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Tendência de queda nos preços do milho em julho reflete aumento da colheita e baixas no mercado internacional

No contexto internacional, a expectativa de safra mundial volumosa pressionou os futuros em partes de julho.

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paranaá

Os preços do milho finalizaram julho em queda no mercado brasileiro, devido ao avanço da colheita e às baixas no mercado internacional em partes do mês. No Brasil, as  negociações estiveram em ritmo lento, visto que compradores estiveram à espera de novos recuos nas cotações com o avanço da colheita. Vale lembrar que a oferta elevada na atual temporada e a baixa negociação antecipada preocuparam agentes, e parte dos vendedores aceitou negociar lotes a patamares inferiores.

No contexto internacional, a expectativa de safra mundial volumosa pressionou os futuros em partes de julho. Apesar das preocupações com o clima quente e seco em alguns momentos nos Estados Unidos, o retorno das chuvas e as previsões de aumento na área em 2022/23 pressionaram os contratos. No entanto, as baixas foram limitadas pelo fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e pelos ataques que ocorreram em cidades portuárias nessa região.

Esse cenário fez com que parte dos vendedores ficasse retraída, na expectativa de que a demanda internacional seja redirecionada ao Brasil. Além disso, uma parcela dos produtores mostrou preferência por realizar a operação barter (troca por insumos) em detrimento de vender novos volumes de milho no mercado spot. Assim, no acumulado de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa cedeu 3,1%,fechando a R$ 53,62/saca de 60 kg no dia 31. A média mensal, de R$ 54,98/sc, recuou apenas 0,1% sobre a de junho. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores acumularam baixas de 1% no mercado de lotes (disponível) e de 0,3% no de balcão (ao produtor) no acumulado do mês.

Quando comparadas as médias mensais, as quedas foram de 0,3% e de 0,8%, respectivamente. Na B3, os contratos apresentaram comportamentos distintos. O vencimento
Set/23 avançou 0,4% em julho, indo para R$ 55,35/sc no dia 31, enquanto o Nov/23 recuou leve 0,1%, a R$ 59,05/sc de 60 kg.

Estimativas

As projeções divulgadas em julho reforçam a expectativa de safra volumosa no Brasil e no cenário global. Além do aumento da área na atual temporada, o clima benéfico na maior parte do período de desenvolvimento das lavouras no Brasil também explica o volume elevado em 2022/23. Já nos Estados Unidos, o retorno das chuvas entre o final de junho e
o início de julho recuperou parte das boas condições das lavouras, o que também aumentou o otimismo quanto à produtividade na temporada 2023/24.

No Brasil, as estimativas divulgadas pela Conab indicam que a produção brasileira 2022/23 deve superar em 13% a da 2021/22. Para a segunda safra, o aumento deve ser de 14%, agora indicada em 98,04 milhões de toneladas. Assim, considerando-se os estoques iniciais, a produção e as importações, a disponibilidade da temporada 2022/23 passa a ser projetada em 137,76 milhões de toneladas. O consumo deve ser de 79,43 milhões de toneladas. As exportações foram mantidas em 48 milhões de toneladas, e as importações,
em 1,9 milhão de toneladas. Com isso, ao final da temporada, os estoques podem totalizar 10,33 milhões de toneladas, aumento de 28% frente à safra anterior.

Em termos mundiais, o relatório divulgado no dia 12 de julho pelo USDA indica que, apesar da cautela quanto ao clima nos Estados Unidos, a produção mundial em 2023/24 deve ser de 1,22 bilhão de toneladas, 6% maior que a anterior. Os aumentos ocorreram principalmente na Argentina, na União Europeia e nos Estados Unidos. Apesar do aumento no consumo, que deve totalizar 1,2 bilhão de toneladas, o avanço na produção faz com os estoques mundiais estejam estimados em 314,11 milhões de toneladas ao final da temporada, aumento de 6% em relação a 2022/23.

Campo

A colheita da segunda safra avançou em todas as regiões produtoras brasileiras, favorecida pelo clima predominante seco em julho. De acordo com a Conab, até o dia 29 de julho, 54,7% da área nacional havia sido colhida, mas ainda inferior aos 71,1% no mesmo período de 2022. Quanto à primeira safra, resta apenas 0,9% da área nacional para ser colhida, segundo a Companhia.  Especificamente em Mato Grosso, de acordo com o Imea, até o dia 28 de julho, o estado havia colhido cerca de 91,62% da área estimada para esta
safra, queda de 6,33 pontos percentuais frente à safra passada. No Paraná, até o dia 31, a colheita havia atingido 17% da área estimada, atraso de 40 p.p. em relação ao ano anterior, segundo dados da Seab/Deral. Em Mato Grosso do Sul, até o final de julho, 16,2% da área havia sido colhida, segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Portos

Os valores também recuaram nos portos brasileiros em julho, pressionados pelo avanço da colheita nacional e pela baixa internacional durante uma parte do mês. A moeda norte-americana recuou 1,3% de 30 de junho a 31 de julho, a R$ 4,731 no último dia de julho. No acumulado do mês, o preço em Paranaguá (PR) registrou queda de 2,1%, a R$ 57,97/saca de 60 kg e, em Santos, o recuo foi de 3,5%, a R$ 57,6/sc no dia 31. Quantos aos embarques brasileiros, totalizaram 4,3 milhões de toneladas do cereal em julho, superando os 4,11 milhões no mesmo mês de 2022.

Internacional

Nos Estados Unidos, as cotações oscilaram durante todo o mês. Se, por um lado, os preços avançaram devido às preocupações com a oferta global, diante do aumento das tensões no Leste Europeu e da previsão de tempo quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos em partes do mês, por outro, os vencimentos foram pressionados pela expectativa de safra
volumosa na atual temporada.

Entre 30 de junho e 31 de julho, os contratos Set/23 e Dez/23 avançaram 3,1% e 3,7%, fechando a US$ 5,04/bushel (US$ 198,41/t) e a US$ 5,13/bushel (US$ 201,96/t) no último dia útil de julho, respectivamente, na CME Group (Bolsa de Chicago). Quanto às lavouras, o USDA relatou no dia 31 de julho que 55% da safra norte-americana estava em condições boas e excelentes. Na Argentina, as atividades estão em bom ritmo. Segundo a Bolsa de Cereales, até o dia 27, a colheita havia alcançado 68,4% da área estimada.

Fonte: Assessoria Cepea

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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