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Bovinos / Grãos / Máquinas

Tecnologias de avaliação genética agregam valor aos bovinos

Uma das tecnologias mais eficientes que se pode utilizar para acelerar o progresso genético do rebanho é um programa de acasalamentos dirigidos.

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Foto: Shutterstock

O cenário atual da pecuária não permite erros no planejamento estratégico. Estamos trabalhando com uma margem menor de lucro e grandes variações no principal produto comercializado, a arroba, que tem prejudicado o mercado. Diante disso, o criador está em busca de ferramentas e tecnologias que o ajudem a tomar decisões objetivas e precisas, que permitam maximizar seus lucros. E o melhoramento genético é uma dessas ferramentas.

O principal produto dentro de um programa de melhoramento genético é a avaliação genética dos animais, que é apresentada ao público em forma de uma ferramenta chamada DEP (Diferença Esperada na Progênie). A DEP prediz a habilidade de transmissão genética de um animal avaliado como progenitor, ou seja, nada mais é do que a diferença esperada na progênie de um animal em relação à média da população para cada característica avaliada.

Existem DEPs para características de crescimento, habilidade maternal, reprodução, fertilidade, qualidade de carne e carcaça, eficiência alimentar e avaliação morfológica, conforme cada programa de melhoramento genético. Além das DEPs, os programas de melhoramento também desenvolvem índices de seleção para facilitar a identificação de animais superiores, os quais agregam várias características de interesse econômico em um só valor.

Os índices disponíveis no mercado podem ser empíricos ou bioeconômicos, sendo que este último leva em consideração vários ponderadores na pecuária atual, como valor da arroba, insumos, câmbio, produtividade, entre outros. No entanto, as avaliações genéticas (DEPs) por si só não promovem o progresso genético e o consequente aumento da produtividade. O melhoramento genético só ocorrerá quando os resultados gerados na avaliação genética forem aplicados na seleção do rebanho.

Exemplo prático

A DEP deve ser interpretada de maneira comparativa dentro de uma base de dados e nunca em valores absolutos. Um exemplo prático é a comparação de um touro A com DEP de peso a desmama (P210) de 17 kg e um touro B com 5,8 kg de peso a desmama. A diferença de 11,2 kg entre eles significa que é esperado que as progênies do touro A produzam, em média, 11,2 kg a mais de peso na desmama que as progênies do touro B, sob as mesmas condições de criação. Essa diferença traz um lucro de R$ 109,10 por bezerro desmamado somente por ter selecionado um touro superior como reprodutor (touro A) para essa característica, considerando valor de R$ 9,74/kg de bezerro desmamado em 23/10/2023 (Scot Consultoria).

Outras ferramentas

Outras ferramentas e tecnologias que podem auxiliar o criador na busca do progresso genético de seus animais são os gráficos de evolução genética, que ajudam a comparar o desempenho do rebanho de várias fazendas, safra a safra, para todas as características avaliadas. Uma outra tecnologia muito importante na seleção e multiplicação de animais jovens, e consequente incremento no ganho genético, é a genômica, que aumenta a acurácia das informações, trazendo maior confiabilidade para o criador na tomada de decisões.

Uma ferramenta adicional para agregar valor aos animais é o CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), que certifica os melhores animais de cada safra nos rebanhos P.O. e comercial.
Além das tecnologias já mencionadas, uma das mais eficientes que se pode utilizar para acelerar o progresso genético do rebanho é um programa de acasalamentos dirigidos, através do qual é possível obter a projeção genética das progênies considerando a maximização das DEPs, o que garante a variabilidade genética e o controle da consanguinidade.

Alexsandro Patrício Silva Santos – Foto: Divulgação/ANPC

Existem ganhos genéticos por correlações das características, porém a seleção direta para a característica de interesse da fazenda é a melhor maneira de obter resultados rápidos. A cada safra, a evolução genética do rebanho nacional é evidente, por consequência do uso das avaliações genéticas/genômica, que aceleram o ganho genético do rebanho com alta confiabilidade das informações, e da FIV, na reprodução dos animais jovens.

É preciso mensurar

Sem mensurar, não é possível gerar ponderadores para as fazendas, e sem valores, não é possível selecionar de maneira eficiente. Por isso, as tecnologias e ferramentas em genética são fundamentais para qualquer seleção de gado P.O. ou comercial e consequente aumento da produtividade e lucratividade dos rebanhos.

 

Fonte: Por: Alexsandro Patrício Silva Santos, zootecnista técnico comercial da ANCP

Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba, Minas Gerais

ABCZ vai realizar curso de avaliação morfológica de raças zebuínas leiteiras

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Para obter uma produção eficiente na pecuária leiteira, o produtor precisa estar atento não só à capacidade produtiva do rebanho, mas também aos aspectos morfológicos dos animais. E durante a ExpoLeite, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), a ABCZ realizará o Curso de Avaliação Morfológica de Raças Zebuínas Leiteiras, oportunizando uma seleção mais satisfatória nas fazendas, com base em características funcionais para a produção de leite.

