Notícias Em paralelo à EuroTier 2022
Tendências em energias renováveis são apresentadas na EnergyDecentral
Principal feira de energias descentralizadas da Europa apresenta tecnologias inovadoras voltadas para o futuro, além de oferecer uma gama completa de produtos e serviços relacionados à geração descentralizada de energia e sua infraestrutura.

Principal feira de energias descentralizadas da Europa, a EnergyDecentral atrai grande público para o Centro de Exposições de Hanôver, na Alemanha. A exposição abrange toda a cadeia de valor da produção de energia sustentável e acontece em paralelo à EuroTier 2022, considerada a maior feira mundial de criação profissional e gestão de animais vivos. Em mais de 250 metros quadrados, cerca de 1,8 mil expositores de 55 países apresentam produtos, serviços e visões para o futuro de suas indústrias.
O Presente Rural participa pela quinta vez da feira internacional. A cobertura completa das principais discussões apresentadas durante o evento poderão ser conferidas nas próximas edições do jornal O Presente Rural.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou uma série de restrições e uma crise energética na Europa, elevando os preços do petróleo e do gás natural ao limitar a oferta dessas commodities. Com níveis baixos de armazenamento de gás, usado tanto para aquecimento das residências familiares como para veículos, e próximo do inverno, o continente europeu busca alternativas para suprir essa necessidade com o uso de energia renováveis.
O salão da EnergyDecentral vem de encontro a essa demanda, trazendo inovações para suprir os sistemas tradicionais de aquecimento por gás natural, apresentando aos visitantes sistemas movidos a energia solar e a biomassa. “As empresas têm investido alto para desenvolver tecnologias que vão desde energia solar a biomassa, inclusive de sistemas que fazem uma combinação do biogás e da biomassa para transformar esses produtos em grandes geradores de energia”, expõe o diretor de Comunicação e Marketing de O Presente Rural, Selmar Franck Marquesin, que está na Eurotier 2022 junto com o gerente comercial Klaus Zachow.
De acordo com a organização da feira, a procura por sistemas alternativos para aquecimento de casas e de galpões para criação de animais aumentou consideravelmente nesta edição, dado a movimentação dos congressistas no salão da EnergyDecentral em busca de informações sobre as vantagens de cada sistema de energia renovável.
O governo alemão tem incentivado a produção de biogás e biomassa oferecendo subsídios aos produtores, gerando a eles uma nova fonte
de renda, que além de suprirem sua própria necessidade ainda contribuem para redução das emissões de gases do efeito estufa. “Em conversa com um representante de uma empresa que atende de médio a grandes produtores de biogás, que geram energia de várias fontes, mas principalmente de dejetos da suinocultura e de outras cadeias produtivas, o governo alemão incentiva a produção de biogás através de subsídios aos produtores pela metragem cúbica produzida ao mês, gerando desta forma uma alternativa de negócio rentável aos produtores, bem como é forma eficiente de reduzir a emissão de CO₂ no ar”, explica Marquesin.
O fornecimento de energia e a eficiência estão entre as questões que definem a sociedade atual e, além dos efeitos sobre o meio ambiente, têm um impacto significativo no sucesso operacional. A EnergyDecentral, como feira especializada em fornecimento de energia descentralizada, apresenta tecnologias inovadoras voltadas para o futuro, além de oferecer uma gama completa de produtos e serviços relacionados à geração descentralizada de energia e sua infraestrutura em conjunto com a EuroTier.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.









