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Tecpar abre 20 vagas para profissionais atuarem no Paraná Mais Orgânico
Seleção busca agrônomos, administradores e especialistas em TI para apoiar agricultores familiares na transição para a produção orgânica, com bolsas de R$ 3,2 mil e inscrições até 7 de dezembro.

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) está selecionando profissionais graduados em Engenharia Agronômica, Administração e Tecnologia da Informação para atuarem como bolsistas do Paraná Mais Orgânico, programa estadual de orientação a agricultores familiares interessados em produzir alimentos de maneira orgânica.
São 16 vagas para profissionais com curso superior em Engenharia Agronômica, três vagas para graduados em Administração e uma vaga para profissional com formação superior em Tecnologia da Informação ou Análise e Desenvolvimento de Sistemas. A inscrição é gratuita e pode ser feita até o domingo (07). O edital completo está disponível no site do Tecpar.
O programa oferece uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 3,2 mil mensais, para uma dedicação de 40 horas semanais ao projeto, cumprindo carga horária diária de 8 horas, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Requisitos
Para concorrer a uma das vagas na área de Engenharia Agronômica, é preciso que o profissional tenha conhecimento em práticas agroecológicas e em legislação brasileira de orgânicos, conhecimento intermediário no Pacote Office e análise de processos. O candidato ainda precisa ter disponibilidade para viagens e carteira de motorista definitiva na categoria B, além do registro regular no respectivo órgão de classe.
Para os profissionais graduados em Administração, além do curso superior são exigidos requisitos adicionais como: vivência em instituições públicas ou de pesquisa e inovação, experiência em rotinas administrativas, elaboração de relatórios e controle de processos institucionais, conhecimento em gestão de projetos, ferramentas de gestão organizacional, sistemas corporativos e administrativos; domínio do Pacote Office.
Os interessados na vaga na área de Tecnologia da Informação/Análise e Desenvolvimento de Sistemas, também devem ter formação em cursos com ênfase em TI, experiência em linguagens de programação elencadas no edital, conhecimento de desenvolvimento em Inteligência Artificial, análise e criação de documentos para licitações públicas, entre outros requisitos técnicos.
Além de cumprir todas as exigências do edital, o candidato não pode ter vínculo empregatício de qualquer tipo que venha coincidir com a carga horária prevista, nem estar recebendo qualquer outro tipo de bolsa com recursos do Tesouro do Estado do Paraná.
O Tecpar disponibilizará aos candidatos aprovados e convocados selecionados, além do valor da bolsa, seguro de vida contra acidentes pessoais, refeição no local e possibilidade de usar o transporte fretado da empresa.
Inscrição
O processo de seleção será realizado entre os dias 8 de 12 de dezembro. Para se inscrever, basta enviar os documentos exigidos (currículo, documento de conclusão de curso superior, fotocópia do RG e do CPF, comprovante de endereço e registro profissional de classe) para o email editais@tecparcert.com.br.
Os critérios de seleção para cada área são: análise de currículo, conhecimento e/ou experiência comprovada e entrevista. Serão selecionados até cinco candidatos por vaga para realizar a entrevista, que vai avaliar o conhecimento técnico declarado no currículo, bem como experiências anteriores e conhecimento para a vaga pretendida. O resultado final será divulgado no site do Tecpar no dia 15 de dezembro.
Programa
O Paraná Mais Orgânico é um programa do Governo do Paraná que oferece orientação técnica, capacitação e assistência para agricultores familiares interessados em converter lavouras convencionais para o modelo orgânico, e auxilia na certificação gratuita de seus produtos.
O Tecpar é um dos parceiros do programa, que é coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e envolve as sete universidades estaduais e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). As instituições de ensino superior e o IDR Paraná orientam boas práticas agroecológicas e apoiam os produtores com acompanhamento técnico e científico ao longo de todo o processo, incluindo ações de assistência técnica e extensão rural.
Depois de receber orientação e atendimento nestas instituições, os produtores são encaminhados para o Tecpar, para obtenção do selo de certificação da propriedade, que é emitido pelo instituto após a auditoria. Credenciado junto ao Mapa, o instituto garante a conformidade dos produtos com os padrões rigorosos do setor, assegurando a autenticidade e a rastreabilidade da produção.
A iniciativa é financiada pelo Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

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Tecnologia e descontos movimentam Dia de Campo da C.Vale
Colhedoras, drones e tratores chamam atenção dos visitantes em Palotina enquanto a cooperativa oferece promoções e negociações de grãos por insumos para a safra 2025/26 e futuras temporadas.

Colhedoras de forragem de alto rendimento, drones e equipamentos autopropelidos para pulverização chamaram atenção na segunda etapa do Dia de Campo da C.Vale, em Palotina, nesta quarta-feira (03). Máquinas, implementos e tecnologias agrícolas atraíram visitantes de todas as idades.
Entre os destaques, um trator Claas Xeron 5000 impressiona pelo tamanho e pela potência: com 530 cv e oito pneus, é indicado para grandes áreas e traz cabine equipada com monitores e comandos eletrônicos.
A “Black Friday” ofereceu descontos de até 70% em produtos como pequenas máquinas, pneus, peças, aeradores e geradores. Além disso, a cooperativa mantém campanha de negociação de grãos por insumos, contemplando a safra 2025/26 de soja, a safrinha 2026/26 de milho e a temporada 2026/27 de soja.
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Crianças exploram novidades e interagem com máquinas no Dia de Campo da C.Vale
Espaço Kids, atrações interativas e programas como Cooperjovem garantem diversão e aprendizado no campo experimental da cooperativa.

