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Tonado avançou sobre sítios em Quatro Pontes (PR)
Após deixar um rastro de destruição em vários bairros de Marechal Cândido Rondon, o tornado que atingiu o município atravessou a zona rural, chegando à localidade Água Verde, em Quatro Pontes, na divisa dos dois municípios. Ao todo, 12 propriedades rurais foram atingidas pelo fenômeno no município, deixando destruição em granjas, residências, galpões, lavouras e áreas de preservação ambiental.
Foi muito violento, continua o agricultor. Veio fazendo uma limpeza, desgalhando tudo, todas as árvores foram pro chão. Levou uma casa de ferramentas que eu tinha aqui em frente de casa e destruiu a granja, amplia. No local haviam 200 suínos, conta Lippert, que foram retirados dos escombros com a ajuda de vizinhos. Uns dez porcos morreram. O resto a gente conseguiu salvar.
A casa da família também foi danificada pelos ventos. Os vidros quebraram, destelhou tudo, teve redemoinho dentro de casa, quadros caíram, ficou cheio de água, conta. Ele (tornado) passou e foi simplesmente destruindo tudo. Pegou minha propriedade de canto. Se pegasse no meio, não tinha sobrado nada, acredita o suinocultor.
A reserva legal da propriedade ficou irreconhecível, com árvores desgalhadas e arrancadas pela força dos ventos. Um silo que acomoda a ração animal também veio abaixo, assim como os postes de energia elétrica.
Lippert disse que a passagem foi em uma fração de segundos, e que o tornado se dissipou cerca de 200 metros de sua propriedade, que fica à margem da BR-163, próximo ao portal de entrada da cidade para quem vem de Toledo. O tornado passou aqui em 30 segundos, não mais que isso. Foi em direção à rodovia, acertou uma carreta, que fez um L, conta.
Nada inteiro
As cenas são entristecedoras e fazem o produtor se calar durante a entrevista, por alguns instantes, ao rever o rastro de destruição na propriedade. Perdi tudo. O tornado levou tudo, lamenta. Tenho 51 anos e já tinha visto muito temporal forte, mas nenhum igual a esse, garante Kuhn.
Duas casas, uma que ele vive com esposa e filho, e outra, onde moram a filha, o genro e o neto, também foram danificadas. As telhas voaram a vários metros de distância, causando prejuízos ainda maiores. Molhou tudo dentro de casa. Muitos móveis nós perdemos. Não é fácil, conta.
Ao lado da propriedade fica a associação de moradores de Água Verde, que foi completamente danificada. O telhado ficou espalhado em cacos pelo terreno e a cerca com postes de concreto que circulava o campo de futebol ficou deitada sobre a estrada rural.
Solidariedade
É pela ajuda que a gente tem que se conforta, destaca Lippert, ao lado de quase 30 voluntários que trabalhavam em seu sítio.
Na casa de Irineu Kuhn, o lanche e o refrigerante para os voluntários vinham da cidade. A gente se sente feliz por ter toda essa gente nos ajudando. Agora é arrumar tudo e tocar pra frente, cita Kuhn.
Sexta-feira (20) os produtores ainda não tinham perspectiva para a normalização dos serviços de fornecimento de energia elétrica e água.
Força-tarefa
Logo após o evento fomos a campo, primeiro acalmar a população, dar garantia de auxílio. Hoje levamos mantimentos, como alimentos, água, lonas e material de limpeza. Todos os servidores públicos e nossa estrutura, como caminhão-pipa para abastecimento, retroescavadeiras e pás carregadeiras foi destinada a atender essas pessoas na área mapeada. As primeiras necessidades foram supridas. Agora é tempo para reconstruir, frisa o prefeito.
Ele também reforça a solidariedade da comunidade local. Fizemos uma campanha para arrecadar telhas e tijolos em parceria com uma rádio local e já conseguimos o suficiente para atender as necessidades das famílias atingidas, disse no fim da tarde de ontem. Ao mesmo tempo, vemos a solidariedade do povo, que imediatamente se prontificou a colaborar.
Na sexta-feira a Copagril de Marechal Cândido Rondon também divulgou prejuízos causados pelo tornado. Em nota, a cooperativa afirmou que três granjas de produtores integrados foram danificadas pela passagem do fenômeno natural.
Fonte: O Presente
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Importância da agricultura de precisão na produção global
Monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna.
Até 2050, espera-se que a população global se aproxime de 10 bilhões, colocando uma imensa pressão sobre a agricultura para aumentar a produção. Inovações tecnológicas, especialmente na agricultura de precisão baseada em satélites, estão transformando as práticas agrícolas para atender a essas demandas.
O monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna. O monitoramento via satélite torna-se essencial nesse contexto.
Produção agrícola global: principais tendências
Até 2032, espera-se que melhorias nos rendimentos das culturas representem quase 80% do crescimento total da produção. No entanto, expandir as áreas agrícolas nem sempre é viável. É aqui que o monitoramento de safras via satélite e o monitoramento de cultivo agrícola entram em ação, fornecendo aos agricultores dados acionáveis sobre a saúde do solo, condições das culturas e variabilidade do campo.
Os cereais são uma parte importante dessa demanda crescente, com 41% da produção consumida diretamente por humanos e 37% usada para alimentação animal. Mas o aumento da produção muitas vezes traz desafios ambientais e relacionados aos recursos, destacando a importância do monitoramento de fazenda via satélite e do monitoramento de fazenda na otimização da saúde das culturas e minimização de desperdícios. O monitoramento agrícola e o monitoramento agropecuário são fundamentais para enfrentar esses desafios.
Perdas de culturas: uma preocupação global crescente
Apesar dos avanços na tecnologia, a produção de safras é altamente vulnerável a pragas, doenças e riscos ambientais. Estima-se que entre 20% e 40% dos rendimentos globais de safras são perdidos a cada ano devido a esses fatores, custando ao setor agrícola bilhões.
Por exemplo, o trigo é frequentemente afetado por doenças como a ferrugem da folha, levando a perdas anuais de rendimento de até 3%. O milho sofre de podridão do colmo, que pode reduzir os rendimentos em 5%, enquanto as culturas de soja são impactadas por nematoides de cisto, resultando em perdas de produção de 4,5%.
O monitoramento de safras via satélite fornece uma solução, oferecendo detecção precoce de problemas e permitindo que os agricultores tomem ações preventivas. Em regiões propensas a riscos agrícolas, essas tecnologias permitem analisar remotamente a safra, o que pode ser particularmente benéfico na redução de perdas e garantia da sustentabilidade das safras.
Inovações tecnológicas na agricultura
A agricultura está se tornando cada vez mais dependente de dados para otimizar a produção e o uso de recursos. A agricultura de precisão baseada em satélites está liderando essa revolução, permitindo que os agricultores possam fazer um monitoramento de cultivo agrícola e ajustem as práticas de acordo.
Na EOSDA, nossa plataforma de monitoramento via satélite combina dados de satélite com algoritmos avançados para fornecer aos agricultores insights sobre a saúde das culturas, classificação de campos e previsão de rendimentos. Por exemplo, nossa plataforma EOSDA Crop Monitoring oferece até 90% de precisão na classificação de culturas, permitindo que os agricultores monitorem campos de até três hectares. O monitoramento de culturas baseado em satélite e o monitoramento de safra são ferramentas indispensáveis para alcançar esses objetivos.
Dinâmica da área e produção de culturas
Até 2023/24, projeta-se que a área para oleaginosas cresça para quase 270 milhões de hectares, enquanto trigo e milho cobrirão 223 milhões e 204 milhões de hectares, respectivamente. O milho, em particular, continua sendo uma cultura líder, com a produção prevista para exceder 1,2 bilhão de toneladas.
No entanto, simplesmente expandir a área não é suficiente para atender às necessidades futuras. O monitoramento de culturas baseado em satélite permite que os agricultores aumentem a produtividade nas terras agrícolas existentes, fornecendo insights baseados em dados que otimizam estratégias de plantio, irrigação e colheita. O monitoramento agropecuário e o monitoramento agrícola são essenciais para maximizar a eficiência produtiva.
Milho
O milho permanece como uma das culturas mais amplamente cultivadas, com Estados Unidos, China e Brasil liderando a produção global. O milho é essencial para alimentos, ração animal e biocombustíveis como o etanol. O monitoramento de satélite desempenha um papel crucial na produção de milho.
Trigo
O trigo é um alimento básico para mais de 2,5 bilhões de pessoas, com regiões de produção importantes incluindo China, Índia e Rússia. Também é uma commodity altamente comercializada, tornando o monitoramento de fazenda via satélite crítico para manter níveis de produção constantes.
Oleaginosas
A produção de oleaginosas, particularmente soja, sementes de girassol e colza, é impulsionada pela demanda dos setores alimentício e industrial. A região Ásia-Pacífico e a Europa Ocidental lideram a produção de oleaginosas, e o monitoramento agrícola garante o acompanhamento preciso do desenvolvimento e saúde das culturas.
