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Touro sem frescura

A busca por tecnologia e consequentes avanços passam, necessariamente, pelo cruzamento entre raças

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A pecuária de corte vem passando por várias mudanças e, acredito, para melhor. O pecuarista está ávido por informações e tecnologia, buscando conhecimento para melhorar índices produtivos e, claro, seus lucros.

A busca por tecnologia e consequentes avanços passam, necessariamente, pelo cruzamento entre raças. Cruzar é a maneira mais simples de se obter um salto de produtividade com muito pouco esforço. A heterose é uma ferramenta que vem sendo explorada há décadas no mundo e vem sendo subutilizada no Brasil.

Inúmeras são as raças disponíveis para fazer cruzamento e a experiência em desenvolver bovinos compostos, o Montana, me ensinou que não existem melhores raças. Existem raças, ou suas combinações, que se adequam melhor ao nosso clima tropical.

Durante os anos 90 e 2000, o cruzamento industrial foi visto pelos pecuaristas como negativo, reflexo do uso desastrado de determinadas raças e de falta de informação aos pecuaristas. Mal usadas, causaram frustração, prejuízo e fizeram que com o criador se refugiasse no bom e seguro zebu.

Nos últimos anos, o cruzamento voltou com força. Tanto raças já bem conhecidas do produtor brasileiro como raças novas vêm sendo usadas nos quatro cantos do País. Ponto para o cruzamento!

Programas de qualidade de carne vêm surgindo e a melhor remuneração pelas carcaças de qualidade já é uma realidade, com carne marmorizada e boa cobertura de gordura, itens que o bom cruzamento atende na íntegra. Mais um ponto para o cruzamento!

Um assunto que me causa certo desconforto é a grande procura por determinado cruzamento, o que pode fazer crescer o olho de alguns. Quando a demanda é grande, machos apenas registrados nas associações passam a ser oferecidos como touros, sem avaliação genética e sem nenhuma pressão de seleção. O comprador desavisado pode estar levando um animal inferior, que não trará os resultados esperados e voltaremos a amargar os péssimos exemplos da década de 1990. Esse mesmo comprador desavisado também poderá comprar um animal sem adaptação mínima para trabalho em sua região.

Touro bom tem que ter avaliação genética. Atestados de vacinação e exame andrológico positivo já nem tinham mais que ser mencionados. Já deveria estar subentendido que se é touro tem andrológico positivo.

Avaliação genética é outro quesito que vivo mencionando. Touro sem melhoramento genético sério, processado por pesquisadores sérios, é um retrocesso.

Junto com a avaliação genética, todo touro deveria ter o Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP). O CEIP é a garantia oferecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de que o touro pertence a um programa de melhoramento genético sério e que faz parte da cabeceira do rebanho.

Touro bom tem que trabalhar a campo e trabalhar direito. Estamos no Brasil e a nossa temperatura média anual é alta. O touro tem que estar preparado para encarar os pastos, as distâncias, o calor e ainda tem que querer saber de vaca. No Brasil tem carrapato, mosca, berne e o touro tem que estar preparado para isso.

Touro bom tem que produzir bezerro bom. Bezerros adaptados, ganhadores de peso, precoces e com carne de qualidade. Tem que deixar novilhas boas na fazenda para a reposição. Essas novilhas devem ser interessantes para o produtor, pois manter dois rebanhos na fazenda, um de zebu para fazer reposição e outro para fazer cruzamento, só serve para dar trabalho e desestimular o cruzamento.

Antes de escolher determinada raça para cruzar sua vacada, pesquise, avalie todas as possibilidades sem preconceitos e sem modismos. É importante lembrar que o investimento em touros é baixo perto do benefício que um bom touro traz ao rebanho. Desconfie dos “preços de ocasião”. Lembre-se sempre que a sua fazenda é o seu negócio.

Fonte: Assessoria

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Indicador do boi gordo subiu mais de 10% neste mês

Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas de abate estão relativamente curtas tanto em São Paulo quanto em outros estados.

