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Tecnoshow Comigo comemora R$ 11,1 bilhões em comercialização na edição que celebra os 20 anos da feira

Vigésima edição foi marcada por incertezas a respeito do acesso a crédito por parte do governo federal, mas produtores apostaram nos investimentos em tecnologias superando o valor comercializado no ano passado, quando a Tecnoshow movimentou R$ 10,6 bilhões.

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Fotos: Divulgação/Tecnoshow Comigo

Durante os cinco dias da edição comemorativa dos 20 anos da Tecnoshow Comigo, o em volume de negócios totalizou R$ 11,1 bilhões. O número alcança uma diversidade de máquinas, implementos, genética animal, veículos e outros produtos, além de insumos comercializados, tanto para a agricultura, quanto para a pecuária, que foram trazidos por 650 expositores alocados no Centro Tecnológico Comigo (CTC), em . Hoje, a Tecnoshow Comigo está entre as três maiores feiras de tecnologia rural do país e é a maior do Centro-Oeste.

“Tivemos na Tecnoshow empresas trazendo tecnologias diversas, novas moléculas. E mesmo com nossa preocupação com o momento econômico que atravessamos, com preço decrescente das commodities, carros e caminhões com preços em queda, mas com as máquinas caindo muito pouco. Nossa preocupação era se os empresários conseguiriam fazer negócios na feira”, disse o presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia, acrescentando: “Tínhamos receio de não atingir um bom resultado. No entanto, houve muitas mesas de negociações, alguns financiamentos próprios, somando investimentos que totalizaram R$ 11,1 bilhões. Consideramos fantástico esse resultado!”, celebrou.

A data da próxima Tecnoshow Comigo também foi anunciada e será de 08 a 12 de abril de 2024. A cada ano a feira se renova e investe em infraestrutura. Em 2023, a Comigo promoveu uma série de investimentos no espaço do CTC – onde o evento é realizado em uma área de 65 hectares -, com expansão do estacionamento, melhorias em restaurantes e áreas de descanso, novo plantio de grama em cerca de sete mil metros quadrados, com ampliação da rede elétrica e hidráulica e ampliação da área de desembarque para comportar as grandes máquinas comercializadas na Tecnoshow Comigo. “Queremos que na edição de 2024 tenhamos novas empresas com novas tecnologias para os nossos visitantes. E da nossa parte, temos a expectativa de uma promessa do Governo do Estado de duplicar a pista à frente do CTC, com a construção de duas rotatórias para a entrada e a saída de veículos. O projeto foi entregue para a Goinfra e nossa expectativa é de que sejamos atendidos no próximo ano”, ressaltou.

Rio Verde no foco das atenções

O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo de Rio Verde, Denimárcio Borges de Oliveira, destacou a criação de empregos, sobretudo na rede hoteleira e de serviços, durante os cinco dias de realização da feira. “O impacto acontece em todo o município. Só no aeroporto, há um aumento de 4,5% no fluxo de aeronaves. Considerando a geração de empregos, são 12.800 empregos diretos e indiretos gerados e um aumento na arrecadação de 9%, com 100% da rede hoteleira ocupada e R$ 92 milhões de impacto no comércio local”, frisou.

Chavaglia reforçou que Rio Verde é beneficiada pela movimentação que a feira gera no município, mas que essa economia também reforça a movimentação em cidades próximas, como Jataí, Santa Helena de Goiás, Acreúna, Montividiu, entre outras. “Recebemos em Rio Verde, na nossa Tecnoshow Comigo, empresários, sociedade e até embaixadores que ficaram gratificados com o que viram aqui. Nosso agradecimento pela presença de todos”, completou.

Capital simbólica

A Tecnoshow Comigo e Rio Verde, por consequência, se tornaram sede simbólica da Capital goianiense durante os dias 27 e 31 de março, período de realização da feira, com a transferência dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – instalados na área do CTC.

O governador Ronaldo Caiado, que esteve presente na feira na solenidade de abertura, no dia 27 de março, enfatizou a importância do cooperativismo e de iniciativas como a Tecnoshow para a difusão de conhecimento e, consequentemente, aprimoramento da prática produtiva rural. “Dizer da emoção que nos toma ao assistirmos Goiás sendo referência nacional na ação de cooperativismo e a mobilização que foi feita, sem dúvida alguma tem a competência e a capacidade de Antonio Chavaglia em mostrar que o cooperativismo é o melhor caminho para que a gente possa superar as dificuldades para implantar tecnologias, trazer a renda para o campo e ao mesmo tempo também a qualificação dos nossos produtores rurais”, frisou.

