próximos dez anos.

Publicado em

em

Os brasileiros consomem quase 13 milhões de toneladas de trigo por ano, em massas, pães, bolos e em outros produtos. Apesar de a produção nacional hoje ser pouco maior do que oito milhões de toneladas, atores do setor acreditam que o Brasil pode se tonar autossuficiente na produção do grão dentro dos próximos dez anos. Para que isso ocorra eles contam com a expansão do cultivo no Cerrado do Brasil Central.

Fotos: Juliana Miura

Hoje, nessa região, há potencial para ampliar área de produção de trigo para 1 milhão de hectares em sistema irrigado e incorporar mais 2,5 milhões de hectares no sistema de sequeiro. Isso representa cerca de 4 milhões toneladas do grão a mais no País.

O pesquisador Júlio Albrecht, da Embrapa Cerrados, conta que, com as tecnologias desenvolvidas especificamente para essa região brasileira, é possível alcançar boa produtividade com um trigo de excelente qualidade industrial para panificação. “A média de produtividade da região é de 6 toneladas por hectare. A cultivar da Embrapa BRS 264 já produziu 9,6 toneladas por hectare em lavoura comercial. Acreditamos que é possível chegar a 12 ou 13 toneladas por hectare, em um ciclo de produção de 130 dias, mantendo a qualidade industrial da farinha para a produção de pão”.

William Matte, produtor rural do PADF que começou a investir no trigo há cinco anos, concorda com a expectativa do pesquisador: “A região Centro-Oeste é uma região propícia para aumentar a produção de trigo no país, muito ampla e com uma vasta amplitude de recursos naturais. Com certeza vamos deixar de importar trigo”. Para isso ele se empenha ano após ano em melhorar os índices de sua lavoura, assim como os mais de 130 produtores rurais que participaram do Dia de Campo Trigo Irrigado 2022, organizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) na última terça-feira.

Apesar de o trigo ser uma cultura relativamente nova no Distrito Federal, como lembra o presidente da cooperativa, Guilherme Brenner, ela tem sido importante componente para garantir ganhos econômicos e agronômicos para o produtor a longo prazo.

São várias as vantagens de seu cultivo. Matte destaca: “Além das vantagens econômicas, porque ele é um cultivo de valor econômico importante para nosso negócio, temos a rotação de cultivo; o aumento da biodiversidade do sistema, o que ajuda também no controle de pragas e doenças – o trigo é excelente para o controle de mofo-branco; acréscimo de palha, sequestro de carbono em raiz”. O produtor cultiva soja, milho, feijão, arroz, girassol, além de um mix com mais de dez espécies de plantas de coberturas, e há alguns anos incluiu o trigo em seu sistema de produção.

Hoje 5 mil hectares de produtores ligados à Coopa-DF se dedicam ao plantio de trigo irrigado. Brenner ressalta ainda o potencial do trigo de sequeiro na região. “É uma cultura de investimento mais baixo, com uma produtividade menor, mas ainda assim, pela experiência que a gente tem, é um produto de muita qualidade e com grande potencial de aumento de área. Todo Cerrado alto, em torno de 800 metros de altitude, é possível se plantar trigo de sequeiro”, garante.

Em busca de melhores produtividades
O pesquisador da Embrapa Trigo, Jorge Chagas, informa que, de uma maneira geral, a produção do PADF é muito eficiente. “As lavouras são bem manejadas, com emprego de muito de tecnologia, insumos e conhecimento”. Além do acesso às orientações oferecidas pelo corpo técnico da cooperativa e da Embrapa, é preciso dar crédito à experiência desses produtores: Muitos plantam trigo desde a década de 1980, no início do programa de melhoramento do trigo irrigado. Então eles já conhecem cultura e implementam muito bem o manejo das cultivares, alcançando altas produtividades, às vezes acima da média, colhendo mais de 120 sacos”.

