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Suínos / Peixes

Tendência no Brasil é criar suínos inteiros

Até a legislação brasileira já está sendo mudada para atender esse novo modelo de produção, já disseminado na Europa e iminente nas Américas

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O tema gera controvérsias e divide opiniões, por isso tem sido debatido cada vez mais a fundo pela comunidade da indústria suinícola. A produção de suínos inteiros, que não passam por castração cirúrgica ou imunocastração, ainda não acontece comercialmente no país, mas esse cenário pode mudar nos próximos anos. Seguindo uma tendência mundial, o Brasil deve migrar para esse modelo de produção, que pode ser mais lucrativo para o suinocultor e para integradoras. Aos descrentes, estudos revelam que a produção de suínos não castrados é mais barata, mais rápida e mais eficiente.

O principal objetivo da castração de suínos machos é a prevenção ao odor repulsivo na carne, produzido quando o animal entra na puberdade. Com a castração, o suíno deixa de produzir as duas substâncias que geram esse odor, mas passam por longo processo de dor, no caso da castração cirúrgica, e custam caro, no caso da imunocastração. A alternativa está sendo a criação de animais inteiros, modelo que já acontece na Europa e deve se tornar realidade também nas Américas, apontam especialistas. Para resolver o problema do cheiro, são três as principais alternativas: genética que elimine o cheiro, segregação nas indústrias ou abate precoce.

A professora doutora em Zootecnia e pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Ana Maria Bridi, é uma das profissionais que defende a produção de suínos inteiros. Ela integra o grupo que foi chamado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para reformular a lei que regulamenta o abate desses animais no Brasil. “A lei atual, de 1952, proíbe o abate de animais não castrados, mas o Mapa está querendo mudar isso. Fomos chamados a Brasília para expor os resultados de nossas pesquisas com suínos inteiros”, destaca Bridi.

Autora e coautora de trabalhos sobre o tema, ela explica que não se trata apenas de bem-estar animal, mas de sustentabilidade para o setor. “Comecei a fazer um estudo primeiramente por uma questão de sustentabilidade. O suíno não castrado é mais econômico porque ele come menos, então gasta menos ração, e produz mais carne, cresce mais, em menos tempo, além de produzir menos dejetos. É um modelo com mais sustentabilidade ambiental e econômica”, dispara a pesquisadora.

O trabalho realizado a campo na UEL, do Paraná, demonstrou, segundo a pesquisadora, que o modelo é mais rentável para o produtor, pois o suíno é mais eficiente. “Além de bem-estar, o desempenho melhora entre 15 e 20%. Nós observamos uma melhora na conversão alimentar. O suíno fica pronto para o abate mais cedo, cerca de dez dias antes, porque aumenta a velocidade de ganho de peso, mesmo diminuindo o consumo de ração. Se o produtor reduz o tempo do animal na granja, ganha também em rotatividade”, argumenta a doutora Bridi.

Mas de nada adianta ter uma produção mais rentável, se o suíno macho tiver odor na carne. Para acabar com o problema, a pesquisadora enumera três alternativas: linhagens com baixo odor sexual, segregação nos frigoríficos de carcaças com odor para produtos condimentados, além de abate precoce, que ela considera o modelo menos viável.

Abate Precoce

Ana Maria explica que o odor na carne é produzido por duas substâncias que se depositam na gordura do animal, especialmente no período em que entra na puberdade, aos cerca de 130 dias de vida. “O odor é produzido por duas substâncias, a androsterona, que é um feromônio, e o escolate, produzido a partir da degradação de um aminoácido. A testosterona é a precursora disso tudo. O animal produz essas duas substâncias ao entrar na puberdade, acumula na gordura e produz o odor sexual. A produção da androsterona e do escalote aumenta a partir dos 130 dias”, explica.

Nessa idade, argumenta a pesquisadora, o suíno está com cerca de 90 quilos, bem abaixo do peso de abate comercial praticado atualmente no Brasil, que gira entre 115-120 quilos. Por isso, em sua opinião, o abate precoce é uma alternativa pouco viável para o setor. “Poderia abater antes de produzir o odor sexual, mas nessa idade o suíno está com 85-90 quilos, e o produtor iria perder abatendo o suíno muito leve. Estaríamos perdendo um potencial de crescimento muito grande que acontece a partir desse período (puberdade)”, ressalta.

