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Teste da precisão de funcionamento da fábrica de ração
Realizar este teste não só em um ponto no tempo, mas em tempos de mistura crescentes, indica que a homogeneidade da batelada, medida como CV, depende do tempo de mistura
Foi desenvolvido um sistema de teste para monitorar a precisão de funcionamento de fábricas de ração. O AMINOBatch® Working Precision Test (WPT) é baseado na análise de aminoácidos e uma ferramenta útil para que o setor de rações estabeleça benchmarks e melhore os processos de mistura e dosagem.
A avaliação da precisão de funcionamento de uma linha de mistura de batelada baseia-se em três medidas. A primeira é a homogeneidade, que fornece uma indicação da distribuição de cada ingrediente na batelada. A segunda medida é a repetibilidade, que é a capacidade da linha de mistura produzir lotes consecutivos uniformes. E a terceira é a contaminação cruzada, que é a transferência não intencional de uma determinada substância de uma batelada para a seguinte, produzida na mesma linha. As medições baseadas nestas três dimensões fornecem uma indicação da precisão de funcionamento da fábrica.
O teste básico do misturador
A primeira dimensão, homogeneidade, pode ser medida utilizando um teste básico do misturador. O misturador é preenchido com todos os ingredientes da ração de acordo com a formulação e a substância teste é adicionada ao misturador. O misturador é operado de acordo com o plano de produção e, em seguida, é coletado um número de amostras representativas da mistura. A concentração da substância-teste em cada amostra é analisada para se obter a concentração média, a partir da qual é calculado o coeficiente de variação (CV).
O AMINOBatch® é o teste básico do misturador da Evonik, baseado na análise de aminoácidos suplementados e utilizando ensaios por amostra para calcular o CV dos resultados analíticos.
Realizar este teste não só em um ponto no tempo, mas em tempos de mistura crescentes, indica que a homogeneidade da batelada, medida como CV, depende do tempo de mistura.
Escolha do marcador
Resultados significativos dependem da escolha do marcador. Além da análise precisa do nível de marcador nas amostras e da granulometria, diversas propriedades do marcador podem influenciar a interpretação dos resultados. Obviamente, o marcador não deve ser tóxico nas concentrações utilizadas. Não deve estar presente nas matérias-primas (para assegurar baixos níveis basais) e não deve ter nenhum impacto negativo sobre as propriedades organolépticas e nutricionais da ração. A
estabilidade às condições de processamento (umidade, temperatura e pressão) e capacidade de mistura com diferentes formulações de premix e de ração também são importantes. Finalmente, o marcador deve ter um método analítico estabelecido, preciso e verificado, com boa repetibilidade.
Estudos realizados na Universidade Estadual de Kansas por Behnke e colaboradores com diversos materiais marcadores concluiu que a DL-metionina e a L-lisina HCl foram os marcadores mais invariáveis. O trabalhodestacou a importância da confiabilidade do ensaio. Os laboratórios da Evonik têm uma longa experiência na análise de aminoácidos por química úmida e realiza centenas de testes do misturador anualmente.
AMINOBatch® WPT
O teste básico do misturador AMINOBatch® foi adaptado e aprimorado para desenvolver o AMINOBatch® WPT. Este teste permite a medição não só da homogeneidade, como também da repetibilidade, permitindo assim uma avaliação mais significativa da precisão de funcionamento da fábrica de ração em um segundo nível de medição.
O ponto de partida é a produção de cinco bateladas de composição idêntica sob as condições de produção usuais. As primeiras duas bateladas são utilizadas para limpar o misturador e a linha de transporte. O tempo de transporte de cada batida deve ser registrado e dividido por 11 (isto é, número de amostras + 1) para definir o intervalo de amostragem.
A batelada três é a primeira batelada de amostragem. São tomadas dez amostras nos intervalos de tempo calculados de uma linha de transporte o mais próximo possível depois do misturador. A batelada quatro limpa o sistema novamente e é retirada uma amostra desta batelada para analisar a granulometria e a densidade aparente.
Um segundo conjunto de amostras é retirado da quinta batelada e as amostras são embaladas em uma caixa de coleta de amostras e enviada para o laboratório para a análise de aminoácidos.
Resultados do AMINOBatch® WPT permitem otimizar o processo
Os resultados dos dois conjuntos de amostras (bateladas 3 e 5) obtidas durante o AMINOBatch® WPT são resumidos como mostra a Figura 1. A folha de síntese mostra a meta, expressa como taxa de suplementação nominal e o peso absoluto do produto suplementado (por exemplo, lisina líquida 50% e suplementação de lisina total), o valor dos dois conjuntos de amostras e a recuperação (valor médio analisado/valor meta) para todos os aminoácidos suplementados. Além disso, também são coletados dados técnicos dos equipamentos de dosagem e mistura para permitir a interpretação completa dos resultados. O cliente recebe um relatório detalhado com os resultados dos perfis do misturador, incluindo uma interpretação. Com base nestes resultados, são feitas recomendações para a otimização do processo.
Atendendo às necessidades da indústria de rações
Como o AMINOBatch® WPT baseia-se na análise de aminoácidos, geralmente é realizado na formulação original, sem a necessidade de adição de marcadores em separado; os aminoácidos suplementares servem como marcadores. Desta forma, os dados comparativos para vários aminoácidos suplementares são fornecidos em paralelo. Além disso, o AMINOBatch® WPT é o único teste de misturador bem estabelecido que fornece dados comparativos de aminoácidos suplementados na forma seca e de fontes líquidas.
Como não é necessário qualquer marcador adicional, não há contaminação da ração com o produto e não há interrupção da produção. O teste permite que o setor de rações estabeleça benchmarks e melhore os processos de mistura e de dosagem com base em análises de aminoácidos. Devido a estas vantagens, o AMINOBatch® WPT atende às necessidades do setor de um procedimento de teste confiável e robusto para fábrica de rações.
Detlef Bunzel, Evonik Industries, Animal Nutrition, Hanau, Alemanha
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

