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Tecnologias impulsionam o crescimento das cooperativas agropecuárias no Brasil

Soluções apoiam na gestão da qualidade e desenvolvimento dos cooperados desde o campo até o ponto de venda, otimizando as consultas técnicas e identificando oportunidades de melhoria no manejo de áreas plantadas, colheita e transporte dos produtos.

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Foto: Imagem/Freepik

Responsáveis por gerar mais de 490 mil empregos e cerca de R$ 700 bilhões em ativos totais, as cooperativas brasileiras têm encontrado na tecnologia um apoio para impulsionar o crescimento dos negócios e fortalecer a presença no mercado. Os dados do Anuário Coop 2022, divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), também mostraram a abrangência dessas instituições: juntas, elas somam 18,8 milhões de cooperados, cerca de 10% da população brasileira. Em um cenário cada vez mais competitivo e digital, do interior às áreas urbanas, as cooperativas investem em soluções que ajudam a dar mais autonomia financeira aos cooperados, facilitar a gestão de despesas e viagens corporativas e fazer a gestão do espaço físico de trabalho, além de promover o desenvolvimento do campo.

Tecnologia de rastreabilidade promove desenvolvimento no campo

De acordo com dados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o ramo agropecuário soma mais 1.170 cooperativas, reúne mais de 1 milhão de cooperados e gera quase 240 mil empregos diretos. A tecnologia é uma das impulsionadoras do desenvolvimento do agronegócio no país e, nas cooperativas, a gestão de qualidade e automatização de processos garantem o fornecimento de melhores produtos e aprimoramento do manejo de campo de forma estratégica. Paula Flores, engenheira agrônoma e analista comercial da PariPassu, explica que o acompanhamento do manejo de campo é fundamental para entender o comportamento da safra ao longo do tempo e, assim, planejar o cultivo de forma inteligente e sustentável. “Quando começamos a registrar os manejos de campo (plantios, adubações, aplicações de defensivos, monitoramento de pragas e doenças, colheitas, entre outros), podemos obter uma visão clara do comportamento da cultura ou da produção ao longo da safra. Esse entendimento é fundamental para que o cooperado possa tomar decisões de maneira mais inteligente, estratégica e econômica na resolução de atividades e problemas no campo. Além disso, o uso de um software de rastreabilidade no campo também otimiza as consultas dos agrônomos e técnicos das cooperativas aos cooperados, uma vez que o histórico de registros contribui para oferecer orientações mais precisas e assertivas”, destaca Paula.

No pós-colheita, além de garantir a continuidade do código de rastreabilidade para o próximo elo da cadeia alimentar, a tecnologia desempenha um papel importante na gestão da qualidade dos alimentos fornecidos. Ao identificar a origem do produto, o volume recebido e o código de rastreabilidade, pode-se vincular a inspeção de qualidade ao cooperado. “A partir do CLICQ, ao inspecionar os produtos recebidos, é possível verificar se estão em conformidade com os padrões estabelecidos nas fichas técnicas, fornecendo um relatório detalhado ao cooperado. Através dos dados obtidos no checklist de qualidade, os feedbacks são mais objetivos, permitindo que a cooperativa monitore de perto qualquer problema de falta de padronização, evitando que ocorra novamente ou diminuindo sua ocorrência. Isso possibilita que o cooperado compreenda os desafios enfrentados em sua operação e identifique oportunidades de melhoria, desde o manejo no campo até o transporte de seus produtos”, indica a especialista.