Linhagem Genética

Uma das alternativas mais viáveis, na opinião de Bridi, é a produção de animais com genética que contemple o baixo odor sexual. É exatamente sobre esse pilar que ela desenvolveu a pesquisa na universidade paranaense. “Vejo como grande possibilidade a criação de animais com baixo odor sexual. Com o melhoramento genético, começamos o estudo para a produção de animais que não produzem tanto odor sexual. Há vários estudos europeus que apontam algumas raças que produzem menos odor do que outras. Isso quer dizer que essa característica é passível de seleção genética”, argumenta.

Ela conta que a pesquisa foi realizada com uma raça que está sendo desenvolvida para chegar ao Brasil, mas que por termos de confidencialidade e por essa raça ainda não ser registrada, não tem autorização para divulgar. “A gente testa uma genética que está chegando agora, mas ainda não é registrada. Posso dizer que está chegando no Brasil uma linhagem que tem baixo odor na carne”, cita. “Ainda estamos começando a desenvolver linhagens com baixo odor sexual, isso é um trabalho lento, que depende de gerações, por isso vai um tempo até conseguir, mas acredito que é um caminho para a produção de animais inteiros”, aponta.

Nariz humano e eletrônico

Outra alternativa que começa a ser empregada na Europa, segundo Bridi, é a segregação de carcaças com e sem odor nos frigoríficos. Enquanto aquelas sem odor podem ser destinadas à produção de carnes in natura, as que apresentam odor são desviadas para linhas de produtos que levam condimentos que mascaram esse defeito. “Nem todos os suínos inteiros possuem forte odor. Uma alternativa é detectar a carcaça com odor na linha de abate e desviar para uma linha produtos preparados com condimentos que possam mascarar esse odor”, comenta.

Em países europeus, revela, essa prática começa a ganhar força. “Na Europa já existem vários estudos e pessoas estão sendo treinadas para detectar e desviar carcaças com odor. Assim como tem o degustador de café ou de vinho, vai haver também esse profissional que vai fazer a triagem dentro dos frigoríficos”, aposta Bridi.

Por outro lado, explica, a tecnologia pode, em um futuro breve, fazer esse trabalho. “Já estão sendo desenvolvidos os narizes eletrônicos, que captam odores. Já existe a tecnologia, mas ainda não é comercial. É mais uma alternativa que deve aparecer em breve”, sugere.

De acordo com a pesquisadora, não é todo consumidor que sente o odor sexual na carne suína. “Tem muita gente que não sente o odor. Não é todo consumidor que percebe o cheiro. O homem, principalmente, não consegue detectar. São pessoas anósmicas”, destaca. No entanto, uma outra parcela tem o olfato mais apurado e repulsa a carne. Para a pesquisadora, no Brasil isso é mais comum do que na Europa, pois no velho continente o hábito de consumir carne de suínos inteiros está presente. “Tem a questão cultural. Na Europa, como França e Espanha, você percebe algum odor, mas eles não percebem mais, estão com o paladar acostumado”, comenta.

Castrações

O Paraná, dono do maior plantel e segundo maior produtor de carne do Brasil, é o único Estado do país que permite o abate de animais não castrados. No restante do território nacional, o abate se dá apenas para animais que passaram por algum procedimento de castração. Duas são as formas de executar esse procedimento, explica a pesquisadora: “a castração cirúrgica e a imunocastração”. Em sua opinião, ambas têm problemas. “A castração cirúrgica provoca muita dor nos animais. Já a imunocastração tem um custo adicional elevado e não é 100% eficiente. É melhor que a cirúrgica, mas é mais custosa”, pontua.

Do modo cirúrgico, explica Bridi, a castração é feita nos primeiros sete dias. “É feita uma incisão no saco escrotal e feita a retirada dos testículos”. Já a imunocastração depende mais de mão de obra. “Na imunocastração é feita uma dose oito semanas antes do abate e uma segunda dose quatro semanas antes do abate. Com essas aplicações o testículo para de crescer”, assinala a doutora.

