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Tratamento correto protege seu rebanho da Tristeza Parasitária Bovina

Esssa é uma das principais causas de prejuízos dos bo­vinos, compreendendo duas enfermidades que podem ocorrer independentes ou em conjunto: a babesiose e anaplasmose.

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Fotos: Divulgação/Elanco
Por Pereira Neto, gerente técnico – Bovinos de Corte, da Elanco.

Tristeza Para­sitária Bovina (TPB) é uma das principais causas de prejuízos dos bo­vinos, compreendendo duas enfermidades que podem ocorrer independentes ou em conjunto: a babesiose e anaplasmose. Os sinais clínicos predo­minantes são anemia hemo­lítica e a febre, com perda de peso e produtividade em carne e leite, abortos, custos dos tratamentos e morte de animais.

O carrapato dos bovinos (Rhipicephalus microplus) é o principal transmissor dos agentes da TPB, po­dendo também, no caso da anaplasmose, haver trans­missão por vetores (moscas hematófagas) e equipa­mentos contaminados. A presença de hospedeiros susceptíveis, vetores e pa­tógenos nas propriedades são determinantes para os prejuízos à rentabilidade dos sistemas pecuários (Figura 1).

Com medidas adequadas de tratamento é possível controlar a TPB, sempre associando os protocolos às medidas de combate ao car­rapato, mantendo o rebanho protegido e produtivo

Por que a TPB causa tantos prejuízos econômicos?

A babesiose (Babesia bovis e B. bigemina) e a anaplasmose (Anaplasma marginale) são as prin­cipais doenças hemoparasitárias no Brasil, podendo ocorrer isolada ou concomitantemente, sendo trans­mitidas pelos carrapatos, moscas hematófagas e equipamentos con­tendo sangue contaminado.

A sintomatologia é parecida e na babesiose dependerá da virulência, patogenicidade das Babesia sp, com fatores associados aos hospedeiros, sua idade, raça e status imunitário. Os mais clássicos são a febre alta, anemia, urina escura (B. bigemina), dificuldade respiratória, sintomas nervosos (B. bovis), as quais geram perdas produtivas e óbitos. Na anaplasmose causa, ainda, severa icterícia e abortos.

A anaplasmose afeta bovinos de todas as idades, sendo mais letal nos adultos9, com um período de incubação de 20 a 27 dias. Animais acometidos, e que se recuperam, permanecem persistentemente infectados, sendo uma fonte de infecção que mantém a doença na fazenda.

Exames diagnósticos favorecem a adoção do tratamento adequado. A sintomatologia dá um direciona­mento, porém a microscopia de es­fregaços de sangue corado permite identificar os agentes, definindo o tratamento. Outras técnicas mole­culares identificam o agente causal, mas são pouco práticas na rotina de campo. Não tendo o diagnóstico diferencial, o ideal é tratar para ambas as causas da TPB.

É fundamental saber o que usar, para uma resposta rápida e assertiva

Ao longo dos anos diversas dro­gas foram testadas e adotadas nos tratamentos contra a TPB. A meta sempre é suspender a multiplicação e colonização eritrocitária o quanto antes.

Dentre as drogas adotadas, o tratamento consagrado da babesiose é feito com o diaceturato de dimina­zene, que tem ação anti-protozoária (bactericida). Seu modo de ação é descrito como a interferência na replicação do DNA dos protozoários, pela inibição da ligação da topoiso­merase, com uma rápida absorção (15 a 45 min) e uma meia-vida de excreção prolongada de 40 a 205 h2. Pesquisadores identificaram também efeitos anti-inflamatórios associados ao diminazeno, que merecem maio­res estudos, visto que favoreceriam a redução do quadro febril e vascular na doença.

Diversas drogas têm sido usadas no tratamento da anaplasmose. A oxitetraciclina tem sido empregada com êxito, sendo recomendada a dose de 20 mg/ kg. IM e em dose única, no entanto, por ser um ativo bacteriostá­tico dependerá diretamente do status sanitário do bovino para responder em casos severos da enfermidade. Recentemente, o enrofloxacino foi reconhecido como uma excelente alternativa no combate ao A. mar­ginale, com evidente superioridade às tetraciclinas, ampliando, dessa forma, o arsenal de antimicrobianos à disposição dos produtores.

Em estudo realizado no Brasil, pesquisadores estudaram o efeito do enrofloxacino (7,5 mg/ kg), em dose única e repetida 48 h após, em comparação à oxitetraciclina (20 mg/ kg), demonstrando que o enro­floxacino foi mais efetivo na redução da parasitemia, revertendo mais rapidamente o quadro de doença do animal (Figura 2).

Por último, o dipropionato de imidocarb é uma alternativa que até tem bons resultados, porém causa hiperexcitação colinérgica, salivação excessiva, lacrimejamento, taquicardia, taquipneia, cólicas e dor no ponto de aplicação, ficando depositado e sendo excretado atra­vés do fígado e dos rins, o que pode causar lesões teciduais bastante severas. Essa seria uma preocupação adicional, especialmente, quando esses órgãos de animais estão se­veramente acometidos. A Figura 3 mostra achados de necropsia por anaplasmose, evidenciando que a ação tóxica do imidocarb poderá complicar ainda mais o quadro em animais convalescentes.

Protocolos de sucesso no tratamento da TPB

Inicialmente, o controle do car­rapato é a base para prevenção de surtos de TPB e seus prejuízos, o que muitas vezes é esquecido pelo produtor. Para a ocorrência de surtos de TPB, necessariamente deve haver a transmissão e o carrapato é o agente envolvido.

Estabelecer estratégias de contro­le, especialmente adotando produto à base de fluazuron, é fundamental para quebrar o ciclo do parasito, porém mantendo a inoculação de pequenas alíquotas dos agentes causadores da TPB, permitindo a for­mação da imunidade no hospedeiro.

Carrapaticidas convencionais são também usados no controle, de­pendendo da resistência parasitária da população e, ainda, o controle integrado com endectocidas, afe­tando uma vasta gama de parasitos, concomitantemente.

Recomendamos para tratamento da babesiose uma dose de dimina­zeno de 3,5 mg/kg, IM (1 mL/20 kg), enquanto, para o tratamento da anaplasmose, o enrofloxacino, aplicado na dose de 7,5 mg/ kg (3 mL/40 kg). Assim, combatemos simultaneamente os agentes causais da TPB, preservando o patrimônio do pecuarista.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: octaviano. pereira_neto@elancoah.com.

Para conferir a matéria na versão digital da edição de agosto/setembro de Bovinos, Grãos & Máquinas clique aqui.

Fonte: Elanco

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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