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Tecnologia emite alertas sobre avanço de doenças do algodão e da soja

Lançamento será realizado nesta quarta-feira (02), às 10 horas, em transmissão ao vivo pelo canal da Abapa no YouTube.

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A Embrapa e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) desenvolveram o Monitora Oeste, um sistema digital que envia ao celular alertas sobre o avanço de doenças como a ferrugem asiática e a mancha de ramulária, que atacam lavouras de algodão e soja, nas propriedades rurais do oeste baiano. O lançamento ocorrerá nesta quarta-feira (02), às 10 horas, em transmissão ao vivo pelo canal da Abapa no YouTube.

Agressivas, as enfermidades impactam a produtividade das propriedades agrícolas provocando perdas estimadas em 30%, na cotonicultura, e de até 80%, na sojicultura. Desenvolvida ao longo de dois anos, a tecnologia está disponível para navegação gratuita em smartphone (Android e IOS) e em plataforma web. Ao cadastrar-se, o usuário passa a receber informações sobre os focos e as condições climáticas favoráveis para a proliferação das doenças e para a dispersão dos esporos na região.

Tecnologia está disponível para navegação gratuita em smartphone (Android e IOS) e em plataforma web

Dentro do aplicativo, o usuário encontrará sete funcionalidades: ocorrências e alertas; gráfico de ocorrências; mapa de ocorrências; armadilhas; mapa de armadilhas; favorabilidade e agrometeorologia. A tecnologia possibilita a aplicação de filtros, como espécie (doença), municípios, núcleos regionais e safra. A versão para Web traz ainda mais recursos, como o tipo de área em que a ocorrência foi registrada, a sobreposição de camadas e a geração e exportação de mapas em alta resolução.

Para o pesquisador da Embrapa Territorial Julio Bogiani, líder da equipe que desenvolveu o produto, o Monitora Oeste permitirá elevar a eficiência de controle das doenças, com a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental pelo menor número de aplicações de defensivos agrícolas. Ele explica que, atualmente, as aplicações dos fungicidas são calendarizadas. Em cada safra, são realizadas de oito a dez aplicações, com intervalos de 15 dias, período de duração residual do fungicida. “O sistema dá aos produtores as melhores condições para a tomada de decisão de abrir mão ou de utilizar os defensivos agrícolas na época certa e na dose correta. Com o direcionamento dos seus gastos, eles alcançarão uma economia muito boa”, afirma o cientista.

A Abapa levará a tecnologia aos seus associados. Na visão de Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da associação, o Monitora Oeste possui os elementos necessários para o incremento da produtividade do agricultor baiano. “A mancha de ramulária e a ferrugem da soja são potencialmente devastadoras, quando fora de controle, e de rápida disseminação. Ter a informação precisa e atualizada permite traçar estratégias mais eficazes de controle, com sustentabilidade. Isso traz maior rentabilidade e se alinha à nossa busca diária por sustentabilidade econômica, ambiental e social”, disse.

O app e o WebGIS
No WebGIS o usuário encontrará mais filtros de pesquisa, como estádio (fase de vida da planta) e tipo de área onde se levantou o dado (área comercial, de experimento, de pesquisa ou manejadas por empresas ou por instituições de pesquisa). Poderá ainda identificar se os dados provêm da coleta de plantas voluntárias (que nascem sem o manejo humano, seja no meio da estrada ou na lavoura). Pela plataforma Web, também há a possibilidade de baixar as imagens em alta resolução e realizar a sobreposição de camadas.

Alertas

Os alertas emitidos pelo Monitora Oeste estão organizados em três níveis: ocorrências de doenças, condições climáticas favoráveis para as ocorrências e condições climáticas favoráveis para a dispersão de esporos no ar.

