Empresas TRIGOS ESPECIAIS
Trigo segregado traz liquidez e remuneração distinta
Cultivo de trigo melhorador/branqueador segregado desde o plantio até o processamento, garante maior rentabilidade, aprovação e confiança da indústria moageira
Ao contrário de outras culturas, como a soja e o milho, por exemplo, a uniformidade dos lotes de trigo que chegam aos moinhos é um dos critérios mais importantes de análise de qualidade. Não basta que o grão seja fisicamente apto, a entrega de um produto puro e homogêneo é um grande diferencial. Essa é uma das razões pelas quais os projetos de segregação ganham cada vez mais espaço. Além de garantir qualidade na entrega, a identidade preservada beneficia todos os elos da cadeia, do produtor ao consumidor final. O Projeto Trigos Especiais, desenvolvido pela Biotrigo Genética nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, nasceu em 2015 com a cultivar TBIO Noble e com o objetivo de atender à essas necessidades específicas do mercado.
“Os moinhos querem e pagam por um produto segregado, com identidade, rastreabilidade, qualidade industrial e nenhum outro trigo no mercado tem diferenciais combinados como essa cultivar. Tem alta força de glúten (melhorador); estabilidade alta (acima de 20 min); que produz farinha branqueadora e ainda um desempenho superior na panificação, podendo formar mesclas de farinhas com alta qualidade industrial”, explica o supervisor comercial da Biotrigo e coordenador do projeto Trigos Especiais da Biotrigo, Everton Garcia.
Norberto Risson dos Santos, proprietário da corretora Serra Grãos, parceira na comercialização do grão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná, acompanha o projeto desde o começo. “Iniciamos em 2015 e agora 100% da indústria já tem interesse pelo TBIO Noble. Isso porque é um trigo que tem rastreabilidade, o que é essencial. Para a indústria é excelente ter um material com essas especificações para poder melhorar os outros lotes e produzir uma farinha com a qualidade que o mercado exige, além de ser uma opção para substituir trigo importado”, garante.
Bons resultados também no campo
No campo, o desempenho da cultivar também vem agradado os produtores. Jeferson Napoli é médico veterinário e produz o TBIO Noble em sua propriedade, em Castro, no Paraná, desde 2016 quando alcançou uma produtividade média de 6.763 kg/ha em um talhão de 23 hectares. Desde então, a cada ano a área semeada só aumentou. “É uma cultivar que apresenta um excelente teto produtivo e uma característica importante de ser farinha branqueadora, o que proporciona um ágio de preço no momento da venda”. Para ele, o projeto ajuda a fortalecer a triticultura e a qualidade do trigo nacional. “O produtor não pode mais olhar o trigo como uma cultura de baixo investimento. Precisamos ser cada vez mais profissionais na triticultura”, complementa.
Segundo Everton, a cultivar tem um bom potencial produtivo, o que é um desafio em uma combinação com as características de qualidade. “TBIO Noble exige um bom nível de investimento e monitoramento na lavoura, sendo recomendado para agricultores que estejam dispostos a investir na cultura. Ter um bom rendimento como entrega, e as características tão desejadas pelos moinhos é apenas uma parte do processo. O que faz este movimento ser tão robusto e reconhecido por quem está dentro é o conjunto, desde a segregação até a comercialização. Isso gera tranquilidade para quem planta e para quem compra o grão”, explica.
Qualidade industrial
A grande vantagem para o moinho é receber o material segregado em que se possa realizar testes com garantia total dos resultados finais. É o que explica o gerente do Moinho Rio Azul, de Céu Azul, também no Paraná, Paulo Henrique Zanini. Segundo ele, os trigos de cultivares branqueadoras têm vantagens em certos nichos. Os pães têm uma aparência mais branca e crosta mais crocante e as massas apresentam coloração mais branca e menos amarelada, uma característica exigida pelo mercado. “O grande diferencial do TBIO Noble é que além de ser uma cultivar branqueadora, é também melhorador, e isso auxilia principalmente na qualidade final do pão, melhorando volume, salto de forno e estabilidade de fermentação”.
