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Terceira edição do Fórum da Pecuária Sustentável será realizada durante Expo Rio Preto
Iniciativa acontece dentro da programação do Intertech Agro.

A 60ª edição da Expo Rio Preto recebe no próximo dia 28 de setembro a 3ª edição do Fórum da Pecuária Sustentável, realizado durante o inédito Intertech Agro, uma série de iniciativas que visam ativar e fortalecer diversas cadeias produtivas, promovendo inovação, engajamento e conexão entre os elos do ecossistema agro.
Serão abordados em quatro painéis temas voltados para a pecuária sustentável, entre eles “Próximos desafios de clima e COP28”, com mediação de Carlos Saviani e Fernanda Marcantonatos (DSM); “Caminhos para o uso eficiente da terra”, com Francisco Debuschi (NWF) e Juliana Correa (AgroSB); “O futuro da rastreabilidade”, com Thiago Parente (IRancho), Aécio Flores (ABCar) e André Bartocci (Fazenda Nossa Senhora das Graças/MS) e “Relação entre bem-estar animal e sustentabilidade”, com Carla Lopes de Azevedo (CEVA) e Maurício Bellodi (Grupo APB).
“Reunimos importantes nomes que trarão cenários e caminhos para potencializar a eficiência da Pecuária Sustentável Brasileira”, afirma Carla Tuccilio, CEO da Verum Eventos, realizadora do Intertech Agro.
Está previsto durante o Fórum da Pecuária Sustentável o lançamento do 1º Sumário de Dados da Pecuária Sustentável, com exposição das informações obtidas pelo Guia de Indicadores de Pecuária Sustentável (GIPS).
“É de extrema importância tratarmos sobre sustentabilidade, assim como o potencial e a força do agro a favor dessas questões. Estamos hoje trabalhando para o futuro que desejamos”, afirma Luiza Bruscato, responsável pela Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável.
O Fórum é uma iniciativa da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável e tem o apoio de organizações associadas, como Ceva, iRancho, DSM-Firmenich, Serasa Experian, Cargill e Imaflora, com o objetivo de abordar questões vitais como emissões e balanço de carbono, uso da terra e conservação da biodiversidade.
As inscrições para a 3ª edição do Fórum da Pecuária Sustentável podem ser feitas no site do Intertech Agro.
Realizado pela ACIRP e Verum Eventos com apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, o Intertech Agro integra e fortalece a 60ª edição da EXPO Rio Preto.
Expo Rio Preto 2023
A Expo Rio Preto, maior feira pecuária do estado de São Paulo, chega a sua 60ª edição, no período de 27 de setembro a 15 de outubro, sendo dividida em dois grandes turnos e cheia de novas atrações.
Além de tradicionais exposições e julgamentos de raças, leilões, feira de negócios e entretenimento para toda a família, a edição comemorativa vai sediar o Intertech Agro.
O evento vai receber mais de três mil animais entre bovinos, ovinos e equinos de diferentes estados e regiões e abrigar a 20ª ExpoSind Brasil – Exposição Nacional da Raça Sindi, a 3º Fenovi – Feira Noroeste Paulista de Ovinos, a 16ª Exposição Nacional das Raças Dorper e White Dorper, a 1ª Exposição Estadual do Núcleo de Pônei Brasileiro, além do Torneio Leiteiro Láctea Noroeste, julgamentos de raças e leilões de gado de corte, provas de cavalo Mangalarga e ovinos.
A Expo Rio Preto é realizada pela Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, com correalização da Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (ACIRP) e apoio do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, Sebrae-SP e Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).
Programação Fórum da Pecuária Sustentável
7h30 – Credenciamento e Welcome Coffee
8h30 – Abertura
9h – Painel 1: Próximos desafios de clima e COP28
10h30 – Painel 2: Caminhos para o uso eficiente da terra
12h – Almoço
14h – Painel 3: O futuro da rastreabilidade
15h30 – Painel 4: Relação entre bem-estar animal e sustentabilidade
Coquetel de Lançamento do Sumário de Dados da Pecuária Sustentável

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