Mas sempre é possível aprimorar o negócio. William Matte, mesmo conseguindo bons resultados nas seis safras de trigo que plantou, estabeleceu uma meta: “Nós esperamos adicionar pelo menos 5% de produtividade por ano, com ajustes de manejo e do próprio sistema. Nós ajustamos vários pontos e, sem dúvida nenhuma, conseguimos enxergar retornos equivalentes aos ajustes que fizemos”.

O pesquisador também aposta nisso. “Sempre é possível aumentar a produtividade. Às vezes são necessários ajustes pequenos – no tempo de aplicação de um produto, como o redutor de crescimento ou o nitrogênio, em outras pode ser a escolha de uma cultivar mais adequada”, orienta Chagas.

As pesquisas com o cereal para as condições de clima e solo do Cerrado desempenham papel importante para o desenvolvimento do setor. Hoje as cultivares mais plantadas no bioma são as da Embrapa. “São as cultivares com maior produtividade no campo e também têm excelente qualidade industrial. Elas conseguem agregar estabilidade, já que estão há muito tempo no mercado, com uma excelente produtividade em termos de produção a campo, como em produtividade de farinha na indústria, ressalta Brenner.

Já o agrônomo da Coopad, Cláudio Malinski, arrisca: “A cultura do trigo é um fator de renda para o produtor rural, uma cultura que faz parte do sistema de produção, sem a qual a agricultura não seria tão próspera e tão pujante.Hoje dá para se dizer que o melhor trigo do Brasil e um dos melhores do mundo é produzido aqui no Centro-Oeste. Eu ouso dizer que o trigo irrigado, juntamente com o de sequeiro, fará o Brasil se tornar autossuficiente e até um exportador”.

O Dia de Campo foi realizado na fazenda Taboca, em Cristalina (GO). Além da Embrapa Cerrados (DF), expuseram suas cultivares as empresas OR Sementes e Biotrigo. Já Ihara e Bayer apresentaram o portfólio de tecnologias disponível para a cultura.

Fonte: Ascom Embrapa Cerrados

Notícias

Cooperativismo apresenta propostas para o Plano Safra 2024/25

Propostas preveem uma elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de depósitos à vista de 30% para 34%. Além disso, foi sugerido manter o percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65% e elevar o direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Sistema OCB

A Casa do Cooperativismo recebeu o Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, na última quarta-feira (27), para uma reunião de apresentação das propostas do cooperativismo quanto ao Plano Safra 2024/25. O encontro teve como objetivo evidenciar alternativas que podem contribuir para a ampliação do desenvolvimento dos setores agrícola e pecuário brasileiro.  O montante total sugerido é de R$ 558 bilhões, o maior da história até o momento

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o momento foi importante para a construção um ambiente ainda mais próspero no meio rural brasileiro, em que o cooperativismo representa a maior mola propulsora. “Discutimos ideias e apresentamos demandas para entender como os recursos devem ser distribuídos. As sugestões desse ano são pensadas em prol da continuidade de um trabalho que vem sendo feito com o intuito de desenvolver, cada vez mais, o agro brasileiro”, disse.

Carlos Fávaro se declarou um cooperativista convicto e fez elogios ao Sistema OCB por auxiliar na elaboração do Plano Safra. “Isso não tem preço. É um trabalho conjunto que oferece alternativas para que possamos ter resultados cada vez mais efetivos na nossa política agrícola. Sair da teoria e se conectar com a prática é poder compreender quais são os gargalos”, afirmou.

O ministro ressaltou ainda que o governo tem um planejamento para diminuir as desigualdades e considerou que não existe nenhum modelo mais eficiente para isso que o do cooperativismo. “Na medida que conseguirmos avançar com toda a estrutura que vocês possuem, com toda a capacidade de organização e oportunidades transformadoras que o cooperativismo oferece, conseguiremos reduzir os abismos que separam as regiões do Brasil e avançar rumo à prosperidade nacional”.

