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Tecnologias ajudam a produzir mais e avaliar melhor as carcaças

Adotando as tecnologias que existem hoje no mercado o produtor consegue ter uma boa e rentável produção

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Arquivo/OP Rural

Produzir uma carne de alta qualidade, que atenda às exigências do frigorífico e do mercado, e ainda ter um bom custo benefício pode ser uma tarefa desafiadora para alguns pecuaristas. Porém, adotando as tecnologias que existem hoje no mercado o produtor consegue ter uma boa e rentável produção. Para o zootecnista e professor da Universidade Federal de Viçosa, doutor Mario Chizzotti, falar em eficiência na produção de carne ainda é desafiador.

Segundo ele, de uma forma geral, o produtor está habituado a buscar sistemas mais eficientes para a produção de carne. “Vamos sempre pensar em uma melhoria na eficiência. Mas essa eficiência precisa ter uma vantagem econômica”, diz. O profissional afirma que se essa vantagem econômica não se expressar na nova tecnologia que está sendo usada, para a busca de eficiência ela está fadada ao fracasso. “Em termos de produção de animais, temos que mudar um pouco esse paradigma. Ainda estamos muito focados em produzir boi, ganho de peso, X quilos de carcaça ou tantas arrobas, quando na verdade deveríamos estar preocupados em produzir carne”, afirma.

De acordo com Chizzotti, uma das formas de buscar aumento de eficiência no sistema de produção é simplesmente produzir mais carne por animal. “É um desafio, como vamos conseguir isso? Primeiro temos que seguir uma métrica confiável de conseguirmos estimar quanto que se tira de carne ou estimar o produto de carcaça de um animal, para posteriormente conseguir passar esse informação a quem está produzindo esse animal, de forma a identificar aos produtores as estratégias que eles estão adotando que irão alavancar o que é preciso para gerar mais carne por carcaça”, menciona.

Dentro desse contexto, a tipificação das carcaças a nível de frigorífico é fundamental, informa o profissional. “Mas hoje isso ainda é algo pouco explorado, tendo em vista a importância nesse processo de aumento da eficiência de produção”, diz. Chizzotti explica que uma das formas de avançar nesse sistema, e que já é adotada, são as tecnologias desenvolvidas ainda na década de 60 a 70, que é para fazer tipificação. “Entretanto, a maioria dos sistemas de tipificação, principalmente esses voltados à musculosidade, e adotados atualmente no Brasil, são extremamente subjetivos”, comenta.

O profissional explica que esta avaliação é feita atualmente visualmente, e, dessa forma, causa um grande problema para o frigorífico e ao produtor. “Essa parte do sistema de tipificação hoje, que usamos, devemos abolir isso de musculosidade na avaliação, tamanha a dificuldade de conseguirmos segregar uma carcaça com mais músculo que outra. Nesse sentindo, devemos tentar avançar em pesquisas, no sentindo de tornar essa tipificação mais objetiva”, informa. Para isso, continua, é necessário adotar as novas tecnologias, que estão cada vez mais baratas e disponíveis. “Se quisermos avançar em termos de receita, devemos utilizar estas tecnologias que permitirão que valorizemos aquelas carcaças que trazem mais rendimento de cortes nobres e com isso conseguimos avançar na avaliação de carcaça”, sugere. Em consequência disso, é possível remunerar melhor essa carcaça e assim o produtor será incentivado a buscar uma carcaça de melhor qualidade.

Tecnologia que pode ser usada, citada por Chizzotti, são as que utilizam imagens. “No início usávamos fotos normais. Hoje em dia usamos o infravermelho, e ainda existe o infravermelho ativo, onde chegamos a uma resolução de carcaça muito maior, onde conseguimos determinar o volume de cada região e músculo, e dessa forma fazer o computador informar para nós se essa carcaça é inferior ou superior”, diz.