Kênia Meneguzzi, supervisora de qualidade industrial da Biotrigo Genética, explica a importância da escolha da cultivar a ser semeada, bem como da recepção e segregação dos lotes colhidos de acordo com a qualidade. “A indústria tem um exigente cliente para atender que somos nós mesmos, consumidores. O planejamento faz toda a diferença em qualquer negócio e na agricultura não é diferente. Precisamos pensar na próxima safra e escolher as melhores cultivares de trigo”, destaca.
Participação por adesão
Já bastante consolidado no Rio Grande do Sul, o projeto ganha um aporte maior também nos estados do Paraná e São Paulo, onde se concentram 50% dos moinhos brasileiros. Everton Garcia explica que o TBIO Noble é um projeto de exclusividade e por adesão que visa liquidez e remuneração distinta aos produtores. “Entregamos uma tecnologia diferenciada, com credibilidade e que tem a preferência dos moinhos já há alguns anos e, em contrapartida, buscamos a lealdade entre os participantes, o respeito mútuo e o compromisso com a qualidade industrial do produto”, finaliza.
A Biotrigo já elegeu dentro do melhoramento genético linhagens candidatas a compor, junto com TBIO Noble, o projeto de segregação, com grandes avanços agronômicos e manutenção da qualidade industrial. A nova cultivar deve entrar no Projeto Trigos Especiais em dois anos.
Empresas
Aleris apresenta soluções nutricionais voltadas para desafios da avicultura em workshop pré-OVUM 2024
O encontro técnico teve como tema ‘Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição de aves’, reunindo avicultores e distribuidores LATAM em Punta del Este
A Aleris, referência em aditivos nutricionais naturais à base de levedura, celebrou o sucesso de seu workshop realizado para parceiros distribuidores e clientes da América Latina em Punta del Este, Uruguai. O evento, promovido em 12 de novembro, abordou o tema “Desafios no campo e soluções naturais para a nutrição e saúde de aves” e antecedeu a abertura oficial do 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura – OVUM 2024, encerrado no último dia 15.
O destaque do workshop foi o Provillus 4Poultry, uma solução inovadora desenvolvida com a tecnologia exclusiva MAC (Microbiota Activating Compounds), que promove uma modulação adequada da microbiota, garantindo benefícios significativos para a saúde, o desempenho e o bem-estar das aves. “O Provillus 4Poultry representa um avanço na nutrição animal, trazendo em sua tecnologia o conceito pós-biótico atrelado aos benefícios de uma microbiota diversa e robusta”, afirmou Marcos Nascimento, Coordenador Técnico Global de Avicultura e Suinocultura da Aleris.
Roberta Rodrigues, Coordenadora Comercial LATAM da Aleris, reforçou o compromisso da empresa em oferecer soluções sustentáveis e inovadoras. “Nosso workshop foi uma oportunidade estratégica para fortalecer parcerias, explorar novos mercados e apresentar tecnologias desenvolvidas para atender às demandas da avicultura latino-americana”, destacou.
O evento também foi essencial para consolidar a presença da Aleris em mercados estratégicos da América Latina, como Argentina, Peru, Colômbia, Chile, Equador, México, República Dominicana e Paraguai. Segundo a empresa, essas ações pavimentam o caminho para uma expansão dos planos de crescimento para os próximos anos.“Acreditamos que nossas soluções à base de leveduras são essenciais para auxiliar a saúde dos animais e impulsionar os índices produtivos”, concluiu Roberta Rodrigues.
