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Tecnologias digitais e cuidado com pastos estão entre os desafios da produção de carne bovina

O rebanho nacional deve aumentar e as áreas de pastagem, não

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Rodrigo Alva

Em um provável cenário de mais cabeças de gado sem ampliação das áreas de pastagem, a busca por forrageiras mais produtivas e pela recuperação de pastos degradados deverá ser intensificada. Essa é apenas uma das previsões traçadas por cientistas para o setor brasileiro de produção de carne bovina para os próximos 20 anos. As percepções dos especialistas integram o documento “O futuro da cadeia produtiva da carne bovina: uma visão para 2040”, elaborado pelo Centro de Inteligência da Carne Bovina (Cicarne) da Embrapa Gado de Corte (MS), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com lançamento previsto para o próximo dia 2, a publicação tem como objetivo subsidiar a definição de agendas estratégicas para formulação de políticas públicas e privadas, bem como a agenda programática de inovação para as instituições de pesquisa científica e tecnológica.

O estudo entrevistou 153 especialistas em duas rodadas usando a técnica Delphi. Foram identificados 745 drivers de futuro e 96 eventos possíveis de ocorrer até 2040. Também foram traçados os cenários mais prováveis de ocorrer para cada um dos oito tópicos do trabalho: saúde e genética; nutrição e forrageiras; manejo e gestão; estrutura; frigorífico; consumo; comercialização; e regulamentação. “É como se tivéssemos feito oito trabalhos em um”, conta Fernando Dias, pesquisador da Embrapa em modelagem de sistemas produtivos.

Dividido em oito capítulos, o relatório com quase 150 páginas descreve os cenários para a cadeia em 2040 nas áreas de insumos (saúde-genética e nutrição), produção (manejo-gestão e estrutura), frigorífico, comercialização, consumo e regulamentação. Há também o delineamento das tendências para cada uma dessas áreas, a consolidação das tendências em megatendências e, por fim, a definição de temas a serem priorizados nas agendas de inovação de instituições de pesquisa até 2040: tipologia de sistemas de produção e desenvolvimento de pacotes tecnológicos; transferência de tecnologia em plataformas digitais; controle biológico de parasitas; redução de gases de efeito estufa; bem-estar animal; rastreabilidade; cultivares forrageiras mais produtivas; manejo e recuperação de pastagens; sistemas integrados; pecuária 4.0; e biotecnologia.

“A evolução da pecuária de corte brasileira trouxe uma nova realidade que induz as instituições públicas e privadas aos desafios de desenvolverem novos processos, métodos, sistemas, produtos e serviços que aumentem a eficiência e a competitividade da cadeia produtiva”, afirma o pesquisador da Embrapa Guilherme Cunha Malafaia, um dos responsáveis pelo Cicarne. “Os desafios são de grande complexidade e demandarão uma enorme capacidade de adaptação das organizações e um ajuste cada vez mais fino de agendas programáticas de pesquisa, desenvolvimento e inovação e de transferência de tecnologia,” prevê o cientista.

O pesquisador ressalta que a bovinocultura de corte no País corresponde hoje a 27,3% das propriedades rurais brasileiras, com concentração de mais de 30% da produção nacional nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. “É uma força não somente econômica, mas social.”

Para chegar aos temas, Malafaia e os pesquisadores Fernando Dias e Paulo Henrique Biscola, também participantes do Cicarne, tiveram a contribuição de especialistas do setor, entre eles cientistas, auditores fiscais governamentais, pecuaristas e consultores.

O Centro de Inteligência ainda definiu como prioridade a sistematização das práticas operacionais em sistemas produtivos (protocolos), a qualificação de mão de obra, a racionalização do uso de recursos naturais, as ferramentas de comunicação, o desenvolvimento de pecuária sustentável de baixo custo de implantação, os parâmetros objetivos na avaliação de carcaça, a carne orgânica, a monetização de valores intangíveis na bovinocultura de corte e a necessidade de pautar políticas públicas alinhadas às tendências.

Sistemas de produção heterogêneos no país

Os dois primeiros temas a serem priorizados nas agendas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – tipologia de sistemas de produção e desenvolvimento de pacotes tecnológicos – se complementam. No País, há uma pluralidade de sistemas de produção de pecuária de corte. Sistemas (extensivos, intensivos e semi-intensivos), escalas (pequena, média ou grande), práticas sustentáveis de manejo e nível tecnológico são aspectos que influenciam qualquer tomada de decisão quando se fala em adoção de tecnologias, assim como os aspectos sociais, econômicos e culturais.

No Brasil, os sistemas extensivos são praticados em todo o território nacional, com destaque para o Cerrado de Roraima e Amapá, os campos inundáveis da Ilha de Marajó, do baixo Amazonas e Maranhão, a Caatinga do Semiárido, o Pantanal e o sul da Campanha Gaúcha. Já os semi-intensivos estão concentrados no centro-sul e em pequenos núcleos das regiões Norte e Nordeste. Os intensivos, por sua vez, predominam nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins e Pará.

Essa diversidade de sistemas de produção deve ser considerada no desenvolvimento de pacotes tecnológicos adequados a cada situação. Especialista em cadeias produtivas do agronegócio, Malafaia salienta que “a pecuária de corte brasileira é heterogênea, com diversidade de sistemas produtivos, característicos de cada Bioma. É preciso entender a complexidade desse setor, identificando as prioridades e demandas produtivas de forma regionalizada. Isso permitirá a construção de agendas programáticas mais assertivas, alinhadas com os reais desafios da pecuária de corte em cada Bioma”.

Integração dos resultados

Pesquisador da Embrapa em transferência de tecnologia, Paulo Biscola defende que, uma vez identificados e priorizados os desafios tecnológicos para os sistemas produtivos, os resultados das pesquisas necessitam de uma combinação entre si, o que gera complementaridade e potencializa o impacto da solução. “Possuímos inúmeras soluções tecnológicas para os sistemas de produção de pecuária de corte, o que está faltando é entender como elas interagem entre si e com os diversos sistemas produtivos,” declara.

Ele frisa que ter esse entendimento possibilita criar pacotes tecnológicos aderentes às realidades, desenvolver os protocolos produtivos e, em determinadas situações, até mesmo buscar certificações. O protocolo Carne Carbono Neutro é um exemplo. “A forma de disponibilizar esses pacotes tecnológicos precisa levar em consideração a transformação digital que mudará substancialmente a forma de acesso ao conhecimento”, recomenda Malafaia.

O cientista, por fim, frisa que os cenários são dinâmicos e sujeitos a ajustes ao longo do tempo. “Os estudos de futuros apresentam alto grau de incerteza e complexidade, não sendo possível saber o que de fato vai ocorrer, principalmente quando se trabalha com horizontes temporais distantes. Tendências podem ser alteradas e eventos podem, de forma inusitada, surgir e mudar de forma substancial tudo aquilo que foi desenhado. Entretanto, é importante sempre olhar para o futuro com o objetivo de subsidiar decisões no presente.”

Fonte: Embrapa Gado de Corte

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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