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Foto: Shutterstock

O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 acumula forte alta de 10,55% em setembro (até o dia 24), atingindo R$ 265,05 na última terça-feira(24).

No atacado da Grande São Paulo, os preços da carne com osso também registram aumentos ao longo do mês na casa de 10%.

Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas de abate estão relativamente curtas tanto em São Paulo quanto em outros estados.

Em vários casos, o agendamento se dá para a própria semana – em até cinco dias, mesmo em frigoríficos de grande porte.

Uma ou outra empresa está com a escala mais abastecida por contratos com confinadores, ainda conforme pesquisadores do Cepea.

Fonte: Assessoria Cepea
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37º Show Rural inicia o cultivo de parcelas para teste de produtividade

A produtividade alcançada na e no milho, das cultivares e híbridos inscritos na testagem, chega a ser duas e até três vezes maior em comparação com as médias alcançadas no Brasil.

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Foto: Divulgação/Coopavel

O plantio em primeira época de cultivares de soja, inscritas ao tradicional teste de produtividade do Show Rural Coopavel, acontece nesta segunda quinzena de setembro. Trinta e sete cultivares, alguns lançamentos, já foram semeados nas áreas destinadas às parcelas do parque que desde 1989 recebe um dos maiores eventos técnicos da agropecuária mundial.

O trabalho de campo é realizado sob a responsabilidade do agrônomo Matheus Henrique de Souza e supervisão do coordenador geral do Show Rural Coopavel, o também agrônomo Rogério Rizzardi. Para que todo potencial da cultivar possa ser apresentado aos visitantes, um alto investimento é feito nas mais diferentes etapas do trabalho, principalmente nos cuidados com o manejo. “Os testes são importantes porque mostram o empenho das empresas em investir em inovações que elevam significativamente a produtividade e os resultados no campo”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Todas as cultivares são plantadas em parcelas rigorosamente com o mesmo tratamento e especificações. “Esse é um cuidado que adotamos, desde o início dos testes de produtividade, e que fazem desse evento, dentro do Show Rural, um dos concorridos e respeitados em âmbito nacional”, diz Rizzardi. O plantio de cultivares de segunda época está agendado para a primeira quinzena de outubro. Além de soja, híbridos de milho de empresas nacionais e estrangeiras também serão testados.

Produtividade

Os resultados alcançados nos testes de produtividade do Show Rural são aguardados com expectativa pelas empresas e também por produtores rurais de várias regiões. Os números da performance apresentada ajudam a definir, por exemplo, a escolha das cultivares que serão empregadas pelo agricultor em sua propriedade rural, observando, claro, questões particulares como fertilidade do solo, precocidade e investimento desejado em manejo, informa Rogério Rizzardi.

A produtividade alcançada na soja e no milho, das cultivares e híbridos inscritos na testagem, chega a ser duas e até três vezes maior em comparação com as médias alcançadas no Brasil. “Essa é uma contribuição importante que todos os anos o Show Rural oferece aos produtores rurais, evidenciando o poder da pesquisa e do compartilhamento de informações, diretamente das empresas desenvolvedoras desses novos conhecimentos para o produtor rural”, pontua Dilvo Grolli.

O 37º Show Rural Coopavel está agendado para o período de 10 a 14 de fevereiro de 2025, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Fonte: Assessoria Coopavel
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Preços dos suínos vivos e da carne permaneceram estáveis em setembro.

Pesquisadores deste Centro explicam que o cenário decorre do equilíbrio entre oferta e demanda no mercado doméstico.

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Os preços do suíno vivo e da carne suína têm se mantido praticamente estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Pesquisadores deste Centro explicam que o cenário decorre do equilíbrio entre oferta e demanda no mercado doméstico.

Vale lembrar que, na segunda quinzena de junho, as cotações do suíno vivo e da carne iniciaram um movimento de alta, que se sustentou até a terceira semana de agosto, ainda conforme levantamentos do Cepea.

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