Arroz
Como alimento básico para quase metade da população global, o arroz é cultivado principalmente na Ásia. O monitoramento agropecuário via satélites permite analisar remotamente a safra e ajustar a irrigação em tempo real, otimizando o uso da água.
Soja
Estados Unidos, Brasil e Argentina dominam o cultivo de soja, e com a crescente demanda global, o monitoramento de fazenda via satélite assegura que os agricultores possam
atingir metas de produção eficientemente. Essa tecnologia ajuda a monitorar a saúde da soja e otimizar as práticas agrícolas para atender à crescente demanda por proteínas de origem vegetal.
Aproveitando a tecnologia de satélite para a produção sustentável de culturas
A agricultura de precisão baseada em satélites fornece as ferramentas para enfrentar esses problemas, oferecendo aos agricultores a capacidade de analisar remotamente a safra, prever rendimentos e responder a potenciais ameaças.
Com plataformas como o EOSDA Crop Monitoring, os agricultores podem otimizar a produção enquanto minimizam o impacto ambiental, ajudando a garantir um futuro sustentável para a agricultura global.
O monitoramento via satélite, o monitoramento de fazenda e o monitoramento de safras via satélite são essenciais para alcançar esses objetivos.
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Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,2 trilhão em agosto
Os principais produtos que puxaram o resultado do VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos e frango.
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em agosto deste ano alcançou R$ 1,2 trilhão, segundo dados da da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária (32,6%) e R$ 809,1 bilhões à produção das lavouras (67,4%).
Entre os principais produtos agrícolas, destacam-se a soja (23,5%), o milho (10,1%), a cana-de-açúcar (9,9%) e o café (5,9%). No setor pecuário, os bovinos (12%), frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%) tiveram maior destaque.
O valor registrado em agosto presenta estabilidade em relação ao ano anterior, com uma leve variação positiva de 0,1%. No recorte específico, o VBP das lavouras apresentou uma queda de 3,2%, puxada pela redução no VBP do milho (-16,6%) e da soja (-17,4%), ambos impactados por quebras de safra e queda nos preços. Em contrapartida, o VBP da pecuária cresceu 7,7% em relação a 2023, impulsionado principalmente pelo aumento de 68,9% no setor de suínos.
A região Centro-Oeste ocupa a primeira posição em participação no VBP, com 28,6%, seguida pela região Sudeste, com 28,4%. Entre os estados, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, lidera com 13,9%, seguido por São Paulo (13,3%), com participação significativa da cana-de-açúcar, Minas Gerais (11,4%), destaque na produção de café, e Paraná (11,3%), o segundo maior produtor de grãos do Brasil.
O estudo traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Valor Bruto da Produção detalha o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e leva em consideração os volumes de produção agrícola e pecuária e, a média dos preços recebidos pelos produtores.
Acesse os dados completos do Valor Bruto da Produção (VBP).
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Óleo de soja mostra recuperação em setembro enquanto farelo continua em queda
Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis (MT).
O óleo de soja iniciou setembro com leve reação em Chicago, após ter caído fortemente em agosto. Já o farelo, segue em trajetória de baixa desde junho. O preço interno do óleo de soja fechou agosto com valorização e segue em alta no início de setembro, mês que pode marcar a sexta alta seguida para o derivado.
No Brasil, as exportações de óleo de soja atingiram 114 mil toneladas em agosto, volume 43,6% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com pequena valorização observada para o preço da soja, a alta do óleo favoreceu a elevação do spread de esmagamento.
O óleo de soja subiu 0,5% na parcial dos dez primeiros dias de setembro, para USDc/lb 41,50, enquanto o farelo apresentou desvalorização de 1,8% no mesmo período, para US$ 317/t. O esmagamento americano de soja segue aquecido, registrando em julho 5,3 milhões de toneladas, 4,3% acima que no mesmo mês do ano passado, como resposta à produção de biocombustíveis do país e ao aumento da capacidade de produção de diesel renovável.
Nos primeiros 10 dias de setembro, a valorização é de 3% no Mato Grosso, para R$ 5,3 mil/t. A demanda interna de óleo para a produção de biodiesel continua aquecida, dando sustentação para os preços.
No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de óleo de soja alcançaram 965,3 mil toneladas, 49% abaixo do registrado nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte do óleo ficando no mercado interno para abastecer o aumento de 2 p.p. na mistura obrigatória do biodiesel.
Em agosto, o spread de esmagamento (calculado utilizando os preços da soja, farelo e óleo em Rondonópolis), apresentou alta, diante da ligeira queda no preço da soja e alta do óleo. Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis.