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Tecnologias de Processamento

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Por Wes Schilling, Ph.D 
O presente artigo discute a aplicação de tecnologia antimicrobiana e antioxidante para prolongar o prazo de validade de salsichas, embutidos cozidos e frios.
São vários os agentes microbianos sintéticos e naturais disponíveis no mercado que previnem a oxidação da gordura e proteína e retardam o crescimento de bactérias, porém, é importante entender o impacto desses ingredientes no custo dos produtos e em suas propriedades sensoriais tais como sabor, aroma, textura e coloração.
Embutidos
Embutidos frescos de moagem grossa são geralmente embutidos em invólucros naturais ou de colágeno e empacotados em bandejas embrulhadas com filme plástico. A maneira mais eficaz de retardar a reação de oxidação é a manipulação da carne em fase de pré-rigor, quando a redutase da metamioglobina na carne continua ativa, o que ajuda a manter a coloração vermelha devido a não oxidação da mioglobina.  Além disso, o pH alto (6,4-6,8) da carne retarda o ritmo do índice de reação de oxidação e aumenta a suculência, uma vez que a actina e a miosina não estão permanentemente ligadas uma a outra. A carne em fase de pré-rigor deve ser moída e salgada imediatamente após o abate para que o processo de enrijecimento seja evitado, e logo em seguida deve ser resfriada, geralmente com CO2, para evitar o rápido crescimento de bactérias. Os ingredientes mais comumente usados para retardar a oxidação lipídica são o butil-hidroxianisolo (BHA) e o butil-hidroxitolueno (BHT) a 0,01 % cada um (com base na porcentagem de gordura), aos quais também pode ser acrescentado propil galato (PG), pois o BHA e o BHT são mais estáveis que o PG, embora esse tenha maior capacidade oxidante devido ao grande número de grupos que agem como doadores de elétrons para os radicais livres. Em muitas fórmulas de embutidos são usados ingredientes que naturalmente possuem propriedades antioxidantes, tais como alecrim, semente de uva, extrato de laranja ou limão, chá verde, quitosan e cereja em pó. Uma combinação de dois antioxidantes funciona melhor que um antioxidante sozinho, pois alguns efeitos sinérgicos tendem a acontecer devido a determinados antioxidantes que regeneram outros sistemas antioxidantes (Gruen, 2008). Por exemplo: a combinação de antioxidantes é geralmente feita para tirar proveito de suas propriedades contrárias. BHA pode ser combinado com PG e ácido cítrico; ácido cítrico faz a quelação de metais e liga oxigênio; propil galato fornece proteção inicial contra a oxidação, enquanto BHA possui ótimas propriedades de conservação. Da mesma forma, quando se deseja um produto “rótulo limpo”, (clean label), é importante usar uma combinação de aromatizantes naturais com propriedades oxidantes que extinguem os catalisadores de metais e doam elétrons ao longo de toda a vida útil dos produtos. O uso de dois ou três antioxidantes como sálvia alecrim e chá verde, ou extrato de alecrim com laranja ou lima desidratada junto com vinagre rótulo limpo (2,5-3,0 %) vai prolongar a vida útil de embutidos de aves ou peças inteiras de músculo de aves graças tanto à atividade antioxidante quanto à antimicrobiana.
Agentes antimicrobianos são utilizados em embutidos frescos resfriados para prolongar a vida útil do produto ao retardar a fase logarítmica de crescimento de bactérias. Uma combinação de lactato de sódio e acetato de sódio ou ácido acético pode estender a vida útil do embutido resfriado aproximadamente de 14 a 18 dias quando utilizado em níveis de 2,5% (Bradley et al., 2011). 
O ácido propiônico também tem chamado a atenção como agente antimicrobiano, já que é mais hidrofóbico que os ácidos láctico e acético, o que faz do ácido propiônico mais interativo que a membrana celular hidrofóbica da bactéria. Ademais, o ácido propiônico é mais dissociado que outros ácidos. Para uma o conceito de um rótulo mais limpo possível, pode-se utilizar vinagre a até 2,5% (vinagre líquido) no produto sem impactar negativamente as propriedades sensoriais do produto. Outro tratamento antimicrobiano que deve ser levado em conta na produção de embutidos é o banho de imersão do invólucro, uma vez que sabores não desejáveis e altas taxas de bactérias podem ter início nos invólucros utilizados.
Embutidos cozidos
Para ter excelência em qualidade, deve-se utilizar nos embutidos cozidos a carne antes do endurecimento por fornecer ótima emulsificação e possuir capacidade de retenção de água se comparado com carne depois do endurecimento. A maioria dos bem embutidos cozidos possui nitrito de sódio e um isômero de eritorbato de sódio porque são ingredientes que em contato com o calor formam nitrosil-hemocromo e evitam o sabor de requentado (WOF – warmed over flavor, em inglês). Geralmente não se incluem outros antioxidantes nos embutidos curados, mas algumas especiarias contam com propriedades antioxidantes naturais. Tripolisfofato de sódio ou uma composição de fosfato são comumente usados para aumentar a qualidade do produto, além de proporcionar propriedades antioxidantes.
Os agentes antimicrobianos são utilizados na proteção contra patógenos e bactérias de deterioração, principalmente a Listeria monocytogenes. Lactato de potássio e diacetato de sódio são bacteriostáticos contra a Listeria monocytogenes e alguns microrganismos nocivos. Devido a seus efeitos sinérgicos, tais ingredientes são usados em vários tipos de embutido curado. Acetato de potássio ou sódio ou ainda vinagre podem ser utilizados no lugar do diacetato. O limão desidratado também é utilizado, pois se trata de uma fonte de ácido cítrico e vitamina C.
A maioria dos embutidos curados é defumada a lenha ou tratada com defumação líquida, o que lhe confere componentes fenólicos e ácidos carboxílicos, ambos com propriedades antimicrobianas e antioxidantes. Ademais, o pirogalol e a resorcina são componentes polihidroxifenólicos que agem como antioxidantes. Um tratamento antimicrobiano que se deve levar em consideração na fabricação de embutidos curados é a submersão pós- embalagem em água quente ou a pasteurização a vapor, já que tais processos matam as células da Listeria monocytogenes que eventualmente contaminaram a superfície do produto depois do processamento, porém, antes da embalagem.
Naturalmente curado
A formulação da salsicha tipo Frankfurt geralmente leva sal, sódio e/ou lactato de potássio, diacetato de sódio, xarope de milho, glicose, fosfato de sódio, ascorbato sódico e nitrito de sódio. Desenvolver uma salsicha rótulo limpo envolve retirar alguns desses ingredientes e usar substitutos naturais para se conferir ao produto as propriedades funcionais desejadas. O suco do aipo contém nitratos e nitritos que dão cor, evitam o sabor de requentado quando aquecido e inibem a Clostridium botulinum. O suco da beterraba também pode ser usado para fins semelhantes, enquanto a cereja em pó contém antioxidantes e alta concentração de ácido ascórbico (vitamina C), o que aumenta a taxa de óxido nítrico reduzida pelo nitrito, resultando em uma reação com mioglobina e a transformação em nitrosil-hemocromo quando aquecido. Vinagre (ácido acético), açúcar de milho (que contém vinagre) e suco de limão também podem ser utilizados, uma vez que os ácidos acético e o cítrico mostram-se eficazes na prevenção do crescimento de bactérias, entre elas a Listeria monocytogenes.
Embutidos não curados geralmente levam antimicrobianos similares àqueles usados nos embutidos curados. Uma vez que não se inclui nitrito, adicionam-se alguns antioxidantes tais como BHA, BHT e/ou propil galato ou antioxidantes naturais como limão e cereja em pó ou corantes naturais. Não raro, o embutido não curado é vendido congelado em peças ou em gomos e, assim, devem conter antioxidantes que previnam a oxidação lipídica que ocorre no armazenamento resfriado a longo prazo.
Frios
No rosbife não curado, lactato de sódio, sal fosfato de sódio e diacetato de sódio são geralmente usados em uma solução de salmoura junto com corante caramelo, corantes naturais e as especiarias desejadas. Uma alternativa natural pode ser uma mistura de água, sal, açúcar não refinado ou garapa cristalizada, aromatizante natural, vinagre e bicarbonato de sódio.
Novidades Futuras
Ácidos orgânicos e seus sais são os componentes mais usados como antimicrobianos em muitos produtos cárneos. Entretanto, ainda há espaço para o crescimento de tratamentos da carne antes do endurecimento e produtos que saem das fábricas diretamente para os estabelecimentos de consumo. Por exemplo, o uso embalagens sem oxigênio, com divisórias, com 1,0% de vinagre (e(Lm)nate V®, Hawkins Inc) pode retardar a fase logarítmica de bactérias de deterioração e prolongar a vida útil de cortes de aves de aproximadamente 12 a 15 dias para até mais que 20 dias.
Conclusão
Ácidos orgânicos, vinagre, diacetato de sódio e lactato de sódio ou potássio são ingredientes antimicrobianos convencionais empregados na indústria de produtos à base de carne para prolongar a vida útil de embutidos frescos e outros. O lactato de sódio e/ou o vinagre, por exemplo, são ingredientes rentáveis usados separadamente ou em conjunto para promover um efeito bacteriostático contra bactérias de deterioração e contra a Listeria monocytogenes. O vinagre comercial de marcas como Hawkins (e(Lm)nate V) e Purac (Verdad) pode ser usado na formulação de produtos de rótulos limpos sozinho ou em combinação com extrato de plantas com propriedades antioxidantes (alecrim, chá verde, orégano, páprica e sálvia, ou uma mistura dessas especiarias) como abordagem de bloqueio para controlar a oxidação lipídica e a proliferação de microrganismos patogênicos.
Referências
Bradley, E.M., Williams, J.B., Schilling, M.W., Coggins, P.C., Crist, C.A., Yoder, S.W., Campano, S.G. 2011. Effects of sodium lactate and acetic acid derivatives on the quality and sensory characteristics of hot-boned pork sausalva patties. Meat Science. 88:145-150.
Gruen, I. 2008. Antioxidants. Ch. 13 in Ingredients in Meat Products: Properties, Functionality and Applications. Ed. R. Tarte, pp. 291-300, Springer-Verlag, New York.

Fonte: Site CarneTec Brasil

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Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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