Esta tecnologia por imagem é considerada de um custo mais baixo. Porém, segundo o profissional, existem outros disponíveis que podem ser com um custo um pouco mais elevado. “Por exemplo, o raio X, que consegue medir com exatidão a quantidade de osso e músculo que tem na carcaça. Todo mundo já usou ou vai usar um dia um aparelho de visualização óssea. O objetivo com ele é escolher carcaças superiores em produzir mais carne por animal”, afirma.

Variedade no peso

Um ponto essencial que o produtor deve entender é que a eficiência ao longo do crescimento do animal também é variável. “O animal é mais eficiente em determinado período da vida e menos quando se aproxima do seu peso adulto”, diz. Ele comenta que atualmente é utilizada uma técnica muito antiga, mas que é o que a ausência de uma tecnologia adequada permite utilizar, que é a melhor forma de avaliar o quanto o animal ganha peso.

“Todo mundo fala que o animal ganha um ou dois quilos por dia. Estamos transformando algo que não é linear em linear. Um quilo por dia significa que hoje ele tem 200 kg, amanhã tem 201 e depois são 202 quilos. Todo dia ele cresce um quilo”, conta. Porém, o profissional alerta que isso não é compatível com a realidade. “E por que fazemos um quilo por dia? Porque na verdade temos duas pesagens, uma no início e uma no final”, diz.

Segundo Chizzotti, esta atitude implica diretamente na eficiência que é vista por animal. “Isso porque à medida que esse animal cresce, ele vai ganhando cada dia menos peso, porém, vai comendo cada vez mais. Ele vai se tornando cada dia menos rentável”, afirma. O profissional reitera que saber essa informação pode ajudar o pecuarista a fazer a avaliação da situação de mercado que trata do ponto de maior eficiência econômica.

Além disso, saindo das pesagens tradicionais, há disponível comercialmente balanças de pesagem autônoma, onde o animal ao beber água ou passar por um determinado piquete tem a massa mensurada e com isso, o produtor consegue acompanhar o ganho de peso do animal, explica Chizzotti. “Têm alguns animais que crescem muito rápido comendo muito e ganhando peso. Mas têm outros que crescem mais devagar e chegam ao mesmo ponto de peso de abate. Porém, esse animal ganhou peso mais devagar, demorou mais para chegar ao ponto e assim ele vai ficar mais dias dentro do sistema”, comenta.

Embora novos, esses sistemas têm um preço um pouco mais elevado, diz o profissional. “Mas eles tendem a baratear, dependendo do volume de produção e certamente serão muito mais empregados do que são atualmente”, diz.

Chizzotti comenta ainda que existe, atualmente, outra forma de pesar animais com o uso de câmeras. “As câmeras conseguem identificar um animal no ponto, a partir de imagem conseguimos chegar nessa área de controle do peso do animal”, diz. Com esta técnica, é possível assim também detectar o peso do animal não somente por balança, mas também por câmera. “Esta já é uma tecnologia muito empregada em suinocultura, bovinocultura de leite e também já está com protótipos comerciais para gado de corte”, informa.

Seleção de animais faz diferença

O profissional diz que as tecnologias acessíveis permitem fazer a medida dos animais para chegar a uma composição corporal ideal, e assim permite chegar a uma seleção genética. “Com esse monitoramento conseguimos, por exemplo, em um confinamento em que o ganho médio diário foi de dois quilos/dia, durante o período, esses dois quilos é a média entre ganho inicial e final. Isso porque a taxa de ganho de peso é decrescente à medida que o animal chega no final do confinamento”, comenta.

Chizzotti confirma que o fator econômico é muito mais preponderante na tomada de decisão do pecuarista do que o biológico – quando o animal vai para o abate. “Mas o biológico nos ajuda a entender o processo da produção de carne, a eficiência da produção animal é paulatinamente decrescente à medida que o animal avança em termos de peso adulto”, comenta. Ele reitera que é preciso que o pecuarista deve achar um ponto para se beneficiar do sistema que utiliza. O profissional reforça que com mais eficiência é possível produzir carne com menos insumos. “E a demanda mundial cresce muito por esse tipo de produto”, afirma.

