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Tecnologia é aliada dos produtores para alcançar maior eficiência alimentar
Uso de ferramentas inovadoras no campo aumenta precisão dos dados e reduz mão de obra, tempo de prova e estresse dos animais
A eficiência alimentar é uma característica cada vez mais utilizada na pecuária brasileira, especialmente por promover sustentabilidade ambiental e econômica do setor, tornando-se um diferencial competitivo para os produtores. Embora mais consolidada na pecuária de corte, também tem recebido destaque no setor leiteiro no país. Tanto que, no ano passado, tornou-se um indicador fundamental no sumário do Programa de Melhoramento Genético 2B (PMG2B), uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a empresa Agronegócios 2B.
A eficiência alimentar em gado de leite, explica Fábio Luiz Buranelo Toral, 42 anos, professor da UFMG e colaborador do PMG2B, sempre foi estudada pela perspectiva da nutrição. A ideia de trazer o melhoramento genético para a eficiência alimentar na área leiteira se deu com o propósito de promover benefício para selecionadores e usuários de genética superior. E os resultados começaram a aparecer: os benefícios econômicos com os animais mais eficientes analisados no programa foram de até R$ 2 mil, em relação aos menos eficientes. Isso pode ser alcançado com a redução de custo (menos alimento para uma mesma quantidade de leite produzida) ou aumento da produção de leite por vaca por lactação (mais leite com uma mesma quantidade de alimento). “O tamanho da diferença entre os mais e menos eficientes é importante. A gente chega a ter uma diferença de quase quatro quilos de leite por dia, com uma mesma quantidade de ração, ou uma economia de quase dois quilos de matéria seca de ração por dia por uma mesma quantidade de leite”, afirma o zootecnista, ao abordar os achados do experimento que avaliou a eficiência alimentar de 25 vacas Gir Leiteiro em 2020.
O maior custo na produção animal é a alimentação, por isso, obter ganhos de eficiência em seu principal custo representa maior rentabilidade e sustentabilidade do negócio, avalia Adriano Fróes Bicalho, médico veterinário e gestor da Agronegócios 2B. “O incremento desta característica representa uma inovação no melhoramento genético de zebuínos leiteiros no país e um diferencial extremamente importante do PMG2B. Além disso, serve como experimento para geração de dados e validação de análise genômica no nosso rebanho para essa característica”, avalia Bicalho.
Promover melhoramento genético para eficiência alimentar requer equipamentos sofisticados para medir, diária e individualmente, o consumo de matéria seca e o peso dos animais, bem como modelos estatísticos robustos para quantificar efeitos de fatores genéticos e não genéticos que influenciam as características. “A produção de leite já era algo mensurado rotineiramente na fazenda, então a gente não precisou de uma tecnologia para medir a produção. Porém, era necessário medir o consumo diário e individual. E é aí que entra o cocho eletrônico. Também precisávamos avaliar o crescimento do animal, porque ele está comendo, produzindo leite, mas o corpo também está crescendo, e aí vem a balança eletrônica. Além disso, era preciso integrar todos esses dados, gerar informações fáceis para o produtor interpretar e, posteriormente, fazer sua tomada de decisão”, diz Toral, ao enfatizar o papel da tecnologia como forte aliada da eficiência alimentar.
Cochos eletrônicos geram, de forma precisa, dados de consumo e de comportamento alimentar. Os comedouros ficam apoiados sobre células de carga, possibilitando o registro eletrônico do alimento consumido por cada animal. Isso permite acompanhar a eficiência alimentar do rebanho. Também há uma balança que pode ser instalada em frente ao bebedouro no curral. O equipamento realiza a pesagem de forma voluntária todas as vezes que os animais bebem água (momento sem stress), fornecendo os pesos individuais em tempo real. Tanto o cocho quanto a balança reconhecem o animal por meio do brinco eletrônico e enviam automaticamente os dados de consumo e peso coletados para um sistema em nuvem. Essa nuvem funciona como um banco de dados, pois armazena as informações e as envia em tempo real para o Sistema Intergado Efficiency. Esse software realiza análise estatística, gera alertas e disponibiliza as informações que darão suporte nas tomadas de decisão dos produtores. É uma solução tecnológica completa que integra um conjunto de equipamentos de alta precisão, com softwares avançados e ferramentas de análise.
“Ao se utilizar cochos eletrônicos, eliminam-se problemas da mensuração manual, que individualiza os animais que serão mensurados. Sabemos que os ruminantes são animais gregários, ou seja, o comportamento se dá em rebanho. Com os cochos eletrônicos, o animal fica em grupo, porém é possível calcular a quantidade de alimento ofertado, o consumo individual e a sobra do dia seguinte. Com isso, é possível fazer o cálculo em 24 horas”, salienta Luigi Cavalcanti, médico veterinário, doutor em Zootecnia e chefe de P&D de GA + Intergado.