O primeiro nível mostra onde foram identificadas plantas infectadas. Os dados são expressos em mapas e gráficos. O levantamento das informações em campo segue o método tradicional de observação, com o monitoramento realizado por uma rede de colaboradores já atuante na região. As equipes são formadas por produtores locais, técnicos da Abapa, da Embrapa e de parceiros, que percorrem as lavouras dos municípios e dos núcleos regionais do oeste baiano, e verificam se há a presença de doenças nas plantas.

Os núcleos regionais foram criados pela Abapa em seu programa fitossanitário. São zonas produtivas delimitadas com o intuito de facilitar o trabalho de monitoramento das lavouras, tendo em vista a vasta extensão dos municípios do oeste baiano. Cada um dos 16 núcleos possui uma equipe própria responsável por rondar as propriedades agrícolas. Ao identificar focos das doenças, eles fazem o registro e lançam no sistema, chegando ao celular do usuário instantaneamente.

Essa celeridade é um dos diferenciais do Monitora Oeste, ressalta Antônio Carlos, responsável pelo programa fitossanitário da Abapa. “O produtor precisa ser informado acerca dos problemas que ocorrem nas suas propriedades, em tempo hábil, seja no caso de ocorrência de pragas, doenças ou incidência de plantas daninhas resistentes aos herbicidas, entre outros eventos percebidos na lavoura”, afirma.

Como observa Bogiani, um número significativo de notificações de ocorrências nas proximidades das plantações são sinais da iminência de um enfrentamento. De posse dessas informações, os agricultores do núcleo regional podem planejar ações sincronizadas de defesa.

Além da Abapa e da Embrapa, a rede de colaboradores é formada por profissionais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Fundação Bahia, da Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba) e de algumas consultorias. A cada ano, a equipe receberá capacitações pela Embrapa no uso do sistema.

Outros alertas
Outro nível de alerta enviado pelo Monitora Oeste aponta se as condições climáticas estão favoráveis para o surgimento e para o desenvolvimento das doenças. O filtro “favorabilidade” mostra sobre o mapa se existe alto ou baixo risco de proliferação dos agentes causadores da mancha de ramulária e da ferrugem asiática pelas plantações de acordo com as condições do clima. Para esse nível de alerta, o aplicativo utiliza o banco de dados das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com atualização diária e em tempo real.

O fitopatologista da Embrapa Algodão Fabiano Perina explica que há dois fatores ambientais relevantes para a infecção dos fungos: umidade e molhamento das folhas. Mas, ele ressalta, para que os esporos obtenham sucesso na dispersão pela região, é necessário haver tempo seco. Ele destaca que essas condições climáticas são encontradas no Cerrado baiano, com dias mais secos e noites úmidas.

O sistema também reúne dados da presença de esporos na região a partir de 44 armadilhas georreferenciadas, distribuídas pelos núcleos regionais. Quanto mais pontos de coletas, maior a precisão das informações, explica Perina.

Semanalmente, uma equipe coleta as lâminas das armadilhas e levam-nas ao laboratório para análise. Perina classifica como proativo esse monitoramento e destaca a relevância dessa informação para o produtor. “Essas partículas caem na lavoura e, se houver condições favoráveis, elas podem germinar e infectar a planta”, explica.

Dentro do sistema, os mapas das armadilhas são sobrepostos ao mapa da favorabilidade climática, facilitando ao usuário compreender o risco de disseminação.

Índices agrometeorológicos

Além dos dados de alerta, o Monitora Oeste traz vários índices agrometeorológicos da região: albedo, biomassa, NDVI, evapotranspiração e produtividade da água. O produtor poderá fazer cruzamentos de camadas para obter informações estratégicas de seu talhão. Essas buscas podem ser salvas na ferramenta, gerar um banco de dados capaz de revelar a dinâmica temporal da produtividade do terreno ao longo das safras. “São funcionalidades que terão uma rica informação agregada futuramente”, acredita Bogiani. O sistema também poderá incluir futuramente informações complementares, como vazio sanitário da cultura, dados do consórcio de ferrugem, eficiência de fungicidas, entre outros.

 

Fonte: Embrapa Territorial

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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