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Touro Brahman quebra recorde nacional em rendimento de carcaça e marmoreio

Com genética superior e avaliações de ultrassonografia, Mr SEC Kimme130 estabelece novo patamar para rendimento de carcaça e qualidade de carne na raça Brahman no Brasil.

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Foto: Divulgação

Um touro da raça Brahman acaba de atingir a maior medida relacionada ao rendimento de cortes nobres de carne (Área de Olho de Lombo – AOL) já registrada no Brasil, entre animais de até 36 meses de idade. Ao passar por exame de ultrassonografia de carcaça no dia 24 de setembro, o reprodutor Mr SEC Kimme130 apresentou a mensuração de 173,04 cm2 de AOL, sendo agora o detentor do maior índice entre os mais de 2 milhões de animais de várias raças bovinas já avaliadas no Brasil pelo software norte-americano Beef Image Analysis (BIA), utilizado para analisar por imagem a quantidade e qualidade de carcaça dos bovinos vivos. Até então, o maior índice de AOL registrado no país era de um touro zebuíno que atingiu 171 cm2, segundo dados da empresa DGT Brasil.

Com 36 meses de idade, Mr SEC Kimme também apresentou outros indicadores de que sua genética superior pode ser utilizada para produção de carne nobre. Ele teve um alto índice de marmoreio (5,69%), que é a gordura entremeada responsável pelo sabor e suculência da carne, e de Espessura de Gordura Subcutânea (13,33 mm), responsável pela precocidade sexual nas fêmeas e de terminação nos machos, proteção da carcaça e maciez. Com isso, ele entra para a história da pecuária brasileira como o primeiro animal a receber o selo “All Profit”, do Índice US Beef. “Só recebe este selo o bovino que, na avaliação de ultrassonografia, for positivo para todas as características de carcaça em relação aos valores de referência, somando no total mais de 30 pontos percentuais”, explica Matheus Zacarias, diretor da empresa Selection Beef, que realizou a avaliação. Mr Kimme ainda recebeu o selo CH Choice***, que indica marmoreio moderado.

Para o presidente do Conselho Técnico da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Fernando Pereira, esse é um feito inédito não só para a raça, mas para o zebu brasileiro como um todo. “Isso confirma o alto potencial genético da raça não só para ganho de peso, mas principalmente na produção de carne de qualidade, com excelente conformação e acabamento de carcaça precoce, além de alto marmoreio. Pela forma como vem sendo selecionada nesses 30 anos de criação no Brasil, a raça Brahman, que é a zebuína mais utilizada no mundo para produção de carne, traz vantagens competitivas em relação à carcaça e ao volume de carne”, assegura Pereira.

O índice de AOL está relacionado ao tamanho do contrafilé, ou seja, quanto maior, mais carne e rendimento de carcaça o animal é capaz de produzir. “Para o consumidor, a identificação de um touro com essas características representa que mais carne macia e saborosa estará disponível em breve no mercado, à medida que essa genética for utilizada em cruzamentos pelo país”, afirma o representante da ACBB.

O novo líder do ranking de avaliação de carcaça e qualidade de carne nasceu na Estância Santa Clara, localizada em Descalvado/SP. É filho de pais que já demonstraram em suas avaliações de ultrassonografia serem bons de rendimento de carcaça e marmoreio: o touro americano JDH Mr Echo Manso 237/1 e da matriz brasileira Ms SEC PO 54, que pertence ao plantel da Santa Clara, esta que é uma excelente matriz doadora com excelentes índices também na avaliação de US de carcaça “Com o uso da técnica de ultrassonografia de carcaça, estamos mapeando os animais por dentro, ou seja, identificando indivíduos de alto grau de marmoreio, rendimento de carcaça e com o biotipo funcional que o mercado atual está buscando na raça”, explica André Herkert, da AH assessoria que realiza toda a seleção do plantel da Santa Clara, e é o responsável pelo planejamento genético da fazenda. Todo o rebanho também é avaliado pelo programa de melhoramento genético PMGZ da ABCZ.

Luiz Carlos Vianna, proprietário do touro recordista, é criador de Brahman há oito anos e optou pela raça justamente pelo seu temperamento dócil e pelo potencial da raça para produzir carne de qualidade. Nas exposições, a Santa Clara também vem conquistando premiações. Quando tinha apenas 11 meses, Mr Kimme sagrou-se Reservado Grande Campeão da Exposição Internacional da Raça Brahman (ExpoBrahman) 2023. Ano passado, em 2024 a fazenda consagrou-se como Melhor Criador e Melhor Expositor da ExpoZebu, principal exposição de raças zebuínas do mundo. “Nosso foco é produzir animais dóceis, funcionais e produtivos com excelente racial e de alto rendimento. Esta conquista inédita confirma que os investimentos feitos pela Santa Clara estão contribuindo para colocar a raça Brahman no Brasil, no patamar mais alto da pecuária mundial”, conclui o criador.

Fonte: Assessoria ACBB

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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