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Tonado avançou sobre sítios em Quatro Pontes (PR)

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“Eu tinha acabado de chegar em casa. Fazia uns quatro,cinco minutos. Troquei a roupa para ajudar a desatolar o caminhão quando vi a nuvem. Eu tava com mais uma pessoa que trabalhava aqui na propriedade. Disse pra ele, vamos pra casa que o tempo tá feio. Quase não deu tempo pra gente entrar que ele (tornado) chegou e simplesmente destruiu tudo”, relembra Nestor Lippert, de 59 anos.

Após deixar um rastro de destruição em vários bairros de Marechal Cândido Rondon, o tornado que atingiu o município atravessou a zona rural, chegando à localidade Água Verde, em Quatro Pontes, na divisa dos dois municípios. Ao todo, 12 propriedades rurais foram atingidas pelo fenômeno no município, deixando destruição em granjas, residências, galpões, lavouras e áreas de preservação ambiental.

“Foi muito violento”, continua o agricultor. “Veio fazendo uma limpeza, desgalhando tudo, todas as árvores foram pro chão. Levou uma casa de ferramentas que eu tinha aqui em frente de casa e destruiu a granja”, amplia. No local haviam 200 suínos, conta Lippert, que foram retirados dos escombros com a ajuda de vizinhos. “Uns dez porcos morreram. O resto a gente conseguiu salvar”.

A casa da família também foi danificada pelos ventos. “Os vidros quebraram, destelhou tudo, teve redemoinho dentro de casa, quadros caíram, ficou cheio de água”, conta. “Ele (tornado) passou e foi simplesmente destruindo tudo. Pegou minha propriedade de canto. Se pegasse no meio, não tinha sobrado nada”, acredita o suinocultor.

A reserva legal da propriedade ficou irreconhecível, com árvores desgalhadas e arrancadas pela força dos ventos. Um silo que acomoda a ração animal também veio abaixo, assim como os postes de energia elétrica.

Lippert disse que a passagem foi em uma fração de segundos, e que o tornado se dissipou cerca de 200 metros de sua propriedade, que fica à margem da BR-163, próximo ao portal de entrada da cidade para quem vem de Toledo. “O tornado passou aqui em 30 segundos, não mais que isso. Foi em direção à rodovia, acertou uma carreta, que fez um L”, conta.

“Logo depois, ele enfraqueceu e sumiu”, conta, referindo-se ao fim do cone de ar. Ele calcula um prejuízo entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. “Se contar os danos ambientais, o prejuízo ainda é maior”,avalia. 

Nada inteiro

Antes de atingir a propriedade de Nestor Lippert, o tornado arrematou o sítio vizinho, de Irineu Kuhn. No local, nada escapou da força dos ventos. O parreiral de uva, que o produtor iria comercializar a partir da próxima semana, ficou no chão, assinalando a perda da produção. Os eucaliptos que cultivava há cerca de quatro anos; ou foram quebrados, ou estão “deitados”. A granja com cerca de 20 porcos também ficou destruída.

As cenas são entristecedoras e fazem o produtor se calar durante a entrevista, por alguns instantes, ao rever o rastro de destruição na propriedade. “Perdi tudo. O tornado levou tudo”, lamenta. “Tenho 51 anos e já tinha visto muito temporal forte, mas nenhum igual a esse”, garante Kuhn.

Duas casas, uma que ele vive com esposa e filho, e outra, onde moram a filha, o genro e o neto, também foram danificadas. As telhas voaram a vários metros de distância, causando prejuízos ainda maiores. Molhou tudo dentro de casa. Muitos móveis nós perdemos. Não é fácil”, conta.

Ao lado da propriedade fica a associação de moradores de Água Verde, que foi completamente danificada. O telhado ficou espalhado em cacos pelo terreno e a cerca com postes de concreto que circulava o campo de futebol ficou deitada sobre a estrada rural.

Solidariedade

Pelo menos 40 pessoas se dividiam ontem (20) entre as duas propriedades, sublinhando o senso de solidariedade da população de Quatro Pontes. Produtores rurais, servidores públicos, entre outros, faziam os serviços de limpeza dos galhos e entulhos, reformavam telhados e faziam outros serviços gerais.

“É pela ajuda que a gente tem que se conforta”, destaca Lippert, ao lado de quase 30 voluntários que trabalhavam em seu sítio. 

Na casa de Irineu Kuhn, o lanche e o refrigerante para os voluntários vinham da cidade. “A gente se sente feliz por ter toda essa gente nos ajudando. Agora é arrumar tudo e tocar pra frente”, cita Kuhn. 

Sexta-feira (20) os produtores ainda não tinham perspectiva para a normalização dos serviços de fornecimento de energia elétrica e água.

Força-tarefa

O prefeito Paulo César Feyh foi logo após os desastres até a área atingida pelo tornado e garantiu apoio às famílias. “São 12 propriedades e 14 famílias atingidas. Fizemos uma força-tarefa para auxiliar esses produtores”, cita Feyh. 

“Logo após o evento fomos a campo, primeiro acalmar a população, dar garantia de auxílio. Hoje levamos mantimentos, como alimentos, água, lonas e material de limpeza. Todos os servidores públicos e nossa estrutura, como caminhão-pipa para abastecimento, retroescavadeiras e pás carregadeiras foi destinada a atender essas pessoas na área mapeada. As primeiras necessidades foram supridas. Agora é tempo para reconstruir”, frisa o prefeito. 

Ele também reforça a solidariedade da comunidade local. “Fizemos uma campanha para arrecadar telhas e tijolos em parceria com uma rádio local e já conseguimos o suficiente para atender as necessidades das famílias atingidas”, disse no fim da tarde de ontem. “Ao mesmo tempo, vemos a solidariedade do povo, que imediatamente se prontificou a colaborar”.

Na sexta-feira a Copagril de Marechal Cândido Rondon também divulgou prejuízos causados pelo tornado. Em nota, a cooperativa afirmou que três granjas de produtores integrados foram danificadas pela passagem do fenômeno natural.

Fonte: O Presente

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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