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Trigo tem baixa liquidez e Brasil encaminha fim do plantio no sul

A expectativa de produtividade fica em torno de 50 sacas por hectare

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O mercado brasileiro de trigo vai encerrando mais uma semana com ritmo lento, avaliando a colheita do milho safrinha, que pressiona as cotações de ambas culturas. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, o mercado também avalia a escassez do produto no âmbito doméstico.

“Com a pouca disponibilidade no mercado interno, a indústria moageira está cautelosa em relação à comercialização da farinha. Entretanto, atualmente a importação é uma alternativa bastante atrativa aos moinhos, visto que os preços estão abaixo dos referenciais internos, tanto pelo mercado brasileiro descolado do cenário internacional, como pela queda de preços nas bolsas americanas, afetadas pela pressão da ampla oferta mundial. Com poucos movimentos, as cotações seguem praticamente nominais, sem responder às variáveis do mercado, contudo, com proximidade da entrada de safra, os preços apresentam tendência baixista”, analisa Pinheiro.

No Rio Grande do Sul, conforme a Emater/RS, a área plantada com trigo praticamente não avançou nesta semana em função do solo e clima seco, provocando o atraso na conclusão do plantio. Os produtores esperam que as chuvas previstas para os próximos dias dêem condições mais favoráveis e permitam encaminhar o plantio, que nesta semana alcançou 75% da área prevista para esta safra. Se considerada a média dos últimos cinco anos, esse percentual deveria alcançar, neste momento, 84% da área.

No norte do estado, na região de Erechim, o plantio de trigo foi concluído na última sexta-feira. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrel, Nilson Antoniazzi, ao término dos trabalhos, a área final atingiu a expectativa inicial de 23,5 mil hectares. A expectativa para a produtividade fica em 50 sacas por hectare. “Havia possibilidade de crescimento da área, mas não se consolidou, pois o produtor vivia uma indefinição. Os preços não estavam atraentes e o milho era uma melhor opção. Houve, ainda, um aumento na área plantada com cevada”, disse Antoniazzi.

As lavouras de trigo no noroeste do Rio Grande do Sul estão em boas condições. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrirosa, de Santa Rosa, Taciano Reginatto, as boas chuvas da última terça-feira foram boas para as lavouras para a cultura. A previsão é de que novas chuvas favoráveis atinjam a região no final de semana. Na área de atuação da cooperativa, são 56,7 mil hectares plantados com trigo, sendo 9 mil hectares em Santa Rosa. Segundo Reginatto, a expectativa de produtividade fica em torno de 50 sacas por hectare. A colheita começa em outubro.

O plantio do trigo na região de Ijuí foi finalizado no último dia 30 de junho. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrijuí, Nelson Smola, grande maioria das regiões cobertas pela cooperativa recebeu boas quantidades de chuva na última terça-feira. “Tava muito seco norte do estado”, disse Smola. A previsão é de chuvas favoráveis a partir da próxima segunda-feira. A área plantada com trigo totaliza 105 mil hectares. A produtividade esperada é de 50 sacas de 60 kg por hectare. A saca é cotada a R$ 44,00 na região.

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou que o plantio atinge 95% da área estimada de 1,131 milhão de hectares de trigo, que deve recuar 16% frente aos 1,346 milhão de hectares plantados na temporada anterior. Conforme o Deral, 99% das lavouras estão em boas condições e 1% em situação média, divididas entre as fases de germinação (6%), crescimento vegetativo (91%) e floração (3%). A produção de trigo Paraná deve ficar em 3,401 milhões de toneladas na safra 2015/16, 4% acima das 3,285 milhões de toneladas colhidas na safra 2014/15. A comercialização atinge 3%.