Para Neri Geller, secretário de Política Agrícola, o debate acrescenta muito ao agronegócio brasileiro. “Discutimos o Plano Safra, as linhas de investimento e custeio. Esse é um fórum adequado para o alinhamento necessário e também para que possamos reconquistar e recolocar o orçamento que a agricultura tanto precisa”.

Luiz Roberto Baggio, coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, salientou que o papel do Ministério da Agricultura é fundamental para o progresso do cooperativismo no Brasil. Para ele, as cooperativas trabalham com empenho e potencializam os efeitos do Plano Safra. “Essa discussão antecipada é muito importante para que nosso diálogo com o Mapa dê viabilidade a nossa lavoura e pecuária. As cooperativas possuem um efeito multiplicador de renda regional muito poderoso. Por isso, precisamos desses recursos para que possamos aumentar a nossa capacidade de produção e e diminuir os riscos”, destacou.

João José Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB, apresentou as principais propostas para o próximo Plano Safra. Para ele, os objetivos do planejamento são importantes e possuem justificativa técnica. “Estudamos e elaboramos uma proposta para o que o Ministério possa ter os subsídios necessários para atender nossas demandas”, explicou.

Entre as principais propostas apresentadas para o próximo Plano Safra, se destacam:

  • A ampliação dos limites de contratação por tomador;
  • O aumento do volume de recursos disponíveis;
  • A manutenção da atual arquitetura do crédito rural;
  • A redução das taxas de juros; e
  • O estabelecimento de um percentual mínimo de Declaração de Aptidão (DAP) e Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

As propostas preveem uma elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de depósitos à vista de 30% para 34%. Além disso, foi sugerido manter o percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65% e elevar o direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%.

O Sistema OCB também apresentou alternativas para o aumento de recursos destinados à equalização das taxas de juros, garantia de orçamento suficiente para os mecanismos de gestão de riscos agropecuários (PSR, Proagro, PEP e Pepro) e, ainda, fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões de reais.

Outras propostas incluem o fortalecimento do cooperativismo de crédito e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como instrumentos-chave da política agrícola; o fomento ao acesso das cooperativas agropecuárias aos programas de promoção de sustentabilidade ambiental e a ampliação do acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf.

Fonte: Assessoria Sistema OCB
Continue Lendo

Notícias

CRMV-RJ faz alerta aos consumidores sobre compras de pescados para a Páscoa

Conselho alerta que os consumidores não deixem de verificar a origem do peixe, além de estar atento a preços muito baixos.

Publicado em

em

Foto: Robson Veneziani/Pixabay

A Sexta-Feira Santa se aproxima e, nesse período, muitas pessoas optam por fazer jejum parcial ou abstêm-se de consumir carne vermelha como parte da tradição religiosa, incluindo peixes e frutos do mar em suas refeições. Mas você sabe como escolher o melhor pescado e não cair nas famosas ‘fraudes alimentares’?

A médica-veterinária e tesoureira do CRMV-RJ, Isabelle Campello, que atua na área de vigilância sanitária e qualidade dos alimentos, dá dicas de como fazer a escolha certa. Com relação ao bacalhau, a profissional explica que quando ele está estragado, apresenta sinais evidentes que comprometem o seu sabor e a sua segurança. Um ponto importante a ser observado é a textura do bacalhau. “O bacalhau fresco deve ser firme, elástico, e se ele estiver macio, se desintegrando facilmente ou pegajoso ao toque, é um sinal de que ele está deteriorado”, contou.

Além disso, Isabelle explicou que o odor também é um fator importante que tem que ser observado pois um cheiro estranho sugere que existe uma contaminação ou até mesmo o início de uma putrefação. “O bacalhau fresco deve ter um aroma suave, característico, semelhante ao cheiro do mar. Se o cheiro estiver intenso ou desagradável, como por exemplo um cheiro de amônia ou ácido, caracteriza, por exemplo, um bacalhau que está estragado”, declarou.