Nem mesmo o calor afastou as crianças do Dia de Campo da C.Vale. No campo experimental da cooperativa, o que chama atenção são as máquinas, as plantas e o colorido dos estandes. Muitos pequenos se arriscam a “pilotar” os equipamentos, posam com mascotes e chegam bem pertinho de aviões agrícolas e quadriciclos, matando a curiosidade de perto.
Entre as novidades está o Espaço Kids, com brinquedos e atividades interativas, que garante diversão para todas as idades. O Núcleo Jovem também marca presença com jogos e palestras sobre sucessão no campo, despertando o interesse dos futuros produtores.
Ao longo de 2025, cerca de 500 crianças que participaram do Cooperjovem estão aproveitando o evento acompanhadas por monitores. Outro grupo que chamou atenção veio do programa Bombeiros Mirins e circula uniformizado com roupas marrom e vermelho.
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Bioinsumos produzidos na propriedade ganham peso estratégico e ampliam autonomia do agricultor, aponta ABBINS
Prática, regulamentada desde 2009, é segura, aceita internacionalmente e estimulou a formação de novos segmentos industriais no Brasil.

A discussão sobre a produção de bioinsumos dentro das próprias fazendas, tema reacendido após a sanção da Lei nº 15.070/2024, a chamada Lei de Bioinsumos, não é novidade para o agro brasileiro. É o que afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS), Reginaldo Minaré, que destaca que a prática já é reconhecida legalmente há 16 anos e operada com sucesso por produtores de todo o país.
Segundo Minaré, o marco inicial ocorreu em 2009, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou o Decreto nº 6.913, autorizando agricultores a produzir bioinsumos para uso próprio sem necessidade de registro, desde que fossem produtos aprovados para a agricultura orgânica. “Temos 16 anos de experiência de sucesso. Essa prática, inclusive, liderou a ampliação do uso de bioinsumos no Brasil”, afirma.
Questionado sobre eventuais resistências técnicas ou regulatórias em 2009 por parte de órgãos como Embrapa, Anvisa, Ibama ou Ministério da Agricultura, Minaré é categórico: “Nenhum órgão se manifestou contra ou apresentou objeção”, recordando que o decreto foi assinado também pelos ministros da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente e, antes disso, passou por análise das equipes técnicas de cada pasta e da Casa Civil.

Diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS), Reginaldo Minaré: “Tudo isso foi feito com muito sucesso e sem nenhum registro de problema em exportações”
Ao longo dos anos, segundo o diretor, o próprio governo federal estimulou a prática. O Ministério da Agricultura incluiu, em vários Planos Safra, linhas de financiamento para unidades de produção de bioinsumos nas propriedades rurais. O BNDES, por meio do RenovAgro, também passou a listar a produção para uso próprio como empreendimento financiável. “Tudo isso foi feito com muito sucesso e sem nenhum registro de problema em exportações”, afirma. “Produtos tratados com bioinsumos, seja produzido na fazenda, seja industrial, são amplamente aceitos pelo mercado internacional”, enfatizou.
Uso próprio fortalece e não enfraquece setor industrial
Outro ponto defendido por Minaré é que a produção na propriedade rural não reduz espaço para a indústria, como argumentam setores contrários ao modelo. Para ele, ocorreu justamente o contrário. “A produção de bioinsumos para uso próprio trouxe um estímulo enorme para a instalação de novas indústrias nacionais”, diz.
Ele afirma que, por décadas, o mercado de insumos agrícolas no Brasil permaneceu hiperconcentrado, e que o movimento puxado pelos agricultores abriu demanda para novos segmentos.
Entre os setores movimentados pela prática, Minaré cita a oferta de inóculos, meios de cultura, biorreatores e serviços técnicos especializados espalhados pelo interior. “Criou-se uma cadeia inteira que não existia”, resume.
Prática é comum em diversos países
Minaré também rejeita a tese de que o modelo brasileiro seria uma exceção mundial. Ele afirma que a produção de bioinsumos na fazenda ocorre em diferentes países. Entre os exemplos citados estão Áustria, Inglaterra, Japão, México e os estados de Missouri e Ohio, nos Estados Unidos.
Na Áustria, diz ele, há empresas que fornecem misturas microbianas de alta densidade para que agricultores multipliquem os microrganismos em suas propriedades. Nos EUA, empresas entregam tanto a cultura mãe quanto o meio de cultura e até tanques fermentadores de mil litros. O México, por sua vez, publica manuais oficiais orientando agricultores a produzirem bioinsumos, inclusive a partir de microrganismos coletados diretamente na natureza. “Em todos esses países, assim como no Brasil, a produção para uso próprio acontece de forma segura e eficiente”, reforça o diretor da ABBINS.
Prática consolidada e sem histórico de riscos
A avaliação de Minaré é que o debate atual precisa ser contextualizado pela experiência acumulada. “Não temos problemas. Temos, sim, muitos benefícios”, salienta.
Para ele, a prática já está consolidada como ferramenta que reduz custos, diversifica a oferta tecnológica e amplia a autonomia dos agricultores, além de estimular o desenvolvimento industrial e científico no setor de bioinsumos.