Além disso, é necessário observar que o animal tem uma fase de crescimento muito rápida que desde a medida que ele começa a depositar gordura na carcaça, que é a fase de acabamento, é uma fase cara e importante que o pecuarista deve se atentar. “O animal deve obrigatoriamente passar por esse período de eficiência, mas tem que ser melhor e o mais curto possível, para que então consigamos uma melhor eficiência econômica do sistema como um todo”, observa Chizzotti.

Utilizando as ferramentas e sensores corretos, afirma o profissional, é possível o pecuarista entender que tipo de animal ele quer, qual a genética para ter esse resultado, ajudando assim a selecionar um animal superior, usando as tecnologias disponíveis. “O caminho mais fácil tem sido selecionar animais que realizam menos proteólise, ou que degradem menos, sintetizando a mesma coisa. Esse animal que vai produzir mais carne e que a genômica tem a capacidade de identificar as diferenças genéticas entre eles para saber estas características”, afirma.

O profissional esclarece que é importante o pecuarista se atentar se ele quer selecionar um animal para qualidade ou para eficiência. “Cabe ao produtor saber que tipo de carne ele está produzindo, para então buscar a melhor genética que vai atender a isso. Se ele quer aumentar a eficiência ou, eventualmente, perder alguma coisa em eficiência, mas aumentar na qualidade do produto com preço diferenciado”, aponta.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de março/abril de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos

Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.

A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.

Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA

Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.

Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.

Exportação via estabelecimentos com inspeção federal

Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.

A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.

Avanço regulatório

Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.

Fonte: Assessoria FPA
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Aliança Láctea debate crise do leite e traça estratégias para fortalecer o setor no Sul e Sudeste

Encontro em Florianópolis reuniu lideranças de vários estados para discutir competitividade, exportações, antidumping e ações conjuntas para reverter a crise da cadeia produtiva.

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Encontro realizado na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis, ocorreu de forma híbrida reunindo participantes dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo - Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

Os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor foram destaques na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), realizada na terça-feira (18), na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis. O evento, realizado de forma híbrida, reuniu lideranças das federações de agricultura, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, bem como de governos estaduais e entidades dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo, para discutir temas estratégicos para o futuro da cadeia produtiva do leite.

A abertura do evento reforçou a importância da atuação conjunta para a construção de políticas públicas que assegurem competitividade, sustentabilidade e crescimento para o segmento. Durante sua explanação, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, expressou a satisfação em sediar o encontro e expôs a preocupação com essa grave crise que afeta diretamente a economia rural e a sobrevivência de mais de milhares de famílias produtoras.

Registro das lideranças que participaram da reunião de forma presencial – Foto: Enzo Santiago

O dirigente lembrou da audiência pública, recém-realizada pela Alesc, para discutir a atual situação da cadeia produtiva. “A Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Altair Silva, promoveu essa audiência pública que oportunizou discussões relevantes sobre o tema. Representamos a Federação da Agricultura do nosso estado e, para nossa surpresa, a mobilização foi tão significativa que contou com mais de 700 pessoas. O evento resultou na criação de uma comissão que trabalhará estrategicamente junto ao governo federal e ao governo catarinense nas sugestões indicadas”.

Pedrozo também ressaltou que em janeiro deste ano levou à CNA, a preocupação com a queda constante no preço pago aos produtores. “A CNA imediatamente solicitou a aplicação de um antidumping provisório, pedindo a verificação dos preços do leite em pó importado da Argentina e do Uruguai”, afirmou.

