Conectado com

Suínos

Tecnologias podem transformar dejetos em lucro

Publicado em

em

O município de Marechal Cândido Rondon sediou ontem (24) o 1º Fórum Nacional sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio da Embrapa Suínos e Aves, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Nesta primeira edição, também contou com a parceria das associações Paranaense de Suinocultores (APS) e Municipal de Suinocultores (AMS).
O encontro reuniu cerca de 80 suinocultores, técnicos e representantes de empresas relacionadas à cadeia produtiva de suínos de diversas regiões do Paraná. Para Fabiano Coser, um dos palestrantes do evento e consultor do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, a escolha do município para sediar a primeira edição do fórum deve-se à relevância da região Oeste do Paraná na produção de suínos, além da representatividade de todo o Estado no segmento. “O Paraná acaba de passar o Rio Grande do Sul na produção de suínos e também temos no Oeste grandes cooperativas, um crescimento que segue a todo vapor, o que coloca o município com um cenário muito positivo para o início dos debates”, comenta.
Coser falou sobre as formas de geração de renda a partir dos dejetos da suinocultura, apontando exemplos de propriedades brasileiras que já utilizam sistemas para produção de biofertilizante, biogás e energia elétrica. Ele diz que os produtores sempre pensaram na geração de dejetos, seja como um problema ou solução. Porém, atualmente há um estímulo maior para que ele pense na geração de resíduos como aproveitamento econômico, impulsionado principalmente pela alta nos preços dos fertilizantes químicos e da energia elétrica. “O suinocultor percebeu que tem uma matéria-prima em que ele pode produzir o biofertilizante por meio da compostagem e a energia elétrica por meio do biodigestor, transformando o que era resíduo em retorno financeiro, além da questão ambiental”, salienta.

Água em pauta

A importância do uso racional da água, da ração e das soluções tecnológicas para o tratamento dos dejetos na suinocultura também foram debatidos durante o Fórum. O médico veterinário Cleandro Pazinato Dias, que também é consultor do projeto ABC, apontou que os avanços no déficit de água no mundo, as alterações climáticas, o aumento de demanda humana e agrícola, a poluição e os custos com o tratamento exigem uma nova postura no uso da água.
“A aplicação de controle na demanda da água é imprescindível e urgente para manter a atividade de produção animal de forma sustentável”, declarou.
Ele alertou que o uso excessivo da água traz consequências negativas para a cadeia produtiva de suínos, pois aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a dispersão da matéria orgânica nos efluentes. Dessa forma, tem como consequência uma menor produção de biogás e aumento do custo de tratamento dos dejetos e uso de recursos hídricos. “Conhecer o volume gasto de água na produção de suínos é importante para que produtores e técnicos possam avaliar se o consumo de água da propriedade está dentro de padrões normais estabelecidos”, ressalta. 
Para o veterinário, um dos maiores problemas associados com o consumo de água na suinocultura é o desperdício. O aumento do consumo de água pela granja, segundo ele, nem sempre é devido à maior ingestão pelo animal, mas sim pelo desperdício nas propriedades por causa do manejo e tipo de bebedouros. “Além disso, tem a altura, a má localização e funcionamento, ângulo inadequado de instalação dos equipamentos, entre outros”, complementa.
Próximas edições
O evento, que também apresentou o Plano ABC e o Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, a viabilidade econômica para tecnologias de baixa emissão de carbono na produção de suínos e as oportunidades de financiamento e linhas de crédito a aplicação das mesas, terá mais três edições em outras regiões do país. Em dezembro, o Fórum acontece em Belo Horizonte (MG) e, em 2016, em Lucas do Rio Verde (MT). A quarta e última edição do Fórum Nacional sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono ainda terá data e local definidos. 

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Suínos

Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Suínos

Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

Publicado em

em

Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.