Inclusão tecnológica por meio de parcerias

A parceria entre empresas e cooperativas também ajuda a capacitar os cooperados. De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), mais de 80% dessas organizações consideram a inovação um fator fundamental e já incluem essa temática em seus planejamentos estratégicos. Por meio da oferta de produtos, serviços e capacitação aos associados, elas apoiam a inclusão tecnológica e visam promover a melhoria dos processos produtivos. Para isso, muitas contam com parcerias de fornecedores, como a divisão de Agricultura da Hexagon, que desenvolve soluções digitais para o campo. Atualmente, a empresa atua em parceria com duas cooperativas, que fazem a comercialização de equipamentos com seus associados, gerando aumento de eficiência operacional e contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “As cooperativas parceiras são como embaixadoras da nossa marca, ajudando na criação de uma rede que traz consistência às vendas e de um ambiente que deixa claro os retornos do uso da tecnologia”, explica o presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, Bernardo de Castro. “É inegável que a maioria dos produtores não possui o mesmo poder aquisitivo de grandes corporações, mas isso não significa que não possam ter acesso a tecnologias para solucionar suas dores – e é essa mensagem que as cooperativas têm buscado espalhar. Hoje, o mercado oferece equipamentos modernos capazes de melhorar a eficiência e reduzir custos e desperdícios em qualquer tipo e tamanho de operação”, complementa.

A divisão oferece capacitação técnica e comercial dos seus produtos, explicando suas características para que cada parceiro conheça as potencialidades da tecnologia e seja capaz de explorar ao máximo suas capacidades junto aos cooperados. “Manter as equipes dos parceiros sempre atualizadas e treinadas sobre o uso e adoção das nossas tecnologias é o nosso foco principal. Desta forma, garantimos que a tecnologia alcance e auxilie o maior número de cooperados”, aponta Bernardo.

Tecnologia dá mais autonomia para os cooperados

O atendimento personalizado é um dos grandes diferenciais das cooperativas de crédito, principalmente das independentes, que não são filiadas a grandes centrais. Conhecer os cooperados e manter um bom relacionamento, no entanto, já não é suficiente para se manter relevante no mercado. “A maioria das cooperativas foi criada nos anos 90, uma época em que não tínhamos acesso a smartphones. O discurso era muito focado no atendimento e relacionamento personalizados. Hoje, é preciso se adaptar às novas gerações, que lidam com a tecnologia de outra forma”, explica Camila Maria Rodrigues da Silva, coordenadora de vendas da CashWay.

A necessidade de automatizar os serviços, diminuir as filas na agência e facilitar a vida dos cooperados foram os motivos que levaram a Creserv, de Pinhão (PR), a investir no sistema de gerenciamento financeiro da CashWay. Agora, os associados da cooperativa de crédito têm acesso a um aplicativo e podem realizar transações financeiras, como PIX, sem precisar se deslocar até a agência. “A tecnologia da Cashway veio suprir uma necessidade da cooperativa em automatizar os seus serviços e se aproximar ainda mais do cooperado que pode ter acesso a Creserv na palma da sua mão 24hs por dia através do aplicativo, além de agilizar os atendimentos na agência, já que muitos serviços podem ser contratados direto no app, como o adiantamento de salário e demais transações TED, PIX, pagamentos de boletos, saque banco 24hs e recarga de celular, serviços estes que o cooperado antes tinha acesso somente na agência”, explica a gerente geral da Creserv, Simone do Carmo Lisboa.

Organização do espaço físico por meio da tecnologia

Fazer a gestão do espaço físico de grandes empresas sempre foi um desafio – mas, com a popularização do modelo híbrido de trabalho no pós-pandemia, esse processo se tornou ainda mais complexo. É aí que entra a Deskbee, plataforma multifunção para gestão do workplace especializada no conceito de escritório híbrido, que já tem diversas cooperativas em seu portfólio de clientes.

A ferramenta permite fazer reserva de estações de trabalho, salas de reunião, lockers e vagas de estacionamento no escritório físico; além de contar com recursos como abertura de chamados, reuniões virtuais instantâneas e gestão de entregas. A tecnologia é totalmente personalizável, reproduzindo no ambiente virtual a planta do espaço físico de cada cliente. “Atendemos cooperativas que decidiram implementar o uso da Deskbee em suas sedes, que são prédios maiores, com milhares de funcionários”, conta Flahane Roza, Head de Marketing da empresa. “Espaços assim, frequentados por tanta gente, precisam de soluções de gestão que sejam robustas e ao mesmo tempo flexíveis, atendendo todas as demandas dos colaboradores e gestores.”