Representando o poder legislativo, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, ressaltou o trabalho conjunto ao Governo de Goiás para destravar amarras que ainda travam o setor. “Hoje, boa parte das licenças ambientais em Goiás são emitidas em 48 horas e, em breve, não apenas para o pequeno e médio produtor, mas todos os produtores do Estado terão a agilidade de ter a licença em, no máximo, 48 horas. São ações assim que vão contribuir de maneira significativa”, exemplificou.

Já a juíza da Comarca de Rio Verde, Lília Maria de Sousa, que na solenidade representou o desembargador Carlos Alberto França, presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, e o poder judiciário goiano, disse que a feira revela a força da região, fruto de pessoas comprometidas com a tecnologia e desenvolvimento. “A Tecnoshow Comigo coloca a cidade em evidência no cenário nacional.” Ela ainda reafirmou o compromisso do judiciário goiano com o Estado.

A solenidade de abertura e transferência da capital também reuniu representantes do Legislativo nacional e estadual. Estiveram presentes o senador da República, Wilder Morais; a deputada federal Marussa Boldrin, representando a bancada goiana na Câmara Federal; e representando a Alego, além do presidente, os deputados estaduais Karlos Cabral (presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Alego) e Lucas do Vale (presidente da Frente Parlamentar da Agricultura e da Pecuária da Alego), além de outros deputados, vice-governador Daniel Vilela e outras autoridades. O destaque também foi a participação na Tecnoshow deste ano de representantes de 14 embaixadas dos seguintes países: Azerbaijão, Botsuana, Cabo Verde, Coreia do Sul, Cuba, Hungria, Indonésia, Irã, Malawi, Singapura, Suíça, Trinidad Tobago, Turquia e Quênia.

Difusão de Tecnologias e acesso a conhecimento

Destaque em todas as edições realizadas da Tecnoshow Comigo, nos últimos 20 anos, a difusão de conhecimento por meio da programação de palestras também teve espaço importante em 2023. Foram mais de 100 palestras realizadas nos três espaços destinados a esse fim pela Comigo (auditórios 1, 2 e Sede de Pesquisa CTC), além de outras áreas destinadas a palestras e rodas de conversa, organizadas por expositores como Embrapa, Sistema Faeg/Senar e Sebrae Goiás, Governo de Goiás, Prefeitura de Rio Verde, entre outros.

As maiores palestras foram concentradas no Auditório 1, com capacidade para 700 pessoas, trazendo grandes debates para os holofotes da Tecnoshow Comigo. Passaram por lá, nesta vigésima edição da feira, importantes nomes e especialistas como jornalista Kellen Severo (tema: cenário econômico), Antonio Luiz Fancelli (manejo fisiológico e nutricional da soja), Rodrigo Albuquerque (evolução da pecuária), Carmen Perez (bem-estar animal), Etori Baroni (cenário de preços), Alessandra e Fábio Nishimura (sucessão familiar) e Camila Telles (jovens no agro).

Diversidade de expositores e recorde de visitantes

Toda essa programação e destaques obtidos pela Tecnoshow Comigo fazem também com que o número de expositores e de visitantes cresça ano após ano. Em 2002, quando a Comigo iniciou as primeiras ações de difusão de tecnologia, foram 50 expositores e público de quatro mil pessoas. Neste ano, em sua vigésima edição, o CTC recebeu 650 expositores (número aumentou em relação ao ano passado, quando foram 620) e um público visitante de 138 mil pessoas. “Deixamos nossa gratidão aos expositores, ao público e a Deus que nos permitiu realizar essa feira e conseguirmos alcançar esses números.”, comemorou Antonio Chavaglia.

Ele também destacou a diversidade entre os expositores, atendendo culturas diversas, desde os grãos, como a soja, milho, sorgo, algodão e girassol, até pastagens, culturas para alimentação animal, cana-de-açúcar, biodiesel, entre outros. Além disso, na parte destinada à exposição de animais, foram cerca de mil animais expostos, incluindo bovinos, equinos, muares, ovinos e peixes, além de expositores com foco em genética animal, insumos, serviços e dinâmicas de pecuária realizadas.

A feira também teve espaço para a exposição de empresas ligadas à logística, transporte e armazenamento, bem como de serviços, energia solar e irrigação. Abrigou ainda uma diversidade de startups e grandes empresas de tecnologia, oferecendo soluções aplicadas e novos dispositivos, ligados a tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), 5G e Big Data, drones e robôs, realidade virtual e aumentada, entre outras.

Instituições ligadas ao agro também garantiram espaço como expositores na feira, a exemplo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), Sistema Faeg/Senar e Sebrae Goiás, Senai Goiás, Prefeitura de Rio Verde e Governo de Goiás. Ainda, completando a variedade de tecnologias apresentadas estiveram presentes centros de pesquisa e tecnologia, como o próprio Centro Tecnológico COMIGO (CTC), Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Universidade de Rio Verde (UniRV), Embrapa, Emater, entre outras, demonstrando in loco, seja nos estandes, seja nas áreas de experimentos (plots agrícolas) soluções provenientes da pesquisa científica, tecnológica e de inovação voltadas para o agro.

