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Tecnologia reduz em 10 vezes custo da análise da qualidade de rações para peixes

Previsão é que a tecnologia esteja disponível para aquisição a partir do próximo ano.

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Com o NIR, é possível verificar com segurança e rapidez a composição das rações

Laboratórios que trabalham com análise de amostras de rações para peixe poderão ter à disposição uma nova tecnologia que reduz em dez vezes o custo desse processo, comparado aos valores das verificações feitas por métodos clássicos. A tecnologia fornece ainda resultados rápidos, não utiliza reagentes químicos e não gera resíduos ao meio ambiente.

A novidade é resultado da incorporação dos modelos de calibração desenvolvidos pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) em equipamentos usados por fábricas ou laboratórios para análise de diferentes parâmetros de referência de qualidade nutricional de rações para peixe. A adaptação, no caso, foi feita para o espectrômetro NIR (espectroscopia no infravermelho próximo) de bancada da Büchi Brasil, multinacional suíça parceira da Embrapa na validação técnica dos modelos.

Coordenadora técnica da Büchi, Mariana Dias – Fotos: Gisele Rosso

De acordo com a coordenadora técnica da Büchi, Mariana Dias (foto à esquerda), atualmente o valor estimado de uma análise pelos métodos tradicionais é em torno de R$ 200. Via espectroscopia NIR o custo previsto é bem mais barato, cerca de R$ 20 para a manutenção do equipamento e a troca de consumíveis. Ou seja, uma queda significativa, dez vezes inferior. O tempo é outro fator considerável. No caso dos métodos clássicos, o resultado pode demorar até dez dias. Com os modelos desenvolvidos pela Embrapa, a conclusão das análises ocorre em menos de um minuto.

Mariana explica que o alto valor dos procedimentos tradicionais deve-se à grande quantidade de reagentes usados no processo e ao custo com mão de obra, pelo tempo despendido para realizar as análises individualizadas de cada parâmetro. “Há ainda os resíduos gerados, que precisam de tratamento antes do descarte. Mais um custo a ser calculado, sem contar o ambiental”, expõe.

Analista da Embrapa, Avelardo Ferreira

Tendência
As fábricas de rações para peixes poderão contar com o método de espectroscopia no infravermelho próximo, para análise e controle de seus processos, a exemplo de outros segmentos, como os de alimentos, farmacêutico e químico.

Segundo o analista da Embrapa Avelardo Ferreira, que coordenou a pesquisa, essa tecnologia é uma tendência, além de ser abrangente. Já é usada, inclusive, na medicina, para diagnóstico de doenças. “No caso da pesquisa, os modelos foram desenvolvidos ao longo de dois anos, a partir da construção de um banco de dados com mais de 200 amostras de diferentes regiões e fabricantes e variadas espécies de peixes, em diversas fases de desenvolvimento – alevinos, juvenis e engorda. Dessa forma, obtivemos modelos de rações para peixes representativos da realidade brasileira”, conta Ferreira.

De acordo com o diretor-geral da Büchi Brasil, Hermann Schumacher, o objetivo do projeto conduzido em parceria com a Embrapa é melhorar a eficiência produtiva da fabricação de ração para peixes, por meio de um controle de processo eficaz e sustentável, utilizando tecnologia de última geração. “A união do vasto conhecimento da Embrapa sobre o setor agropecuário com a excelência tecnológica dos equipamentos Büchi resultou em um produto confiável, robusto e de fácil operação, concebido para tornar a rotina de monitoramento e controle de qualidade da fabricação de rações para peixes um processo simples, em tempo real”, diz Schumacher.

Para o diretor, a tecnologia ProxiMate, da multinacional, agregada à pré-calibração Embrapa para análises bromatológicas de ração para peixes é, atualmente, o que existe de mais moderno em termos de espectroscopia NIR na aquicultura mundial. “Certamente, será um marco para a aquicultura brasileira e contribuirá decisivamente com o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor”, ressalta.

A análise bromatológica de um alimento permite a verificação da sua composição química, das suas propriedades e dos seus valores nutricionais, além de outras informações.

Pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Tarcila de Castro Silva 

Impactos da tecnologia
Fábricas e laboratórios com acesso a uma tecnologia de alto desempenho e mais barata, que pode ficar na linha de produção, terão a possibilidade de realizar um número maior de coletas e análises. Avelardo Ferreira acredita que, com isso, haverá um controle de qualidade maior dos produtos, com impactos positivos na cadeia produtiva.

A líder da ação Nutrição e Alimentação do projeto BRS Aqua, a pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste Tarcila de Castro Silva, afirma que na piscicultura a ração é fator importante, pois contribui com a maior parte dos custos de produção. A alimentação chega a representar mais de 80% dos gastos na produção de peixes.

Conforme a pesquisadora, qualquer melhoria ou garantia de qualidade pode ter impactos também na produtividade e, consequentemente, no meio ambiente. Uma dieta balanceada para a espécie criada é mais bem aproveitada, ou seja, é convertida em “carne”, e menos resíduos são lançados no ambiente. “Os peixes crescem mais e com saúde. O produtor ganha mais, garantindo a continuidade da atividade. Sem o NIR, a ração muitas vezes é comercializada sem a certeza do atendimento dos níveis de segurança da sua composição. Com o espectrômetro, além da análise das matérias-primas, as rações prontas podem ser avaliadas ainda na linha de produção. É uma ferramenta que pode contribuir muito com o setor”, diz a pesquisadora.

O experimento
A pesquisa faz parte da área de nutrição do projeto BRS Aqua, voltado à cadeia da piscicultura e financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo a pesquisadora da Embrapa Ana Rita Nogueira, vice-líder da ação de Nutrição e Alimentação do projeto, o resultado alcançado possibilitará às fábricas de rações realizarem o controle de qualidade de seus produtos de forma mais frequente, confiável e adaptada à realidade brasileira.

Durante a fase de testes, foram utilizadas 184 amostras de rações para peixes de 14 fabricantes distintos. O propósito do experimento foi desenvolver modelos de calibração para a previsão das propriedades bromatológicas da ração relativas às quantidades presentes de proteína, fibras, lignina, matéria seca, matéria mineral, celulose e extrato etéreo. Esses parâmetros são importantes para avaliar a qualidade das rações que estão sendo produzidas.

De acordo com Avelardo Ferreira, as amostras podem ser analisadas sem a necessidade de preparo, como moagem, por exemplo, aumentando a produtividade e rapidez de resposta para os parâmetros mais importantes para cada produto.

Ainda segundo ele, para o desenvolvimento de um modelo preciso foi necessário realizar análises químicas por métodos tradicionais e validados. Foi utilizado um conjunto de amostras bem abrangente e diverso para o tipo de matriz a ser modelada. “A correlação entre as informações gerou calibrações robustas, com predições confiáveis e representativas da realidade brasileira.”

Assista ao vídeo abaixo sobre os modelos de calibração para análise de qualidade nutricional de ração de peixe:

Pré-lançamento
Durante a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), que ocorre de 15 a 18 de novembro, em Natal (RN), será realizado o pré-lançamento da tecnologia. O evento será no estande da Embrapa, no dia 17, às 16 horas. Estarão presentes representantes da Embrapa e da Büchi.

A previsão é que a tecnologia esteja disponível para aquisição a partir do próximo ano.

Fonte: Ascom Embrapa Pecuária Sudeste

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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