Outra dica apresentada pela médica-veterinária é identificar e observar a cor do bacalhau: “O bacalhau fresco apresenta uma coloração branca ou levemente amarelada, sem manchas ou descolorações. Se o bacalhau estiver deteriorado ele pode apresentar manchas vermelhas conhecidas como vermelhão, e essas manchas são causadas por uma contaminação de bactérias, ou apresentar pintas pretas, que são indicativos de conservação e armazenamento do produto. Isso pode acontecer por excesso de umidade ou calor excessivo”.

Com relação ao peixe fresco, também é preciso estar atento a algumas características. “O odor deve ser próprio e característico da espécie e a superfície do corpo deve estar limpa, úmida, com brilho metálico, sem qualquer tipo de pigmentação diferente. As escamas devem ser firmes e bem aderidas à pele, os olhos brilhantes e convexos (salientes), ocupado toda a cavidade orbitária; guelras com coloração que varia de rosa a vermelho intenso, úmidas, brilhantes e sem viscosidade; musculatura firme e elástica; abdômen firme, que não deixe impressão duradoura (ou seja, não deixa marcas) à pressão dos dedos do manipulador”, detalhou.

O peixe congelado também é uma opção para ter o alimento sempre à mão. Nos supermercados, ele deve estar armazenado na temperatura informada pelo fabricante na embalagem, em embalagem bem fechada e conservada a uma temperatura de, no mínimo, – 5º C. Os produtos não podem estar amolecidos ou com acúmulo de líquido. Além disso, estejam atentos aos selos de inspeção sanitária, como do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) são certificações que indicam que os alimentos passaram por rigorosas inspeções conduzidas por médicos-veterinários.

O CRMV-RJ alerta que os consumidores não deixem de verificar a origem do peixe, além de estar atento a preços muito baixos. “Opte sempre por estabelecimentos confiáveis e reporte qualquer suspeita de fraude”, reforça.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
Continue Lendo

Notícias

Sustentabilidade é um dos principais temas da ExpoFrísia

Alinhado com as boas práticas e eficiência produtiva, feira terá uma ampla programação sobre o assunto.

Publicado em

em

Foto: BHP Produtora/Frísia

Uma produção que gera desenvolvimento e rentabilidade está atrelada à sustentabilidade, já que aumenta o desempenho, reduz o desperdício e otimiza os recursos na propriedade. Essa proposta poderá ser vista em 25 de abril, primeiro dia da ExpoFrísia, que, junto com a Digital Agro, acontecerá no Pavilhão Frísia, anexo ao Parque Histórico de Carambeí (PR). A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas aqui.

O coordenador de Sustentabilidade e Energias da Frísia, Francis Bavoso, explica que a sustentabilidade é uma visão a longo prazo em que o produtor conduz várias práticas para otimizar os recursos existentes e ajustes de processos no campo. “Isso vai garantir a longevidade da atividade, como conservação ambiental e conscientização da equipe de trabalho na propriedade”, destaca.

“O objetivo da programação é trazer ferramentas, reflexões e conhecimento aos produtores para que todas as ações ambientais, sociais e econômicas estejam sendo padronizadas e implantadas na propriedade rural, o que vai garantir a sustentabilidade e o ganho no dia a dia da propriedade, como exemplo a sucessão familiar”, afirma Bavoso.

Entre os assuntos que serão tratados na edição deste ano da feira está o uso de dejetos como fertilizante orgânico no solo, aplicação de energias renováveis (como o biodigestor), políticas públicas em carbono no agronegócio, rastreabilidade da cadeia de produção na propriedade e a importância dos procedimentos para garantir a qualidade na execução da atividade.

A Cooperativa Frísia também irá lançar, dentro do programa Fazenda Sustentável Frísia, uma trilha personalizada para a atividade de pecuária de leite, que visa implantar conhecimentos técnicos na propriedade rural, como manejo hídrico, treinamento dos colaboradores, utilização de dejetos e análise do uso da energia elétrica para o desempenho da atividade da pecuária.

ExpoFrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município da região dos Campos Gerais do Paraná. Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária. A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Frísia
Continue Lendo
SABSA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.