Ações sustentáveis e preocupação com o futuro

A preocupação com o meio ambiente, de maneira a promover práticas sustentáveis, permeou a feira tanto em palestras direcionadas ao público visitante, incluindo debates sobre manejo correto, boas práticas, mudanças climáticas etc., quanto em ações da própria Tecnoshow Comigo para diminuir os impactos da feira e gerar consciência ambiental nos visitantes.

Uma das novidades da Tecnoshow Comigo 2023 foi o lançamento do Protocolo Emissão de Gases de Efeito Estufa. A proposta é monitorar os gases emitidos durante a feira, além das compensações ou sequestro de carbono proporcionados pelo evento. Somada a outras ações ao longo da feira, a Tecnoshow se firma como um evento que tem compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Existem dois cálculos: primeiro, o que foi emitido de gases de efeito estufa. Em segundo, o quanto é sequestrado de gás carbônico. A partir da coleta destes números será feito um balanço de captação de carbono.

Até o final da feira também foram entregues 20 mil mudas para os visitantes, com a média de entregas de 4 mil por dia, incluindo espécies nativas do Cerrado, como Ipê, Jacarandá e Aroeira. E, ainda, está sendo feita e processada a coleta de material reciclável pela Cooperativa de Trabalho de Catadores de Material Reciclável em Geral do Sudoeste Goiano, a Coop-Recicla, que separa os recicláveis e fica responsável pela correta destinação. Neste ano, a Tecnoshow Comigo já coletou 61,7 toneladas de resíduos sólidos recicláveis, diminuindo o impacto ambiental e ainda gerando renda para os trabalhadores da cooperativa.

Espaço Tecnoshow 20 anos

Em homenagem à 20ª edição da feira, a Comigo também fez um resgate histórico do sucesso do evento ao longo de duas décadas. Em um local chamado de ‘Espaço Tecnoshow 20 anos, uma história de evolução’ foram instalados diferentes painéis, com imagens e dados, além de vídeo, possibilitando ao visitante saber como a feira surgiu, em 2002, e como chegou ao patamar de referência em vitrine tecnológica do agro brasileiro. Para se ter uma ideia, no início o evento era chamado de Encontro Tecnológico Comigo, já realizado na sede do CTC. Surgiu a partir de articulação entre diretoria da Comigo, cooperados e empresários do setor, que almejavam ter um evento voltado para troca de conhecimento, informações e ferramentas que pudessem abordar especificidades da agricultura e pecuária da região, além apresentar novidades em maquinários existentes no mercado.

Conforme acrescentou Antonio Chavaglia, após 20 anos de realização da Tecnoshow Comigo, a feira deixa um legado para o futuro ao investir na difusão de tecnologia rural. “Ainda estamos em um ano de incertezas e esperamos que isso seja solucionado para que a gente possa voltar a investir. Da nossa parte, vamos continuar trazendo novas tecnologias e oferecendo o que há de mais moderno ao produtor em máquinas, equipamentos, insumos e qualificação. Espero que Deus continue nos iluminando”, finalizou.

Números da feira em 2023

• R$ 11,1 bilhões em negócios
• 138 mil visitantes
• 650 expositores
• 65 hectares de área
• Mais de 100 palestras e dinâmicas
• 5.990 participantes das palestras
• 3 auditórios para apresentações e palestras (1, 2 e Sede de Pesquisa CTC)
• 3 mil participantes das dinâmicas de pecuária
• 11 pavilhões (animais e empresas)
• 40 mil m² de plots agrícolas
• Cerca de mil animais (bovinos, equinos, muares, ovinos e peixes)
• Mais de 200 pesquisadores
• Mais de 3 mil máquinas e equipamentos
• 3 restaurantes e outras áreas de alimentação
• Mais de 25 mil refeições servidas
• 80 mil veículos estacionados, sendo 450 ônibus
• Doação de 20 mil mudas de árvores nativas
• 70 mil mudas e 60 vasos de diferentes tamanhos, com flores variadas para compor toda a jardinagem
• Coleta de 61,7 toneladas de resíduos sólidos recicláveis
• Cerca de 12,8 mil empregos diretos e indiretos (pré e durante evento)
• Mais de 40 helicópteros
• 250 pousos e decolagens no aeroporto de Rio Verde
• 100% de ocupação na rede hoteleira de Rio Verde
• 9% de incremento na arrecadação de impostos municipais
• R$ 92 milhões de impacto no comércio local
• Presença de instituições de pesquisa científica
• Presença de instituições financeiras e de liberação de créditos

Fonte: Assessoria Tecnoshow Comigo

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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