Empresas Avicultura moderna
Evonik discutiu nutrição de aves mais precisa para melhor desempenho, bem-estar e sustentabilidade em Punta del Este, Uruguai
Especialistas destacam metionina e suas diferenças em produção, pureza e segurança de abastecimento com seus impactos nos resultados em campo
Uma redução dos níveis de proteína bruta em dietas de aves modernas é uma das tendências mais importantes da nutrição animal. Entre o benefícios desta iniciativa estão um menor custo de formulação, o atendimento das exigências das linhagens genéticas atuais e uma redução da excreção de nitrogênio com a consequente redução do impacto ambiental da produção, explicou o diretor Técnico da Evonik, Victor Naranjo, no estande da empresa, que participou do OVUM 2024, o 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura, realizado em Punta del Este, no Uruguai.
Nesta estratégia, que prevê uma nutrição mais precisa, a formulação compreende níveis mais elevados de aminoácidos industriais na mesma medida em que se reduz os níveis de proteína. Assim, para o especialista, existem oportunidades de alcançar uma nutrição mais precisa em níveis de aminoácidos e proteína com utilização de aminoácidos industriais. “Entretanto, essa implementação exige uma abordagem holística, que é uma nutrição com níveis adequados de aminoácidos”, pontuou Naranjo.
O diretor de Marketing Estratégico de Essencial Nutrition da Evonik na América Latina, Nei Arruda, destaca a importância da formulação com metionina, que é o primeiro aminoácido limitante em dietas para as aves. “Se 70% deste requerimento vem da soja e do milho, os outros 30% devem vir de fonte suplementar. E uma maneira de otimizar a fonte de metionina é através da biodisponibilidade, que contribui para atender esta exigência de forma mais econômica”, disse o especialista.
Segundo ele, é necessário estar atualizado com relação aos requerimentos das aves e entender as condições atuais de produção, de mercado, dos custos da dieta para atingir maior eficiência alimentar e melhor conversão alimentar. “Assim, precisamos estar atentos aos requerimentos primeiro, depois aos ingredientes e a biodisponibilidade”, disse Arruda no estande da Evonik em Punta del Este.
DL-Metionina
Uma série de estudos realizados em diversos países mostra que, entre as fontes disponíveis de metionina, a DL-metionina é 100% disponível para cobrir os requerimentos de metionina e de cisteína, o que é especialmente importante. Aves em desafios terão uma necessidade maior de cisteína e antioxidantes e, neste caso, esta fonte de metionina já atende esta necessidade.
Outro benefício da cisteína é que ela contribui para um bom empenamento das aves. Considerando que a pena protege a pele do animal, ela ainda contribui para redução de perdas por lesões de pele. Quando trabalhamos com bioeficácia, a DL-metionina nos permite saber com precisão o requerimento de metionina e cisteína porque estudos comprovam que ela é 100% disponível.
Disponibilidade
O gerente de Negócios da Evonik, Felipe Chagas, salienta que, apesar de a metionina ser considerada uma commodity pelo mercado, os nutricionistas precisam estar atentos porque nem todos os produtos são iguais. “Os processos de desenvolvimento e fabricação de produtos são diferentes entre as empresas. Eles envolvem ensaios de qualidade, pureza de produto e até a disponibilidade do produto ao mercado, entre vários outros fatores que impactam diretamente os resultados em campo”, afirmou.
Chagas ressalta a importância de se conhecer bem cada ingrediente na ração. “É crucial que o nutricionista saiba exatamente quais nutrientes está formulando na dieta, porque, mesmo falando da metionina, o nosso padrão de qualidade é diferenciado, temos que considerar a bioeficácia de cada produto. E no caso da DL-Metionina, a nossa tem um padrão de pureza diferenciado”, disse o especialista direto do estande da companhia em Punta del Este.
O vice-presidente Regional da Evonik para as Américas da Linha de Negócios Nutrição Animal, Paulo Teixeira, enfatiza a questão do fornecimento de produtos lembrando que a empresa tem cinco plantas de metionina espalhadas em diferentes continentes, como o americano, o europeu e o asiático, como estratégia para assegurar o abastecimento. “Temos duas plantas na Antuérpia, na Bélgica, mais duas em Cingapura e outra nos Estados Unidos. Nosso processo de fabricação ocorre por meio de reações químicas, ou seja, não é um bioaminoácido”.