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias. O conteúdo será aplicado em aulas teóricas e práticas, no dia 21 de outubro. “Os participantes vão aprender a identificar e reconhecer os principais aspectos morfológicos ligados à conservação das raças puras, como as características morfológicas influenciam a produção leiteira, as associações genéticas e fenotípicas entre as características morfológicas e os atributos econômicos da produção de leite e, ainda farão, na prática, a identificação e classificação de fêmeas e machos com aptidão leiteira”, destaca o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

O investimento é de R$ 150,00 para estudantes e de R$ 300,00 para não estudantes. Para se inscrever, clique aqui.

Confira a programação completa.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Bovinos / Grãos / Máquinas Seminário de Criadores e Pesquisadores

Pecuaristas debatem planejamento reprodutivo e desafios da prenhez em novinhas precoces

Transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado.

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Fotos: Fernando Samura

Transmitir uma mensagem com mais clareza e divulgar informações que tenham aplicabilidade no campo. Estes foram os objetivos centrais que nortearam as discussões do 28º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, promovido recentemente pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), em Uberaba (MG). Conforme os organizadores, a edição de 2024 foi uma das maiores já realizadas, registrando um crescimento de público de 25% em relação ao ano anterior.

Zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges: “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”

Com o tema “Da prenhez ao parto”, o seminário focou nos avanços mais recentes da pecuária de corte, no planejamento reprodutivo e nos desafios associados a prenhez em novilhas precoces, atraindo cerca de 500 participantes, entre criadores associados, pecuaristas, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias, técnicos agropecuários, profissionais de programas de melhoramento genético, associações de raças bovinas e empresas da área de genética de todo o país.

O evento ofereceu uma programação rica e diversificada, com especialistas renomados no setor discutindo e compartilhando conhecimentos sobre as novas tecnologias e práticas que estão moldando o futuro da produção bovina no Brasil. Além de palestras e discussões em plenário, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma mesa-redonda, o lançamento de novas DEPs (Diferença Esperada na Progênie) e a divulgação do sumário de touros 2024.

ExpoGenética

Esta foi a segunda vez que o Seminário integrou a programação da ExpoGenética, reforçando seu papel como um dos principais fóruns de debate e troca de conhecimento no setor. “A ExpoGenética é um dos principais encontros da pecuária de corte no Brasil, proporcionando uma excelente oportunidade de networking. É um ambiente em que criadores, pesquisadores e empresas se conectam, trocam conhecimentos e estabelecem parcerias que impulsionam o setor”, ressalta a zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges.

De acordo com a profissional, a escolha do tema que norteou as discussões da 28ª edição do evento se deu em razão de que os criadores têm investido cada vez mais na precocidade sexual de novilhas, buscando com que esses animais emprenhem em idades mais jovens. Contudo, esse avanço trouxe à tona um novo desafio: dificuldades no parto devido ao tamanho, idade e desenvolvimento da fêmea.

Além de oferecer uma plataforma para atualização e a troca de conhecimento, Fernanda diz que o evento visa popularizar o melhoramento genético em toda a cadeia produtiva, atingindo desde pequenos até grandes criadores. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para desenvolver melhor seu rebanho para que compreendam e reconheçam o potencial que possuem nas mãos”, frisou, acrescentando: “Muitos criadores ainda baseiam suas decisões em achismos, opiniões de vizinhos ou informações genéricas, sem conhecer as reais oportunidades que o melhoramento genético pode oferecer. Neste sentido, o seminário busca formar multiplicadores de conhecimento, de modo que a informação chegue a todos os níveis da cadeia produtiva, contribuindo para o fortalecimento da pecuária nacional”.

Conforme a zootecnista, o Brasil tem um enorme potencial para melhorar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da produção de carne. O investimento em genética, segundo ela, é uma alternativa com excelente custo-benefício e pode proporcionar ganhos acumulativos ao longo dos anos, sem complexidades desnecessárias. “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”, frisou.

Ciência e prática

Fernanda destaca a importância do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores como o evento mais relevante promovido pela ANCP ao longo do ano. Com quase três décadas de trajetória, o Seminário se consolidou como um importante canal para a disseminação dos avanços em pesquisa e desenvolvimento aplicados à prática pecuária. “A ANCP investe intensamente em pesquisas e no desenvolvimento de conhecimento que possa ser diretamente aplicado pelos produtores no dia a dia. O seminário desempenha um papel importante ao reunir e compartilhar essas inovações, originadas de colaborações com universidades e centros de pesquisa”, menciona.

Essa transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado. “O impacto positivo dessas inovações reverbera por toda a cadeia produtiva da carne, beneficiando todos os envolvidos e garantindo que o conhecimento transmitido durante o seminário se reflita em avanços concretos na prática pecuária”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Indicador sobe 3% na 1ª dezena, mas pecuaristas esperam maiores altas

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no spot.

No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador Cepea/B3 subiu 3,1%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 na última terça-feira (10).

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de valores maiores que os atuais.

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no segundo trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha) – foram 8,8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,7% do total de animais abatidos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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