De acordo com ela, há hoje no Brasil certo equilíbrio no uso das tecnologias para a castração dos suínos. Ainda conforme a pesquisadora, a imunocastração não é totalmente eficiente, por isso tem restrições de alguns frigoríficos. “Em nosso sistema produtivo, o método usado depende muito do preço da carne, por exemplo. Se o preço pago está baixo, o produtor faz a castração cirúrgica. Se está melhor, faz a imunocastração. E assim o produtor vai e volta”, pontua. “Por outro lado, como a imunocastração é como uma vacina, nem todo animais reagem igualmente. Mesmo imunocastrados podem apresentar crescimento testicular. Cerca de 15 a 20% apresenta odor na carne”, sustenta a doutora. “Alguns frigoríficos não aceitam imunocastrados por conta disso, principalmente para carne in natura”, amplia.

É tendência

De acordo com Bridi, apesar de ainda não ser proibida, a castração sofre resistência na Europa, que já passou a adotar a criação de animais inteiros. “Na Europa a imunocastração não é muito usada e a tendência é eliminar a castração cirúrgica. Vários países já não utilizam nem um tipo de castração. Na Espanha, por exemplo, só se castra o suíno ibérico, que tem crescimento lento, são abatidos mais velhos especificamente para fazer o Jamón – um presunto típico daquele país”, explica. “Os outros suínos são terminados inteiros”, reforça.

De acordo com ela, a castração cirúrgica está sofrendo represálias. “Em países europeus há uma restrição muito grande para castração cirúrgica. Ainda não é proibido, mas tem previsão de abolir. Ela precisa ser feita por um médico veterinário, aos sete dias, com anestesia. Isso torna a prática economicamente inviável”, destaca. No Canadá e nos Estados Unidos, lembra, “eles utilizam mais a imunocastração”.

Para a professora, criar animais inteiros é uma questão de tempo também para o produtor brasileiro. “No Brasil ainda há barreiras, por conta da questão legal. A legislação proíbe abater animais que não foram castrados, mas o Mapa está revendo o tema. É uma questão de sustentabilidade”, opina a pesquisadora Ana Maria Bridi.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Marcos Sipp celebra 30 anos dedicados à suinocultura

Atual gerente das UPLs da Coopavel conquistou recentemente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade no Programa Open Farm AWARDS.

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Fotos: Arquivo pessoal

Em uma trajetória marcada por dedicação e paixão pelo campo, Marcos Jovani Sipp, atual gerente das Unidades de Produção de Leitões (UPLs) da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, reflete sobre suas três décadas de contribuição para o setor. “Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos”, recorda.

Técnico em Agropecuária e Administrador, Sipp iniciou sua carreira profissional em 28 de março de 1994 como extensionista na suinocultura da BRF. Esses anos foram repletos de aprendizado e conquistas para Marcos, que destaca: “Como extensionista tive a oportunidade de conhecer, aprender e levar muita informação para a tomada de decisão dos produtores por onde passei, sempre com muita dedicação, competência, inconformismo e resiliência”, enfatiza.

Ao longo de sua carreira, o profissional acumulou diversos prêmios, sendo o mais recente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade em um projeto da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) no Programa Open Farm AWARDS, no qual a Coopavel concorreu com outros cinco projetos.

O técnico em Agropecuária ressalta a importância da gratidão e da reflexão sobre os erros e acertos que moldaram sua trajetória. “Carrego na bagagem muita história boa para contar. De acertos e erros que nos fazem corrigir rapidamente o rumo que deve ser seguido, com muita gratidão a Deus, que sempre me acompanha a cada passo. Sei que ainda tem muito a ser feito”, pontua.

Entre os desafios da atual função que exerce na Coopavel, Sipp diz que estão planejar, executar e desenvolver novos talentos, destacando a importância de profissionais com capacidade de organização, planejamento e entrega de resultados superiores. “Sinto-me realizado, vitorioso e muito feliz com as conquistas alcançadas e com as vitórias que ainda estão por vir. Aprendi que sozinho vou mais rápido, mas que juntos vamos mais longe. Com essa reflexão, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento a cada um que fez parte dessa história, sejam produtores, empresas parceiras, amigos e, em especial, ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, pela confiança. Agradeço também à minha família e aos meus colegas de trabalho e parceiros da cadeia produtiva”, ressalta.

 

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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Imeve Suínos março

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