Fonte: SAFRAS & Mercado

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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Lar formaliza aquisição da indústria esmagadora de soja da Copagril

Formalização do acordo ainda depende da entrega da documentação necessária e do encaminhamento da transação aos órgãos reguladores competentes para aprovação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No fim da tarde desta segunda-feira (23), as cooperativa Lar e Copagril emitiram uma nota conjunta anunciando a formalização de uma transação estratégica para aquisição da Indústria Esmagadora de Soja, localizada em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

Segundo o comunicado, a decisão de venda por parte da Copagril está alinhada ao seu redirecionamento estratégico de negócios, enquanto a Lar Cooperativa aproveita a oportunidade para expandir sua atuação no setor de esmagamento de soja. “Essa aquisição reforça o compromisso da Lar em ampliar sua cadeia produtiva, beneficiando diretamente seus cooperados”, destacam na nota.

A formalização do acordo ainda depende da entrega da documentação necessária e do encaminhamento da transação aos órgãos reguladores competentes para aprovação.

A compra representa um passo importante para a Lar, que vê no setor de processamento de soja um eixo crucial para seu crescimento. Já a Copagril foca em direcionar suas operações para áreas de maior sinergia com seus novos objetivos de mercado.

Confira a nota na íntegra:

Fonte: O Presente Rural
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Feedlot Summit 2024 traça os caminhos para sucesso do confinador e atualização de tecnologias

Com palestras de diversos especialistas de mercado, o evento proporcionou uma visão de longo prazo sobre a virada do ciclo pecuário.

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Fotos: Divulgação

A diversidade de temas voltados a oferecer respostas e ferramentas práticas para pecuaristas e confinadores marcou o Feedlot Summit 2024, realizado nos dias 18, 19 e 20 de setembro, em Goiânia (GO), com organização da Coan Consultoria.

Com palestras de diversos especialistas de mercado, o evento proporcionou uma visão de longo prazo sobre a virada do ciclo pecuário, destacando os momentos oportunos esperados para 2025 e 2026, quando é prevista a consolidação dos preços.

“No entanto, para garantir esse sucesso, o pecuarista precisa estar atualizado com os cenários que apresentamos, compreendendo como aplicar as tecnologias e adotando métricas que possibilitem colher resultados positivos no futuro”, analisa Coan.

Com mais de 1.700 inscritos, o Feedlot Summit Brasil 2024 também trouxe amplo conhecimento técnico, começando pela atenção à pastagem e à eficiência na colheita pelos animais. Foram apresentadas diversas pesquisas e recomendações sobre reforma ou recuperação de pastagens, tipos de sistemas e métodos que avaliam o comportamento animal durante o pastejo.               Outros temas de grande relevância foram abordados pelos Prof. Flávio Dutra de Resende da Apta de Colina-SP e Roberto Sainz da Universidade de Davis – Califórnia-EUA que discorreram sobre os impactos da suplementação na recria no confinamento e uso da ultrassonografia na desmama como ferramenta de eficiência produtiva.

O evento ainda apresentou experiências internacionais, como o modelo australiano de produção de carne de qualidade e a crescente tendência de confinamento nos Estados Unidos, impulsionada por sua viabilidade econômica.

As palestras sobre gestão de dados e pessoas encerraram o Feedlot Summit Brasil 2024, reforçando a importância do controle eficiente de informações e da valorização das pessoas para alcançar a máxima eficiência nos projetos. Como ferramenta prática, todos os participantes receberam uma planilha desenvolvida pela Coan Consultoria para o cálculo do custo de produção e viabilidade econômica do confinamento.

Ao refletir sobre os 17 anos de trajetória do evento, Coan destaca: “Estamos, dia após dia, elevando o nível da pecuária, discutindo tecnologias cada vez mais avançadas e ajustando os processos de implementação, controle e métricas, independentemente da atividade: cria, recria ou engorda”.

Com seu formato único, que integra palestras e a área comercial em um ambiente de intenso networking, o evento já tem nova edição confirmada para setembro de 2025, mantendo seu compromisso de atualizar os produtores de carne bovina com as mais recentes tecnologias.

Fonte: Assessoria
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Cooperitaipu projeta crescimento rumo aos 60 anos

Com uma trajetória de 55 anos de trabalhos em prol do desenvolvimento cooperativista e agropecuário de Santa Catarina, a Cooperitaipu acumula conquistas muito importantes na sua caminhada.