A tecnologia para medir o consumo e o desempenho dos animais é uma patente brasileira desenvolvida pela Intergado e está presente em oito países. A solução é composta por um sistema robusto de IoT que integra hardware (cochos eletrônicos, plataformas de pesagem e componentes), software (Intergado Efficiency) e inteligência analítica com o tratamento e interpretação dos dados (Robô MAX). A GA + Intergado, grupo detentor da tecnologia, fornece, em tempo real, dados associados ao comportamento de ingestão de alimentos e água, além do ganho de peso diário de cada animal, necessários para o cálculo da eficiência alimentar. A coleta se dá de forma voluntária e automática, sem a necessidade de contenção e manejo dos animais. Isso tudo pode ser acessado por computador, celular ou tablet. E os benefícios de se realizar as provas de eficiência alimentar na própria fazenda são inúmeros, tanto para a saúde do rebanho (redução do estresse) quanto para os ganhos do produtor, com redução de mão de obra, economia de tempo e menor custo com logística.
A solução Intergado Efficiency tornou a realização de provas mais acessível para os produtores e ampliou em mais de 1.200% a quantidade de animais avaliados – em 2015, foram 792, passando para 10.913 em 2021. Só neste ano, já foram 3.172 avaliações. Hoje a base de dados da Intergado conta com mais de 35,5 mil animais avaliados para eficiência alimentar.
Tipo de informações geradas pelo Sistema Intergado Efficiency
Consumo por visita
Consumo diário de alimento
Taxa de consumo
Tempo e frequência de visitas ao cocho
Horário dos tratos e quantidade fornecida
Monitoramento da sobra
Ocupação dos equipamentos
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Manejo nutricional de vacas de corte é aliado da produtividade
Nutrição de precisão beneficia a produtividade do rebanho e a rentabilidade do pecuarista.
O adequado manejo nutricional de bovinos de corte afeta diretamente o ganho de peso, a reprodução, e a lucratividade da fazenda. “A nutrição é um dos elementos-chave em todas as fases produtivas de bovinos, pois, está diretamente relacionada ao atendimento dos requerimentos nutricionais dos animais, seja para mantença, ganho, gestação ou lactação”, destaca o Zootecnista Victor Fonseca, coordenador técnico de ruminantes da MCassab Nutrição e Saúde Animal.
“Para garantir que a eficiência produtiva de bovinos de corte seja otimizada é de suma importância que os valores nutricionais da dieta (suplemento + pasto) ofertada aos animais atendam seus respectivos requerimentos nutricionais, como também, este planejamento nutricional deve ser fundamentado através de premissas técnicas, acadêmicas e econômicas.
Também é digno de nota que o percurso entre o desenvolvimento do programa nutricional e a dieta que efetivamente é oferecida aos animais é composto por processos operacionais, e estes processos devem ser realizáveis, eficientes e acompanhados por indicadores para garantir que se tenha alta assertividade da nutrição dos animais (oferta ˟ exigência). Sendo assim, o conhecimento teórico operacionalizado com alta precisão contribui para o atendimento dos requerimentos nutricionais tanto da microbiota ruminal quanto dos animais, e desta forma, a eficiência produtiva e econômica de bovinos é otimizada”, diz Fonseca.
O especializa recomenda que determinados premissas devem ser levadas em consideração para o atingimento do mais adequado manejo nutricional. “Para a atividade ser competitiva, bovinos não devem ser submetidos a pastos com oferta (quantidade) restrita de forragem. Por sua vez, as deficiências nutricionais (qualidade) em pastos sem restrição de forragem podem ser corrigidas através do uso de suplementos, sendo levado em consideração a categoria animal e a época do ano. Porém, é preciso que se faça isso com muito critério e segundo uma meta produtiva pré-estabelecida”.
Em relação à fêmeas de corte, a suplementação é um importante desafio, pois, o crescimento do rebanho está em jogo. Ao contrário do que muitos pensam, vacas de corte não dependem apenas do maior fornecimento de fósforo – macronutriente fundamental para o desenvolvimento e a saúde geral do rebanho – para apresentar o melhor desempenho produtivo, mas também, é necessário que a dieta (suplemento + pasto) seja balanceada em relação ao estágio produtivo desta vaca, sendo assim, contribuindo de forme veemente para que os resultados preditos sejam realizados.
“Em tese, não devemos escolher o suplemento mineral apenas baseado em seu teor de fósforo. Neste importante momento devemos ponderar a escolha dos suplementos baseados também no estado fisiológico da vaca, época do ano, oferta de pasto disponível e valor nutricional do capim”, assinala Victor Fonseca.