As atividades seguiram com explanação do presidente da ALSB, Rodrigo Ramos Rizzo, que destacou a importância estratégica da reunião e mediou os debates. Entre os destaques da programação esteve a apresentação do Modelo de Negócios para exportação de lácteos, que focou nas oportunidades para ampliar a presença brasileira no mercado internacional e tornar a cadeia mais competitiva. A explanação foi conduzida pelo consultor Airton Spies e o objetivo é entregar a proposta ao CODESUL e ao BRDE.

“O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Aliança está finalizado. Agora, estamos formatando para entregar de uma maneira formal ao CODESUL no mês de dezembro, com as adequações que cada uma das entidades julgar necessário”, afirmou Rodrigo Rizzo.

Outro item da pauta foi a apresentação do “Termo de Prorrogação” da ALSB, conduzida por Orlando Pessuti, representando o CODESUL. A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, representada por José Carlos de Faria Cardoso Junior, ampliou o diálogo da ALSB com outros Estados interessados em participar e fortalecer a Aliança Láctea Sul Brasileira.

Também ganhou ênfase a apresentação do presidente da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Caio Viana, e sua equipe que relataram o case sobre o status sanitário do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) da cooperativa. O encontro abordou, ainda, a definição da direção da ALSB para o período 2026–2027, que ficará sob responsabilidade da Faep, e abriu espaço para contribuições gerais dos participantes, que ampliaram o diálogo para fortalecer a cadeia produtiva.

Encontro produtivo para o futuro do setor

Rodrigo Rizzo fez uma avaliação positiva da reunião, destacando que foi produtiva ao trazer diversos itens de pauta que refletem o cenário atual do setor. Segundo ele, um dos temas de impacto foi a questão da brucelose e da tuberculose, apontada como uma melhoria ainda necessária para aprimorar todo o processo e fortalecer o acesso ao mercado internacional.

Na visão de Rizzo, a união das entidades tem sido fundamental, especialmente para enfrentar a ação antidumping movida pela CNA, relacionada ao leite em pó importado, principalmente do Uruguai e da Argentina, que tem prejudicado o setor. “Esse produto tem entrado no país e afetado tanto as indústrias, que perdem competitividade, quanto os produtores, que enfrentam a queda nos preços”, destacou.

Reunião discutiu os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor – Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

O presidente da Aliança Láctea frisou, ainda, que é importante seguir atento ao monitoramento que que vem sendo realizado em relação à ação antidumping movido pela CNA. “Também discutimos sobre as exportações e competitividade. Somos competitivos em praticamente todos os aspectos. Temos alta qualidade e excelência na produção do nosso leite. O único ponto que ainda precisamos melhorar é o preço. O Brasil ainda não é competitivo nesse quesito. Isso depende de tempo e de um trabalho interno que precisa ser realizado.”, ressaltou.

O presidente Pedrozo também avaliou positivamente o encontro. Em sua mensagem final, reforçou o papel da Aliança Láctea Sul-Brasileira como um fórum essencial para a articulação institucional, debate técnico e construção de estratégias conjuntas capazes de contribuir para a superação da crise enfrentada pelo setor e para impulsionar o desenvolvimento da cadeia láctea. “Agradeço a participação de todos e espero que esse encontro represente mais um passo para a busca por soluções que fortaleçam o setor, promovendo o crescimento não apenas nos Estados envolvidos, mas em todo o Brasil. “

Representação

Também participaram e contribuíram com suas que contribuíram com análises e encaminhamentos essenciais para o fortalecimento da cadeia láctea, as seguintes autoridades e representantes de entidades: o presidente do Sindileite/SC e Conseleite/SC, Selvino Giesel; o secretário adjunto da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Admir Edi Dalla Cort; o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias; o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi;  o presidente do Sindileite/PR, Elias José Zydek; o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portela; o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni; representantes da Farsul e da Faep;  o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Marcio Fernando Nunes; o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Elias Verruck; o presidente do SILEMS, Abraão Giuseppe Beluzi; representantes da secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Articulação Nacional, representantes do Sindilat, do Sebrae/RS; Conseleite/RS; do Codesul/PR, da Epagri, da Cidasc; entre outros.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar
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Bovinos / Grãos / Máquinas Pecuária no Pampa

Produtores da Campanha conhecem tecnologias para bovinos e gestão do clima

Tarde de Campo em Hulha Negra apresentou ferramentas de rastreabilidade, controle de pragas, nutrição animal e agrometeorologia aplicada ao campo.