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Fotos: Divulgação/Cooperitaipu

Com uma trajetória de 55 anos de trabalhos em prol do desenvolvimento cooperativista e agropecuário de Santa Catarina, a Cooperitaipu acumula conquistas muito importantes na sua caminhada. Liderada pelo presidente Arno Pandolfo, que trabalha há mais de 50 anos na cooperativa, ela almeja crescimentos ainda mais significativos. Uma equipe do jornal O Presente Rural esteve em Santa Catarina e entrevistou o presidente para o programa Voz do Cooperativismo. Confira os principais trechos.

O Presente Rural – Conte um pouco sobre sua trajetória e seu envolvimento com o cooperativismo e com a Cooperitaipu?

Arno Pandolfo – A Cooperitaipu foi fundada em 26 de abril de 1969, como a Cooperativa Mista Pinhalense.  Naquela época, todos agrônomos da Iasc, que hoje é a Epagri, receberam um missão do presidente, para que cada agrônomo criasse uma cooperativa no seu município. Quando a Cooperativa Mista Modelense teve dificuldades, ela e a Pinhalense uniram-se e desta fusão surgiu a Cooperativa Regional Itaipu. O nome Itaipu é por causa da hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Em 1987 incorporamos a Cooperativa Agropecuária Saudades e, mais recentemente adquirimos ativos da Cooper Erê. Então, são quatro cooperativas que formam a Cooper Itaipu, com 13 municípios na área de atuação.

Aqui foi o meu primeiro emprego com carteira assinada, com 17 anos. Comecei no serviços gerais, fui balanceiro, gerente de unidades, gerente de produção, gerente comercial, passei por todos os setores da cooperativa, fiz um ano e meio como mandato tampão do presidente que saiu e agora (há 14 anos) sou presidente. Eu tenho duas famílias, a minha família e a família da Cooperitaipu. A gente conhece tudo o que aconteceu dentro da cooperativa, mas cada dia é um dia diferente. Todas as manhãs precisamos renovar os ânimos para conseguir superar as demandas. Fazemos parte do grupo Aurora e da Fecoagro. Nossa cooperativa é sólida.

O Presente Rural – Hoje a sede é aqui é em Pinhalzinho e qual é a abrangência? Onde que a Cooperitaipu atua?

Arno Pandolfo – Estamos em 13 municípios de atuação, nós temos Saudades, Pinhalzinho, Modelo, Sul Brasil, Serra Alta, Saltinho, Campo Erê. Agora há pouco tempo fomos para Ampére, no Mato Grosso. Estamos em São Miguel do Oeste, Coronel Freitas e Nova Erechim. A gente precisa de muito milho e trigo para fazer ração e farinha. Claro que a gente também trabalha com soja, mas o principal objetivo é trigo e milho, por isso a gente foi pra lá.

Presidente da Cooperitaipu, Arno Pandolfo: “Se não tivesse o cooperativismo no Oeste de Santa Catarina não existiria 50% dos produtores”

O Presente Rural – O que é cooperativismo para o senhor?

Arno Pandolfo – Se não tivesse o cooperativismo no Oeste de Santa Catarina não existiria 50% dos produtores, eles estariam nas mãos dos concorrente e isso é muito complicado. Nós temos as agroindústrias, mas ela a qualquer momento muda de opinião ou produtor cresce ou ele sai. A cooperativa não. Para ela não importa o tamanho, ela sustenta o produtor. Nós estamos no guarda-chuva da Aurora, uma cooperativa central que foi criada pelas cooperativas singulares, que é a nossa indústria. É um pouco diferente do Paraná. No Paraná, quase todas as cooperativas singulares têm uma indústria, aqui em Santa Catarina não. A Aurora industrializa os suínos, as aves e o leite das cooperativas, nenhuma cooperativa tem indústria de suínos, leite ou aves. A Aurora é um guarda-chuva, é lógico que ela não paga mais ou menos, ela baliza o preço.

O Presente Rural – Quais são as prospecções para de crescimento da Cooperitaipu para os próximos anos?