O sistema de cooperativas de crédito Sicredi, por exemplo, utiliza a Deskbee na sede do seu Centro Administrativo (CAS), em Porto Alegre (RS), onde trabalham mais de duas mil pessoas. A plataforma passou a ter um papel estratégico no planejamento de práticas da empresa, gerando gráficos que permitem avaliar a ocupação das equipes que frequentam o escritório: o objetivo é ter dados para que cada gestor tenha autonomia nas ações com o seu time, na organização de jornadas e escalas de trabalho; além de proporcionar economia nos espaços não-utilizados, em dias de menor ocupação. A tecnologia também ajudou a tornar mais eficientes as vagas de estacionamento disponíveis.

Facilidade na gestão de despesas e viagens corporativas

A Paytrack é uma solução completa para a gestão de viagens e despesas corporativas: além das plataformas Expense e Travel, a empresa fornece também produtos como carteira digital e cartão corporativo, módulos de gestão de reembolsos de quilometragem e de conciliação de faturas, e serviço de agência para organização de viagens. “Atendemos cooperativas que estão interessadas em modernizar sua gestão de despesas e viagens, transformando as operações de mobilidade e custos em processos mais seguros e eficientes, através de recursos de rastreabilidade, centralização de dados e gestão de reembolso facilitada, entre outros”, conta Daniele Amaro, CEO e cofundadora da empresa.

Um exemplo é o sistema de cooperativas de crédito Sicredi, que implementou as ferramentas da Paytrack ainda em 2018, modernizando seu processo de gestão de despesas e viagens corporativas: antes, o Sicredi trabalhava com duas agências parceiras e utilizava duas ferramentas diferentes para gestão de viagens, uma para cada agência. Devido à descentralização de processos e de informações era mais difícil garantir o cumprimento da política de viagens, causando problemas como falta de precisão de dados e custos mais elevados. A gestão de reembolsos era realizada manualmente, via solicitação por email, em um processo pouco ágil.

Já com a adoção da Paytrack e a consequente automatização de processos, a gestão e o cumprimento das políticas foi facilitada, não estando mais sujeita a erros manuais; e houve grande diminuição nos custos operacionais. O tempo empregado para execução de todo o processo de despesas, por exemplo, caiu de dez para apenas dois dias; uma redução de 80%. Hoje, a Paytrack está presente em mais de 70 cooperativas da empresa, simplificando o processo de prestação de contas de mais de 20 mil colaboradores.

Fonte: Assessoria

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Pressões ambientais externas reacendem disputa sobre limites da autorregulação no agronegócio

Advogada alerta que auditorias privadas e acordos setoriais, como a Moratória da Soja, podem impor obrigações além da lei, gerar assimetria concorrencial e tensionar princípios constitucionais.

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Foto: Freepik

A intensificação de exigências internacionais para que produtores brasileiros comprovem de forma contínua a inexistência de dano ambiental como condição para exportar commodities, especialmente a soja, reacendeu um debate jurídico sensível no país. Para a advogada especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Márcia de Alcântara, parte dessas exigências ultrapassa a pauta da sustentabilidade e pode entrar em choque com princípios constitucionais e da ordem econômica, sobretudo quando assumem caráter padronizado e coordenado por grandes agentes privados.

Segundo ela, quando tradings internacionais reunidas em associações que concentram parcela expressiva do mercado firmam pactos com auditorias e monitoramentos próprios, acabam impondo obrigações ambientais adicionais às previstas em lei. “Esses acordos privados transferem ao produtor o ônus de provar continuamente que não causa dano ambiental, invertendo a presunção de legalidade e de boa-fé de quem cumpre o Código Florestal e demais normas”, explica.

