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Tecnoshow Comigo 2023 terá lançamento de novos híbridos e tecnologias

Feira se tornou um dos principais eventos de difusão científica e de inovação para o campo no Brasil. Diversos expositores programaram apresentação e divulgação de novos produtos.

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Foto: Divulgação/Tecnoshow Comigo

Nas últimas décadas, a agricultura brasileira avançou em produção e produtividade, alcançando números impressionantes a cada safra e se tornando uma das principais atividades econômicas no País. A produção nacional de grãos saltou de 119,1 milhões de toneladas no ciclo 2003/2004, por exemplo, para mais de 310,9 milhões previstos na safra 2022/2023, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse resultado só foi possível por causa do trabalho do produtor rural e de investimentos constantes em pesquisa científica e inovação. É por meio de estudos que há, constantemente, a difusão e o aprimoramento de tecnologias voltadas para o agro.

Consciente da importância disso para o melhor resultado em campo, a Tecnoshow Comigo tem, a cada edição, levado novidades em cultivares e processos de produção desenvolvidos por meio de instituições renomadas de pesquisa como universidades, empresas e centros de pesquisa. Durante a feira são apresentados experimentos nos plots agrícolas, demonstrando o que há de mais recente aos produtores em termos de cultivares, controle de pragas, uso de defensivos e fertilizantes, entre outras inovações.

Para a feira deste ano – que vai ocorrer de 27 a 31 de março, no Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde (GO) -, a previsão é de lançamento de novos híbridos de milho e sorgo, cultivares de soja mais resistentes, além de novidades em plantas forrageiras, pastagens, fertilizantes, entre outros. “Desde o final de 2022, os plots estão sendo preparados com antecedência e bastante cuidado. Muita coisa que já está cultivada foi plantada lá no final do ano passado para estar no ponto ideal, ou de florescimento ou de espiga e enchimento de grãos para o visitante poder acompanhar”, explica o coordenador de Pesquisa do CTC, Eduardo Hara.

Entre as empresas que vão apresentar novidades na Tecnoshow Comigo 2023 está a LG Sementes. Atuando na produção de sementes de milho e soja, a marca participa há mais de 10 anos da feira e para a edição deste ano lançará quatro novos híbridos de milho, sendo dois deles para o Sudoeste goiano e duas novas versões de biotecnologias. O foco da empresa é ter solução completa para todos os cenários da safrinha. Outro expositor confirmado é a Ubyfol, multinacional brasileira especialista em nutrição vegetal, voltada para o desenvolvimento de produtos para o recobrimento de grânulos, tratamento de sementes e mudas e aplicações foliares para todas as culturas agrícolas. Na participação deste ano, a empresa vai apresentar todas as ferramentas da plataforma UBY Agro, desde nutrição vegetal até biológicos para controle de fungos e bactérias.

Evolução

“Nesses 20 anos da feira, a pesquisa tem sido bastante relevante. Muitas situações ocorreram, como ferrugem e verânicos, e a pesquisa sempre esteve presente e foi bom ter a Tecnoshow Comigo para tirar dúvidas do produtor. Durante a safra, a gente pode sanar as dúvidas através de alguns trabalhos e por meio de palestras. Já na feira, ampliamos esse conhecimento a todos”, pondera o coordenador de Pesquisa do CTC, Eduardo Hara.

Em relação aos plots agrícolas, Eduardo Hara explica que, realmente, são necessários, porque muitos trazem novos materiais que serão plantados na próxima safra. “A Tecnoshow é um momento importante para aprender o que será plantado, conhecer também os novos produtos e defensivos que vão estar disponíveis para uso, a melhor maneira de utilizar os maquinários novos, as novas tecnologias embarcadas, então é fundamental os plots para poder divulgar o que existe de mais novo na agricultura”, informa.

Fonte: Assessoria Tecnoshow Comigo

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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