Arno Pandolfo – Assim que eu assumi a cooperativa nós iniciamos um trabalho com planejamento estratégico. Contratamos uma equipe que promove a cada dois ou três anos este trabalho. Neste momento chamamos de Cooperitaipu rumo aos 60 anos pra ver onde vamos chegar. A Aurora tem um projeto que é chegar a 3 milhões de litros de leite por dia, 3 milhões de frangos por dia e 46 mil suínos por dia. Nós temos que andar parelho com eles, porque se você não aumentar o que eles esperam aumentar, nós automaticamente ficamos para trás. Estamos trabalhando em cima do projeto deles, mas com o nosso projeto de ampliação também.

Outro sonho que temos na cooperativa é criar uma indústria pet para cachorro e gato. Se você pensar um quilo de alimento para as pessoas está um terço do que está o de cachorro e gato. Se olharmos esse mercado apenas pelo dinheiro é uma boa fonte, não é? Só que não é negócio do produtor.

O Presente Rural – De que forma a tecnologia vem impactando a cooperativa hoje?

Arno Pandolfo – Ela está se desenvolvendo com passos largos e vem ajudando muito. Hoje não precisamos decidir as coisas nas escuras, pois a tecnologia nos auxilia muito com os dados, essa possibilidade não tínhamos anos atrás. Para os produtores mudou muito, pois hoje existem muitas ferramentas tecnológicas que auxiliam nos trabalhos do dia a dia da granja, bem como na gestão. Temos tecnologias que fazem análise do solo, tratores e ceifas autônomas, sou muito fã do presidente da John Deere que disse que hoje o produtor não consegue extrair 80% de uma máquina, então tu está pagando uma máquina de 100%, mas só usa 70%, 80%, porque ele não tem conhecimento de tanta tecnologia que a máquina tem. Então a tecnologia é muito importante e ela veio para somar para todas as pessoas e todas as empresas, basta saber usar.

O Presente Rural – Com relação ao bem-estar animal e ao ESG, como a cooperativa tem trabalhado com isso?

Arno Pandolfo – Nós primamos muito pelo bem-estar animal, a gente cuida muito para que todos tenham alimentação segura e água de qualidade. Com os animais de leite cuidamos muito com o sombreamento também. Os suínos já estamos começando com baias coletivas. Os frangos e suínos são mais bem tratados do que nós quando éramos criança. Muitas vezes têm missões de outros países, ou quando a gente participa de congresso, nós escutamos falar que o Brasil está destruindo a Amazônia e tal, mas isso não é verdade. Nós plantamos 9% do nosso território e podemos dobrar a nossa produção sem derrubar nenhuma árvore, aproveitando a pastagem que tem, confinando o boi e com isso podemos aumentar bastante a nossa produção. Têm outros países que derrubaram tudo, como os Estados Unidos. Propiciar o bem-estar animal traz ganhos financeiros porque ajuda a produzir mais, mas não que o produtor está sendo recompensado por isso.

O Presente Rural – Presidente, vocês realizam um importante evento que é o Itaipu Rural Show. Conte um pouco para a gente sobre a história.

Arno Pandolfo – Nosso evento começou pequeno, com um tradicional Dia de Campo. Ele foi evoluindo e hoje digo que é o maior evento agrícola de Santa Catarina e digo que do nosso foco, é o maior do Brasil. Iniciamos com o foco em sementes de milho e implementos para aves e suínos, mas fomos crescendo. Hoje contamos com uma área de 18 hectares e meio de área própria e mais 2 hectares de terreno alugado e com a participação de diversas empresas. Temos uma forte parceria com a Embrapa, e por isso nosso evento destaca-se por apresentar tecnologias inovadoras, oferecendo soluções e oportunidades de negócios para produtores familiares. Apesar dos desafios de espaço, o Itaipu Rural Show proporciona uma experiência rica em conteúdo para produtores e suas famílias. É um evento que surpreende, pois traz muitos conteúdos que ajudam muito o produtor. E não queremos parar por aqui, temos ideia de expandir ainda mais. Todos os anos é um desafio trazer e apresentar inovações para o setor. Para o setor agrícola ele é super importante, dizemos que é uma universidade a céu aberto.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de cooperativismo acesse a versão digital de Especial Cooperativismo, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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