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Trabalho de 700 extensionistas impulsiona pesquisa e produção agropecuária no Paraná

A ação extensionista também ajuda a dinamizar as economias regionais, levando alternativas de renda e trabalho ao meio rural. Dia da Extensão Rural e Dia do Extensionista são comemorados nesta quarta-feira.

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Foto: Divulgação/IDR-PR

O Paraná é reconhecido como um dos grandes produtores agropecuários do País, com a maior cadeia de proteína animal e protagonismo na produção de grãos e orgânicos. A alta produtividade das lavouras e criações é o resultado de tecnologias e práticas de manejo que chegam aos produtores graças, em grande parte, à ação dos extensionistas. No Estado, 700 profissionais do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) atuam para levar conhecimento e melhorar a vida das famílias rurais.

Além disso, a ação extensionista também ajuda a dinamizar as economias regionais, levando alternativas de renda e trabalho ao meio rural, resultados que justificam a comemoração do Dia da Extensão Rural e Dia do Extensionista, neste 6 de dezembro.

A Extensão Rural no Paraná conta com profissionais das mais diversas formações: veterinários, agrônomos, engenheiros florestais, técnicos agrícolas, assistentes sociais, zootecnistas, economistas domésticos, engenheiros de alimentos, entre outros. Todos eles têm em comum uma forte ligação com o público.

Carla Cristina Barretta Schio é economista doméstica e atua na região de Dois Vizinhos, no Sudoeste. Paulistana de nascimento, ela confessa que nunca imaginou que trabalharia com o público rural. Por um bom tempo Carla trabalhou na Cohapar e conheceu a extensão rural depois de participar de uma parceria que a empresa desenvolveu com a antiga Emater. Logo depois Carla foi aprovada no concurso do IDR-Paraná e passou a atuar na área.

“Para mim não é trabalho. É uma realização pessoal. A extensão me dá a possibilidade de estar perto das pessoas, levar e adquirir conhecimento. Os agricultores são pessoas especiais. Eu aprendo mais com eles, do que eles comigo”, observa.

Para Raphael Branco de Araújo, agrônomo lotado em Curitiba, a extensão rural é um caminho inevitável. Desde criança ele conviveu com o ambiente de Agronomia. Seu pai era funcionário da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), que faz a extensão rural em São Paulo.

“Cresci numa unidade da Cati que produzia mudas de fruteiras. Brincava de fazer enxertos, levava as coisas de casa para a mostrar na feira de ciências da escola. Via meu pai trabalhar com os produtores, distribuindo mudas, participando de eventos, fomentando projetos”, conta. Logo depois de se formar em Agronomia, ele ainda tentou trabalhar na iniciativa privada, mas não se adaptou à dinâmica. “Eu sempre pensava na propriedade como um todo, em melhorias reais para o produtor”, afirma.

Desde 2017 Araújo é servidor no IDR-Paraná. Ele já trabalhou diretamente com os produtores na região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e atualmente desempenha a função de coordenador regional de Projetos, em Curitiba. Para ele, o papel da extensão rural é ser um educador não formal de adultos, usando uma linguagem que molda o conhecimento ao jeito de fazer do agricultor.

“Acho que a extensão rural hoje tem um lugar mais de articuladora e menos de executora de assistência técnica porque ela vai além da formação tecnicista. A extensão rural é voltada ao social e tem que envolver diversos atores num trabalho. Ela atua na aplicação e difusão de pesquisa, mas também ajuda a construir a pesquisa com base no que o produtor demanda”, destaca.

O papel do extensionista é imprescindível para o público que vive no meio rural, mesmo com o advento da internet. Orival Stolff é gerente regional do IDR-Paraná em Curitiba e há 46 anos trabalha na área. Ele ressalta que as peculiaridades do trabalho dos extensionistas dão a eles uma vantagem sobre outros segmentos de informação.

“Ao longo do tempo o extensionista e as famílias dos agricultores criam uma relação de confiança. As informações sobre um assunto vão sendo atualizadas ao longo do tempo. É uma relação olho no olho. Na internet a relação é bastante superficial. Hoje você recebe uma informação de um consultor, amanhã ele não está mais lá no site e você não sabe a quem recorrer”, aponta. Ele acredita que nos encontros com os produtores o extensionista estabelece uma interlocução de qualidade. “O dia a dia dá consistência a essa relação e ajuda a família rural”, conclui.

História

Os serviços de extensão rural não oficiais no Brasil remontam ao início do século XX, com a institucionalização dos cursos de Ciências Agrárias em nível superior ou em nível técnico. A criação institucional dos serviços, porém, só se deu a partir da década de 1950, com o surgimento de instituições civis, sem fins lucrativos, que prestavam serviços de extensão rural e elaboração de projetos técnicos para obtenção de crédito rural junto aos agentes financeiros. O modelo foi inspirado no trabalho feito à época por universidades dos EUA.

O primeiro escritório de Extensão Rural do Brasil foi criado em 06 de dezembro de 1956, em Minas Gerais. No Paraná, o serviço chegou em 20 de maio de 1956.

Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária, existem mais de cinco mil unidades no País que atendem cerca de 2 milhões de proprietários rurais e mantêm um batalhão de 13.690 extensionistas, 1.126 pesquisadores e 31 instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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