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Notícias Em jantar com embaixadores

Tereza Cristina aposta na intensificação das relações comerciais com mundo islâmico

Evento teve presença do presidente Jair Bolsonaro, do chanceler Ernesto Araujo, e teve como anfitrião o presidente da CNA, João Martins

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Guilherme Martimon/MAPA

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) declarou na quarta-feira (10) que está convencida de que as relações comerciais entre o Brasil e os países árabes poderão ser intensificadas. A declaração foi feita em um jantar promovido pelo Ministério em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) com objetivo de fortalecer a parcerias comercial entre o agro brasileiro e o mundo islâmico.

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a ministra Tereza Cristina destacou aos 37 embaixadores árabes presentes no jantar que “o Brasil e o mundo islâmico estão unidos por laços de amizade sólidos e longevos”. O anfitrião do jantar foi o presidente da CNA, João Martins, que deu as boas-vindas aos convidados.

Numa breve fala, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu o convite para participar do jantar e afirmou que “esses laços comerciais cada vez mais se transformem em laços de amizade, de respeito e fraternidade”. Bolsonaro ressaltou que no Brasil vivem pessoas do mundo todo em boa convivência e que o país “prima pela democracia e pela liberdade”. O presidente disse que pretende visitar os países árabes em breve. “O nosso governo está de braços abertos a todos, sem exceção”, concluiu Bolsonaro.

A ministra sinalizou que a relação comercial, para ser duradoura e permanente, deve se basear “na complementariedade das duas economias envolvidas” e, principalmente, na confiança construída entre os países ao longo de mais de um século. “É com base nessa confiança e no dinamismo das trocas já estabelecidas que estou convencida de que essas relações têm tudo para intensificar-se muito mais num futuro imediato”.

Em um breve discurso, Tereza Cristina citou alguns aspectos históricos e culturais que marcam a relação entre o Brasil e o mundo árabe, como a fé muçulmana, hoje professada por mais de um milhão de brasileiros. “Hoje, os dois grupos, tanto os brasileiros de fé muçulmana, quanto os originários desse universo cultural aqui, convivem irmanados com os brasileiros de toda origem e de toda fé. E vivem orgulhosos da contribuição que prestaram e prestam para que aqui se assentasse uma sociedade plural e dinâmica, que tem na convivência pacífica um de seus valores fundamentais”.

A ministra ressaltou que a irmandade transcendeu o mundo cultural e contribuiu para o estabelecimento de uma parceria comercial intensa entre o Brasil e os países de maioria islâmica. Tereza Cristina enfatizou que as nações que compõem a Organização para Cooperação Islâmica absorvem 19% das exportações agropecuárias brasileiras. “Em 2018, isso representou uma cifra de nada menos que US$ 16 bilhões. Neste montante, estão compreendidos 58% de nossas vendas de cana de açúcar, 37% das carnes de frango e 23% das carnes bovinas. Números assim não são frutos do acaso”, afirmou.

Tereza Cristina lembrou que essa relação se deve às condições singulares do brasil, como abundância de terras, água, capacidade tecnológica do setor agroindustrial e a credibilidade do setor produtivo brasileiro. “Tudo isso fez do Brasil um grande produtor de alimentos que ainda está longe de esgotar todo seu potencial. Como poucos países no mundo temos condições de continuar expandindo nossa produção de maneira social, econômica e ambientalmente sustentável. Em outras palavras, contribuímos e continuaremos a contribuir para a segurança alimentar e nutricional de todo o planeta, fornecendo alimentos de qualidade a preços justos a mais de 1 bilhão de pessoas por dia”.

A ministra reiterou que o Brasil segue os princípios do mercado islâmico na expansão do agronegócio, bem como as exigências dos consumidores árabes, que conhecem e aprovam os produtos brasileiros. Tereza Cristina também destacou que o Brasil se orgulha de ser hoje um dos maiores exportadores de proteína halal do mundo. Por fim, a ministra elogiou o princípio do mundo islâmico “de olhar para o futuro sem perder o alicerce da tradição” e reafirmou que o legado da amizade e cooperação dos parceiros comerciais.

Para o ministro Ernesto Araújo, o jantar é “a mostra da amizade que se consolida com todos os países”. O chanceler destacou que a oportunidade de reunir representantes dos dois países serviu para mostrar que “ o agro é uma força do Brasil no mundo”.

Também presente no encontro, o deputado Eduardo Bolsonaro, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, afirmou que a realização do jantar mostra a boa vontade de Jair Bolsonaro com a comunidade islâmica e da comunidade com o presidente. “Há um bom relacionamento e há a esperança de que o Brasil continue a ter essa boa relação comercial. A comunidade árabe, que tem muita gente aqui, está marcada no coração do presidente”, disse o deputado.

O embaixador palestino, Ibrahim Mohamed Alamin Alhussain, também se manifestou sobre a importância do evento. “O jantar foi muito importante para conversar com presidente e chanceler, a ministra e manter as relações de amizade com o Brasil. Nós apostamos no Brasil”.

O presidente da CNA, João Martins, acrescentou que o encontro foi uma oportunidade para mostrar a relevância de todos os parceiros comerciais. “O jantar foi para mostrar a todos que o Brasil não distingue quem quer que seja; temos de produzir alimentos para o mundo. E seremos os maiores produtores de alimento do mundo.”

Fonte: MAPA

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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