“Além disso, garantir que não haja restrição de forragem é primordial, e a utilização de suplementos minerais aditivados é uma ótima opção para potencializar o desempenho de vacas de corte”, finaliza o coordenador técnico de ruminantes da MCassab.
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Cobb-Vantress promove atualização sobre Controle de Pragas, com foco em biosseguridade
Workshop interno foi realizado para 120 colaboradores, de todas as unidades da companhia
Com o objetivo de atualizar os colaboradores de todas as unidades da Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, a companhia promoveu, no dia 29 de agosto, um Workshop sobre Controle de Pragas. A proposta do evento foi disseminar boas práticas de controle de pragas, condição fundamental para a garantia da biosseguridade nas unidades produtivas avícolas. O Workshop reuniu cerca de 120 profissionais, entre supervisores, gerentes e colaboradores da área de biosseguridade das granjas da empresa, no Centro de Treinamentos da Cobb, em Guapiaçu (SP).
O evento foi conduzido pelo departamento de Qualidade e Sanidade, com o objetivo de abordar o controle de pragas como moscas e cascudinhos, além de outros insetos e roedores. Entre os temas abordados por palestrantes especialistas nos temas, que integram empresas fornecedoras da companhia, estiveram a importância do controle de pragas para o setor, estratégias para o controle de pragas no ambiente rural, biosseguridade e manejo de cascudinhos, boas práticas para controle de pragas e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).
“Tivemos um alto engajamento, com a participação de representantes de todas as nossas unidades produtivas. O compromisso com esse tema, que é um dos principais pilares da biosseguridade, é fundamental para atingirmos os objetivos, que é proteger os nossos lotes de doenças e zelar pela saúde dos nossos colaboradores”, diz Rafael Bampi, diretor-associado de Qualidade e Sanidade da Cobb LatCan.
O controle de pragas é crucial para a biosseguridade da avicultura porque previne a transmissão de doenças, bem como danos às instalações dos aviários. O processo também reduz o estresse das aves e melhora significativamente a produtividade.
“Esperamos que o evento contribua para o aprimoramento das práticas de manejo integrado nas granjas, elevando a conscientização e capacitação dos funcionários na adoção de medidas eficazes para o controle de pragas. Com o conhecimento adquirido, acreditamos que as equipes serão capazes de implementar estratégias que contribuirão com a redução da incidência de pragas, na proteção da saúde das aves e na garantia da qualidade da produção”, explica Gracieli Araújo, analista de Bem-estar Animal da Cobb-Vantress LatCan.
Empresas Pontuação superior
Adisseo recebe Prêmio Internacional de Responsabilidade Social da EcoVadis Ratings
Avaliação posiciona o grupo Adisseo entre as 4% melhores empresas no setor da indústria de fabricação de rações para animais.
A Bluestar Adisseo Company (BAC), líder global em nutrição animal, recebeu mais uma vez a Medalha de Prata da EcoVadis Ratings, com uma pontuação superior em 2 pontos em relação à pontuação do ano passado.
Com essa classificação, a BAC se posiciona entre as 4% melhores empresas avaliadas pela EcoVadis na indústria de fabricação de rações para animais, e entre as 15% melhores entre todas as empresas classificadas pela EcoVadis, uma reconhecida agência global de avaliação de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) com sede em Paris, França.
A classificação leva em conta a avaliação de questionários on-line, análises de documentos e entrevistas, por meio dos quais a EcoVadis analisa de forma abrangente o desempenho das empresas em quatro áreas: Meio Ambiente, Trabalho e Direitos Humanos, Ética e Compras sustentáveis.
“Essa melhora na classificação do ranking da EcoVadis reflete o compromisso contínuo da Adisseo com a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e serve como um estímulo para que nossas equipes continuem alcançando resultados ainda mais sólidos no futuro”, declara HAO Zhigang, CEO e presidente da Adisseo.
Alimentar o mundo de maneira segura, com qualidade, acessibilidade e sustentabilidade é a visão da Adisseo. Ano após ano, a empresa mantém seu compromisso com projetos estratégicos e sustentáveis, além de investir continuamente em inovação para reduzir sua pegada ambiental, e oferecer soluções avançadas que ajudem seus clientes a alcançar suas metas de desempenho e sustentabilidade.
Destaques da pontuação geral divulgada pela EcoVadis
O grupo BLUESTAR ADISSEO COMPANY (BAC) se posiciona entre as 4% melhores empresas avaliadas pela EcoVadis na indústria de fabricação de rações para animais.
Meio ambiente
A BAC figura entre as 18% melhores empresas do setor.
Trabalho e direitos humanos
A BAC está entre as 12% melhores empresas avaliadas no segmento.
Aquisição sustentável
A BAC destaca-se entre as 5% melhores empresas do setor.
Ética
A BAC está classificada entre as 8% melhores empresas avaliadas pela EcoVadis no setor de fabricação de rações para animais.