Márcia observa que esse tipo de exigência, quando se torna condição para o acesso ao mercado, tensiona princípios como a segurança jurídica e o devido processo. “Quando a obrigação é padronizada e coordenada por agentes dominantes, deixa de ser mera cláusula contratual e passa a se aproximar de uma restrição coletiva, com efeito de boicote”, afirma.

Moratória da Soja e coordenação setorial

Advogada Márcia de Alcântara: “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”

Entre os casos emblemáticos está a chamada Moratória da Soja, que proíbe a compra do grão oriundo de áreas desmatadas após 2008 na Amazônia. Para a advogada, o modelo de funcionamento da moratória se assemelha a uma forma de regulação privada, com possíveis implicações concorrenciais. “Há três pontos críticos nesse arranjo: a coordenação por associações que concentram parcela relevante do mercado; a troca de informações sensíveis e listas de exclusão que não são públicas; e a imposição de padrões mais severos do que a legislação brasileira. Esse conjunto pode configurar conduta anticoncorrencial, conforme o artigo 36 da Lei 12.529/2011”, avalia.

Ela acrescenta que cobranças financeiras ou bloqueios comerciais aplicados a produtores que não apresentem documentação adicional de regularidade ambiental podem representar penalidades privadas sem respaldo legal. O tema, segundo Márcia, já vem sendo acompanhado tanto pela autoridade antitruste quanto pelo Judiciário.

Marco jurídico recente

Nos últimos meses, a controvérsia ganhou contornos institucionais. Uma decisão liminar do ministro Flávio Dino, no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de processos judiciais e administrativos ligados à Moratória da Soja até o julgamento de mérito, para evitar decisões contraditórias e permitir uma análise concentrada do conflito. Paralelamente, o Cade decidiu aguardar o posicionamento do STF antes de seguir com as investigações, embora mantenha atenção sobre a troca de informações sensíveis entre empresas durante o período.

Entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Aprosoja-MT defendem que a atuação concorrencial do Estado não seja paralisada. Elas argumentam que há indícios de coordenação de compra e que a suspensão integral das apurações pode esvaziar a tutela concorrencial.

Entre os principais questionamentos estão a extrapolação normativa de acordos privados, a falta de transparência nos critérios de exclusão e a substituição da regulação pública por padrões privados de alcance global. “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”, pontua Márcia.

Possíveis desfechos

Foto: Gilson Abreu

A especialista mapeia dois possíveis desfechos para o impasse. Caso o STF decida a favor dos produtores, será reforçada a soberania regulatória do Estado brasileiro, com o reconhecimento de que critérios ambientais devem ser definidos por normas públicas claras e transparentes. A decisão poderia irradiar efeitos para outras cadeias produtivas, como carne, milho e café, estabelecendo parâmetros de ESG proporcionais e auditáveis. Em sentido contrário, validar a autorregulação privada abriria espaço para padrões globais com camadas adicionais de exigência, elevando custos de conformidade e reduzindo a concorrência.

Para Márcia, o Brasil já conta com um dos arcabouços ambientais mais robustos do mundo. O Código Florestal impõe a manutenção de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, exige o Cadastro Ambiental Rural georreferenciado e conta com sistemas de monitoramento por satélite e mecanismos de compensação ambiental.

Além disso, o país dispõe de políticas estruturantes como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Esse conjunto garante previsibilidade ao produtor regular e comprova que o país possui um marco ambiental sólido. Por isso, exigências externas precisam respeitar a proporcionalidade, a transparência e o devido processo. Caso contrário, correm o risco de ferir a legislação brasileira e distorcer a concorrência”, ressalta.

Fonte: Assessoria Celso Cândido de Souza Advogados
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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30

Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

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Foto; Beatriz Batalha/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.

Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.

Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.

A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.

Fonte: Assessoria Mapa
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro

Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

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Foto: Jaelson Lucas

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock

Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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