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Tecnologia e inovação marcam 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura
Com recorde de inscrições, evento alcançou 2.649 códigos de inscrições gerados no Simpósio e na feira e foi acessado em mais de 30 países
O 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e encerrado na quinta-feira (08), foi marcado por inovação, interação e tecnologia. De forma inédita, a edição deste ano foi inteiramente on-line, a partir de Chapecó (SC). O evento trouxe ao público debates de peso e temas inéditos para contribuir com o desenvolvimento da cadeia avícola brasileira. Durante três dias, grandes especialistas nacionais e internacionais do setor abordaram o futuro do mercado, questões de abatedouro, sanidade, manejo e nutrição na avicultura.
Apesar da distância, a interação foi marca registrada. Ainda que virtualmente, o público compareceu em grande número e, em todos os blocos do evento, os congressistas interagiram intensamente nos debates com os palestrantes.
Com recorde de inscrições, o Simpósio alcançou 2.649 códigos de inscrições gerados (simpósio e feira) e foi acessado em mais de 30 países, como Argentina, Peru, Estados Unidos e México. As visualizações na página do evento atingiram quase 164 mil. Nos eventos paralelos, esse número chegou a 10,7 mil. Já na área de networking, 849 pessoas tiveram a oportunidade de se reunir para compartilhar ideias.
O presidente do Nucleovet, médico veterinário Luiz Carlos Giongo, avaliou a edição deste ano como surpreendente. “Depois do cancelamento de uma edição em 2020 por conta da pandemia, resolvemos nos desafiar, montamos uma equipe e lançamos o Simpósio totalmente virtual. Fomos surpreendidos pelo público espetacular”.
Giongo destacou o papel da Comissão Científica na elaboração da programação que tanto foi elogiada pelo público. “A Comissão foi muito assertiva por ter escolhido temas relevantes do nosso setor e a prova disso é clara quando vemos um número tão expressivo de congressistas, que buscaram o Simpósio para se informar e se atualizar”.
O presidente da Comissão Científica, Guilherme Lando Bernardo, salientou o importante papel do Nucleovet em difundir conhecimento para quem atua na cadeia avícola. “Nosso objetivo, ao eleger os temas e elaborar a programação, é levar em consideração os anseios dos profissionais do setor e trazer informações com a melhor qualidade possível, com palestrantes renomados, para que esses profissionais multipliquem o que aprenderam e transformem isso em ações”.
De acordo com o, vice-presidente do Nucleovet, Lucas Piroca, essa foi uma edição para se reinventar e inovar. “Felizmente contamos com a ajuda de mais de cem pessoas, entre nossas comissões técnica, de infraestrutura, nossos parceiros e fornecedores. Com sucesso, conseguimos levar às pessoas conhecimento de qualidade com a tecnologia disponível, para que assistissem ao evento no conforto de suas casas. Não tivemos o calor das pessoas conosco, mas sentimos a energia de todos os participantes que se reuniram virtualmente com a gente nesses três dias”, salientou.
Para 2022, o Nucleovet encara um novo desafio: de lançar uma edição híbrida do evento. “A dificuldade que enfrentamos pela necessidade de distanciamento nos abriu uma nova possibilidade. O 21º SBSA provou que podemos superar fronteiras. Que no próximo ano, se a segurança sanitária nos permitir, possamos retomar o encontro presencial e, ao mesmo tempo, encurtar distâncias com a transmissão virtual”, projetou Giongo.
Como tradicionalmente faz em todos os Simpósios, o Nucleovet manteve a doação de parte do valor das inscrições para entidades. Nesta edição, a comissão organizadora definiu por doar 10% do valor das inscrições pagas para o Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó. “Nesse momento tão conturbado que estamos vivendo, decidimos concentrar nossos esforços para ajudar o HRO. Fizemos uma pesquisa entre nossos associados e todas as respostas foram positivas para essa ação”, sublinhou Giongo.
Eventos paralelos
A 12ª Brasil Sul Poultry Fair fez parte da programação paralela do Simpósio, além de outros eventos gratuitos promovidos pelas empresas parceiras. A feira reuniu mais de 70 empresas nacionais e internacionais num ambiente virtual que contribuiu para o aprimoramento técnico dos participantes, com palestras, lançamento de produtos e networking.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.