Empresas
Parcerias estratégicas, inovação e bem-estar animal: Bases do crescimento sustentável da Granja Antunes no setor de produção de ovos
Empresa tem superado os desafios de um mercado competitivo e em constante transformação, destacando-se pela busca contínua por melhorias e eficiência.
A Granja Antunes, localizada em Avaré, São Paulo, construiu uma trajetória marcada pela dedicação à qualidade e à inovação no setor de produção de ovos. Desde sua fundação, em 2009, a empresa tem superado os desafios de um mercado competitivo e em constante transformação, destacando-se pela busca contínua por melhorias e eficiência. Atualmente, com uma produção diária de cerca de 2.500 caixas de ovos destinadas a atacadistas e varejistas de todo o Brasil, a Granja Antunes reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a modernização.
Essa história de crescimento e adaptação foi moldada pela superação de desafios significativos. Nos primeiros anos, a empresa enfrentou a volatilidade econômica e as dificuldades do setor avícola, como a alta nos custos de insumos e as exigências crescentes do mercado. Segundo Norberto Lemos, porta-voz da Granja Antunes, essas adversidades impulsionaram mudanças estratégicas e investimentos em tecnologia. “Superamos muitos desafios ao modernizar nossas operações e focar na sustentabilidade. Hoje, esses esforços resultam em processos mais eficientes e produtos de melhor qualidade”, afirma.
Nos últimos anos, a Granja Antunes passou por uma transformação tecnológica significativa, incorporando sistemas de automação e climatização que tornaram as operações mais eficientes e sustentáveis. A automação reduziu a dependência de trabalho manual e aumentou a precisão dos processos produtivos, enquanto a climatização proporcionou condições ideais para as aves, reduzindo doenças e elevando a produtividade. “Estamos investindo em tecnologia porque sabemos que é essencial para o futuro da avicultura. Esses sistemas garantem eficiência, qualidade e sustentabilidade, tanto para nós quanto para os clientes”, destaca Lemos.
Além disso, a modernização está alinhada a parcerias estratégicas que desempenham um papel fundamental no avanço das operações e na promoção do bem-estar animal. “A parceria com a Ceva Saúde Animal, por exemplo, reforça nosso compromisso com a proteção e saúde das aves. O uso de tecnologias inovadoras em vacinas não apenas maximiza a performance dos animais, mas também facilita as operações de vacinação e traz resultados econômicos expressivos para a empresa”, acrescenta Lemos. Esses esforços têm sido cruciais para garantir uma cadeia produtiva robusta e sustentável, refletindo diretamente na qualidade dos ovos.
Com esse foco, os avanços tecnológicos também têm preparado a Granja Antunes para expandir sua atuação e consolidar sua presença no mercado interno. Atualmente, grande parte da produção é destinada aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, mas a empresa planeja continuar investindo em modernização para atender à crescente demanda. Um exemplo dessa visão de futuro são os projetos voltados para a implantação de novas granjas, projetadas para serem ainda mais modernas e sustentáveis. “Essas unidades serão equipadas com tecnologia de ponta, desde sistemas automatizados de monitoramento até práticas inovadoras de manejo, reforçando nosso compromisso com a eficiência produtiva e o bem-estar animal”, explica o porta-voz.
“Olhamos para o futuro com a convicção de que a modernização é essencial para o setor avícola. As novas granjas serão uma extensão dessa visão, unindo tecnologia, sustentabilidade e qualidade em todas as etapas de produção”, afirma Lemos. Ele prevê que as novas unidades não apenas aumentarão a capacidade produtiva da empresa, mas também servirão como modelo de inovação e responsabilidade no setor.
Com a combinação de tradição e modernidade, a Granja Antunes reforça seu compromisso de continuar evoluindo e se destacando no mercado de ovos no Brasil. Os investimentos em tecnologia e as novas granjas refletem a determinação da empresa em se adaptar às transformações do setor e atender às demandas do mercado de forma responsável, garantindo produtos de alta qualidade para milhares de mesas.