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Fotos: Fernando Dias/Ascom Seapi

Produtores da região da Campanha gaúcha tiveram a oportunidade de conhecer, na terça-feira (18), tecnologias aplicadas à pecuária de corte durante a Tarde de Campo organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). O evento ocorreu no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sistemas Integrados e Meteorologia Aplicada (Cesimet).

O foco da atividade foram pesquisas e ferramentas práticas para manejo de bovinos, nutrição, controle de carrapatos, identificação biométrica e agrometeorologia, voltadas especialmente para produtores da região.

Segundo Gabriel Fiori, médico-veterinário do Cesimet e coordenador do evento, o objetivo é integrar pesquisa aplicada e necessidade do produtor. “Estamos apresentando uma seleção de experimentos e resultados-chave desenvolvidos pela Secretaria, após um longo período de interrupção desse tipo de atividade. Este momento simboliza a revitalização do Centro. As tecnologias e ferramentas demonstradas são direcionadas especialmente aos produtores da Campanha”, afirmou.

Fiori reforçou o papel estratégico do Cesimet para a região. “A força da pesquisa aplicada e da inovação está no coração do Pampa. Mais do que um centro de pesquisa, somos um espaço que integra produtores e poder público. Não é apenas um evento técnico, mas um ambiente de troca e construção de conhecimento conectado às tendências atuais”, completou.

Márcio Amaral, diretor-geral da Seapi, destacou a importância de conciliar produtividade e sustentabilidade. “O desafio é trabalhar em uma atividade que precisa aumentar a produtividade sem descuidar da questão ambiental. A pecuária está retomando força na região, e integrar lavoura e pecuária é o caminho ideal”, disse.

Agrometeorologia e planejamento do produtor

Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), apresentou dados em tempo real de 102 estações meteorológicas no Estado. O sistema permite ao produtor acessar informações sobre irrigação, umidade do solo e temperatura, tanto pelo site quanto pelo aplicativo gratuito. “Hoje contamos com previsão do tempo e dados agroclimáticos integrados. O produtor gaúcho tem, na tela do celular, informações essenciais para planejar suas atividades”, explicou Varone.

Geovanna Klassen Gielow, estudante de Agronomia da Urcamp, avaliou o aprendizado. “A palestra sobre clima agrometeorológico foi essencial para ver na prática a aplicação do que aprendemos na sala de aula”, comentou.

Rastreabilidade e sanidade animal

O controle de carrapatos foi apresentado pelo pesquisador José Reck Junior, do IPVDF/Seapi. O Rio Grande do Sul mantém testes gratuitos há 40 anos para avaliar a eficácia de carrapaticidas, um diferencial do Estado. “As condições climáticas da região favorecem a proliferação do carrapato durante grande parte do ano, e a resistência aos produtos usados no campo é um desafio constante”, disse.

A identificação biométrica de bovinos foi demonstrada pelo CEO da QR Cattle, Flávio Mallmann. A tecnologia permite rastrear cada animal, registrar sua localização georreferenciada e o tempo de permanência em cada propriedade. “Quando o animal se desloca, o sistema registra automaticamente essa mudança. A plataforma deve estar disponível ao público a partir de janeiro de 2026”, afirmou.

Além disso, o evento abordou nutrição e reprodução de bovinos, reforçando a integração entre pesquisa aplicada e necessidade produtiva da região.

Fonte: O Presente Rural com Seapi
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